Neste vídeo, o Dr. Nápoli explica o que precisa acontecer em uma pessoa para que ela consiga ficar em paz após o término de uma relação, seja para permanecer sozinha ou a fim de se abrir para outros vínculos amorosos.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Uma das coisas que eu mais gosto na Psicanálise é o fato de que ela retira os “fardos pesados” que a farisaísmo social insiste em colocar sobre nós.
Se você postar nos seus stories ou em qualquer outra rede social a frase “Gente, eu tô com um ódio do meu marido!”, muita gente achará que há um problema grave no seu relacionamento.
É provável até que algum Ricardão se sinta encorajado a lhe mandar um direct com o clássico “Oi, sumida…”. 😏
Poucas pessoas vão olhar para a sua postagem e simplesmente pensar: “É, faz parte. De vez em quando a gente odeia a quem ama mesmo.”.
Infelizmente, prevalece no senso comum uma visão completamente falsa e idealizada das relações amorosas na qual a presença do ódio é vista necessariamente como um erro.
Ora, é absolutamente impossível amar uma pessoa sem odiá-la AO MESMO TEMPO.
Qualquer pessoa minimamente honesta consigo mesma jamais negaria a veracidade dessa afirmação.
Eugen Bleuler chamou de AMBIVALÊNCIA essa mistura inevitável de sentimentos que ocorre não só nas relações amorosas mas em praticamente todo relacionamento interpessoal.
Nas últimas aulas ao vivo da CONFRARIA ANALÍTICA tenho estudado com os alunos como a dificuldade de assumir a ambivalência pode levar ao adoecimento emocional.
Muitas pessoas entram em depressão, por exemplo, porque não se permitem odiar abertamente seus parceiros. Elas descarregam em si o ódio que era direcionado ao outro.
Sem falar nos obsessivos que morrem de culpa por sentirem essa hostilidade impossível de conter.
Parte dessa dificuldade de admitir o ódio está relacionada à visão idealizada e hipócrita das relações humanas que eu mencionei anteriormente.
Muitas pessoas se martirizam quando experimentam esse afeto porque aprenderam desde cedo que não se deve odiar JAMAIS sob pena de serem… ODIADAS por Deus! 🤡
A Psicanálise, em contrapartida, nos mostra que odiar, inclusive aqueles que amamos, é não só normal como inevitável.
Como seres naturalmente dotados de inclinações agressivas e apaixonados por nosso próprio ego, jamais conseguiríamos nos relacionar uns com os outros na base do “só love, só love”…
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Esta é uma pequena fatia da aula especial “Por que ‘não há relação sexual’?”, que já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – LACAN” da CONFRARIA ANALÍTICA.
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Lá em 2017 eu ministrei uma palestra com meu amigo @leonardosandroficial sobre os desafios da escolha profissional para adolescentes que estavam no Ensino Médio.
Na ocasião, o Léo proferiu uma máxima para aqueles jovens que fez morada na minha memória de longo prazo. Era algo mais ou menos assim:
— Toda profissão lhes trará dores de cabeça. Então, vocês precisam escolher quais dores de cabeça estão dispostos a ter.
Pois bem, penso que esse mesmo raciocínio que o meu amigo utilizou no campo da escolha profissional vale também para o âmbito das nossas escolhas AMOROSAS.
Não, eu não estou falando de paixão ou atração.
Essas coisas não estão sob o nosso controle. Nós não somos capazes de DECIDIR conscientemente por quais pessoas vamos nos apaixonar ou nos sentir atraídos.
Ao falar de “escolhas amorosas”, estou me referindo àquela DECISÃO (essa, sim, consciente) de entrar e se manter numa relação de LONGO PRAZO com uma determinada pessoa.
Ora, no mundo moderno, todo relacionamento desse tipo nasce da paixão ou, no mínimo, de uma forte atração entre os parceiros.
O problema é que a paixão inevitavelmente acaba após alguns meses (às vezes mais, às vezes menos) e a força da atração é consideravelmente atenuada pelo fenômeno que o @igormadeirapsi chamaria de “habituação”.
Nesse sentido, o que sustenta a manutenção de uma relação de longo prazo não são os afetos que impulsionaram a criação do vínculo.
São vários outros fatores.
Alguns deles são involuntários, como o apego, a estabilidade, a própria atração (que geralmente permanece, ainda que menos intensa), processos inconscientes etc.
Por outro lado, um relacionamento de longo prazo também se mantém graças à disposição dos parceiros de suportarem as “dores de cabeça” que ambos geram um ao outro.
Por “dores de cabeça” leia-se aqueles traços e comportamentos de cada um que perturbam o outro, causando incômodo, frustração, tristeza, raiva etc.
Nesse sentido, assim como escolher uma profissão é escolher as dores de cabeça profissionais que eu topo enfrentar, escolher uma parceria amorosa também significa escolher as dores de cabeça RELACIONAIS que eu estou disposto a suportar.
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Você compra uma caixa de bombons tradicional porque ela contém chocolates que você gosta. Todavia, para ter acesso a eles, precisa necessariamente adquirir também aqueles que, se pudesse, você jamais compraria. Um relacionamento amoroso de longo prazo é muito parecido com essas caixas de bombom…
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Esse corte foi extraído da nossa última aula AO VIVO de segunda-feira na CONFRARIA ANALÍTICA.
Hoje, a partir das 20h, teremos mais um encontro.
Estamos estudando linha a linha o texto de Freud “Sobre o narcisismo: uma introdução”.
Te vejo lá!
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Em lojas como a Cacau Show, por exemplo, é possível comprar apenas os chocolates dos quais a gente gosta.
Se as trufas de chocolate branco são as suas preferidas, você pode encher uma cestinha apenas com elas; não precisa levar obrigatoriamente outros chocolates.
Isso não acontece quando você compra uma caixa tradicional de bombons dessas da Nestlé ou da Garoto — que eram praticamente as únicas opções de chocolate disponíveis na minha infância.
Se você compra uma caixa da Garoto, por exemplo, ávido para degustar um Serenata de Amor, será obrigado a levar junto um Caribe (que tem seus fãs, eu sei, mas pode não ser muito do seu agrado).
Ou seja, você compra uma caixa de bombons tradicional porque ela contém chocolates que você gosta. Todavia, para ter acesso a eles, precisa necessariamente adquirir também aqueles que, se pudesse, você jamais compraria.
Um relacionamento amoroso de longo prazo é muito parecido com essas caixas de bombom.
É claro que a gente começa a se relacionar com uma pessoa porque ela possui características tanto estéticas quanto comportamentais que nos alegram.
Todavia, para se manter ao lado do ser amado você precisa inevitavelmente suportar uma série de outras características dele que não lhe são nada agradáveis.
Não dá para “editar” o parceiro e ficar apenas com os atributos aprazíveis: para ter acesso ao Serenata de Amor, você precisa necessariamente levar o Caribe junto.
O SEGUNDO VEM DA MESMA FÁBRICA QUE PRODUZIU O PRIMEIRO.
Assim também, os “defeitos” da pessoa que está com você — os quais te irritam, te angustiam, te entristecem — se originam da mesma fonte de onde provêm as “qualidades” que você tanto admira nela.
Laura gosta muito do olhar atento e cuidadoso que Jonas tem para consigo, mas se irrita profundamente com crises frequentes de ciúme do rapaz.
Muito provavelmente, o primeiro comportamento (que a agrada) não existiria sem o segundo (que a incomoda). Eles vêm da mesma fábrica…
E aí: quais são os “Caribes” que você suporta no seu namoro ou casamento? E quais são os “Serenatas de Amor” que justificam a manutenção do relacionamento?
Será que nessa relação só tem Caribe e praticamente nenhum Serenata?
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Do ponto de vista médico, um sintoma é uma manifestação que sinaliza a existência de uma doença.
A tosse, por exemplo, é um sintoma típico de diversas doenças que afetam o aparelho respiratório.
Assim, podemos dizer que os sintomas servem como INDÍCIOS para a identificação da patologia.
Freud, no entanto, descobriu que, no caso das doenças psíquicas, os sintomas não funcionam apenas como sinais da própria enfermidade, mas apontam também para aspectos da própria pessoa do doente.
Mais ainda: o pai da Psicanálise nos mostrou que os sintomas psíquicos são como “gambiarras” que inconscientemente criamos para “dar um jeito” em certos problemas interiores.
Deixe eu dar um exemplo:
João, um bombeiro de 42 anos, sofre com uma autocrítica excessiva. Ele está sempre se condenando por qualquer coisa que faz.
Tal sintoma serve como uma pista para um possível diagnóstico de neurose obsessiva.
Sim, mas, ao mesmo tempo, ele também pode sinalizar o fato de que João inconscientemente ainda se condena por brincadeiras sexuais que vivenciou quando era criança.
Percebe? Do ponto de vista psicanalítico, o sintoma não só indica a doença, mas também SIMBOLIZA o que se passa no interior do próprio doente.
Frequentemente, nossos relacionamentos amorosos também podem ser vistos como sintomas.
Assim como o excesso de autocrítica de João, eles revelam simbolicamente elementos da nossa alma que não ousamos reconhecer conscientemente.
Essa é uma das principais razões pelas quais alguns de nós têm tanta dificuldade de terminar relacionamentos mesmo quando se tornam bastante insatisfatórios.
Marisa, por exemplo, pode não conseguir se separar do marido agressivo e distante porque permanecer com ele satisfaz um anseio inconsciente de autopunição que essa mulher nutre desde a adolescência.
Pedro não sente mais qualquer interesse sexual pelo namorado, mas pode não conseguir romper essa relação porque a presença do companheiro satisfaz a necessidade infantil de segurança que Pedro ainda possui.
Tá vendo? Nós podemos utilizar nossos namoros e casamentos como sintomas, ou seja, como meios para a “resolução” de questões pessoais que não queremos enfrentar diretamente.
Esse é o seu caso?
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Esse corte foi extraído da nossa última aula AO VIVO de segunda-feira na CONFRARIA ANALÍTICA.
Hoje, a partir das 20h, teremos mais um encontro.
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Num relacionamento amoroso, pessoas que apresentam uma personalidade DOMINADORA se sentem muito à vontade para praticarem atos de desrespeito, como invadir o espaço do parceiro ou proferir palavras grosseiras e agressivas.
Como são mais independentes, elas não se preocupam com o possível sofrimento que vão provocar no outro porque não têm medo de serem deixadas.
Pelo contrário: se o parceiro se queixa de estar sendo desrespeitado, o sujeito dominador é o primeiro a dizer “OK, não está satisfeito? Então, vamos terminar.”.
Além disso, o dominador tem uma resistência patológica a reconhecer os próprios erros.
Por isso, jamais se percebe como desrespeitoso. Na cabeça dele, todos os seus atos, por mais agressivos e violentos que sejam, são apenas reações compreensíveis a erros cometidos pelo parceiro.
Ele nunca tem culpa de nada.
Geralmente tais pessoas só conseguem manter relacionamentos de longo prazo com parceiros que são o oposto delas, ou seja, que, ao invés de dominadores, são submissos, dependentes e se culpam com muita facilidade.
Tais parceiros aceitam os desmandos, invasões e abusos do dominador por basicamente duas razões que se complementam:
(1) Não conseguem se perceber como pessoas autônomas e capazes de tocar a própria vida sozinhas. Por isso, se iludem acreditando que não conseguirão viver sem o parceiro.
(2) Nutrem uma admiração, um encantamento, um tesão mesmo pela assertividade, força e independência que o sujeito dominador demonstra.
— Lucas, você acabou de me descrever. O que eu devo fazer?
Já sabe minha resposta, né?
Você precisa fazer terapia, ora bolas!
É preciso tratar essa imaturidade que não lhe permite se perceber como uma pessoa independente e elaborar esse tesão masoquista pelo comportamento dominador.
— Se eu me tratar, Lucas, será que meu parceiro vai mudar? Será que ele vai passar a me respeitar?
Pode ser que sim, pode ser que não, mas o fato é que VOCÊ vai mudar.
Vai mudar tanto que se ele não conseguir suportar a mudança e quiser terminar, você terá a segurança e a tranquilidade de poder dizer:
Já vai tarde.
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Você tem se sentido há muito tempo insatisfeito com seu relacionamento, mas mesmo assim não consegue terminar?
Você e seu parceiro ou parceira brigam com frequência e a ideia de se separar não sai da sua cabeça?
A insatisfação nos relacionamentos amorosos é uma das principais razões que levam pessoas a buscarem a ajuda de um psicanalista.
Em geral, os pacientes que padecem desse problema chegam proferindo um rosário de reclamações a respeito dos seus parceiros ou parceiras.
“Ele nunca me dá atenção!”.
“Ela implica com tudo o que eu faço!”.
“Ele só me responde com patadas!”.
Essas são algumas das queixas típicas que aparecem nesses casos.
Uma pessoa ingênua (ou insensível) pode olhar para essa situação e dizer: “Mas se está tão ruim, por que eles não se separam logo?”.
Eis a questão!
O paciente procura análise justamente porque, apesar de não estar satisfeito, simplesmente não consegue colocar um ponto final na relação.
Do ponto de vista psicanalítico, qual é o manejo clínico nesses casos?
Diferentemente do que acontece em outras formas de terapia, na Psicanálise nós não ajudaremos o paciente a desenvolver estratégias para conseguir sair da relação.
— Uai, Lucas, por que não? Não é isso o que ele está pedindo?
Sim, mas quem disse que na Psicanálise a gente fornece ao paciente o que ele está conscientemente demandando? 😉
O psicanalista oferece o que o seu paciente verdadeiramente PRECISA.
E do que precisa alguém que não está conseguindo sair de um relacionamento insatisfatório?
Ora, precisa, acima de tudo, sair da posição de vítima do jeito de ser do outro e refletir sobre as FUNÇÕES INCONSCIENTES que aquela parceria exerce para ele.
Ou seja, o paciente precisa analisar o papel SINTOMÁTICO daquela relação em sua vida.
Se ninguém está obrigando o sujeito a ficar com a pessoa que o deixa tão frustrado, a pergunta é: “Por que, então, ele continua ESCOLHENDO permanecer com ela?”.
Portanto, o manejo clínico nesses casos consiste em estimular o paciente a descobrir quais são as PENDÊNCIAS da sua história de vida que estão sendo “resolvidas” por meio do relacionamento insatisfatório.
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