
Imagine que você está de boa na sua casa, mexendo no celular e aí, de repente, invadem seu domicílio e o sequestram.
Ao chegar ao suposto “cativeiro”, você descobre que, na verdade, será obrigado a participar de um JOGO.
Sim, um jogo.
Após retirarem a venda que haviam colocado sobre seus olhos, você percebe que está numa imensa sala com várias outras pessoas, igualmente sequestradas.
Os sequestradores simplesmente empurram você na direção de dois outros sujeitos que estão isolados num canto e dizem:
— Vocês três vão jogar juntos.
Aparentemente, aquelas duas pessoas parecem saber como funciona o game. Então, você resolve perguntar a elas como deve agir.
— Apenas faça o que a gente mandar e tente imitar o nosso comportamento. — diz uma delas.
Com medo de sofrer alguma punição, você resolve acatar essa orientação e começa a obedecer e a imitar aquelas pessoas mesmo sem entender nada do que está acontecendo.
Depois de algumas horas, uma delas (a mesma que lhe deu a orientação) aponta para o segundo sujeito e diz a você:
— Siga-o. Ele vai te mostrar onde está o manual do jogo. Depois de ler o documento, você poderá fazer jogadas por conta própria. Mas ainda não saia de perto de nós.
Essa historinha é uma alegoria que retrata metaforicamente o que acontece com a maioria de nós no início da vida.
O sequestro é o nascimento.
A sala que serve de cativeiro é o mundo.
O jogo é o que Lacan chamava de “ordem simbólica”.
As duas pessoas com quem você foi obrigado a jogar são seus pais.
E o manual do jogo é o que Lacan chamou de “Nome-do-Pai” ou “significante primordial”.
Eu disse que a alegoria representa o que acontece com a MAIORIA de nós porque o finalzinho da história é um pouco diferente para algumas pessoas.
Com efeito, os PSICÓTICOS não recebem aquela última instrução acerca do manual. Ou seja, eles não têm acesso ao significante do Nome-do-Pai.
Na AULA ESPECIAL desta sexta na CONFRARIA ANALÍTICA, eu exploro didaticamente essa alegoria para explicar como funciona esse processo atípico que Lacan chamou de “foraclusão”.
Além disso, com o auxílio de fragmentos do documentário “Estamira”, descrevo algumas das consequências da ausência do Nome-do-Pai na psicose.
O título da aula é “AULA ESPECIAL – Introdução à teoria lacaniana das psicoses (parte 02)” e já está disponível no módulo AULAS ESPECIAIS – LACAN.
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