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Esta é uma pequena fatia da AULA ESPECIAL “Teoria lacaniana dos 4 discursos (parte 02): o discurso da histérica e o discurso do analista”, que já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – LACAN” da CONFRARIA ANALÍTICA.
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No final da década de 1960, o psicanalista francês Jacques Lacan elaborou a teoria dos quatro discursos para pensar alguns tipos de laços sociais cristalizados na sociedade ocidental.
O agente, isto é, o protagonista de cada um desses discursos, se apresentaria, segundo o autor, com um certo semblante, ou seja, com uma aparência específica criada para gerar determinados efeitos.
No caso do discurso do analista, Lacan diz que o agente, ou seja, o próprio analista, se coloca com o semblante de objeto a, um dos quatro elementos que estão presentes em todo discurso.
Os outros três são o S1 (o significante-mestre), o S2 (o conjunto dos demais significantes, isto é, o saber, o conhecimento) e o $ (o sujeito, que, para Lacan, é necessariamente alienado e dividido).
Para compreender por que o analista deve se apresentar com o semblante de objeto a, podemos examinar os motivos pelos quais ele não deveria se colocar como nenhum dos outros 3 elementos.
Comecemos pelo S1. Por que o analista não deveria se apresentar com esse semblante?
Ora, porque se colocando na posição de significante-mestre, ele se apresentaria como uma autoridade inquestionável que determina o que o outro deve fazer.
Nesse caso, o paciente seria obrigado a se situar no lugar de discípulo.
O analista também não deveria, segundo Lacan, se apresentar como S2, ou seja, como o representante do conhecimento, pois isso o levaria a adotar uma posição professoral.
Consequentemente, o paciente precisaria se colocar necessariamente no lugar de um aluno a ser educado e não de um sujeito a ser escutado.
Lacan também diz que o analista, apesar de ser, evidentemente, um sujeito, não deveria se apresentar como tal no tratamento. Por quê?
Porque, do ponto de vista do autor, num discurso só pode haver UM sujeito.
Isso significa que, se o analista se coloca nesse lugar, o paciente necessariamente precisaria sair dele e ser forçado a assumir outra posição (a de S1, no caso).
Então, o único elemento que sobraria como semblante para o analista seria o “objeto a”, ou seja, aquilo que não governa, não ensina, não demanda, mas provoca, perturba, causa o desejo.
Situando-se nessa posição, o analista permite que o paciente possa assumir seu lugar legítimo de sujeito.
Um sujeito que, para se desalienar dos significantes-mestres que determinaram sua vida, precisa justamente ser provocado, perturbado, incitado a desejar.
Para entender melhor o que significa na prática fazer semblante de objeto a, assista à AULA ESPECIAL “Teoria lacaniana dos 4 discursos (parte 02) – o discurso da histérica e o discurso do analista”, publicada hoje na CONFRARIA ANALÍTICA.
Trata-se da segunda parte da explicação que iniciamos na semana passada sobre a teoria dos quatro discursos.
A aula já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – LACAN”.
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No final da década de 1960, o psicanalista francês Jacques Lacan realizou um brilhante exercício de psicologia social teórica.
Refletindo sobre o funcionamento da sociedade à luz das descobertas psicanalíticas, o autor formulou um modelo interessantíssimo para pensar certos tipos de relações sociais.
Trata-se da teoria dos quatro discursos (discurso do mestre, discurso da universidade/ciência, discurso da histérica e discurso do analista).
Lacan utiliza o termo “discurso” para designar certas formas específicas de vínculos entre pessoas (ou entre pessoas e instituições) que se consolidaram ao longo da história na sociedade ocidental.
Para o autor, os quatro discursos mencionados acima possuem uma estrutura tão estável que é possível até prever o que acontecerá quando um deles é posto em funcionamento.
Veja o caso do discurso do mestre, por exemplo.
Sempre que alguém se coloca como agente desse discurso, já dá para concluir de antemão que, em breve, a posição de poder dessa pessoa estará em risco de ser perdida por conta de alguma revolta.
Utilizei o termo “agente” porque, no modelo proposto por Lacan, cada um dos quatro discursos possui uma estrutura básica composta por quatro lugares:
O AGENTE é a máscara (semblante) com que se apresenta aquele que inicia o discurso. A histérica, por exemplo, faz seu discurso aparentando ter uma falta que PODE ser preenchida pelo outro.
A VERDADE é aquilo que está na base do discurso, mas que o agente precisa esconder para sustentar seu semblante. A ciência, por exemplo, não expõe o seu inegável desejo de controle.
O OUTRO é a imagem que o agente tem daquele a quem se dirige no discurso. O analista, por exemplo, enxerga o paciente como um sujeito necessariamente alienado e dividido.
A PRODUÇÃO é o efeito colateral gerado pelo discurso e que o impede de funcionar com perfeição. No discurso do mestre, por exemplo, algo sempre escapole do controle desejado pelo agente.
Se você quiser entender tudo isso de forma mais aprofundada e em detalhes, assista à aula especial publicada hoje (sexta) na CONFRARIA ANALÍTICA.
O título da aula é “AULA ESPECIAL – Teoria lacaniana dos 4 discursos (parte 01): o discurso do mestre e o discurso da universidade” e já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – LACAN”.
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As histéricas são aquelas que não admitem a hipocrisia inerente ao laço social. São aquelas que se revoltam diante de situações para as quais a maioria das pessoas diz: “Deixa pra lá, é assim mesmo, sempre foi”. Incapazes de se submeterem passivamente às ordens do outro, são aquelas que questionam a tradição e apontam para aquilo que ela sufoca, reprime, apaga.
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