[Vídeo] Regressão na terapia

Esse corte foi extraído da nossa última aula AO VIVO de segunda-feira na CONFRARIA ANALÍTICA.

Hoje, às 20h, teremos mais uma aula ao vivo.

Estamos estudando, linha a linha, o texto de Winnicott “Dependência no cuidado do lactente, no cuidado da criança e na situação psicanalítica”.

Te vejo lá!


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Dependência absoluta: quando o outro não pode faltar

A gente pode olhar para o desenvolvimento humano sob diversas perspectivas.

Jean Piaget, por exemplo, enfatizou a dimensão cognitiva do desenvolvimento.

Freud, por sua vez, se concentrou no âmbito da sexualidade, propondo um modelo de 5 fases para pensar o desenvolvimento sexual humano (fase oral, fase anal, fase fálica, período de latência e fase genital).

O pai da Psicanálise não deu destaque ao campo sexual por acaso.

De acordo com a teoria construída por Freud para a compreensão das neuroses, essa forma de adoecimento psíquico tinha como principal fator causal a repressão de impulsos sexuais não-genitais.

Foi essa hipótese que levou o médico vienense a propor a concepção de que a sexualidade humana não surge de modo “acabado” na puberdade, mas atravessa um processo de desenvolvimento que se inicia logo no nascimento.

Por outro lado, outros psicanalistas que, diferentemente de Freud, tiveram a oportunidade de trabalhar diretamente com bebês e crianças, olharam para o desenvolvimento humano sob outras perspectivas.

Esse foi o caso de Donald Winnicott, que, além de psicanalista, era pediatra.

Baseando-se em seu trabalho com mães e crianças e também com adolescentes e adultos não neuróticos, o analista inglês construiu um novo modelo para pensar o desenvolvimento — complementar ao de Freud.

A concepção winnicottiana enfatiza o desenvolvimento psíquico da pessoa considerada em sua totalidade (Self) à luz das relações dela com o ambiente.

Com base nesse enquadre, Winnicott propõe a existência de três grandes estágios: dependência absoluta, dependência relativa e rumo à independência.

Na primeira dessas fases, que vai mais ou menos até os 6 meses, ocorre o estabelecimento dos FUNDAMENTOS da nossa vida psíquica.

Por exemplo: a autopercepção de si mesmo como uma pessoa inteira inserida num corpo próprio.

Todavia— e é aí que entra a originalidade de Winnicott — para que essas bases sejam constituídas, é preciso que a mãe (primeiro ambiente do bebê) se adapte às necessidades de seu filho.

Na AULA ESPECIAL AO VIVO de hoje, às 16h30, na CONFRARIA ANALÍTICA, falaremos sobre esse e vários outros aspectos da fase de dependência absoluta.

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Independência absoluta não existe

Como hoje se comemora a independência da nação brasileira, creio ser oportuno falar sobre como a Psicanálise aborda a questão da independência individual.

Para Winnicott, podemos categorizar as fases do desenvolvimento humano em três grandes estágios: (1) a dependência absoluta, (2) a dependência relativa e (3) rumo à independência (toward independence).

No estágio de dependência absoluta, o bebê depende tão integralmente da mãe que sequer percebe que está sob os cuidados dela.

Nessa fase, as necessidades da criança são satisfeitas de forma tão oportuna que ela nem se dá conta de que há alguém lhe sustentando.

Já no estágio de dependência relativa a criança percebe que está sob os cuidados da mãe. E isso é possível porque, agora, a mãe não satisfaz as necessidades do bebê de modo sempre oportuno.

Assim, a criança “descobre” que a satisfação de suas necessidades sempre dependeu de outra pessoa.

Por outro lado, o bebê começa a desenvolver a sua capacidade de compreensão intelectual da realidade, o que lhe permite não só viver o que acontece consigo, mas SUBJETIVAR essas vivências.

A terceira e última fase é aquela na qual entramos ainda na infância por volta dos 3 ou 4 anos e permanecemos até o fim da vida.

De fato, a partir daquela idade vamos nos tornando cada vez menos dependentes dos cuidados do outro. Pense, por exemplo, na conquista de independência que a criança obtém quando consegue ir ao banheiro sozinha.

No entanto, essa independência permanecerá sendo sempre RELATIVA.É por isso que Winnicott não chama esse terceiro e definitivo estágio apenas de “Independência”, mas de “RUMO À INDEPENDÊNCIA”, indicando, assim, que se trata de um processo sempre inacabado.

Em outras palavras, sempre dependeremos dos outros em alguma medida. Pense, por exemplo, na dependência que temos, para nos alimentarmos, do trabalho de agricultores e caminhoneiros.

A vida adulta em comunidade é necessariamente um misto de dependência e independência.

Nas palavras do próprio Winnicott:

“A independência nunca é absoluta. O indivíduo normal não se torna isolado, mas se torna relacionado ao ambiente de um modo que se pode dizer serem o indivíduo e o ambiente interdependentes.”


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