Entenda, de uma vez por todas, o conceito de FALO em Psicanálise

Se alguém te perguntasse no ponto de ônibus qual é a definição de FALO em Psicanálise, você saberia responder?

Se sua resposta for NÃO, deixa eu te ajudar.

Em bom humanês: FALO nada mais é do que o SIGNIFICADO que o p3nis tem na cabecinha de uma criança de 3 a 5 anos.

— Uai, Lucas, você não disse que iria me ajudar? Pois essa definição me deixou foi ainda mais confuso. 🤔

Calma, caro leitor. Deixe-me desenvolver a ideia. Veja:

Para Freud, quando as crianças têm por volta de 3 a 5 anos, elas tomam consciência de que existe uma diferença muito marcante entre os corpos masculino e feminino:

Os meninos têm p3nis e as meninas… não têm.

Um adulto, evidentemente, sabe que essa diferença é tão-somente uma… diferença, já que a mulher não tem p3nis, mas, em contrapartida, tem clit0ris, v4gina, ou seja, uma genit4lia com características próprias.

Todavia, uma criancinha de 3 a 5 anos, não consegue ter essa compreensão.

Ainda facilmente iludida pelas aparências, ela vê a diferença entre os corpos e conclui que, no feminino, está FALTANDO uma parte.

Assim, o p3nis é interpretado por meninos e meninas nessa fase como O ELEMENTO QUE TORNARIA UMA PESSOA COMPLETA, INTEIRA, PLENA.

Ora, é justamente essa representação poderosa que a criança faz do p3nis o que nós chamamos de FALO.

— Mas, peraí, Lucas. Depois que a criança cresce, ela deixa de atribuir esse significado ao órgão masculino, certo?

Certo.

— Então, por que não tratar isso como um simples mal-entendido infantil sem maiores consequências?

A resposta é simples, caro leitor: porque essa ideia de SER uma pessoa INCOMPLETA (conclusão das meninas) ou de PODER SER uma pessoa INCOMPLETA (conclusão dos meninos) nunca sai da nossa cabeça.

A gente até deixa de pensar que é o p3nis o elemento que confere completude, mas transferimos o significado dado originalmente ao órgão sexual masculino para outras coisas, como:

Sucesso profissional, dinheiro, filhos, quantidade de seguidores, poder, fama, parceiros amorosos etc. etc. etc…

Crescemos. Sim, crescemos. Mas, no fundo, continuamos a ser aquela criancinha que, um belo dia, botou na cabeça que EXISTE UM ELEMENTO QUE CONFERE COMPLETUDE ÀS PESSOAS…


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Affectus #001 – Lidar com a ansiedade

Eis abaixo o primeiro episódio de “Affectus“, minha nova produção audiovisual voltada para a internet. Fazendo jus ao título do projeto (que é a tradução latina da palavra “afeto”) pretendo produzir em cada episódio uma reflexão sobre impasses e dificuldades emocionais vivenciadas pelos sujeitos na contemporaneidade. Como eu friso no primeiro vídeo, não se trata de nada semelhante à auto-ajuda. Pelo contrário, minha proposta é justamente a de evidenciar que não há uma fórmula mágica para a resolução de nenhum problema subjetivo e que em todos eles fatores irredutíveis ligados à condição humana se fazem presentes.

Ficaria muito feliz se vocês postassem reações ao vídeo nos comentários. Enjoy!