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Às vezes nos sentimos errados, fracos ou insuficientes simplesmente porque não estamos em um ambiente apropriado ao nosso jeito de ser.
Marília sempre foi uma pessoa introvertida.
Quando estava na escola, preferia passar o tempo do recreio desenhando ou lendo um livro ao invés de brincar com suas amigas.
Não que ela fosse tímida. Pelo contrário: nas apresentações de trabalho em sala de aula, Marília era quem mais falava.
Na verdade, como não gostava muito de interagir, a moça conseguia se concentrar mais facilmente no conteúdo que precisava transmitir, sem se deixar perturbar pelos entediados olhares dos colegas.
Marília era tão quietinha que seus pais ficavam preocupados com a possibilidade de ela ter problemas no mercado de trabalho.
Eles tinha medo de que a jovem não conseguisse fazer o tão falado “networking”.
Por isso, diferentemente de outros pais, incentivavam a filha a sair de casa nos fins de semana:
— Você vai passar o sábado e o domingo inteirinhos dentro de casa, Marília?
— Ah, mãe, tô de boa! Prefiro ficar aqui vendo a minha série mesmo.
Apesar de dizer isso e de efetivamente se sentir mais confortável em casa, a garota começava a se questionar se havia algo de errado consigo, tamanha a insistência dos pais para que saísse.
Tal questionamento se tornou uma certeza quando Marília começou a namorar com Tiago, um colega do curso de Direito que, vejam só, era terrivelmente extrovertido.
O rapaz era simplesmente um dos alunos mais populares da faculdade.
Ao lado dele, a moça se sentia um peixe fora d’água. Tiago adorava sair e não perdia uma festa universitária.
Inicialmente, mesmo a contragosto, Marília o acompanhava, mas, à medida que o relacionamento foi se consolidando, passou a dizer ao rapaz que preferia ficar em casa.
Tiago achava um absurdo:
— Eu não acredito que você prefere assistir TV a ir nessa festa! Vai estar todo o mundo lá, Marília! Você só tem 19 anos. Essa é a hora de curtir, pô!
Quando o namorado falava esse tipo de coisa, a jovem acabava cedendo e ia com ele para o evento em questão.
Todavia, como não se sentia à vontade, Marília passou a acreditar que o problema era ela.
“Por que todo o mundo gosta de ir para festa e só eu quero ficar em casa?”, pensava a moça. “Devo ter algum transtorno, só pode. Será que é autismo?”.
Eu respondo: não, Marília, não é autismo. Você só é uma pessoa introvertida.
E, como toda pessoa introvertida, sente mais prazer em “interagir” com seu mundo interno e gostos pessoais do que em socializar.
O problema, no caso, é que você está num ambiente (pais, namorado) que tem dificuldade para aceitar o seu jeito de ser e, por isso, a estimula a se sentir inadequada.
Seu desafio, Marília, é resistir a essa pressão e afirmar sua diferença, ao invés de percebê-la como erro, fraqueza ou insuficiência.
Terapia pode ajudar.
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