Esta é uma pequena fatia da aula “A contratransferência como bússola clínica” que já está disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – TEMAS VARIADOS da CONFRARIA ANALÍTICA.
Vanessa ainda não tinha conseguido entender porque sentia tanta irritação ao atender Marcelo.
O rapaz tinha 27 anos e havia começado a terapia com uma demanda de timidez excessiva e pensamentos intrusivos.
Ele sempre fora tão gentil e educado no trato com Vanessa que a analista poderia descrevê-lo tranquilamente como “um amor de pessoa”.
Porém, o que ela sentia ao atendê-lo era… raiva. Às vezes tinha vontade de lhe dar uns safanões. “Esse cara precisa acordar para a vida!”, ela pensava.
Ao mesmo tempo, Vanessa se condenava por ter esse tipo de pensamento e por ficar tão irritada nas sessões.
A terapeuta achava que não estava conseguindo manter a neutralidade e cogitou até interromper a análise e encaminhar o paciente para uma colega.
No entanto, fazendo uma pesquisa na internet sobre contratransferência, a analista acabou encontrando o artigo “On Counter-transference”, de Paula Heimann.
Trata-se de um texto clássico, publicado em 1950, no qual a autora defende que os sentimentos contratransferenciais não são necessariamente um problema.
Pelo contrário! Segundo Heimann, eles podem fornecer pistas sobre o que está acontecendo no inconsciente do paciente.
Depois de ler o artigo, Vanessa refletiu longamente sobre o caso e chegou a uma conclusão que provocou uma virada radical no tratamento.
A analista se deu conta de que a raiva que sentia era, na verdade, uma expressão da agressividade que o próprio paciente não conseguia experimentar.
Incapaz de suportar seus impulsos agressivos, o rapaz os projetava na analista e, sem perceber, a induzia a vivenciá-los em seu lugar.
Essa constatação levou Vanessa a perceber que a repressão da agressividade era um fator central por trás da timidez e dos pensamentos intrusivos de Marcelo.
Mas, veja: ela só conseguiu fazer essa descoberta ao ser encorajada pelo artigo de Paula Heimann a olhar para sua contratransferência como uma fonte de informação.
Você, que ainda não conhece esse texto, também pode passar pela mesma experiência transformadora vivida por Vanessa — só que em boa companhia.
Deixa eu te explicar: é que eu acabei de publicar na Confraria Analítica uma aula especial justamente sobre o artigo “On Counter-transference”, de Paula Heimann.
O título dela é “A Contratransferência como Bússola Clínica” e já está disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – TEMAS VARIADOS da Confraria Analítica.
A Confraria é a maior e mais acessível escola de teoria psicanalítica do Brasil e já conta com mais de 3000 alunos.
Aproveite a Black Friday e garanta seu acesso anual à Confraria com desconto especial e bônus exclusivos.
É a melhor oportunidade do ano para aprofundar sua clínica com autores que realmente fazem diferença — como Paula Heimann.
Na minha Black Friday, você também garante: 🔸 Desconto no pacote com meus 3 e-books 🔸 E desconto no meu livro físico “Entenda-se: 50 lições de um psicanalista sobre saúde mental”
Que posição o paciente espera que eu ocupe na relação com ele?
Esta é uma das principais perguntas que todo terapeuta deve se fazer enquanto está atendendo.
Todo sujeito carrega inconscientemente em seu psiquismo um determinado “script”, ou seja, uma espécie de roteiro, que costuma encenar em todas as suas relações.
Esse roteiro especifica o papel dele e do outro, ou seja, o que cada um deveria fazer ao se encontrarem.
Num típico script histérico, por exemplo, a pessoa tende a se apresentar como objeto de desejo e, assim, espera que o outro a queira, a valide, a reconheça.
Importante dizer que nós não só projetamos os scripts em nossas relações, mas também tentamos induzir o outro a desempenhar o papel reservado a ele.
Uma paciente histérica tentará seduzir o terapeuta a fim de levá-lo a encenar a função do outro que a valida, que a reconhece, que a ama, no fim das contas.
Ela pode se apresentar, sessão após sessão, como alguém injustiçada, incompreendida, carente…
Muitos terapeutas caem nesse tipo de armadilha e acabam protagonizando o papel previsto no script da paciente.
“Mas qual é o problema se isso acontecer, Lucas?”.
O problema é que esses roteiros têm função defensiva. Eles foram criados para nos proteger de certas angústias que, na verdade, deveriam ser atravessadas.
O roteiro histérico, por exemplo, é escrito para manter o sujeito na esperança de que ele possa ser o objeto que falta na vida do outro.
Esta é uma expectativa que as crianças costumam ter em relação a seus pais, especialmente àquele do sexo oposto.
Normalmente, o que acontece?
Esse desejo acaba sendo frustrado e o sujeito aceita, aos poucos, que não é tudo o que faltava na vida de papai ou mamãe.
O histérico, porém, não suporta essa angústia de saber que não é a última Coca-Cola do deserto. E é aí que se forma o script de sedução do outro.
Nesse sentido, a tarefa do terapeuta é resistir à encenação. Justamente para que o paciente possa se dar conta… de que existe um roteiro.
Participe da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Esta é uma pequena fatia da aula “Theodor Reik e o terceiro ouvido” que já está disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – TEMAS VARIADOS da CONFRARIA ANALÍTICA.
Participe da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Tradicionalmente, nós, psicanalistas, aprendemos que nossa principal ferramenta de trabalho é a escuta.
Por isso, temos uma tendência a focar nossa atenção (flutuante, diga-se de passagem) àquilo que o paciente DIZ durante a sessão.
É com base nesse material verbal que normalmente formulamos nossas hipóteses e interpretações.
Assim, se alguém nos perguntasse: “Por que você fez tal intervenção?”, poderíamos responder: “Porque o paciente me falou tais e tais coisas”.
Tudo isso está correto. Porém, a experiência comunicativa que estabelecemos com nossos analisandos não se reduz a essa troca verbal.
Frequentemente, nos flagramos pensando ou sentindo certas coisas em relação ao paciente que não conseguimos remeter diretamente a algo que ele tenha dito.
Às vezes, é o MODO como o sujeito fala, seu tom de voz ou a postura específica que adota diante de nós o “gatilho” que nos induz a certas hipóteses ou sensações.
É aí que entra o que Theodor Reik chamou de “terceiro ouvido”: uma escuta mais sutil, quase intuitiva — que toca o inconsciente antes mesmo da fala.
Quer entender melhor esse conceito e ver exemplos práticos de como isso aparece nas sessões?
Então, assista à aula “Theodor Reik e o terceiro ouvido“, publicada hoje na CONFRARIA ANALÍTICA, minha escola de formação teórica em Psicanálise.
A aula já está disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – TEMAS VARIADOS.
A Confraria é hoje a maior e mais acessível escola de teoria psicanalítica do Brasil, com mais de 500 horas de conteúdo.
Acesse este link no meu perfil e venha estudar comigo!
Participe da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Esta é uma pequena fatia da aula “O papel crucial da aliança de trabalho na clínica” que já está disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – TEMAS VARIADOS da CONFRARIA ANALÍTICA.
Participe da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Esta é uma pequena fatia da aula “Como manejar a transferência erótica” que já está disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – TEMAS VARIADOS da CONFRARIA ANALÍTICA.
Participe da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Patrícia levantou-se da poltrona para chamar Davi, seu último paciente do dia, que a aguardava na sala de espera.
Normalmente, o rapaz vinha à terapia trajando uma camiseta simples, bermuda e tênis. Mas, naquele dia, ele se vestira de forma diferente.
Estava com uma camisa de botão azul muito bem passada, calça jeans e sapatos.
Patrícia também notou que o paciente havia se perfumado mais do que de costume e imaginou que ele deveria ter algum evento especial após a sessão.
Ela estava enganada.
Davi havia caprichado no perfume e na vestimenta porque havia planejado fazer uma confissão à analista naquela noite.
E foi exatamente isso que ele fez logo após deitar-se no divã:
— Patrícia, eu preciso te contar uma coisa que venho sentindo há muito tempo, mas ainda não tinha coragem para falar.
— Hum… — reagiu a terapeuta.
— Eu… não sei bem como dizer isso, mas acho que sinto algo a mais por você. Faz um bom tempo que eu não te vejo só como minha analista.
Patrícia ficou em silêncio e foi tomada por uma crescente ansiedade.
Com efeito, ela havia começado a atender há pouco tempo e era a primeira vez que tomava contato com uma transferência erótica.
Sem saber o que dizer, a terapeuta limitou-se a pedir que Davi continuasse a falar.
O paciente, então, passou a elogiá-la exageradamente e, na sequência, a falar de sua insatisfação com a namorada — tema recorrente de sua análise.
A analista sentiu certo alívio quando o paciente passou a falar de seu relacionamento.
Porém, continuou ansiosa até o fim da sessão por não saber o que fazer diante da confissão amorosa.
Muitos terapeutas vivenciam essa mesma insegurança que Patrícia sentiu por não terem sido bem formados em relação ao manejo da transferência erótica.
Por isso, decidi fazer uma aula especial na CONFRARIA ANALÍTICA chamada justamente “Como manejar a transferência erótica”.
Ela já está disponível em nossa plataforma no módulo AULAS TEMÁTICAS – TEMAS VARIADOS.
Para se tornar nosso aluno e ter acesso a essa aula e a todo o nosso acervo de mais de 500 horas de conteúdo, acesse este link.
Participe da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Esta é uma pequena fatia da aula especial “CONCEITOS BÁSICOS 18 – CONTRATRANSFERÊNCIA”, que já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – CONCEITOS BÁSICOS” da CONFRARIA ANALÍTICA.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Naquele dia Sara estava mais falante do que de costume.
Logo depois de cumprimentar Rafael, a engenheira começou a narrar ininterruptamente os acontecimentos da última semana.
Sara é uma mulher de 35 anos que começou a fazer terapia há alguns meses desde que se separou de Carla e entrou em um episódio depressivo.
Rafael, por sua vez, é um experiente psicanalista de 40 anos.
Naquele dia, a paciente descreveu detalhadamente (e demonstrando bastante irritação) duas brigas intensas que teve com a mãe ao longo da semana.
Desde a adolescência, Sara tem um relacionamento turbulento com a genitora.
Geralmente os conflitos ocorrem quando a mãe busca controlar o comportamento da filha fazendo uso, sobretudo, de chantagens emocionais.
— … e aí ela disse que eu não me importo com ela, que eu nunca me importei! — disse Sara com um semblante indignado.
— Ela falou isso quando você disse que iria voltar a morar sozinha? — perguntou Rafael.
— Sim! Ela acha que só porque agora eu estou solteira, tenho que ficar morando com ela!
Enquanto Sara narrava as recentes brigas com a mãe, vieram à mente de Rafael algumas memórias de conflitos semelhantes que ele já vivenciara com sua própria mãe.
O terapeuta se lembrou de como se sentia culpado quando sua genitora, também controladora, tentava lhe chantagear emocionalmente.
Influenciado por essas memórias, Rafael deduziu que, por trás da ira com que Sara falava da mãe, havia um intenso sentimento de culpa.
— Esse tipo de fala dela (“Você não se importa comigo”) faz você se sentir culpada, né, Sara? — arriscou uma interpretação.
A paciente ficou em silêncio e, alguns segundos depois, começou a chorar compulsivamente.
Como viram, a intervenção acertada de Rafael não foi baseada apenas no que Sara vinha dizendo, mas também em sua própria experiência que, coincidentemente, era semelhante à da moça.
Ou seja, o analista utilizou suas vivências contratransferenciais como instrumento para discernir o que estaria acontecendo inconscientemente com a analisanda.
Quer saber mais sobre isso?
Ainda hoje (sexta) quem está na CONFRARIA ANALÍTICA, receberá uma aula especial do módulo “CONCEITOS BÁSICOS” sobre a noção de CONTRATRANSFERÊNCIA.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.