[Vídeo] Baixa autoestima: como tratar

Neste vídeo, o Dr. Nápoli explica o que precisa acontecer com uma pessoa para que ela melhore sua autoestima.


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[Vídeo] O estádio do espelho e o eu ideal

A alegria que a criança experimenta quando se dá conta de que é a pessoa que vê diante de si no espelho equivaleria à satisfação que nós temos, durante toda a vida, ao nos imaginarmos COMPLETOS.


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Que verdades você anda negando para manter essa imagem redondinha de si mesmo?

Lá no texto “O estádio do espelho como formador da função do eu”, Lacan utiliza a imagem do bebê diante do espelho para caracterizar a relação que nós tendemos a ter com o nosso Eu.

A alegria que a criança experimenta quando se dá conta de que é a pessoa que vê diante de si no espelho equivaleria à satisfação que temos ao nos imaginarmos COMPLETOS.

Para Lacan, o bebê se reconhece no espelho num momento muito precoce, em que ele ainda não consegue se perceber como um ser inteiro e coordenado.

No entanto, a imagem que ele vê no espelho é justamente… a de um ser inteiro e coordenado!

É daí que vem o júbilo da criança: afinal, o que ela enxerga no espelho é a pessoa que, na real, AINDA NÃO É, mas deseja ser.

O problema, nos ensina Lacan, é que a criança se encanta tanto com a imagem de inteireza que está diante de si que acaba se IDENTIFICANDO com ela.

Ou seja, o bebê passa a ACHAR QUE É a pessoa inteira e coordenada que ele DE FATO ainda não é.

Ora, esse descompasso entre o que ACHAMOS QUE SOMOS e o que DE FATO somos, se manterá presente em nós pelo resto da vida.

Podemos dizer que um dos efeitos da passagem por uma terapia psicanalítica é justamente a diminuição dessa distância entre o que imaginamos ser e o que realmente somos.

Ao longo da existência, vamos compondo uma imagem “redondinha” de nós mesmos, cheia de certezas e vazia de contradições.

E essa imagem é tão fascinante, tão perfeitinha, tão sedutora, que a gente acaba caindo na ilusão de acreditar que ela responde satisfatoriamente a pergunta: “Quem sou eu?”.

A verdade é que não responde.

Mas a gente não quer reconhecer essa verdade.

Sabe por quê?

Porque não é muito confortável viver com a consciência de que somos inevitavelmente contraditórios, ambivalentes, divididos.

Somos tão apaixonados pela imagem “redondinha” de nós mesmos que distorcemos nossa experiência subjetiva para não termos que abandoná-la.

E o que a Psicanálise chama de “mecanismos de defesa” são justamente as estratégias que utilizamos inconscientemente para tentar manter essa imagem intacta.

Quem está na CONFRARIA ANALÍTICA, receberá ainda hoje a gravação na íntegra da MASTERCLASS “TUDO SOBRE MECANISMOS DE DEFESA” que ministrei ontem à noite.


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[Vídeo] Síndrome do impostor: doutor em Psicologia comenta

“Síndrome do Impostor” é uma expressão surgida há algumas décadas no senso comum para designar um tipo relativamente comum de sofrimento vivenciado por pessoas bem-sucedidas acadêmica e/ou profissionalmente.

Apesar do ótimo desempenho em suas respectivas áreas, tais indivíduos periodicamente experimentam a sensação de que, na verdade, são uma grande farsa.

Neste vídeo, falo sobre dois fatores que contribuem para a gênese e manutenção desse problema.


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[Vídeo] Como se forma o eu ideal? Psicanalista explica

Por conta da nostalgia do narcisismo primário, cada um de nós cria uma imagem idealizada de si mesmo — é o que Freud chama de “eu ideal”. Reconhecendo que não podemos viver sem nos submetermos às regras do jogo impostas pelo Outro (papai, mamãe, a sociedade de forma geral), imaginamos uma versão de nós mesmos que se sai PERFEITAMENTE BEM nesse jogo.


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Síndrome do Impostor: você se acha uma farsa?

“Síndrome do Impostor”: como se sabe, esse não é um diagnóstico psicopatológico oficial. Você não o encontrará no DSM nem na CID.

Na verdade, “Síndrome do Impostor” é uma expressão surgida há algumas décadas no senso comum para designar um tipo relativamente comum de sofrimento vivenciado por pessoas bem-sucedidas acadêmica e/ou profissionalmente.

Apesar do ótimo desempenho em suas respectivas áreas, tais indivíduos periodicamente experimentam a sensação de que, na verdade, são uma grande farsa.

Mais do que isso: a pessoa se aflige com a ideia de que, a qualquer momento, irão descobrir que ela, de fato, não é nada competente e toda a imagem de sucesso que até então aparentava irá por água abaixo.

Que fique bem claro: essa “síndrome” só dá em quem é REALMENTE muito bom em sua área de atividade.

O problema é que o sujeito cai na ilusão de pensar que, na verdade, ele só sabe FINGIR muito bem.

Com base na minha experiência clínica com pessoas que padecem dessa condição, posso elencar dois fatores que contribuem para sua gênese e manutenção:

O primeiro deles é o PERFECCIONISMO. Em geral, indivíduos que sofrem com a Síndrome do Impostor têm muita dificuldade de aceitar que inevitavelmente cometem falhas e nem sempre conseguem ter uma performance de excelência.

Escravo de seu eu ideal, o sujeito encara todo e qualquer erro ou insuficiência como EVIDÊNCIA de que, na verdade, NÃO É competente coisa nenhuma.

É como se houvesse na cabeça da pessoa a seguinte frase: “Se eu não tenho um desempenho sempre perfeito, logo… sou apenas uma farsa”.

O segundo fator é a FACILIDADE que o indivíduo tem para fazer aquilo que faz bem.

Sim: um professor muito competente, por exemplo, consegue lecionar sem fazer muito esforço.

Essa extraordinária facilidade para fazer coisas que são extremamente desafiadoras para outras pessoas pode levar o sujeito a se perguntar:

“Será que eu sou bom mesmo? Se eu vejo tanta gente ralando para conseguir fazer o que eu faço de forma tão tranquila, será que não sou só um impostor fingindo que sei fazer?”.

O que está em jogo aqui é a ideia absolutamente equivocada de que todo sucesso real SEMPRE precisa envolver muito esforço para ser obtido.


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[Vídeo] Os pais na origem do superego

Esse corte foi extraído da nossa última aula AO VIVO de segunda-feira na CONFRARIA ANALÍTICA.

Hoje, a partir das 20h, teremos mais um encontro.

Estamos estudando linha a linha o texto de Freud “Sobre o narcisismo: uma introdução”.

Te vejo lá!


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Até quando você vai ficar correndo atrás do seu eu ideal?

Atualmente, lá na CONFRARIA ANALÍTICA, nós estamos estudando o artigo de Freud “Sobre o narcisismo: uma introdução”, de 1914.

Neste momento, estamos na parte do texto em que o autor desenvolve o conceito de “eu ideal” para explicar o que acontece conosco depois que abandonamos o narcisismo primário.

— “Narcisismo primário”? Que trem é esse, Lucas?

Deixe eu explicar isso para você em Humanês:

Do ponto de vista do Freud, no início da vida nós só temos olhos para nós mesmos.

Ainda incapazes de reconhecer que há um mundo externo que funciona independentemente de nós, vivemos temporariamente a ilusão de que somos a única coisa que existe.

Por exemplo: se temos fome e a mãe vem nos alimentar, vivenciamos essa experiência como se o seio dela tivesse sido criado pela força do nosso desejo.

Nessa fase inicial da vida, fazemos tudo o que queremos, na hora em que queremos e nossas necessidades são satisfeitas sem que precisemos nos esforçar para isso.

É essa condição original paradisíaca em que nada além de nós parece existir que Freud chama de NARCISISMO PRIMÁRIO.

Obviamente — como qualquer pessoa de bom senso é capaz de perceber — o bebê só pode vivenciar essa ilusão temporária se estiver sendo cuidado por pais suficientemente bons.

Mas isso é assunto para outro dia.

O que eu quero comentar aqui é o que acontece quando a gente sai do narcisismo primário.

Sim, porque chega uma hora em que a realidade bate na porta, né?

Depois de algum tempo, uma mãe normal começa a demorar um pouco mais para ir amamentar o bebê. Afinal, ela volta a ter outros interesses para-além do filho.

Outrossim, espera-se que a criança aprenda a se expressar não mais do jeito que quer (com choros, gestos e sons desarticulados), mas conforme as REGRAS da língua MATERNA.

Enfim, somos inevitavelmente expulsos do paraíso narcísico.

O problema é que a gente fica com muita saudade dessa época.

Época em que a gente sentia que era exatamente… como deveríamos ser.

Por conta dessa nostalgia do narcisismo primário, cada um de nós cria uma imagem idealizada de si mesmo — é o que Freud chama de “eu ideal”.

Reconhecendo que não podemos viver sem nos submetermos às regras do jogo impostas pelo Outro (papai, mamãe, a sociedade de forma geral), imaginamos uma versão de nós mesmos que se sai PERFEITAMENTE BEM nesse jogo.

É por amor a esse eu ideal que a gente acaba sufocando certos desejos reais e espontâneos simplesmente porque se mostram incompatíveis com ele.

O anseio narcísico de voltar a nos sentirmos perfeitos e adequados faz com que passemos a vida inteira correndo atrás do eu ideal e sofrendo por não conseguir alcançá-lo.

Até que a gente encontra um psicanalista.

E descobre que dá para viver sem correr…


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[Vídeo] O certinho quer likes do superego

Esse corte foi extraído da nossa última aula AO VIVO de segunda-feira na CONFRARIA ANALÍTICA.

Hoje, a partir das 20h, teremos mais um encontro.

Estamos estudando linha a linha o texto de Freud “Sobre o narcisismo: uma introdução”.

Te vejo lá!


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Somos todos recalcados

Sim, todos nós.

Não só aquela sua amiga invejosa ou aquele mancebo que lhe deu um perdido no último fim de semana.

Somos todos recalcados.

Recalque foi um termo que Freud utilizou para descrever um processo que ocorre quase que automaticamente (mas não involuntariamente) em nós quando experimentamos certos pensamentos, fantasias e impulsos que não são compatíveis com a imagem idealizada que temos a nosso respeito.

Sabe quando você se assusta consigo mesmo e diz: “Meu Deus, como eu pude pensar uma coisa dessas?”?

Quando isso ocorre, a tendência é fingir que nada aconteceu e simplesmente tentar esquecer que tais pensamentos passaram pela nossa cabeça, né?

Pois bem, recalcar é isso: jogar a “sujeira” psíquica para debaixo de um tapete chamado INCONSCIENTE.

Por essa razão, somos todos recalcados, afinal todos nós fazemos isso, pois amamos fingir que correspondemos à imagem idealizada que temos de nós mesmos.

Assim, quando brota dos nossos corações algo que vem macular essa imagem, a gente finge que nada aconteceu e continua vivendo no autoengano.

O problema é que a alma não possui apenas essa inclinação no sentido da hipocrisia, mas também uma tendência na direção da verdade.

Em outras palavras: não adianta recalcar, não, amigo…

O que foi recalcado retorna, pois exige ser visto, reconhecido, falado:

“A boca fala do que está cheio o coração.”.

Se a gente insiste no autoengano e no medo de se enxergar, a alma se revolta e, tal como um vulcão em erupção, lança sobre nós o recalcado na forma de padrões doentios de relacionamento, obsessões, sintomas físicos, pesadelos…

E aí a gente procura a Psicanálise – para abrir mão da imagem idealizada de nós mesmos — e vivermos menos recalcados…


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Diferenças entre eu ideal e ideal do eu em Psicanálise

Eu ideal e ideal do eu são conceitos que costumam causar certa desorientação em quem está começando a estudar a teoria psicanalítica.

São nomes diferentes para a mesma coisa ou se trata de fenômenos distintos?

Ao que parece, para Freud, Idealich (eu ideal) e Ichideal (ideal do eu) eram mais ou menos intercambiáveis.

Foram autores pós-freudianos, como Lacan, por exemplo, que perceberam corretamente que são processos psíquicos diferentes.

De modo geral, passou-se a considerar como o eu ideal a IMAGEM idealizada de nós mesmos que forjamos como compensação pela saída do narcisismo primário.

Deixa eu explicar isso direitinho:

Normalmente, na fase inicial do desenvolvimento que Freud denomina de “narcisismo primário” não existe nenhuma diferença entre aquilo que somos e aquilo que o Outro (os pais) deseja que sejamos.

Até porque, no início da vida, o Outro não tem muitas expectativas sobre nós. Ele nos ama de graça; acha bonitinho e engraçadinho tudo o que fazemos.

Essa situação faz com que o bebê se sinta o ser mais poderoso, lindo e desejado do universo!

Na verdade, não é bem assim: em “condições normais de temperatura e pressão”, quando o Outro faz o seu papel de cuidador direitinho, a gente nem percebe, enquanto bebês, que os pais existem.

Temos a ilusão de que somos nós mesmos quem criamos o seio que nos alimenta simplesmente com a força do nosso desejo de mamar!

Pois bem, essa ilusão de onipotência vivida nesse estado maravilhoso de plenitude em que nos sentimos a única bolacha do pacote… acaba.

Acaba porque, depois de alguns meses, o Outro volta a ter outros interesses para-além de nós e acaba também porque esse Outro, que até então achava tudo o que a gente fazia a coisa mais linda do mundo, começa a…exigir coisas.

Ele passa a pedir, por exemplo, que a gente se conforme a certas regras sociais.

Resultado: a gente começa a ter saudade daquela época em que éramos superpoderosos e plenamente amados sem precisar fazer nada para conseguir isso.

É aí que nasce o eu ideal…

Vamos continuar essa conversa na Confraria Analítica? Quem está na comunidade, receberá ainda hoje uma aula especial sobre a distinção entre eu ideal e ideal do eu.

Te vejo lá!


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[Vídeo] Por que é tão difícil reconhecer que erramos?

Fala pra mim: você é daqueles que assume com facilidade os erros que comete ou é como a maioria, que se vitimiza, dá desculpas e coloca a responsabilidade nos outros?

Culpa e vergonha são afetos que dificultam o reconhecimento dos erros, mas há um fator mais profundo que faz com que a gente resista a assumir quando pisa na bola.


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Reconhecer erros é ficar de luto

Você conseguiria descrever com facilidade os afetos que se fazem presentes no momento em que se dá conta de ter cometido um erro?

Seja honesto. São raríssimos os momentos em que de fato somos capazes de admitir que nós é que fomos a causa principal de um determinado tropeço na vida. Na maioria das vezes , aciona-se em nós um mecanismo mais ou menos automático de atribuição da responsabilidade a outrem.

Todavia, nessas ocasiões extraordinárias em que não temos outra saída a não ser admitir que realmente foi a gente que pisou na bola, uma série de afetos se manifesta em nosso ser.

Talvez, o mais primariamente explícito seja a culpa, esse sentimento terrível e doloroso que faz de todos nós simulacros de Adão diante do olhar de Javé.

A vergonha também é outro afeto que pode ser discernido nesses momentos.

Outros dois sentimentos preponderantes são o arrependimento e o desespero. Frequentemente, ao aceitarmos nossa responsabilidade diante do equívoco, o desejo de que aquilo não tivesse acontecido é imediatamente posto à baila e junto com ele a percepção de que a falta é irreversível, o que, dependendo do caso, pode gerar um intenso desespero em função da possível impossibilidade de reparar o dano.

Creio, no entanto, que todos esses afetos estão apenas na superfície da experiência de reconhecimento do erro. Em um nível mais profundo, o afeto preponderante talvez seja o do luto. Isso mesmo: luto! Toda vez que nos damos conta de nossa responsabilidade diante de um erro, alguém muito importante morre para nós (ainda que sempre ressuscite): o nosso eu ideal, esse companheiro inseparável de cada um de nós, cuja característica essencial é a perfeição.

Quando erramos, isto é, quando a dimensão da nossa falta essencial se manifesta de modo patente, é como se o eu ideal recebesse um tiro fulminante e uma das nossas maiores dores psíquicas decorre justamente dessas mortes eventuais. No limite, é por isso que a experiência de reconhecimento do erro é tão sofrida, pois não se trata apenas de dizer: “Tá bom, eu errei”, mas de dar um adeus provisório a esse nosso companheiro tão amado e sem mácula chamado eu ideal.


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O que é identificação em Psicanálise?

No capítulo VII do livro “Psicologia das massas e a análise do eu”, de 1921, Freud afirma que “A identificação é conhecida pela psicanálise como a mais remota expressão de um laço emocional com outra pessoa”.

Identificar-se com alguém significa tomar para si características e traços que são de outra pessoa. Em outras palavras, trata-se de um processo psíquico em que eu inconscientemente passo a “imitar” o outro.

É o que acontece, por exemplo, quando uma criança começa a falar de forma muito semelhante a um colega da escola ou quando uma moça que outrora odiava música sertaneja se torna fã desse estilo musical que, “coincidentemente” é o preferido da amiga por quem está apaixonada.

Portanto, o que Freud está dizendo lá em “Psicologia das massas…” é que o modo mais básico que utilizamos para nos relacionarmos com as pessoas é trazendo para dentro do nosso eu traços que são do outro.

Nesse sentido, aquilo que eu chamo de “minha personalidade”, ou seja, o conjunto de atributos que caracterizam quem sou, no fim das contas é uma mistura de traços de outras pessoas.

Ainda naquele texto, Freud distingue três modalidades de identificação:

A primeira é aquela em que eu tomo o outro como ideal, ou seja, em que eu me identifico com a pessoa porque quero ser como ela. O garotinho que passou a falar de modo muito parecido com seu colega pode ter começado a agir assim porque queria ser tão popular quanto ele.

A segunda acontece como uma reação à perda de uma pessoa amada ou em função da impossibilidade de acesso a ela. Nesse caso, eu me identifico com o outro porque não posso tê-lo. A jovem que passou a gostar de música sertaneja pode ter feito essa identificação com a moça por quem está apaixonada justamente porque não pode reconhecer seu desejo por ela devido a razões morais.

A terceira modalidade de identificação é que acontece quando nos vemos na mesma situação que outra pessoa ou percebemos ter algum elemento em comum com ela. Um rapaz, por exemplo, pode começar a ter sintomas depressivos quase idênticos aos que seu primo apresenta após saber que o familiar, assim como ele, sofreu uma grande decepção amorosa recente.


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Com que régua você se mede?

Percebo na clínica que muitas pessoas sofrem não porque estejam de fato vivenciando um estado real de impotência, mas porque, ao se medirem por meio de uma régua ideal, só conseguem se perceber como incompetentes e falhos. Portanto, a sensação de impotência é ilusória, fruto de uma autocobrança desmedida, que faz parecer que aquilo que se passa na realidade, aquilo que é efetivamente vivenciado é sempre insuficiente, quando, na verdade, simplesmente é o que é. A comparação com o ideal faz com que olhemos para o real sempre com crítica e menosprezo.

Leia o texto completo em bit.ly/drdregua


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