“Levante-se, pegue o seu leito e ande”: um Jesus lacaniano

Outro dia eu abri uma caixinha de perguntas lá no Instagram e uma moça me enviou o seguinte questionamento:

“Tenho depressão, faço análise há 17 anos e não melhoro. O que pode ser?”.

Eu respondi com o trecho do Evangelho de São João que narra o encontro de Jesus com um doente em “Betesda”, uma piscina pública de Jerusalém.

A passagem termina com o homem curado de sua paralisia após ter ouvido do rabino a seguinte exortação:

“Levante-se, pegue o seu leito e ande.”.

Alguns seguidores interpretaram erroneamente que eu estaria sugerindo à pessoa que a depressão dela só seria curada pela fé. 🤦‍♂️

Nada a ver!

Do meu ponto de vista, a referida passagem pode ser interpretada sem qualquer referência a aspectos religiosos.

Não precisamos encarar a cura obtida pelo paralítico necessariamente como um milagre.

Podemos pensá-la tão-somente como o efeito da astuta intervenção psicanalítica feita por Jesus. Senão, vejamos:

Quando o rabino pergunta ao doente se ele não queria ficar curado, a resposta do sujeito revela, nas entrelinhas, o GOZO que, de fato, sustenta sua enfermidade.

O cara sequer diz que quer, sim, ser curado. Em vez disso, ele JUSTIFICA por que está há anos ali, à beira da piscina:

“Não tenho ninguém para me colocar no tanque na hora em que o anjo passa. Aí, enquanto eu me arrasto para entrar na água, outra pessoa desce antes de mim.”.

Perceba: esse sujeito está preso à ideia fixa de que ele só será curado MIRACULOSAMENTE pela SUPOSTA passagem do anjo.

E o pior é que, mesmo sabendo que dificilmente conseguirá ser o primeiro a entrar na piscina, o infeliz continua ali, nutrindo a expectativa completamente ilusória de um dia conseguir.

É por isso que Jesus pergunta para ele:

“Uai, cê não quer ficar curado, não?”.

Esse questionamento pode ser lido como uma espécie de interpretação à moda lacaniana na medida em que faz alusão à SATISFAÇÃO com a doença que o paralítico não é capaz de reconhecer.

Ora, se ele SABE que é quase impossível ser o primeiro a entrar na água, por que continua inerte ali, à beira da piscina?

Por que não vai em busca de uma alternativa?

Por que não EXPERIMENTA simplesmente… levantar, pegar o seu leito e andar? 😉


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[Vídeo] Ganhos secundários

Esta é uma pequena fatia da aula especial “O desejo à flor da pele: um olhar psicanalítico para as lesões dermatológicas”, já disponível para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.


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A risada do Sr. Antônio e o gozo com a doença

— É, doutora, já tem mais de 10 anos que eu tô com esse negócio — disse o Sr. Antônio com aquele seu jeito bonachão de sempre.

— Mas ela nunca se fechou, Sr. Antônio? — perguntou Natália, um tanto impressionada com o que tinha acabado de ouvir.

— Ah, minha filha, já fechou, sim, umas duas ou três vezes, mas sempre abre de novo, né? Isso aí deve ser meu karma — respondeu o idoso soltando uma gostosa gargalhada em seguida.

— E você ainda ri, Sr. Antônio?

Quem falou isso, num leve tom de indignação, foi Rita, a enfermeira que limpava a enorme ferida que o Sr. Antônio tinha na perna esquerda.

Sim, ferida. Esse era o “negócio” que estava com o nosso simpático paciente há mais de 10 anos.

Natália, a psicóloga que conversava com o Sr. Antônio enquanto ele era atendido por Rita, encarou com naturalidade a risada do paciente.

Apesar de estar há pouco tempo naquele centro de tratamento de feridas, ela já havia notado que os pacientes que tinham lesões crônicas lidavam com elas de uma maneira muito peculiar.

Com efeito, não expressavam uma urgência de ver a ferida se fechar definitivamente. Era como se a lesão já tivesse se tornado parte da identidade deles.

Aquelas idas semanais ao centro pareciam lhes proporcionar muita alegria. A maioria adorava conversar com as enfermeiras e desenvolviam um forte vínculo afetivo com elas.

Além disso, conversando com alguns desses pacientes, Natália pôde constatar que muitos “sem querer querendo” acabavam não seguindo as orientações passadas pela equipe de Enfermagem.

Parecia haver neles um desejo inconsciente de manterem aquelas feridas abertas…

Ao observar a surpresa da enfermeira Rita com a risada do Sr. Antônio, Natália teve uma ideia:

Organizar reuniões periódicas com a equipe de enfermagem para que pudessem conversar sobre essa dimensão “satisfatória” do adoecimento — que não é fácil mesmo de entender.

Por coincidência, nesta sexta-feira Natália encontrará uma ótima referência teórica para iniciar esse projeto.

Como é aluna da CONFRARIA ANALÍTICA, a psicóloga poderá assistir ainda hoje a uma AULA ESPECIAL que trata justamente do que ela tem observado em sua experiência profissional.


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[Vídeo] O que você ganha quando está perdendo?

Um dos grandes diferenciais da Psicanálise é a sua capacidade de mostrar ao analisante que, se ele não consegue evitar seus problemas emocionais, é justamente porque PRECISA deles, assim como os dirigentes dos clubes PRECISAM de árbitros ruins para justificarem suas derrotas.

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[Vídeo] Problemas emocionais são gambiarras que custam caro

A Psicanálise descobriu que, no fundo, a gente AMA os nossos sintomas e não queremos nos livrar deles. Na verdade, a gente só quer eliminar as “despesas” que eles geram.


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Quais são os custos do seu desejo?

Imagine a seguinte situação:

João chega ao consultório da terapeuta Marcia com a seguinte queixa:

— Sabe, doutora, o meu problema é ter que pagar combustível, seguro, IPVA, taxa de licenciamento… Eu quero me livrar dessas despesas.

Atônita pelo caráter inusitado de tal demanda, Marcia acaba indo pelo caminho mais óbvio:

— E por que você não vende o seu carro? Assim você não teria mais esses gastos.

Com um olhar de surpresa e certa indignação, o paciente responde:

— Que isso, doutora? Tá maluca? Eu amo esse carro! Ralei muito para comprá-lo e não quero me desfazer dele tão cedo. Eu vim aqui para que você me diga como eu posso me livrar das DES-PE-SAS, não do carro.

Provavelmente, neste momento você deve estar fazendo esta cara: 🤨 e pensando no quão irracionais são as queixas e alegações de João, não é mesmo?

Como assim o cara quer ter um automóvel, mas não quer arcar com os custos necessários para mantê-lo? 🤦‍♀️

Embora esse diálogo seja obviamente fictício, a atitude do paciente expressa metaforicamente a relação que todos nós temos com nossos problemas emocionais.

Com efeito, a Psicanálise descobriu que, no fundo, a gente AMA os nossos sintomas e não queremos nos livrar deles.

Na verdade, tal como João, a gente só quer eliminar as “despesas” que eles geram.

Pense num rapaz cujo principal sintoma é o relacionamento conturbado com a namorada.

Ora, ele não quer terminar com a moça. Todavia, reclama toda semana com seu terapeuta dos “custos” que precisa pagar para permanecer no namoro.

Da mesma forma, aquela pobre paciente que há meses não consegue dormir direito no fundo tem um caso de amor com a própria insônia e não quer se ver livre do problema.

Ela quer dormir, mas não quer perder os GANHOS que a dificuldade de pegar no sono lhe proporciona…

Contraditório? Irracional?

Sim, meus caros. Mas é assim que nós somos.

Inconscientes dos nossos mais profundos desejos, criamos sintomas para satisfazê-los e depois reclamamos das “despesas” necessárias para mantê-los.

Um dos objetivos da Psicanálise é ajudar o paciente a reconhecer esses desejos a fim de que ele possa ter a liberdade de procurar (se quiser) outras formas (menos custosas) de satisfazê-los…


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A gente procura análise quando o preço do sintoma sofre inflação.

Todavia não é nada fácil parar de continuar consumindo esse produto que um dia já foi tão útil, mas que agora só traz prejuízo…


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O que a Psicanálise chama de resistência?

Uma das coisas que eu sempre digo em supervisões para alunos de Psicologia que estão começando a fazer atendimentos clínicos é o seguinte:

Lembrem-se sempre disso: nossos pacientes querem e, ao mesmo tempo, NÃO QUEREM estar em terapia.

Por que faço esse aviso?

Porque a experiência psicanalítica mostra com muita clareza que boa parte das formas de adoecimento emocional com que nos deparamos na clínica só existe porque as pessoas em questão não dão conta de lidar com certas VERDADES relativas a si mesmas.

Por exemplo: um sujeito pode desenvolver uma fobia social porque o contato com pessoas funciona para ele como gatilho para desejos homossexuais que ele insiste em reprimir desde a infância.

A cura definitiva desse paciente precisará envolver necessariamente o reconhecimento dessa dimensão de sua sexualidade que ele tanto repudia.

Mas você concorda comigo que tal indivíduo não vai querer passar por isso?

É claro! Se ele reprimiu os desejos homossexuais é justamente porque não quer ter que lidar conscientemente com eles.

Assim, se o terapeuta for dirigindo o tratamento no sentido de ajudar o paciente a reconhecer essas tendências, o que acontecerá?

Óbvio: o sujeito apresentará uma… RESISTÊNCIA.

Ele pode começar a chegar atrasado às sessões, desmarcar os encontros de última hora, recusar as intervenções do analista com argumentos aparentemente irrefutáveis, não ter “assunto” para falar em terapia, pedir para encerrar o tratamento por acreditar que já está bem etc. etc. etc.

Os métodos que o paciente pode empregar para resistir são os mais variados.

É por isso que eu digo para meus alunos que os pacientes querem e não querem ser tratados:

Todo paciente quer parar de sofrer, mas não quer, A PRINCÍPIO, pagar o preço necessário para alcançar esse resultado.

É por isso que o analista tem que ter muita paciência e sensibilidade para compreender o quão difícil é abrir-se para a verdade.

Quem está na CONFRARIA ANALÍTICA receberá ainda hoje uma AULA ESPECIAL sobre o conceito de RESISTÊNCIA em Psicanálise.

Te vejo lá!


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[Vídeo] Compulsão à repetição: por que insistimos no que nos faz sofrer?

Muitas pessoas procuram a ajuda da Psicanálise porque não conseguem abandonar certos padrões repetitivos de comportamento ou de escolhas amorosas que lhes trazem muito sofrimento. Neste vídeo apresento as duas principais causas desse fenômeno que Freud chamou de compulsão à repetição.


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Há pessoas que estão tão acostumados à própria doença que sabotam seu processo de cura só para não terem que sair do lugar.

Um dos fatores que podem nos manter presos a um quadro de adoecimento emocional é o HÁBITO.

Sim, a gente se habitua a um padrão doentio de funcionamento, sobretudo quando ele tem início na infância.

A gente se acostuma tanto com nossas ansiedades, sintomas e inibições que, com o passar do tempo, a doença passa a fazer parte da nossa identidade.

Nesse sentido, a cura passa a ser temida, pois eliminar o adoecimento significaria abandonar uma parte de si mesmo.

Nossa experiência clínica mostra que um dos obstáculos que emperram o processo terapêutico é o fato de que o paciente, muitas vezes, simplesmente não suporta ficar bem.

A pessoa já está tão habituada a seus padrões doentios que, inconscientemente, sabota a terapia porque a cura demandaria necessariamente uma desorganização temporária da sua personalidade.

Nesses casos, o sujeito se comporta como um prisioneiro que, depois de muitos anos, finalmente recebe o alvará de soltura , mas prefere permanecer na cadeia por acreditar que não saberá viver em liberdade.


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A gente faz Psicanálise para parar de dar desculpas esfarrapadas.

Recentemente eu publiquei um vídeo falando sobre como a Psicanálise explica o fenômeno da autossabotagem.

A ideia é muito simples: o sujeito que se sabota só APARENTEMENTE está agindo contra os próprios interesses.

Na verdade, ao se prejudicar, ele realiza simbolicamente desejos inconscientes. Só que, obviamente, não sabe disso.

Hoje gostaria de me aprofundar um pouco mais nesse tema dos desejos inconscientes.

Frequentemente na clínica psicanalítica ouvimos pessoas dizerem que estão em determinadas situações  que lhes causam sofrimento e das quais, se pudessem, gostariam de sair.

Os motivos que o paciente alega para não mudar parecem ser muito plausíveis, mas, na verdade, não passam de racionalizações autoenganosas:

“Ah, eu não suporto mais meu marido. Já tem mais de 10 anos que eu gostaria de me separar, mas não faço isso por causa dos meus filhos. Preciso esperar eles saírem de casa”.

“Eu não aguento mais esse trabalho. Todos os dias vou arrastado para lá. Se eu não precisasse tanto do dinheiro, já tinha pedido demissão há muito tempo”.

Aí você pergunta para essa segunda pessoa se ela está mandando currículos para outras empresas e buscando ativamente novas oportunidades de trabalho e o que ela te responde?

Óbvio: ela diz que não, que acaba não tendo tempo para isso porque… trabalha demais.

A outra, que não se separa supostamente por causa dos filhos, sabe muito bem que essa justificativa é uma baita desculpa esfarrapada.

Mas ela precisa dizer isso para si mesma, pois, de fato, NÃO SABE os motivos que a levam a permanecer numa relação tão insatisfatória.

Ela não sabe mesmo. Afinal, esses motivos são inconscientes.

Mas ela PODE saber.

Assim como o cara que odeia o trabalho, mas não faz nada para sair dele também pode descobrir que as verdadeiras razões pelas quais não sai desse emprego não têm nada a ver com o fato de “precisar do dinheiro”.

O tratamento psicanalítico visa justamente ajudar as pessoas a discernirem os desejos que estão realizando, sem saber, por meio do sofrimento.

Na Psicanálise, o paciente aprende que o que ele verdadeiramente deseja é aquilo que EFETIVAMENTE FAZ e não aquilo que DIZ QUE QUER.


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A gente faz Psicanálise para descobrir o que estamos ganhando quando perdemos.

Outro dia eu estava assistindo a um vídeo do Rica Perrone em que ele explicava a abordagem que utiliza para lidar com fatos públicos que aparentemente são ilógicos e contraditórios.

Trata-se de uma forma de pensar que me parece muito semelhante à psicanalítica.

Ele dizia que quando se depara com uma situação que não parece fazer sentido, sempre tenta identificar quem estaria obtendo vantagens com ela.

Por exemplo: no Brasil, há um consenso de que os árbitros de futebol cometem muitos erros e, com isso, acabam prejudicando várias equipes.

Por que, então, os dirigentes dos clubes não se esforçam para exigir que haja a profissionalização da atividade de árbitro de futebol, já que o amadorismo causa tantos danos?

Por que eles “lucram” com isso, argumenta acertadamente o Rica Perrone.

Sim, as falhas dos juízes sempre poderão ser utilizadas pelos presidentes e diretores dos clubes como justificativas para o mau desempenho dos seus times.

É isso o que explicaria o fato de continuarem permitindo que o trabalho como árbitro de futebol seja apenas um “bico” e não uma profissão regulamentada.

Essa abordagem que tenta enxergar quais são as vantagens ocultas que podem estar por trás de situações de aparente prejuízo é a mesma que nós, psicanalistas, utilizamos na clínica com nossos pacientes.

Com efeito, ajudamos o analisante a identificar os ganhos primários e secundários que ele obtém com seus sintomas, inibições e ansiedades.

Assim como quem olha de fora não consegue perceber por que os clubes não lutam pela profissionalização dos árbitros, o paciente também não entende, de início, por que permanece preso a seus padrões doentios.

Um dos grandes diferenciais da Psicanálise é a sua capacidade de mostrar ao analisante que, se ele não consegue evitar seus problemas emocionais, é justamente porque PRECISA deles, assim como os dirigentes dos clubes PRECISAM de árbitros ruins para justificarem suas derrotas.

Por trás do aparente sofrimento, há sempre algum tipo de satisfação que precisa ser trazida à luz.

É preciso reconhecer de que forma ganhamos quando estamos perdendo.


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[Vídeo] Por que a força de vontade não é suficiente?

Nossos problemas emocionais nos protegem e, ao mesmo tempo, satisfazem elementos inconscientes. Enquanto não perdemos o medo de reconhecê-los, todo esforço de mudança pode ser inútil ou meramente paliativo.


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Será que você quer mesmo melhorar?

Uma pessoa que decide procurar ajuda psicoterapêutica geralmente só consegue se enxergar como vítima do sofrimento que lhe acomete.

Na maioria das vezes, não passa pela cabeça dela que, em alguma medida, aquele sofrimento foi produzido e está sendo mantido por ela mesma.

Isso acontece porque não conseguimos perceber com facilidade os RACIOCÍNIOS INCONSCIENTES que estão por trás da maioria de nossas ações.

Sofremos com pensamentos obsessivos, mas não conseguimos identificar com clareza os motivos pelos quais eles não saem da nossa cabeça. Padecemos com desânimos, ansiedades e tristezas, mas não discernimos de onde essas coisas vêm.

Assim, chegamos ao consultório de um terapeuta com um pedido básico: “Livra-me desse mal!”.

Diante dessa demanda, o que um psicanalista faz?

Ele a acolhe, a recebe, a legitima. Mas… E esse “mas” faz toda a diferença: ao invés de simplesmente aceitá-la como tal, o analista a transforma numa pergunta ao paciente: “Será que você quer de fato se livrar desse mal?”.

Diferentemente do que imagina o senso comum, o adoecimento emocional não acontece por acaso nem é apenas uma reação passiva a acontecimentos da vida.

Toda enfermidade psíquica se desenvolve para cumprir certas FUNÇÕES na vida do sujeito.

No fim das contas, a gente adoece para não ter que fazer contato com a parte obscura da própria alma. Nesse sentido, a mera eliminação dos sintomas nos tornaria vulneráveis a nós mesmos. Assim, conscientemente queremos ter saúde, mas inconscientemente desejamos permanecer doentes como medida de proteção.

É por isso que a primeira etapa de uma terapia psicanalítica consiste em mudar a posição do paciente em relação ao seu adoecimento. O analista convida o sujeito a parar de olhar para seus sintomas como meros entraves à sua felicidade e passar a enxergá-los como escudos que ele próprio construiu para se proteger de si mesmo.


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[Vídeo] O que te impede de MUDAR

Neste vídeo: conheça os dois motivos básicos descobertos pela Psicanálise que explicam por que temos tanta dificuldade para abandonar nossas doenças emocionais.


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