Como você reage quando é atacado?

Como você normalmente reage quando alguém o ofende?

Imediatamente começa a se defender?

Há algumas pessoas que funcionam dessa forma. O interlocutor mal termina de enunciar seus insultos e o sujeito ofendido já inicia raivosamente o seu contra-ataque.

Parece haver nesses indivíduos uma espécie de prontidão para a autodefesa, tamanha a rapidez e tenacidade com que reagem a agressões.

Nem todo o mundo é assim.

Há pessoas que ficam completamente atônitas quando são ofendidas, de modo que não conseguem emitir quase nenhuma palavra no momento.

Há também aquelas que, ao invés de se defenderem, começam a chorar, sentindo pena de si mesmas e descarregando sobre si o ódio que não conseguem dirigir ao agressor.

E não podemos deixar de mencionar aqueles que dão conta de conter a raiva gerada pela ofensa e aguardar o momento apropriado para responder aos ataques com assertividade.

Essa variabilidade na maneira como reagimos a ofensas evidencia a existência de PREDISPOSIÇÕES PSÍQUICAS.

Trata-se de tendências que se formam em nós em função da nossa história e que nos tornam propensos a reagir de determinada maneira frente a certas situações.

A pessoa que responde de modo raivoso e imediato a qualquer tipo de ataque provavelmente passou por experiências, sobretudo na infância, que a tornaram inclinada a esse tipo de reação.

Como diz o ditado, gato escaldado tem medo de água fria.

Da mesma forma, indivíduos que se sentiram consistentemente ofendidos e injustiçados quando crianças, tendem a encarar o mundo como um lugar hostil e ameaçador.

Assim, não se surpreendem quando sofrem agressões na vida adulta. Pelo contrário! Eles já ESPERAM tais ataques — armados até os dentes!

Aqueles pusilânimes que se calam ou choram diante de ofensas também podem vir de uma infância marcada por opressões e injustiças.

No entanto, diferentemente do que aconteceu no primeiro caso, não aprenderam a se armar. É provável que o ambiente em que foram criados não lhes permitia a expressão da revolta.

Você consegue identificar a sua predisposição e entender como ela se formou em função da sua história?


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[Vídeo] Você confia em si mesmo?

É na infância que se forma o olhar básico que nos permite responder à pergunta: “Será que posso confiar em mim mesmo?”.


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A terapia pode ser uma primeira vez…

Esta linda e esclarecedora frase de Winnicott encontra-se na parte final do artigo “Dependência no cuidado do lactente, no cuidado da criança e na situação psicanalítica”, de 1963.

Há 12 semanas temos estudado esse texto linha linha nas aulas ao vivo da CONFRARIA ANALÍTICA.

Hoje, a partir das 20h, será nossa última aula sobre o artigo.

Na semana que vem, começaremos a nos debruçar sobre outro escrito, dessa vez de Freud.

Até mais tarde!


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[Vídeo] Três tipos de traição

Neste vídeo apresento as três categorias em que, do meu ponto de vista, podem ser classificados os motivos pelos quais as pessoas traem.


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[Vídeo] Contratransferência

Esta é uma pequena fatia da aula especial “CONCEITOS BÁSICOS 18 – CONTRATRANSFERÊNCIA”, que já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – CONCEITOS BÁSICOS” da CONFRARIA ANALÍTICA.


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O analista pode utilizar suas próprias experiências como instrumento para a compreensão do paciente?

Naquele dia Sara estava mais falante do que de costume.

Logo depois de cumprimentar Rafael, a engenheira começou a narrar ininterruptamente os acontecimentos da última semana.

Sara é uma mulher de 35 anos que começou a fazer terapia há alguns meses desde que se separou de Carla e entrou em um episódio depressivo.

Rafael, por sua vez, é um experiente psicanalista de 40 anos.

Naquele dia, a paciente descreveu detalhadamente (e demonstrando bastante irritação) duas brigas intensas que teve com a mãe ao longo da semana.

Desde a adolescência, Sara tem um relacionamento turbulento com a genitora.

Geralmente os conflitos ocorrem quando a mãe busca controlar o comportamento da filha fazendo uso, sobretudo, de chantagens emocionais.

— … e aí ela disse que eu não me importo com ela, que eu nunca me importei! — disse Sara com um semblante indignado.

— Ela falou isso quando você disse que iria voltar a morar sozinha? — perguntou Rafael.

— Sim! Ela acha que só porque agora eu estou solteira, tenho que ficar morando com ela!

Enquanto Sara narrava as recentes brigas com a mãe, vieram à mente de Rafael algumas memórias de conflitos semelhantes que ele já vivenciara com sua própria mãe.

O terapeuta se lembrou de como se sentia culpado quando sua genitora, também controladora, tentava lhe chantagear emocionalmente.

Influenciado por essas memórias, Rafael deduziu que, por trás da ira com que Sara falava da mãe, havia um intenso sentimento de culpa.

— Esse tipo de fala dela (“Você não se importa comigo”) faz você se sentir culpada, né, Sara? — arriscou uma interpretação.

A paciente ficou em silêncio e, alguns segundos depois, começou a chorar compulsivamente.

Como viram, a intervenção acertada de Rafael não foi baseada apenas no que Sara vinha dizendo, mas também em sua própria experiência que, coincidentemente, era semelhante à da moça.

Ou seja, o analista utilizou suas vivências contratransferenciais como instrumento para discernir o que estaria acontecendo inconscientemente com a analisanda.

Quer saber mais sobre isso?

Ainda hoje (sexta) quem está na CONFRARIA ANALÍTICA, receberá uma aula especial do módulo “CONCEITOS BÁSICOS” sobre a noção de CONTRATRANSFERÊNCIA.


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Duas cabeças pensam melhor do que uma


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Não, não existe um complô do destino contra você

Há cerca de três meses, Renata terminou um breve namoro com Jonas, um colega de faculdade.

Na verdade, foi o rapaz quem decidiu sair da relação depois de mandar o clássico “acho que não estou preparado para um relacionamento neste momento”.

Duas semanas depois da separação, a jovem ficou sabendo que o curso de mestrado para o qual desejava tanto se candidatar não abrirá novas vagas neste ano.

Além disso, desde que ainda estava namorando com Jonas, Renata vem tendo frequentes embates com o pai por conta do consumo excessivo de álcool feito pelo genitor.

— Tudo na minha vida está dando errado. Parece que eu nunca vou ser feliz! — é assim que a jovem resume seus últimos dias para a psicóloga que a acompanha.

Perceba que, embora os três problemas que Renata tem enfrentado nos últimos tempos sejam completamente independentes um do outro, a mente da jovem parece reuni-los num único pacote.

O fato de que tais situações estejam acontecendo mais ou menos ao mesmo tempo se trata meramente de uma coincidência.

Não existe um plano transcendental maligno destinado a prejudicar a jovem neste momento. É só a vida acontecendo. Como dizem os americanos, “shit happens”.

Mas por que será que Renata tem a nítida impressão de que está sendo vítima de uma “maldição” ou de um “complô” do destino?

Trata-se de uma defesa psíquica. Explico:

Ao associar os três problemas que está enfrentando e encará-los como um grande “pacote de maldades” que a vida jogou sobre si, a moça se protege de uma constatação MUITO MAIS DOLOROSA:

A de que a vida é imprevisível e não tem sentido em si mesma.

Jonas poderia ter decidido continuar com Renata — ou não.

A universidade poderia ter aberto novas vagas para o mestrado — ou não.

O pai da jovem poderia maneirar na bebida — ou não.

Nenhum desses desfechos era previsível ou estava sob o controle de Renata. E é dessa angustiante verdade que ela se defende imaginando-se como vítima de um destino malvado.

Ajudar o paciente a AFIRMAR a aleatoriedade e imprevisibilidade da vida e CONVIVER com o reconhecimento dessa verdade deve ser um dos objetivos de qualquer processo psicoterapêutico.


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[Vídeo] Você perdeu a capacidade de desejar?

Há pessoas que passam tanto tempo de suas vidas submissas àquilo que em psicanálise nós costumamos chamar de “desejo do Outro” que gradualmente vão perdendo a própria capacidade de desejar.


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[Vídeo] A importância dos pais na terapia de crianças

Esse corte foi extraído da nossa última aula AO VIVO de segunda-feira na CONFRARIA ANALÍTICA.

Hoje, às 20h, teremos mais uma aula ao vivo. Estamos estudando, linha a linha, o texto de Winnicott “Dependência no cuidado do lactente, no cuidado da criança e na situação psicanalítica”.

Te vejo lá!


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[Vídeo] Entenda o que é atenção flutuante em Psicanálise

Neste vídeo, explico de forma simples e didática como o psicanalista exerce a atenção flutuante no contexto clínico e as diferenças entre esse tipo especial de escuta e o modo como normalmente acolhemos a fala das pessoas no dia-a-dia.


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[Vídeo] O corpo na adolescência

Esta é uma pequena fatia da aula especial “O adolescente e a sexualidade: cinco lições”, que já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS” da CONFRARIA ANALÍTICA.


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Helena e o olhar ameaçador do outro

— … e tem uns dois meses mais ou menos que ela praticamente não sai do quarto. Eu e o pai dela estamos preocupados, doutora.

Quem está falando é Joana, mãe de Helena, uma adolescente de 14 anos.

— E como ela era antes? — pergunta Patrícia, a psicóloga com quem Joana conversa.

— Nossa… Era outra pessoa! Você precisava ver: conversava com todo o mundo, gostava de ficar com a gente na sala assistindo TV. Agora é só dentro do quarto, no celular.

Quando Patrícia vai conversar com a adolescente, a primeira coisa que lhe chama a atenção é a vestimenta de Helena: um grosso moletom bege.

Com efeito, apesar de estarem numa sala com ar condicionado, a temperatura do lado de fora é de 34 graus!

Patrícia dá início à entrevista:

— Então, Helena… Bom dia! O meu nome é Patrícia. Foi você quem pediu à sua mãe para lhe trazer aqui ou foi uma decisão dela?

— Foi ela quem sugeriu, mas eu concordei… — responde Helena com um tom de voz bem baixo.

— Hum… Então você acha que precisa de terapia?

— Não sei direito… Mas eu acho que sim… Ultimamente eu tô muito estressada…

— E o que tem te deixado tão irritada?

— Nossa… Longa história… Mas a última coisa foi a aula de Educação Física. A professora queria por queria me obrigar a jogar vôlei.

— E você não gosta de vôlei?

— Gostar eu até gosto. Do que eu não gosto é de ficar ali pulando no meio do quadra com todo o mundo olhando.

Ao ouvir isso, Patrícia deduziu que a adolescente experimentava o olhar do outro como ameaçador e pensou que isso talvez estaria na origem de seu isolamento no quarto nos últimos meses.

A terapeuta se lembrou do que aprendeu em uma aula especial da CONFRARIA ANALÍTICA:

Muitas adolescentes se sentem angustiadas quando percebem que, devido às mudanças físicas provocadas pela puberdade, seus corpos passam a ser vistos como objetos de desejo.

A angústia pode ser tão intensa para algumas moças que elas procuram evitar o máximo possível a exposição de seus corpos a fim de se protegerem do olhar alheio.

A aula especial a que Patrícia assistiu se chama “O adolescente e a sexualidade: cinco lições” e ela estará disponível para todos os alunos da CONFRARIA ANALÍTICA ainda hoje (sexta).


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O que há no Inconsciente? Casamentos!


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Terapia produz “upgrade” na sua capacidade de se enxergar

Quando uma pessoa procura terapia, ela evidentemente está buscando soluções para os problemas emocionais que apresenta.

Nesse sentido, o maior benefício que um processo terapêutico pode proporcionar ao paciente é a eliminação ou atenuação da condição de sofrimento em que o sujeito se encontra.

Por outro lado, durante o desenrolar do tratamento, o paciente tem a oportunidade de desenvolver uma série de habilidades que são, em si mesmas, benéficas para sua saúde mental.

São, por assim dizer, “efeitos colaterais” da passagem por um processo terapêutico.

Uma delas é o que eu chamaria de AUTO-OBSERVAÇÃO REFINADA.

Todas as pessoas espontaneamente observam o próprio comportamento e tiram conclusões sobre quem são, o que desejam e como funcionam.

Não obstante, o grau de precisão dessa auto-observação “natural” é muito baixo.

A experiência de falar sobre si durante quase 1 hora, toda semana, para uma pessoa que está ali disponível para te escutar produz um “upgrade” brutal nessa capacidade de se observar.

Você começa a enxergar certos padrões de funcionamento que anteriormente passavam completamente desapercebidos.

E isso acontece por basicamente duas razões:

(1) Ao ter que falar de si semanalmente, você inevitavelmente se torna mais atento aos próprios comportamentos e à maneira como reage às situações;

(2) Toda terapia leva o paciente a questionar o modo como habitualmente se percebe, levando-o a considerar outras dimensões de sua conduta que outrora eram menosprezadas.

Veja esse exemplo:

Graças ao aperfeiçoamento da sua capacidade de auto-observação obtida no processo terapêutico, Marcelo tomou consciência de que sutilmente PROVOCA o ciúme de sua namorada.

Essa constatação possibilitou ao paciente evitar novas situações de conflito com a parceira que poderiam ter acontecido se ele continuasse ignorando a maneira como funcionava.

Marcelo ainda não conseguiu se livrar dos pensamentos obsessivos que o levaram a procurar terapia.

Todavia, o desenvolvimento dessa auto-observação mais refinada e precisa — esse “efeito colateral” da terapia — foi, por si só, favorável à sua saúde mental.


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