O homem que via sua esposa como um negócio

— Então você tá pensando em se separar? — pergunta Fernanda, a psicóloga com quem Márcio faz terapia há cerca de um ano.

— Sim, mas eu sempre penso nisso quando acontecem essas situações e acabo desistindo. — responde o advogado.

— Por que será, hein? — provoca a terapeuta em tom bem-humorado.

— Eu não gosto de mudança, Fernanda. Me dá uma aflição só de pensar que eu vou ter que sair de casa, alugar um apartamento, alterar toda a minha rotina…

— “Aflição”… Agora há pouco você disse que também fica aflito quando a sua esposa não quer tr4nsar…

— É que eu não consigo entender, Fernanda. Eu a trato com carinho desde o começo do dia, do jeito que ela me pede e aí, à noite, ela simplesmente diz que não tá a fim.

— Você fala como se fosse uma questão quase matemática, mas, no fim do dia, a conta não fecha, né?

— Exatamente. É por isso que eu fico aflito. Na minha cabeça não faz sentido a recusa dela.

— E você pergunta por que ela não quer?

— Claro! Ela só responde que não tá a fim, que não é porque eu tô com vontade que ela tem obrigação de fazer.

— E o que você acha disso?

— Racionalmente, eu concordo com ela. Mas, mesmo assim, eu acho injusto. Eu não sou esses caras babacas que só procuram a mulher para fazer s3xo.

— Hum…

— Eu sou um cara prestativo, estou sempre perguntando se ela está precisando de alguma coisa, elogio… Então, quando ela se nega a tr4ns4r comigo sem motivo, eu me sinto um completo idiota.

— Parece que você encara o s3xo como uma espécie de retorno do investimento que faz na sua esposa.

— Isso, Fernanda! Você traduziu o que tá na minha cabeça! Se eu invisto num negócio é porque eu espero que ele me dê lucro, né? Se não, não vale a pena o investimento, ué!

— É verdade, meu caro. O problema é que a sua esposa não é um… negócio, né? — intervém a psicóloga encerrando a sessão.

A visão desse paciente sobre sua esposa e a recusa dela em fazer s3xo apesar de todo o “investimento” que ele faz ilustram o relacionamento típico entre o obsessivo e a histérica.

Falo mais detalhadamente sobre o enlace tão comum entre essas duas estruturas na AULA ESPECIAL “O obsessivo e a histérica: casal (im)perfeito”, publicada hoje na CONFRARIA ANALÍTICA.


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[Vídeo] Superar um término exige tempo


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Você tem engolido seu parceiro?

Nas últimas aulas ao vivo da CONFRARIA ANALÍTICA tenho conversado com os alunos sobre as formas maduras e imaturas de relacionamento amoroso.

Para você que ainda não faz parte da nossa escola, vou explicar o contexto:

Estamos estudando minuciosamente um artigo de Freud chamado “Luto e Melancolia”.

A certa altura do texto, o autor desenvolve a ideia de que haveria na melancolia (depressão grave) uma regressão inconsciente à fase oral do desenvolvimento.

Freud faz essa inferência ao constatar que o sujeito melancólico simbolicamente “engole” a pessoa que provocou sua depressão, identificando-se com ela.

Essa curiosa forma de amar é característica da fase oral.

Nessa etapa do desenvolvimento (0 a 2 anos aproximadamente), o bebê se relaciona com seus objetos de amor querendo comê-los, devorá-los, engoli-los.

O problema é que esse tipo de vínculo implica necessariamente no APAGAMENTO do outro.

De fato, na cabecinha do recém-nascido, ele interage com a versão IMAGINÁRIA do seio materno que devorou e engoliu e não com o seio REAL que permanece do lado de fora.

O bebê só consegue se relacionar dessa forma porque se encontra numa condição ainda muito vulnerável, em que depende integralmente do outro que dele cuida.

Por isso, com medo de ficar sozinho, ele fantasia com a possibilidade de trazer esse outro para dentro de si a fim de eternizar a ligação com ele.

Muitas pessoas adultas, sem perceberem, continuam se relacionando dessa forma tipicamente infantil com seus parceiros amorosos.

Inconscientemente elas ainda estão presas lá na fase oral, enxergando-se como bebês e colocando o parceiro numa posição materna.

Tal como uma criança recém-nascida, encaram a possibilidade de perderem o outro como uma catástrofe insuportável e, por isso, se esforçam para ENGOLI-LO a qualquer custo.

Muitas relações abusivas, inclusive, só se mantêm porque o “abusado” está preso a essa forma imatura de amar.

Fixado à fase oral, o sujeito acha que não dará conta de viver sem o outro e, assim, acaba engolindo o parceiro e seus abusos ao invés de colocar um ponto final naquele vínculo tóxico.


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[Vídeo] Pare de querer fazer tudo sozinha

Eu sei que é um clichê, mas é sempre bom lembrar: todo excesso faz mal. Inclusive, o excesso de independência. Infelizmente, Mônica precisou de um burnout para perceber isso…


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[Vídeo] Como superar o término de um relacionamento

Neste vídeo, o Dr. Nápoli explica o que precisa acontecer em uma pessoa para que ela consiga ficar em paz após o término de uma relação, seja para permanecer sozinha ou a fim de se abrir para outros vínculos amorosos.


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[Vídeo] Uma forma sutil de resistência na terapia

Esta é uma pequena fatia da aula especial “12 FORMAS SUTIS DE RESISTÊNCIA EM ANÁLISE”, que já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS” da CONFRARIA ANALÍTICA.


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O analista não deixa nada passar batido

Larissa entrou em contato com a psicanalista Paula por conta da dificuldade que estava tendo para se desvincular de Bruno, seu ex-namorado.

Quando começou a análise, a moça não conseguia resistir às investidas do rapaz, que vivia chamando-a para uns “flashbacks”, como ele dizia.

Larissa sabia que Bruno não tinha o menor interesse em voltar, mas não conseguia recusar.

A vã esperança de reatar o relacionamento a impedia de dizer não.

Agora, com a terapia, a jovem tem dado conta de evitar tais encontros, mas ainda fantasia com a vida que poderiam ter se tivessem permanecido juntos.

Na última sessão, comentando que o ex havia reagido com um emoji de foguinho a um de seus stories, a paciente disse:

— Tá vendo, Paula? O cara tá namorando, a menina é super gente boa (eu a conheço) e ele fica mandando foguinho pra mim? É um… (silêncio). Sei lá, eu preciso bloqueá-lo!

— “É um…” o quê, Larissa?

— Como assim?

—  Você começou a frase, mas não terminou. Parece que você ia dizer que o Bruno é um… alguma coisa.

— Ah, tá! Acho que eu ia dizer que ele é um cafajeste. (risos)

— E por que será que você não falou?

— Uai, não sei… Acho que a raiva é tanta que eu nem consigo falar direito.

— Mas por que será que você parou logo na hora em que iria falar a palavra “cafajeste”? —  insiste a terapeuta.

— Não faço a menor ideia… Mas “cafajeste” era uma palavra que eu ouvia muito lá em casa. Direto minha mãe a utilizava para falar do meu pai: “Aquele cafajeste do seu pai fez isso, fez aquilo”.

— Hum… Então será que o Bruno e o seu pai têm algo em comum?

Larissa passou, então, a explorar a relação entre a dificuldade de se afastar do ex-namorado, o vínculo com o pai e a identificação com a figura materna.

Isso só foi possível porque Paula não deixou passar batida a forma sutil de resistência que se manifestou na fala da paciente quando ela não concluiu a frase “É um…”.

Na AULA ESPECIAL de hoje na CONFRARIA ANALÍTICA, falo sobre essa e mais 11 outras manifestações sutis de resistência que costumam aparecer na terapia psicanalítica.

A aula estará disponível ainda hoje (sexta) no módulo “AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS”, exclusivamente para quem está na Confraria.


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Relaxa… odiar é normal!

Uma das coisas que eu mais gosto na Psicanálise é o fato de que ela retira os “fardos pesados” que a farisaísmo social insiste em colocar sobre nós.

Se você postar nos seus stories ou em qualquer outra rede social a frase “Gente, eu tô com um ódio do meu marido!”, muita gente achará que há um problema grave no seu relacionamento.

É provável até que algum Ricardão se sinta encorajado a lhe mandar um direct com o clássico “Oi, sumida…”. 😏

Poucas pessoas vão olhar para a sua postagem e simplesmente pensar: “É, faz parte. De vez em quando a gente odeia a quem ama mesmo.”.

Infelizmente, prevalece no senso comum uma visão completamente falsa e idealizada das relações amorosas na qual a presença do ódio é vista necessariamente como um erro.

Ora, é absolutamente impossível amar uma pessoa sem odiá-la AO MESMO TEMPO.

Qualquer pessoa minimamente honesta consigo mesma jamais negaria a veracidade dessa afirmação.

Eugen Bleuler chamou de AMBIVALÊNCIA essa mistura inevitável de sentimentos que ocorre não só nas relações amorosas mas em praticamente todo relacionamento interpessoal.

Nas últimas aulas ao vivo da CONFRARIA ANALÍTICA tenho estudado com os alunos como a dificuldade de assumir a ambivalência pode levar ao adoecimento emocional.

Muitas pessoas entram em depressão, por exemplo, porque não se permitem odiar abertamente seus parceiros. Elas descarregam em si o ódio que era direcionado ao outro.

Sem falar nos obsessivos que morrem de culpa por sentirem essa hostilidade impossível de conter.

Parte dessa dificuldade de admitir o ódio está relacionada à visão idealizada e hipócrita das relações humanas que eu mencionei anteriormente.

Muitas pessoas se martirizam quando experimentam esse afeto porque aprenderam desde cedo que não se deve odiar JAMAIS sob pena de serem… ODIADAS por Deus! 🤡

A Psicanálise, em contrapartida, nos mostra que odiar, inclusive aqueles que amamos, é não só normal como inevitável.

Como seres naturalmente dotados de inclinações agressivas e apaixonados por nosso próprio ego, jamais conseguiríamos nos relacionar uns com os outros na base do “só love, só love”…


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[Vídeo] Adultos que se sentem crianças

Algumas pessoas não conseguem se perceber como adultas porque, na infância, enfrentaram um GRANDE PROBLEMA na relação com um ou ambos os pais e ainda não elaboraram suficientemente bem essa questão.


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[Vídeo] Psicanalista explica como tratar a ansiedade

Neste vídeo, o Dr. Nápoli expõe de maneira clara e direta como a Psicanálise compreende e trata a ansiedade excessiva.


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[Vídeo] Fibromialgia e Psicanálise

Esta é uma pequena fatia da aula especial “FIBROMIALGIA: CONSIDERAÇÕES PSICANALÍTICAS”, que já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS” da CONFRARIA ANALÍTICA.


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Fibromialgia e Psicanálise: um exemplo clínico

— Você se lembra quando começou? — pergunta Flávia, a psicóloga que Bruna procurou por indicação de sua médica.

— Eu não tenho certeza, mas acho que foi depois da morte do Léo.

— Vocês estavam casados há quanto tempo?

Bruna abaixou a cabeça e a terapeuta pôde notar algumas lágrimas despencando no jeans que a paciente trajava.

— Quatro meses — respondeu a advogada depois de alguns segundos em silêncio.

Com um semblante empático, a psicóloga mirou os olhos de Bruna, levando a paciente a sentir suficientemente acolhida para continuar a falar.

— Eu lembro que na hora em que me ligaram para contar da batida, senti uma dor tão grande, Flávia, que parecia que estavam me dando uma facada bem aqui no peito.

— Uma dor que ainda não passou, né Bruna? — pontuou a terapeuta.

— Nossa, mas era diferente… Eu acho que essas dores da fibromialgia nem se comparam com o que eu senti nesse dia. O Léo era o amor da minha vida, Flávia!

Após dizer isso, a paciente começou a chorar convulsivamente. A psicóloga se levantou e pegou um copo com água.

Depois de alguns minutos, Bruna se recompôs e voltou a falar:

— Às vezes eu acho que tem uma maldição em cima de mim, sabe? Os quatro meses que passei casada com o Léo foram o único momento realmente feliz que eu tive na vida.

— Por que você diz isso?

— Por que lá em casa sempre foi um inferno, Flávia. Lembra daquela surra que eu te contei que a minha mãe levou do meu pai? Eu via aquilo direto… Não gosto nem de lembrar…

— A fibromialgia não te deixa esquecer…

— Como assim?

Flávia cogitou encerrar a sessão naquele momento, mas, considerando o estado vulnerável que a paciente apresentava, decidiu que era importante oferecer alguma explicação:

— Essas dores que passeiam pelo seu CORPO, Bruna, talvez simbolizem todas as OUTRAS dores, muito mais intensas, que você tem carregado na ALMA…

A hipótese com a qual Flávia está trabalhando é a de que a fibromialgia da qual padece a paciente é produto da conversão de suas dores psíquicas para o corpo.

Falo detalhadamente sobre essa forma de abordar o sofrimento fibromiálgico na AULA ESPECIAL “Fibromialgia: considerações psicanalíticas”, já disponível na CONFRARIA ANALÍTICA.


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[Vídeo] Seu chefe quer que você seja ansioso


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Sentido: a maquiagem da vida

Por que as mulheres usam maquiagem?

A resposta é simples: para ficarem mais bonitas.

Elas querem esconder manchas, marcas, rugas; realçar os lábios, os cílios, as maçãs do rosto.

Enfim… Querem PRODUZIR uma imagem de si que lhes pareça mais bela.

Não por acaso as mulheres dizem que vão “SE PRODUZIR” ao se referirem ao ato de fazer maquiagem.

Nossos propósitos, projetos, sentidos constituem a maquiagem da vida.

O rosto que uma mulher tem diante de si no espelho depois de ter se maquiado não é o seu rosto REAL.

Trata-se de uma imagem PRODUZIDA que será desfeita ao fim da noite com creme demaquilante.

Todavia, nenhuma mulher se sente falsa ao sair de casa maquiada. Ela sabe que aquele não é o seu rosto real, mas é a face que ela DESEJA ter e mostrar ao mundo.

A ilusão CONSCIENTE de ter aquele rosto por algumas horas é suficiente para que ela se sinta bem consigo mesma.

Podemos encarar nossos propósitos também como ilusões conscientes cuja finalidade, tal como a maquiagem feminina, é simplesmente tornar a existência mais bela e interessante.

Quando algum paciente deprimido me diz que não consegue ver sentido na vida, eu lhe respondo:

“Você está vendo a existência tal como ela é. Na depressão, a gente enxerga a vida nua e crua. Ela não tem sentido mesmo.”

O problema do deprimido não é que ele não consegue mais VER sentido na vida. O que ele, de fato, perdeu é a capacidade de INVENTAR sentidos para sua existência.

Frequentemente, a gente se engana achando que um dia ENCONTRAREMOS um sentido existencial já pronto.

Na verdade, “casar-se”, “constituir família”, “ganhar dinheiro”, “ter realização profissional” etc. não são projetos inerentes à vida.

Não há nenhuma razão NATURAL que justifique a existência deles. Podemos tê-los ou não tê-los. No Real, tanto faz…

Na verdade, trata-se de propósitos que a gente INVENTA para MAQUIAR a falta real de sentido da vida.

E tá tudo bem!

Ninguém em sã consciência condenará uma mulher que se maquia por supostamente apresentar uma imagem de si que não corresponde à realidade.

Da mesma forma, podemos reconhecer que, NO REAL, a vida não tem sentido mesmo, mas saber que é muito mais belo e interessante viver COMO SE ela tivesse.


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[Vídeo] Não aceite a realidade

ACEITAR a realidade significa se submeter a ela, considerá-la como algo estanque, rígido, impossível de ser transformado. Logo, ruim. Em vez de ACEITARMOS a realidade, que tal se a AFIRMÁSSEMOS?


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