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Autoconfiança significa, obviamente, confiar em si mesmo.
Uma pessoa autoconfiante, portanto, é aquela que, olhando para si, é capaz de exclamar: “Eis alguém com quem se pode contar!”.
Mas como é que um sujeito adquire essa visão favorável em relação a si mesmo? E por que algumas pessoas não conseguem?
Talvez possamos encontrar as respostas para tais perguntas explorando primeiramente a seguinte questão:
O que nos faz confiar em uma determinada pessoa?
Ora, passamos a confiar em alguém quando o indivíduo nos apresenta AÇÕES que nos induzem a olhar para ele e exclamar: “Eis alguém com quem se pode contar!”.
Ou seja, a confiança no outro não brota do nada. Ela é um efeito da PERCEPÇÃO de que a pessoa com quem nos relacionamos DEMONSTRA ser alguém confiável.
Por exemplo: posso confiar em um amigo porque, numa situação em que falavam mal de mim, ele prontamente se colocou em minha defesa.
Enfim, normalmente confiamos em pessoas que SE MOSTRAM confiáveis.
Se aplicarmos o mesmo raciocínio para pensar a autoconfiança, chegaremos à conclusão de que só podemos confiar em nós mesmos SE NOS MOSTRARMOS CONFIÁVEIS aos nossos próprios olhos.
E quando é que nós somos, digamos, “apresentados” a nós mesmos para que tenhamos a oportunidade de nos mostrarmos confiáveis ou não?
Ora, na infância, né?
É na infância, portanto, que vai se formar esse olhar básico que nos permitirá responder à pergunta: “Será que posso confiar em mim?”.
E, para que a resposta seja afirmativa, precisarei DEMONSTRAR para mim mesmo que sou confiável.
O problema é que, no caso da criança, essa demonstração não depende apenas dela, mas, sobretudo, do ambiente em que ela se encontra.
Se o ambiente não dá condições para que a criança SE VEJA potente e capaz, ela não conseguirá se enxergar dessa forma e, consequentemente, não conseguirá confiar em si mesma.
É essa circunstância que encontramos frequentemente presente na história de pessoas inseguras, com baixíssimo grau de autoconfiança.
No alvorecer da vida, elas foram induzidas pelo ambiente a se enxergarem como seres impotentes, frágeis e incapazes.
Consequentemente, não se tornaram capazes de confiar em si mesmas.
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Esse corte foi extraído da nossa última aula AO VIVO de segunda-feira na CONFRARIA ANALÍTICA.
Hoje, a partir das 20h, teremos mais um encontro.
Estamos estudando linha a linha o texto de Freud “Sobre o narcisismo: uma introdução”.
Te vejo lá!
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Na maioria das vezes, a dificuldade de dizer “não” é a expressão de uma FRAGILIDADE NARCÍSICA: a pessoa não se sente suficientemente bem consigo mesma para correr o risco de ser malvista por quem lhe demanda.
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Autoestima é basicamente a opinião que você tem a respeito de si mesmo. Essa opinião tem um componente variável e um componente relativamente estável. Assista ao vídeo e entenda.
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Autoestima é basicamente a opinião que você tem a respeito de si mesmo.
Essa opinião tem um componente VARIÁVEL e um componente RELATIVAMENTE ESTÁVEL.
O componente variável diz respeito às flutuações da autoestima em função daquilo que objetivamente fazemos e dos feedbacks que recebemos.
Nesse sentido, é bastante provável que sua autoestima fique alta se você for aprovado no concurso que tanto deseja ou fique baixa se seu desempenho for insuficiente para o alcance desse objetivo.
Da mesma forma, variações de sua autoestima podem acontecer quando você é elogiado ou depreciado por alguém cuja opinião lhe é valiosa.
Como você percebe, essa dimensão VARIÁVEL da autoestima depende muito de coisas externas ao Eu: desempenhos, resultados, conquistas, elogios etc.
Já o componente RELATIVAMENTE ESTÁVEL não é afetado por aquilo que está acontecendo conosco no presente.
Como o próprio nome já insinua, trata-se de um aspecto da nossa opinião sobre nós mesmos que quase não varia.
Isso significa que uma pessoa cuja autoestima é baixa nessa dimensão tenderá quase sempre a se avaliar de maneira depreciativa e desfavorável, mesmo recebendo frequentemente elogios e reconhecimentos.
Ao ser aprovada, por exemplo, num concurso, ela se sentirá bem, olhará com bons olhos para si mesma, mas, como tais reações estão situadas apenas no componente variável da autoestima, logo logo esse sujeito voltará a se ver de modo pejorativo.
Por outro lado, uma pessoa, por exemplo, cuja autoestima seja elevada na dimensão relativamente estável não demorará para voltar a se olhar positivamente após receber um feedback depreciativo.
Enquanto o componente VARIÁVEL é dependente das situações que vivenciamos no PRESENTE, o fator ESTÁVEL se constitui em face do que aconteceu conosco no PASSADO.
É com base nas vicissitudes das relações infantis com nossos pais que forjamos a avaliação básica que fazemos de nós mesmos.
Nesse sentido, crianças que foram consistentemente afirmadas, reconhecidas e valorizadas por seus pais tendem a formar uma opinião bastante favorável sobre si mesmas, que sobrevive às eventuais feridas narcísicas que venham a sofrer quando adultas.
Você gostaria que eu voltasse a falar sobre esse assunto em outro momento?
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Nem sempre nos sentimos afetados quando pessoas dizem coisas negativas a nosso respeito.
Às vezes um insulto ou feedback depreciativo entram por um ouvido e saem pelo outro.
Por outro lado, há momentos em que uma fala ofensiva ou aviltante não sai da nossa cabeça.
Não conseguimos esquecê-la ainda que tenhamos reagido de alguma forma ao outro ou consideremos injusta a ofensa recebida.
Por que isso acontece?
Por que não damos bola para certos insultos e não conseguimos parar de pensar em outros?
Minha hipótese, corroborada pela experiência clínica, é a de que só ficamos “mexidos”, impactados, afetados por uma ofensa quando “a carapuça serve”.
Com isso não estou dizendo que o feedback negativo só nos incomoda quando é verdadeiro.
Por exemplo: você pode ser objetivamente uma excelente profissional e ter ouvido de um cliente irritado que seu trabalho é horrível.
Muito provavelmente essa reação lhe trará apenas um leve incômodo (afinal, ninguém é de ferro, né?) se você estiver CONVENCIDA de sua competência.
Por outro lado, se você, apesar de executar o trabalho com maestria, nutrir interiormente dúvidas acerca de sua capacidade, é bem provável que passe dias e dias repassando mentalmente o feedback negativo do cliente.
Percebeu o que acontece?
Quando aquilo que uma pessoa diz a nosso respeito vai ao encontro de coisas que a gente já pensa sobre si mesmo, a fala do outro nos afeta muito mais.
É por isso que pessoas que possuem baixa autoestima, ou seja, que já costumam avaliar a si mesmas de modo extremamente pejorativo, tendem a se sentir ofendidas com mais facilidade.
Do ponto de vista metapsicológico, podemos dizer que a fala depreciativa do outro está alinhada com aquilo que o superego do indivíduo já diz para ele o dia inteiro.
Assim, mesmo sabendo racionalmente que não é incompetente, a pessoa se sente excessivamente incomodada com o insulto do cliente.
Com efeito, tal feedback se encaixa perfeitamente na visão distorcida que ela tem de si mesma.
Por outro lado, quem tem a sorte de não sofrer com um superego tão tirânico e sádico ouve a ofensa e a experimenta tão-somente como um leve tiro de raspão em seu narcisismo.
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Observar que a fé dos judeus em Jesus só nasceu em função dos milagres que ele realizou nos ajuda a identificar quais são as condições necessárias para o desenvolvimento da autoconfiança. Com efeito, expliquei na coluna anterior que a autoconfiança é a fé que uma pessoa tem na sua própria capacidade de superar desafios.
Ora, assim como a fé em Jesus, a fé que caracteriza a autoconfiança também depende da existência de milagres. Contudo, no caso da autoconfiança, não se trata de milagres reais, ou seja, de acontecimentos que contrariam as leis da natureza. Os milagres que criam as condições para o florescimento da autoconfiança são milagres imaginários, subjetivos, que só são milagres de fato aos olhos daquele que o experimenta.
Consigo imaginar um leitor se perguntando: “Como assim, Lucas? Explica melhor.”. Com prazer! Vamos lá:
Na primeira parte deste texto eu disse que a autoconfiança, diferentemente da coragem, é um afeto involuntário e que, portanto, brota de certas marcas psíquicas profundas geradas por experiências infantis. Também disse que essas marcas são produzidas por experiências que possibilitam ao sujeito perceber-se como sendo capaz de superar desafios.
Ora, quando somos crianças não temos muitos recursos físicos e psíquicos para lidar com desafios. Pelo contrário: somos extremamente frágeis e dependentes dos cuidados dos adultos. Nesse sentido, podemos nos perguntar: como é que a criança vai poder passar por experiências de se sentir capaz de vencer desafios se ela mal consegue ficar sozinha por muito tempo?
É aí que entram os “milagres”. De fato, a criança deixada à própria sorte dificilmente conseguirá vivenciar situações que a farão acreditar na própria potência. Um menino de 3 anos, sem o apoio de seus cuidadores primários, só conseguirá certificar-se de sua fragilidade e impotência. Todavia, quando a criança conta com o suporte ativo dos pais, ela se torna capaz de fazer uma série de coisas. Quando uma mãe, por exemplo, levanta sua filha para que ela alcance um determinado brinquedo ao invés de simplesmente pegar o objeto e entregá-lo à criança, a menina vivencia uma experiência mágica: ela está conseguindo fazer algo que, a princípio, sua condição não permitiria.
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Diferentemente do que se acredita, uma pessoa autoconfiante não acha que sempre pode vencer. Pelo contrário, ela sabe muito bem que pode fracassar, mas o forte desejo de acertar a torna capaz de correr o risco de errar. É essa intrepidez que diferencia os autoconfiantes dos inseguros.
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Sim, qual foi a última vez que você olhou para si mesmo e reconheceu seus méritos, seu esforço, seus resultados, seus sacrifícios diários?
Ah, Lucas, mas eu não tenho nada para elogiar em mim. Não me considero competente, tenho defeitos morais, não me vejo como uma pessoa legal.
Será que você é essa tragédia mesmo ou será que o seu olhar está “viciado” pela autocrítica, esse movimento autopunitivo que você repete à exaustão desde criança?
Será mesmo que não há nada que você seja ou faz que mereça ser valorizado, reconhecido, elogiado?
Ontem eu atendi uma paciente e fiquei especialmente sensibilizado com o fato de ela não conseguir reconhecer o quanto vinha sendo forte, valente e esforçada no cumprimento de seus deveres profissionais.
Trata-se de uma pessoa extremamente comprometida em trabalhar da melhor forma possível, mas que vinha se sentindo diariamente insatisfeita consigo mesma. Sabem por quê? Porque, ao invés de reconhecer suas qualidades e méritos evidentes e indiscutíveis, ela ficava se comparando o tempo todo com a versão ideal e perfeita de si mesma que só existe na imaginação dela.
Por isso, recomendo a vocês o mesmo que recomendei a ela: parem de olhar para si mesmos buscando enxergar apenas imperfeições, insuficiências e falhas a serem corrigidas. Valorizem suas características positivas. Não espere que outra pessoa faça isso.
SEMPRE haverá alguma. Basta saber olhar. Basta retirar as viseiras diabólicas da autocrítica.
Ah, Lucas, mas mesmo tirando essas viseiras, eu ainda não consigo me ver de forma positiva. Continuo me achando uma péssima pessoa!
Ah, é? Então, pronto: valorize sua sinceridade.
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Neste vídeo: entenda o que determina as variações de nossa autoestima e o que isso tem a ver com o conceito psicanalítico de Outro.
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Um seguidor pergunta: “Quais ações devem ser concretizadas por mim para que eu consiga elevar meu amor-próprio?”
Minha resposta: A saúde é o estado natural do ser. O adoecimento físico é apenas a expressão de uma perturbação da ordem natural do corpo por algum fator (vírus, bactérias, alimentação incorreta, sedentarismo etc.). Estou chamando sua atenção para isso para mostrar que sua pergunta se baseia em um pressuposto equivocado: você acredita que a elevação do amor-próprio seja uma condição a ser conquistada por meio de certas ações quando, na verdade, você já deveria naturalmente ter amor-próprio, pois esse é um dos atributos da saúde psíquica. Se você percebe que não se ama, isso significa que existem fatores que estão perturbando sua saúde mental e produzindo, como um efeito, a perda de amor-próprio. Portanto, a pergunta que você deve se colocar não é “o que devo fazer para aumentar meu amor-próprio?”, mas “o que aconteceu comigo e o que eu fiz com o que aconteceu comigo para que meu amor-próprio esteja tão baixo?”. Assim como o diabetes tipo 2 é uma condição anormal do corpo desenvolvida em resposta a maus hábitos alimentares, assim também a falta de amor-próprio costuma ser um modo patológico de relação consigo mesmo produzido para responder a experiências desfavoráveis de interação com o outro (especialmente pai e mãe) e de fantasias construídas com base nessas experiências. Nesse sentido, enquanto você não elaborar os elementos da sua história de vida aos quais você respondeu com a redução de seu amor-próprio, nenhuma “ação concreta” o ajudará.
Veja as respostas que dei para outras duas perguntas de seguidores clicando aqui.
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