Esqueça todas essas bobagens de “força de vontade” e “mindset”. O segredo das pessoas disciplinadas é o tesão pelo controle. Assista ao vídeo e entenda.
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Pessoas desorganizadas, que não conseguem seguir uma rotina e vivem procrastinando tarefas costumam admirar indivíduos disciplinados.
Ao mesmo tempo, têm dificuldade para entendê-los:
— Como você consegue acordar no mesmo horário todos os dias?
— Como consegue não assaltar a geladeira numa noite de insônia?
— Como consegue deixar de comer um docinho depois do almoço?
— Como consegue fazer atividade física todos os dias?
Essas são algumas das perguntas que os disciplinados costumam ouvir dos indisciplinados.
Quem não consegue ter disciplina imagina que a vida dos disciplinados é constituída puramente de sofrimento, sacrifícios e privações.
É essa falsa crença que deixa os indisciplinados atônitos.
Na cabeça deles, disciplina é sinônimo apenas de frustração e falta de prazer. Assim, não conseguem entender como uma pessoa se submete voluntariamente a isso.
O que não percebem é que a obediência a uma rotina e a privação de determinadas delícias como bebidas, comidas e horas a mais de sono podem ser fonte de MUITA SATISFAÇÃO.
Trata-se de um tipo de gozo que não vem exatamente na forma de prazer sensorial, mas que é vivido como alegria por quem é disciplinado.
É a satisfação que brota do CONTROLE sobre o próprio corpo, sobre os próprios impulsos e sobre o cotidiano.
É óbvio que há uma boa dose de masoquismo e defesas obsessivas em jogo, mas qual é o problema? Todo o mundo tem seus tesõezinhos perversos e suas defesas…
O fato é que, ao contrário do que pensam os indisciplinados, quem consegue ter disciplina GOZA com essa quase “tortura” autoinfligida, como os mártires antigos que cantavam louvores a Deus enquanto eram queimados.
Portanto, o segredo dos disciplinados não é nenhuma dessas bobagens de “força de vontade”, “mindset” etc.
O que diferencia uma pessoa que consegue ter disciplina de outra que não consegue é que a primeira tem um tesão danado em se conter, se privar, se controlar.
Ninguém daria conta de manter uma rotina e evitar cotidianamente prazeres se não GOZASSE com isso…
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Não raro, obedientes trabalham para desobedientes.
Agora há pouco eu estava fazendo minha caminhada diária e ouvindo o episódio 17 do podcast “Os Sócios” em que os hosts @maluperini e @bruno_perini conversam com empreendedores @marcusmarquesoficial e @tallisgomes sobre gestão de negócios.
Em dado momento, eles comentaram o fato de que muitos empreendedores de sucesso não foram bons alunos na época da escola e geralmente faziam parte da famigerada “turma do fundão”.
Confesso que eu também já havia notado essa possível correlação e talvez consiga explicá-la por meio de alguns aprendizados que a clínica tem me proporcionado.
Quem me acompanha assiduamente sabe que há alguns meses identifiquei um padrão comportamental que ousei batizar de “SÍNDROME DO ALUNO NOTA 10”.
Trata-se de um conjunto de problemas emocionais vivenciados comumente por pessoas que sempre foram percebidas pelo seu entorno como alunos e filhos EXEMPLARES.
Excesso de autocobrança, passividade, submissão a demandas dos outros, dificuldade de dizer não e repressão da agressividade são alguns dos principais sintomas da síndrome do aluno nota 10.
Minha hipótese é a de que tais dificuldades são expressões de uma FIXAÇÃO NA POSIÇÃO DE ALUNO.
Com efeito, como um estudante precisa ser para que a educação tradicional o considere um bom aluno?
Vamos combinar que a maioria dessas características não é lá muito favorável para quem quer empreender, né? Afinal, o empreendedor é justamente aquele que SE ARRISCA e DESAFIA o status quo.
O aluno nota 10 tem muitos ganhos narcísicos por ser o “certinho”: ele é amado por todos os professores e alçado à categoria de EXEMPLO para todos os colegas.
Isso é muito sedutor! Especialmente para aqueles que não se sentem suficientemente queridos em casa…
Já aqueles que fazem parte da “turma do fundão” não estão nem aí para o amor dos professores. Pelo contrário: eles gozam justamente com o menosprezo ao olhar dos docentes.
Por isso, acabam tendo mais coragem para viverem livres das amarras da obediência, da submissão e da passividade.
E você: era da turma dos certinhos ou da galera do fundão?
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