
Dizemos que estamos em dissonância cognitiva quando sustentamos dois ou mais pensamentos mutuamente incompatíveis ou quando nos comportamos de modo incoerente com nossas próprias crenças, valores e visão de mundo. Toda pessoa viciada experimenta constantemente momentos de dissonância cognitiva. Afinal, ela se entrega ao vício sabendo que, do seu próprio ponto de vista, aquilo não deveria ser feito. Assim, o viciado precisa diuturnamente lançar mão de justificativas autoindulgentes. Incomodado e tenso com sua própria incoerência, o indivíduo vê brotar em sua mente um conjunto de pensamentos com alto grau de persuasão que o convencem da legitimidade do vício.
Esses pensamentos aparecem com mais frequência e força quando a pessoa tenta se abster de praticar o vício. O jovem, por exemplo, que decide parar de se masturbar logo se verá pensando coisas como: “Uma vez só não faz mal.”, “Masturbação faz bem para a saúde”, “Não tem nada de mais, é só uma maneira de descarregar o estresse.”. Tais argumentos funcionam como apaziguadores da consciência do sujeito. De fato, ele SABE que não deveria voltar a se entregar a tal prática, pois conhece os efeitos deletérios que ela trouxe para sua vida. Contudo, a voz de sua consciência que lhe faz tais alertas vai ficando cada vez menos audível à medida que os pensamentos autoindulgentes começam a “pipocar” em sua mente.
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