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Em lojas como a Cacau Show, por exemplo, é possível comprar apenas os chocolates dos quais a gente gosta.
Se as trufas de chocolate branco são as suas preferidas, você pode encher uma cestinha apenas com elas; não precisa levar obrigatoriamente outros chocolates.
Isso não acontece quando você compra uma caixa tradicional de bombons dessas da Nestlé ou da Garoto — que eram praticamente as únicas opções de chocolate disponíveis na minha infância.
Se você compra uma caixa da Garoto, por exemplo, ávido para degustar um Serenata de Amor, será obrigado a levar junto um Caribe (que tem seus fãs, eu sei, mas pode não ser muito do seu agrado).
Ou seja, você compra uma caixa de bombons tradicional porque ela contém chocolates que você gosta. Todavia, para ter acesso a eles, precisa necessariamente adquirir também aqueles que, se pudesse, você jamais compraria.
Um relacionamento amoroso de longo prazo é muito parecido com essas caixas de bombom.
É claro que a gente começa a se relacionar com uma pessoa porque ela possui características tanto estéticas quanto comportamentais que nos alegram.
Todavia, para se manter ao lado do ser amado você precisa inevitavelmente suportar uma série de outras características dele que não lhe são nada agradáveis.
Não dá para “editar” o parceiro e ficar apenas com os atributos aprazíveis: para ter acesso ao Serenata de Amor, você precisa necessariamente levar o Caribe junto.
O SEGUNDO VEM DA MESMA FÁBRICA QUE PRODUZIU O PRIMEIRO.
Assim também, os “defeitos” da pessoa que está com você — os quais te irritam, te angustiam, te entristecem — se originam da mesma fonte de onde provêm as “qualidades” que você tanto admira nela.
Laura gosta muito do olhar atento e cuidadoso que Jonas tem para consigo, mas se irrita profundamente com crises frequentes de ciúme do rapaz.
Muito provavelmente, o primeiro comportamento (que a agrada) não existiria sem o segundo (que a incomoda). Eles vêm da mesma fábrica…
E aí: quais são os “Caribes” que você suporta no seu namoro ou casamento? E quais são os “Serenatas de Amor” que justificam a manutenção do relacionamento?
Será que nessa relação só tem Caribe e praticamente nenhum Serenata?
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Há seis meses, Beatriz, uma jovem de 25 anos, lutava consigo mesma para esquecer Alfredo, um rapaz com quem teve um namoro recente.
Volta e meia Beatriz puxava papo com o ex pelas redes sociais na esperança de que voltassem a ficar juntos.
Todavia, esse comportamento da jovem estava em contradição com aquilo que ela dizia praticamente toda semana para a sua terapeuta:
— Eu sei que nós não deveríamos voltar. Foi praticamente um milagre a gente ter ficado junto por tanto tempo e acho que isso só aconteceu porque eu me anulava no relacionamento.
De fato, passado o entusiasmo típico dos primeiros meses de namoro, Beatriz passou a se sentir muito incomodada com a postura um tanto fria e distante que percebia em Alfredo.
A moça, no entanto, ao invés de terminar logo, começou a tentar se adaptar ao jeito do namorado.
Afinal, adequar-se a um contexto desfavorável foi algo que Beatriz aprendeu a fazer muito bem quando morava com os pais…
Após quase dois anos de namoro, o próprio Alfredo decidiu terminar alegando não estar num momento propício para relacionamentos.
Beatriz ficou desnorteada com o rompimento, mas, lá no fundo, sentiu um alívio: finalmente não precisaria mais sofrer com a apatia do rapaz.
Por outro lado, a moça não conseguia abandonar completamente o vínculo com ele.
Apesar de SABER que o melhor era não ficarem juntos, ela continuava mantendo contato.
Em terapia, Beatriz se queixava de que não conseguia deixar de falar com o ex, pois se sentia muito aflita quando não conversava com ele.
Em contrapartida, a terapeuta lhe ajudou a perceber que essa aflição jamais desapareceria enquanto a jovem tentasse se livrar dela fazendo contato com Alfredo.
Beatriz foi se dando conta de que a única forma que teria de verdadeiramente CONSEGUIR esquecer o rapaz seria bloqueando-o das redes sociais MESMO SE SENTIDO AFLITA AO FAZER ISSO.
Depois de um bom tempo de terapia, a moça finalmente conseguiu aprender essa importante lição de saúde mental:
Círculos viciosos e autodestrutivos só podem ser quebrados por AÇÕES motivadas pela CONSCIÊNCIA (“Eu sei que nós não deveríamos voltar”) e não por ESTADOS EMOCIONAIS (“Sinto-me aflita ao não conversar com ele”).
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Num relacionamento amoroso, pessoas que apresentam uma personalidade DOMINADORA se sentem muito à vontade para praticarem atos de desrespeito, como invadir o espaço do parceiro ou proferir palavras grosseiras e agressivas.
Como são mais independentes, elas não se preocupam com o possível sofrimento que vão provocar no outro porque não têm medo de serem deixadas.
Pelo contrário: se o parceiro se queixa de estar sendo desrespeitado, o sujeito dominador é o primeiro a dizer “OK, não está satisfeito? Então, vamos terminar.”.
Além disso, o dominador tem uma resistência patológica a reconhecer os próprios erros.
Por isso, jamais se percebe como desrespeitoso. Na cabeça dele, todos os seus atos, por mais agressivos e violentos que sejam, são apenas reações compreensíveis a erros cometidos pelo parceiro.
Ele nunca tem culpa de nada.
Geralmente tais pessoas só conseguem manter relacionamentos de longo prazo com parceiros que são o oposto delas, ou seja, que, ao invés de dominadores, são submissos, dependentes e se culpam com muita facilidade.
Tais parceiros aceitam os desmandos, invasões e abusos do dominador por basicamente duas razões que se complementam:
(1) Não conseguem se perceber como pessoas autônomas e capazes de tocar a própria vida sozinhas. Por isso, se iludem acreditando que não conseguirão viver sem o parceiro.
(2) Nutrem uma admiração, um encantamento, um tesão mesmo pela assertividade, força e independência que o sujeito dominador demonstra.
— Lucas, você acabou de me descrever. O que eu devo fazer?
Já sabe minha resposta, né?
Você precisa fazer terapia, ora bolas!
É preciso tratar essa imaturidade que não lhe permite se perceber como uma pessoa independente e elaborar esse tesão masoquista pelo comportamento dominador.
— Se eu me tratar, Lucas, será que meu parceiro vai mudar? Será que ele vai passar a me respeitar?
Pode ser que sim, pode ser que não, mas o fato é que VOCÊ vai mudar.
Vai mudar tanto que se ele não conseguir suportar a mudança e quiser terminar, você terá a segurança e a tranquilidade de poder dizer:
Já vai tarde.
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Você tem se sentido há muito tempo insatisfeito com seu relacionamento, mas mesmo assim não consegue terminar?
Você e seu parceiro ou parceira brigam com frequência e a ideia de se separar não sai da sua cabeça?
A insatisfação nos relacionamentos amorosos é uma das principais razões que levam pessoas a buscarem a ajuda de um psicanalista.
Em geral, os pacientes que padecem desse problema chegam proferindo um rosário de reclamações a respeito dos seus parceiros ou parceiras.
“Ele nunca me dá atenção!”.
“Ela implica com tudo o que eu faço!”.
“Ele só me responde com patadas!”.
Essas são algumas das queixas típicas que aparecem nesses casos.
Uma pessoa ingênua (ou insensível) pode olhar para essa situação e dizer: “Mas se está tão ruim, por que eles não se separam logo?”.
Eis a questão!
O paciente procura análise justamente porque, apesar de não estar satisfeito, simplesmente não consegue colocar um ponto final na relação.
Do ponto de vista psicanalítico, qual é o manejo clínico nesses casos?
Diferentemente do que acontece em outras formas de terapia, na Psicanálise nós não ajudaremos o paciente a desenvolver estratégias para conseguir sair da relação.
— Uai, Lucas, por que não? Não é isso o que ele está pedindo?
Sim, mas quem disse que na Psicanálise a gente fornece ao paciente o que ele está conscientemente demandando? 😉
O psicanalista oferece o que o seu paciente verdadeiramente PRECISA.
E do que precisa alguém que não está conseguindo sair de um relacionamento insatisfatório?
Ora, precisa, acima de tudo, sair da posição de vítima do jeito de ser do outro e refletir sobre as FUNÇÕES INCONSCIENTES que aquela parceria exerce para ele.
Ou seja, o paciente precisa analisar o papel SINTOMÁTICO daquela relação em sua vida.
Se ninguém está obrigando o sujeito a ficar com a pessoa que o deixa tão frustrado, a pergunta é: “Por que, então, ele continua ESCOLHENDO permanecer com ela?”.
Portanto, o manejo clínico nesses casos consiste em estimular o paciente a descobrir quais são as PENDÊNCIAS da sua história de vida que estão sendo “resolvidas” por meio do relacionamento insatisfatório.
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