
Como você reage quando alguém lhe faz mal INJUSTAMENTE?
Sublinho a palavra “injustamente” porque, às vezes, o sofrimento que o outro nos causa pode ser apenas uma consequência inevitável do mal que lhe fizemos primeiro.
Mas aqui estou me referindo àqueles cenários em que é, de fato, o outro quem toma a iniciativa de nos atacar.
Por exemplo, quando você é vítima de uma atitude desonesta por parte de um colega de trabalho.
Ambos estavam concorrendo a uma promoção, mas aí o sujeito vai lá e fala mal de você para o chefe, de modo que você acaba perdendo a disputa.
Como você reage em situações como essa?
Qualquer indivíduo minimamente maduro do ponto de vista psíquico se sentirá indignado com a atitude do colega e se verá TENTADO a fazer um ato de vingança.
Pessoas emocionalmente maduras amam o próprio eu e, portanto, não conseguem tolerar de forma passiva que ele seja atacado gratuitamente.
Portanto, eu não ficaria surpreso se você me dissesse que, num primeiro momento, pensaria em alguma forma de “retribuir” a patifaria do colega.
Olho por olho, dente por dente.
No entanto, é provável que se você fosse, de fato, um sujeito emocionalmente maduro, o desejo de vingança acabaria sendo abandonado.
Em vez de nutri-lo, você confrontaria o colega, deixando-o ciente da sua indignação e tentaria reverter a perda da promoção conversando diretamente com o chefe.
Sabe por que eu sei que você agiria assim?
Porque pessoas emocionalmente maduras não se vitimizam.
Elas até podem SER vítimas de injustiças (isso é praticamente inevitável), mas não se sentem confortáveis no LUGAR DE VÍTIMAS.
Por isso, raramente colocam em prática o impulso natural da vingança.
Com efeito, para me vingar, eu preciso permanecer nutrindo a IMAGEM DE MIM MESMO COMO VÍTIMA, como um coitado nas mãos de meu agressor.
O sujeito que se vinga não percebe, mas está ESCOLHENDO manter-se estacionado na trilha em que encontrou seu algoz ao invés de retomar o seu caminho espontâneo.
Além disso, sob o manto hipócrita da ideia de “fazer justiça”, ele está apenas dissimuladamente satisfazendo os seus próprios impulsos agressivos.
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