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Freud descobriu que os sintomas não são só problemas, mas essencialmente SOLUÇÕES.
Soluções para conflitos psíquicos.
— Como assim, Lucas?
Eu vou te explicar com um exemplo:
Imagine Sabrina, uma jovem que está em conflito em relação a seu namoro: uma parte dela quer permanecer no relacionamento, mas outra quer terminar.
Um clássico!
Ora, como esse conflito pode ser solucionado?
Podemos pensar, a princípio, em duas alternativas:
Num primeiro cenário, Sabrina decide continuar com o namorado, aceita o que a desagrada e renuncia ao desejo de terminar.
No outro, ela escolhe sair da relação, aceita que vai sofrer, mas atravessa o luto e segue em frente.
Existe, porém, uma terceira alternativa de solução, que é justamente… o SINTOMA:
Sabrina pode desenvolver uma frigidez, ou seja, não conseguir mais sentir desejo sεxuαl pelo namorado.
A saúde dela está OK, o casal raramente tem brigas ou discussões, mas a moça simplesmente não sente mais vontade de trαnsαr com o cara.
Quando uma amiga lhe diz que isso é sinal de que eles deviam terminar, Sabrina responde:
— Mas, amiga, eu o amo muito. Não consigo deixá-lo!
Perceba como o surgimento do sintoma (frigidez) permite que a jovem não precise tomar nenhuma decisão e, ao mesmo tempo, satisfaz as duas partes do conflito:
A parte que quer terminar fica “feliz”, digamos assim, com o fato de ela não sentir mais vontade de ir para a cama com o namorado.
Já a parte que quer continuar se acalma, pois a frigidez cria um afastamento erótico, mas não rompe o vínculo amoroso.
Portanto, ao criar o sintoma (não conscientemente, é claro), Sabrina SOLUCIONOU o conflito, estabelecendo um… COMPROMISSO entre suas duas partes.
É como se ela estivesse dizendo para si mesma:
“Vamos fazer um acordo que fique bom para ambas as partes: eu não termino, mas desativo meu tεsão por ele.”
O problema, evidentemente, é que essa solução de compromisso não poupa Sabrina do sofrimento. Pelo contrário!
Ela evita a dor TEMPORÁRIA da separação ou da adaptação ao relacionamento.
Mas, em troca, passa a carregar o sofrimento CRÔNICO da falta de desejo sεxuαl.
A única dor que ela de fato evita… é a dor da decisão.
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Desde o início de sua carreira como psicoterapeuta, Sigmund Freud, o criador da Psicanálise, se deparou com um fenômeno curioso, que ele chamou de RESISTÊNCIA.
O médico austríaco observou que seus pacientes pareciam EVITAR deliberadamente certos pensamentos que apontavam para a origem de seus sintomas neuróticos.
Eu digo que esse fenômeno é curioso porque ele aparentemente não faz muito sentido. Afinal, por que uma pessoa doente intencionalmente atrapalharia o trabalho do médico que deseja curá-la?
Estranho, né? Mas foi exatamente isso o que Freud constatou: seus pacientes queriam melhorar, mas, ao mesmo tempo, NÃO QUERIAM passar pelo processo necessário para a cura.
Como explicar essa aparente contradição com a qual todo psicanalista se depara em sua clínica?
A resposta está no entendimento de como se formam as nossas doenças emocionais.
Freud descobriu que a gente desenvolve problemas psicológicos na esperança de que, por meio deles, possamos resolver certos CONFLITOS PSÍQUICOS.
Conflitos entre certos desejos e nossas convicções morais.
Conflitos entre a percepção de uma realidade e a expectativa que tínhamos sobre ela.
Conflitos entre o amor e o ódio que sentimos por uma mesma pessoa.
Enfim, na tentativa de solucionar dilemas como esses, nós adoecemos. É como se os sintomas e inibições nos fizessem “esquecer” dessas questões.
Nesse sentido, o tratamento exigirá necessariamente levar o paciente a repensar seus conflitos a fim de ajudá-lo a encontrar outras formas de resolução que não passem pela via da doença.
É daí que vem a resistência!
Com efeito, se o sujeito adoeceu na esperança de resolver os conflitos, isso aconteceu justamente porque tais batalhas mentais provocam uma angústia quase insuportável.
Assim, é natural que ele RESISTA a retomar o contato com essas questões. A pessoa tem MEDO de voltar a experimentar aquela angústia.
Por isso, uma parte significativa do tratamento psicanalítico consiste em oferecer ao paciente o apoio necessário para que ele perca esse medo.
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Frequentemente o adoecimento emocional é o resultado de guerras que estabelecemos nos confins da alma contra desejos inofensivos, restos de papai e mamãe e outros elementos com os quais não conseguimos conviver pacificamente.
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O termo “neurose” não nasceu no campo psicanalítico.
Ao que parece, ele foi introduzido na medicina em meados do século XVIII por um sujeito chamado William Cullen para designar certas doenças físicas cuja causalidade estaria relacionada a “problemas de nervos”. Daí a raiz etimológica da palavra: a junção entre os termos gregos “neuron” (nervo) e “osis” (estado patológico).
Percebe-se, portanto, que, originalmente, neurose tinha como referentes quadros que atualmente costumamos chamar de “psicossomáticos”. O próprio Freud utilizou o conceito nesse sentido quando propôs a categoria de “neuroses atuais” para caracterizar certas doenças físicas que seriam ocasionadas por uma vida sexual excessivamente insatisfatória.
No entanto, a acepção de neurose que se consolidou no campo psicanalítico foi aquela que Freud empregou para designar o que ele chamou inicialmente de “psiconeuroses”.
Trata-se de enfermidades cuja origem é totalmente psicológica (daí o acréscimo do prefixo “psico”) e cujos sintomas são o resultado de conflitos psíquicos insuportáveis entre certos anseios infantis da pessoa e a imagem que ela pretende ter de si mesma.
Em outras palavras, a neurose acomete aqueles indivíduos que mantêm um apego excessivo a determinados desejos da infância e, ao mesmo tempo, se condenam exageradamente por nutrirem tais desejos. Os efeitos desse “beco sem saída” no qual o neurótico se coloca são os sintomas: disfunções corporais na histeria, pensamentos obsessivos e compulsões na neurose obsessiva e evitações na fobia.
Os sintomas neuróticos são uma forma patológica de resolução do “beco sem saída”: eles satisfazem simbolicamente os anseios infantis ao mesmo tempo em que protegem a pessoa de tomar consciência desses desejos, permitindo, assim, que ela mantenha sua autoimagem intacta. O problema é que esse “jeitinho” acaba sendo fonte de dor, sofrimento e perda de energia.
Logo mais, publicarei um vídeo para os membros da Confraria Analítica contendo mais detalhes e aprofundamentos acerca do conceito psicanalítico de neurose.
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