[Vídeo] Entenda o fort-da: explicação simples e didática


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[Vídeo] Você tem recriado seu passado doloroso?


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Você tem brincado de Fort-da?

No livro “Além do princípio do prazer”, Freud narra uma curiosa cena protagonizada por seu netinho Ernst, de um ano e meio na época.

O menino tinha um carretel de madeira enrolado em um cordão e costumava brincar de jogar o objeto para longe de si, puxando-o de volta logo em seguida.

Quando lançava o carretel, Ernst emitia um som que sua mãe e seu avô interpretaram como sendo uma tentativa de dizer “fort” (“foi embora”, em alemão).

Ao trazer o objeto de volta para junto de si, o garoto dizia, alegremente, a palavra “da” (“aqui” ou “está aqui”).

Vendo que Ernst, apesar de muito apegado à mãe, não chorava quando ela estava longe, Freud interpretou a brincadeira da seguinte forma:

Ao fazer o carretel “ir embora” e retornar, o menino estaria reproduzindo simbolicamente as idas e vindas da mãe.

Transformando a mãe simbolicamente naquele objeto, Ernst passava a ter CONTROLE sobre os movimentos dela.

Assim, a mãe desaparecia e voltava quando ELE queria, não ela.

Ou seja, a brincadeira fazia o garoto se sentir SUJEITO da situação e não mais um mero objeto do desejo materno.

Se o anseio do garoto fosse apenas evitar o desprazer de estar longe da mãe, ele poderia simplesmente manter o carretel sempre junto a si.

Mas Ernst queria algo mais. Algo que está justamente para além do princípio do prazer: o menino queria DOMINAR a situação.

Por isso, ele precisava reproduzir não só a presença, mas também a ausência da mãe, ou seja, justamente o movimento que lhe causava dor.

Muitos de nós recorremos a esse mesmo processo defensivo empregado pelo netinho de Freud.

O problema é que as nossas “brincadeiras” de adultos envolvem PESSOAS e não carreteis.

Muita gente usa seus relacionamentos amorosos para tentar dominar, simbolicamente, uma situação dolorosa que vivenciaram na infância.

A pessoa se casa com um homem tão frio quanto o pai, por exemplo, para tentar simbolicamente mudar o genitor e torná-lo mais afetuoso.

Será que isso está acontecendo com você?

Será que você está até hoje tentando consertar o passado reencenando-o no presente?


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Fort-da: simbolizando o trauma para neutralizar o sofrimento

Por volta de 1919, Freud andava intrigado com o grande número de ex-combatentes da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que retornara do campo de batalha apresentando vários sintomas psicopatológicos, como depressão e problemas motores.

Mas o que de fato vinha deixando Freud pensativo não eram exatamente esses sintomas, típicos de neuroses traumáticas, mas os SONHOS que esses homens costumavam apresentar.

Com efeito, eram sonhos nos quais o sujeito era levado de volta aos dolorosos eventos vivenciados na guerra, como se a pessoa estivesse se obrigando a REVIVER tais experiências traumáticas.

Em meio à tentativa de compreender esse fenômeno que aparentemente contradizia sua teoria dos sonhos como realizações de desejos, Freud teve a oportunidade de observar as brincadeiras de seu netinho Ernst e perceber que o garoto também parecia BUSCAR VOLUNTARIAMENTE a repetição de vivências de sofrimento.

Ernst, que na época tinha cerca de 1 ano e meio, era a típica criança que não dá trabalho.

Freud diz que ele “não incomodava os pais à noite, obedecia conscientemente às ordens de não tocar em certas coisas, ou de não entrar em determinados cômodos e, acima de tudo, nunca chorava quando sua mãe o deixava por algumas horas”.

O menino tinha um carretel de madeira com um pedaço de cordão amarrado em volta dele e gostava de brincar de lançar esse objeto para fora de sua cama, segurando-o pelo cordão e puxá-lo de volta alguns segundos depois.

Quando o carretel era lançado, Ernst emitia o som “o-o-ó” que Freud e a mãe do garoto interpretaram como sendo uma tentativa de dizer a palavra “Fort” (“foi embora”, em alemão).

Já quando puxava o objeto de volta, o garoto dizia com muita alegria a palavra “Da” (“aí”, em alemão).

Freud chegou à conclusão de que a brincadeira era uma espécie de representação simbólica das idas e vindas da mãe.

Mas por que será que o menino brincava de REPETIR a experiência do afastamento da genitora já que isso certamente era fonte de sofrimento para ele?

Por que será que muitas vezes nós (nós!) BUSCAMOS reviver situações dolorosas?

A resposta está na AULA ESPECIAL que aqueles que estão na CONFRARIA ANALÍTICA receberão daqui a pouco.

Te vejo lá!


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