Por uma Psicanálise sem máscaras

Você certamente já deve ter ouvido por aí que os psicanalistas são frios, distantes e excessivamente silenciosos na relação com seus pacientes.

Também já deve ter lido que o analista jamais deve atender demandas do analisando. Pelo contrário, deve consistentemente frustrá-las para que o paciente enfrente sua angústia.

Da mesma forma, não ficaria surpreso se você me dissesse que ouviu em alguma aula ou palestra (inclusive de minha autoria, talvez) que o analista deve posicionar-se diante do paciente exclusivamente como um espelho (Freud) ou como um objeto provocador (Lacan).

Mas e se eu te dissesse que toda essa mistura de lendas com verdades e meias verdades foi justamente alvo de crítica de um dos maiores autores da Psicanálise?

Sim. O nome dele é Sándor Ferenczi, um psicanalista húngaro que ousou dizer em alto e bom som, em pleno congresso internacional de Psicanálise, que os analistas são hipócritas e insensíveis enquanto estão tratando de seus pacientes.

Alguns colegas sentiram tanto o golpe que houve quem dissesse que Ferenczi estava vivenciando um quadro psicótico…

A verdade é que ele estava chamando a atenção da comunidade psicanalítica para os efeitos adversos provocados pela posição tradicional do analista, marcada por atitudes artificiais como abstinência, distância e reserva.

Essa ideia aparece em vários dos trabalhos que Ferenczi escreveu em seus últimos anos de vida, mas o texto em que ele manifesta de maneira mais explícita suas críticas à técnica psicanalítica clássica é, sem dúvida, “Confusão de língua entre os adultos e a criança”.

Trata-se justamente do artigo que Ferenczi apresentou em 1932 no XII Congresso Internacional de Psicanálise, em Wiesbaden na Alemanha, em que chama a postura clássica do analista de “hipocrisia profissional”.

A partir de hoje, eu e as centenas de pessoas que estão comigo na Confraria Analítica estudaremos LINHA A LINHA esse texto a fim de compreendermos o que de fato Ferenczi diz e quais são as possibilidades e os limites da Psicanálise sem máscaras que ele propõe.

Você também pode fazer parte dessa jornada.

É só entrar na nossa comunidade.


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O psicanalista é abstinente, mas não insensível.

Na Psicanálise normalmente não dizemos para o paciente o que ele deveria fazer para resolver seus problemas emocionais.

Esse é um dos aspectos que diferenciam radicalmente a terapia psicanalítica de outras formas de tratamento nas quais o terapeuta orienta o paciente numa certa direção.

Na Psicanálise não tem dica, não tem exercício, não tem lição de casa.

A única coisa que um analista pede ao paciente e que fale da forma mais sincera, franca e espontânea que puder durante as sessões.

Essa postura passiva, que se abstém de usar a força do vínculo terapêutico para interferir na vida do paciente, é muitas vezes confundida com INSENSIBILIDADE.

Eventualmente, por exemplo, um analista pode receber no consultório uma paciente cujo sofrimento está diretamente vinculado aos abusos psicológicos que ela sofre por parte do marido.

Os pais e as amigas dessa paciente podem já ter dito a ela diversas vezes que deveria se separar, mas essa mulher jamais ouvirá da boca de seu analista um conselho semelhante.

Não porque o analista seja insensível e não esteja nem aí para o sofrimento da paciente.

De forma alguma!

O bom analista acolherá esse sofrimento, escutando com genuína atenção e interesse cada pequeno detalhe do discurso dela.

Mais do que isso: ele se esforçará para deixar claro, por meio de sua postura e tom de voz, que é verdadeiramente sensível à dor dela.

Todavia, em nenhum momento essa pobre mulher ouvirá dele a recomendação de se separar nem qualquer outra sugestão sobre como supostamente deveria conduzir sua vida.

Por quê?

Vamos continuar essa conversa lá na Confraria Analítica?

Quem está na comunidade receberá ainda hoje uma aula especial sobre esse assunto.

Te encontro lá!


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Quando o analista não se apaga (parte 2)

SmoochesSándor Ferenczi, analista húngaro cuja obra tem sido injustamente pouco valorizada nos cursos de psicologia do Brasil, foi certamente um dos pioneiros no questionamento da neutralidade do analista. Esse questionamento se deu, sobretudo, em virtude dos efeitos colaterais produzidos pela aplicação do que Ferenczi chamou de “técnica ativa”, uma tática clínica que pretendia radicalizar o princípio de abstinência freudiano. A técnica ativa consistia basicamente em exortar o paciente a adotar certos comportamentos (como enfrentar diretamente uma fobia através da aproximação ao objeto fóbico, por exemplo) e proibi-lo de executar outros (como certas manias ou tiques, hábitos considerados equivalentes à masturbação). O objetivo era impedir que o paciente utilizasse suas inibições ou comportamentos, principalmente no setting analítico, como meio de descarga pulsional. Ferenczi observava que, ao ter sua tensão psíquica aumentada dessa maneira, o doente não poderia evitar o trabalho de rememoração e elaboração dos conteúdos recalcados, acelerando o processo analítico. Vale lembrar que, ao formular o princípio de abstinência segundo o qual o analista não deve atender a nenhuma demanda do paciente, Freud tinha em mente a mesma intenção: aumentar a tensão psíquica através da frustração da demanda e, com isso, facilitar o aparecimento do material recalcado. O aspecto inovador da técnica ativa proposta por Ferenczi foi a constatação de que, a despeito de não poder utilizar o analista, o paciente poderia encontrar outros meios de descarga pulsional, como os ganhos secundários dos sintomas e certos comportamentos de caráter masturbatório. Portanto, seria preciso estancar também essas vias de descarga a fim de evitar que a análise estagnasse.

Do ponto de vista do objetivo clássico do tratamento psicanalítico, qual seja, promover a rememoração e integração psíquica dos conteúdos recalcados, a aplicação da técnica ativa proporcionou resultados bastante positivos. De fato, quando o paciente se submetia às injunções e proibições do analista, a análise que até então parecia estagnada e girando em círculos, apresentava um significativo avanço. O material recalcado passava a se manifestar de modo menos tolhido e o trabalho de elaboração adquiria um novo impulso. Contudo, do ponto de vista da relação entre paciente e analista, a técnica ativa produzia efeitos de natureza iatrogênica. O terapeuta inevitavelmente acabava ocupando o lugar de mestre – posição que Freud sempre considerou contrária aos objetivos da psicanálise – e o paciente, em contrapartida, colocava-se numa posição de submissão a qual, como o próprio Ferenczi percebeu, frequentemente era utilizada para esconder sentimentos de desconfiança, incredulidade e hostilidade em relação ao analista.

A partir da constatação desses efeitos colaterais da técnica ativa e de uma reflexão renovada sobre o papel do da fator traumático na causação das neuroses, Ferenczi chegaria à conclusão que o faria questionar o princípio de abstinência e a neutralidade do analista. Ferenczi notou que esse lugar de sujeição ao terapeuta que o paciente era obrigado a ocupar pela aplicação da técnica ativa era análogo à posição de uma criança vítima de um trauma. Assim como um bebê que é forçado precocemente a abrir mão de sua espontaneidade para se sujeitar à realidade dura do ambiente à sua volta que não o compreende, na técnica ativa o paciente é forçado a se submeter às regras ditadas pelo analista. Quando o terapeuta proíbe o paciente de executar determinadas ações ele se comporta como um pai ou uma mãe que vê seu filho brincando com seu órgão genital e o proíbe terminantemente de fazê-lo. Assim como a mãe ou o pai acreditam que tal comportamento não é adequado, o analista também se fundamenta no pressuposto de que determinados comportamentos podem ser inadequados para o alcance dos objetivos psicanalíticos. Em ambos os casos, as proibições apresentam um caráter moralizante. Podemos, ademais, nos questionarmos acerca da própria natureza dos comportamentos que a técnica ativa proibia. Eles representariam de fato uma descarga pulsional, ou seja, seriam a expressão deslocada da sexualidade tal como vivenciada pelo adulto? Não seriam, talvez, equivalentes à manipulação lúdica que a criança faz de seus órgãos genitais, manipulação que evidentemente provoca prazer, mas um prazer diverso daquele em jogo na sexualidade adulta, que visa ao orgasmo?

Penso que Ferenczi respondeu afirmativamente a essa última pergunta, já que o abandono da técnica ativa é contemporâneo das reflexões sobre as diferenças entre os pontos de vista dos adultos e das crianças que o analista húngaro faz em um de seus textos mais conhecidos: “Confusão de língua entre os adultos e a criança”. Nesse artigo, Ferenczi defende a tese de que a expressão da sexualidade na criança é bastante distinta da manifestação da sexualidade entre os adultos. Diferentemente da sexualidade adulta, a sexualidade infantil não visaria o prazer final (orgasmo). Permaneceria, portanto, nos limites daquilo que Freud chamou de “pré-prazer”, isto é, daqueles comportamentos que, na sexualidade adulta, servem como preliminares à penetração. O pré-prazer seria suficiente para satisfazer a criança e sua expressão não comportaria a seriedade e o caráter apaixonado presente na sexualidade adulta. A sexualidade infantil se manifestaria através da ternura e apresentaria um caráter lúdico. Nesse sentido, em termos de sexualidade, crianças e adultos falariam dois idiomas completamente diferentes: a linguagem da ternura e a linguagem da paixão.

CONTINUA

Entenda a regra da abstinência de Freud (final)

Cena do filme "Um Método Perigoso"No post anterior, vimos que do ponto de vista freudiano a neurose é resultado de um conflito entre o recalcado (pensamentos, lembranças e desejos que jogamos para debaixo do tapete de nosso psiquismo) e o ego (a imagem que temos de nós mesmos e que, a princípio, seria maculada pelo recalcado). Vimos também que a neurose tem início quando sofremos uma frustração amorosa, a qual faz com que a nossa libido volte a investir os pensamentos que foram recalcados, levando o ego a se sentir ameaçado. A neurose seria, então, um acordo de “paz” selado entre o ego e o recalcado em que o primeiro permite que o último se manifeste desde que de forma disfarçada.

Pois bem. Se o recalcado só foi “reativado” porque a libido não pôde ser satisfeita com objetos da realidade externa (frustração), isso significa, portanto, que se um novo objeto se apresentar para a pessoa e essa passar a amá-lo, grande parte da sua libido tenderá a investir o novo objeto e abandonará os pensamentos recalcados. O que acontecerá então com eles? Serão novamente jogados para debaixo do tapete do psiquismo e permanecerão preparados para se manifestarem novamente caso uma nova frustração amorosa aconteça. Em outras palavras, o recalcado se comportará como um vírus que aguarda a ocasião em que o organismo estará debilitado ou com a imunidade baixa para poder agir.

Qual seria a saída para que o sujeito não ficasse tão vulnerável assim à ação do recalcado? Freud dirá: fazendo com que os pensamentos recalcados não sejam mais recalcados! Não entendeu? Eu explico: a única diferença entre os pensamentos que estão recalcados, ou seja, estão no inconsciente, e os que não estão é que os primeiros não podem, a princípio, ser objetos da consciência. Nesse sentido, fazer com que os pensamentos recalcados não sejam mais recalcados significa permitir que eles possam adentrar os salões da consciência – o que só será possível se o sujeito não se sentir ameaçado por eles. E como o sujeito poderá lidar com o recalcado sem se sentir ameaçado? Em primeiro lugar, aprendendo a ter uma imagem de si mesmo (ego) que não seja tão rígida e idealizada. Em segundo lugar, olhando para o recalcado de frente e se dando conta de que objetivamente eles não oferecem perigo algum. Esses dois processos sintetizam o que acontece durante um tratamento psicanalítico.

Neste ponto você pode estar pensando: “Ok. Até aí eu consegui entender. Mas você se propôs a explicar o princípio da abstinência defendido por Freud e até agora não falou muita coisa sobre isso.”. Não ouso discordar de você, caro leitor. De fato, era preciso estabelecer algumas bases antes de chegarmos ao ponto central desta explicação.

Disse no parágrafo anterior que a única forma de impedir que o recalcado se mantenha à espreita, como um vírus, seria fornecendo as condições para que ele pudesse se manifestar e entrar livremente no território da consciência. Ora, a neurose é justamente uma das condições que tornam isso possível! Afinal, os sintomas neuróticos nada mais são do que pensamentos recalcados se manifestando de forma disfarçada. Por outro lado, como frisamos, a neurose só aparece após uma frustração e pode muito bem desaparecer em função de uma nova ligação amorosa. Portanto, a condição sine qua non para que o recalcado possa ser reavaliado pelo indivíduo na análise é a abstinência de satisfações amorosas. Do contrário, isto é, se o indivíduo dirigisse sua demanda de ser amado ao analista e esse a aceitasse, a ligação amorosa entre o paciente e o terapeuta tomaria o lugar da neurose, impedindo a continuidade do tratamento. É por essa razão que, do ponto de vista freudiano, é preciso recusar a demanda de amor do paciente. É preciso manter o doente num estado de insatisfação suficientemente bom para que o recalcado permaneça se manifestando e possa se tornar objeto da consciência.

À guisa de conclusão, poderíamos dizer que a regra da abstinência é a diretriz técnica que torna possível tanto ao paciente quanto ao analista a descoberta e a análise do material recalcado. Como Freud costumava assinalar, é muito comum observarmos uma melhora súbita no quadro apresentado pelo paciente durante os primeiros meses de tratamento. Isso seria resultado da própria relação entre paciente e terapeuta, pois o primeiro investiria no segundo a libido que até então estava vinculada aos pensamentos recalcados. Essa melhora, contudo, não seria duradoura justamente porque o analista não forneceria ao paciente uma contrapartida a seu investimento libidinal. Assim, a libido do paciente não teria alternativa a não ser retornar para onde estava até então, a saber: no recalcado. Essa nova frustração amorosa sofrida pelo paciente produziria uma nova neurose que, dessa vez, estaria ligada à pessoa do analista.

Nesse sentido, ao manter o tratamento em abstinência, ou seja, recusando-se em atender a demanda de amor do paciente, o analista permite que a doença que teve origem fora do consultório possa ser atualizada no interior do setting analítico. Isso permite tanto ao paciente quanto ao analista trabalharem o recalcado e as formas que o ego tem de se defender contra ele não como resquícios de acontecimentos passados mas como fenômenos atuais.

Entenda a regra da abstinência de Freud (parte 1)

laura-week-two-1920Em 1915, no artigo “Observações sobre o amor transferencial”, Freud escreveu que “o tratamento [psicanalítico] deve ser levado a cabo na abstinência”. O público leigo poderia pensar que Freud estava apenas alertando os analistas para que jamais cedessem à tentação de terem algum envolvimento amoroso e/ou sexual com seus pacientes. O buraco, contudo, é mais embaixo. Para Freud, não se tratava de uma questão meramente ética, mas, sobretudo técnica. A abstinência em questão deveria ser mantida principalmente do lado do paciente.

Neste momento você pode estar se perguntando: “Como assim?”. Para entendermos porque Freud defendeu que o tratamento psicanalítico deve acontecer num estado de abstinência, é preciso levar em conta a forma como Freud entendia o surgimento de uma neurose, ou seja, do tipo de adoecimento psíquico que mais aparecia em sua clínica.

Para Freud, uma neurose, seja ela uma obsessão, uma histeria ou uma fobia, é sempre o resultado de um grave conflito psíquico. Conflito entre aquilo que o sujeito acredita que é (o que Freud chamou de ego) e determinados pensamentos, lembranças e fantasias que num primeiro momento lhe proporcionam muito prazer, mas que ele acaba mandando para o inconsciente porque não estão de acordo com a imagem que tem de si mesmo. Um exemplo bobo: uma moça criada em um contexto religioso muito severo acredita que não deve jamais fazer sexo oral com seu marido, pois isso a desqualificaria como mulher. Quando adolescente, no entanto, essa moça já teve fantasias de que fazia sexo oral em um professor. Como tais pensamentos eram incompatíveis com seu ego, a moça, embora sentisse muito prazer, recalcou-os no inconsciente.

Pois bem, a neurose, de acordo com Freud, poderá emergir justamente quando esses pensamentos que foram recalcados tiverem oportunidade de ser “reativados”. Se isso acontecer, o sujeito precisará se defender a fim de impedir que eles novamente se manifestem. Do contrário, terá de ver manchada a bela imagem que tem de si mesmo. Estabelece-se, então, uma guerra entre o ego e os pensamentos recalcados. Quem costuma vencer? Freud dirá: ambos! Ego e recalcado fazem uma espécie de “acordo”. O ego permite que o recalcado se manifeste desde que seja de forma disfarçada. A neurose é precisamente um desses disfarces! Na histeria, o recalcado se disfarça como sintomas corporais: dores, parestesias, formigamentos, vômitos etc. Na neurose obsessiva, o disfarce é constituído de pensamentos irrelevantes que não saem da cabeça do sujeito. E na fobia, o medo de um objeto, animal ou situação é a máscara adotada pelo recalcado.

E o que a abstinência tem a ver com tudo isso é o que você deve estar se perguntando. Ora, a questão que ficou em aberto acima é a seguinte: como é que os pensamentos, fantasias e lembranças recalcados entram novamente em ação? Freud responde: quando a libido, a energia sexual, retorna para eles. E como a libido retorna para eles? Quando ela não tem mais para onde ir. Não entendeu, né? Eu explico: quando estamos nos relacionando com alguém e nos sentimos satisfeitos com esse relacionamento, grande parte da nossa libido está investida na pessoa com quem estamos nos relacionando. Portanto, o recalcado não tem combustível para “subir” até as portas da consciência. Contudo, se por alguma razão, o relacionamento atual for rompido (seja pela morte da pessoa amada ou por uma separação mesmo) aquela libido que estava investindo o objeto de amor, acaba ficando livre, leve e solta. Como forma de compensar a frustração sofrida, ela vai reinvestir aqueles pensamentos que um dia nos provocaram satisfação. Que pensamentos são esses? Sim, os recalcados, que agora terão munição de sobra para entrarem em combate com ego novamente.

Em outras palavras, a neurose como “acordo” entre o recalcado e o ego só foi possível porque a realidade deixou o indivíduo num estado de… abstinência!

Leia a parte final

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