Sim, você é seus pensamentos!

Recentemente eu estava ouvindo um podcast e, em determinado momento, o apresentador começou a defender a seguinte ideia:

“Você não é seus pensamentos.”

Na verdade, ele estava apenas repetindo uma fórmula que vem sendo propagada por vários profissionais de saúde mental nos últimos anos.

Outro dia uma famosa psiquiatra brasileira disse o seguinte numa entrevista:

“Muitas vezes, medo, ansiedade geram pensamentos negativos, mas isso corresponde não a você, mas a uma parte do seu cérebro que lida com o medo e a ansiedade produzindo pensamentos negativos para te proteger da vida.”

Vocês conseguem perceber a INSANIDADE que está presente em tal formulação?

Em primeiro lugar, essa profissional está postulando uma oposição completamente arbitrária (para não dizer delirante) entre a pessoa e seu cérebro.

Em segundo lugar, ela está simplesmente estimulando as pessoas a considerarem que seus pensamentos negativos devem ser desprezados como coisas insignificantes.

Para a psiquiatra, se, por exemplo, vem à sua cabeça a ideia de que você faz sempre tudo errado, isso seria tão pouco relevante quanto uma dor de barriga.

Sim, é isso o que ela está dizendo!

Pouco antes do trecho que citei, a profissional diz que “o cérebro é um órgão como outro qualquer”.

Ou seja, na prática, o que ela está insinuando é que o cérebro produz pensamentos assim como o intestino produz gases.

Aí eu lhe pergunto: você acha mesmo que um pensamento do tipo “Eu não valho nada” deve ser desprezado e descartado como se fosse um pum do cérebro?

É por isso que eu insisto na ideia de que a Psicanálise é MUITO MAIS científica e honesta do que todas essas outras abordagens que se apresentam como o suprassumo da cientificidade.

Do ponto de vista psicanalítico, SIM, VOCÊ É OS SEUS PENSAMENTOS!

Por mais tolas e exageradas que suas ideias possam parecer, elas devem ser levadas a sério, pois estão conectadas a uma rede imensa de outros pensamentos.

Então, enquanto alguns terapeutas “científicos” vão dizer para você “não acreditar” nos seus pensamentos negativos porque eles são apenas flatulências cerebrais, o psicanalista, que respeita a sua inteligência e a complexidade do psiquismo humano, os levará a sério e lhe pedirá que fale mais sobre eles.


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5 estudos experimentais que comprovam descobertas psicanalíticas

Volta e meia reaparece no meio “psi” brasileiro a discussão acerca da cientificidade da Psicanálise.

Do lado dos psicanalistas parece haver um desconhecimento lamentável a respeito do que se concebe atualmente no campo psicológico como boa ciência.

Os detratores da Psicanálise, por sua vez, também evidenciam uma indesculpável ignorância em relação à literatura científica que tanto defendem.

É essa ignorância que os faz baterem o martelo e decretarem que elementos da teoria psicanalítica nunca foram “provados” por estudos independentes da clínica.

Então, para mostrar que essas pesquisas existem, apresento a vocês apenas cinco exemplos de estudos que comprovaram EXPERIMENTALMENTE hipóteses psicanalíticas.

Quem está na CONFRARIA ANALÍTICA receberá ainda hoje um vídeo especial em que comento detalhes dessas cinco pesquisas.

As referências dos estudos seguem abaixo:

Adams, H. E., Wright Jr, L. W., & Lohr, B. A. (1996). Is homophobia associated with homosexual arousal?. Journal of abnormal psychology105(3), 440.

Chivers, M. L., & Bailey, J. M. (2005). A sex difference in features that elicit genital response. Biological psychology70(2), 115-120.

Hunyady, O., Josephs, L., & Jost, J. T. (2008). Priming the primal scene: Betrayal trauma, narcissism, and attitudes toward sexual infidelity. Self and Identity7(3), 278-294.

Josephs, L., Katzander, N., & Goncharova, A. (2018). Imagining parental sexuality: The experimental study of Freud’s primal scene. Psychoanalytic Psychology35(1), 106.

Lambert, A. J., Good, K. S., & Kirk, I. J. (2010). Testing the repression hypothesis: Effects of emotional valence on memory suppression in the think–no think task. Consciousness and cognition19(1), 281-293.