[Vídeo] Idealizações de Instagram: portas de entrada para a depressão


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Idealizações de Instagram destroem sua saúde mental

“Homens são assim, mulheres são assado”.

“O papel do homem é X, o da mulher é Y”.

Quantas vezes você já não ouviu frases desse tipo ditas em tom professoral no Instagram?

Nos últimos anos, o Instagram (mas não só ele) tem sido inundado por influenciadores que se apresentam com uma missão assaz pretensiosa:

Ensinar você a se comportar “corretamente” de acordo com o seu sexo.

Chegamos ao ponto de aceitar que um sujeito com pouco mais de 30 anos, ainda fedendo a leite, se apresente como o “pai” com quem mulheres precisam “tomar café” para aprender a entender os homens.

“Mas onde está o problema, Lucas?”, você poderia me perguntar. “Hoje em dia as pessoas não estão realmente sem saber como ser homem ou mulher?”.

E resposta que eu te daria é a seguinte:

As pessoas NUNCA souberam, cara-pálida!

Não existe UM jeito certo de ser homem, nem UM jeito certo de ser mulher.

Por mais que alguns iletrados tentem forçar a barra, a biologia não nos informa como homens e mulheres devem se comportar.

E a cultura, por sua vez, é fluida, mutável e varia conforme a época e o lugar.

Portanto, quando esses influenciadores dizem soberbamente que homens devem agir assim e mulheres devem agir assado, eles estão trabalhando com FICÇÕES.

“Mas, se são ficções, por que tanta gente consome esse tipo de conteúdo, Lucas?”

Ora, porque, com a queda do poder das religiões na cultura ocidental, muitas pessoas se sentem desorientadas e ávidas por um código de conduta fixo, estável, pronto para usar.

Assim, em vez de encarar o desafio de inventar um modo próprio e singular de ser homem ou  mulher, preferem o quê?

Preferem aderir passivamente ao que qualquer mancebo eloquente, com um bigodinho da moda, diz que homens e mulheres supostamente deveriam fazer.

O problema é que essas concepções IDEALIZADAS de masculinidade e feminilidade são inalcançáveis para a maioria — por conta de uma coisinha “simples” chamada: REALIDADE DA VIDA DE CADA PESSOA.

Resultado?

Um monte de gente cronicamente frustrada, sentindo que está vivendo errado: a receita perfeita para a depressão.


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[Vídeo] Identificação com a figura paterna e masculinidade

Esta é uma pequena fatia da AULA ESPECIAL “Desidentificação da mãe e formação da masculinidade”, que já está disponível no módulo AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS da CONFRARIA ANALÍTICA.


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A masculinidade está em crise?

A afirmação de que as noções de masculinidade e feminilidade são socialmente construídas é absolutamente indiscutível.

Afinal, estudos antropológicos já mostraram que os conceitos de homem e mulher VARIAM, em maior ou menor medida, de uma cultura para outra.

Além disso, se nos limitarmos apenas às concepções de masculinidade e feminilidade na nossa própria cultura ocidental, veremos que elas também MUDAM ao longo da história.

Todavia, não podemos negar o fato de que os ideais de gênero vigentes numa determinada sociedade não são modificados de uma hora para a outra.

Na verdade, eles precisam gozar de certa estabilidade, pois funcionam como referências de orientação para a formação da identidade de gênero de cada pessoa.

Por outro lado, a simples existência de certas concepções de gênero na sociedade não é suficiente para que elas sejam naturalmente apropriadas pelos indivíduos.

Prova disso é a experiência de sofrimento vivida por muitos homens atualmente por não não sentirem masculinos o bastante.

Na nossa cultura, a formação da identidade de gênero masculina é influenciada significativamente pela relação dos meninos com suas respectivas figuras paternas.

É isso o que propõe o psicanalista norte-americano Ralph Greenson.

Em 1967, no 25º Congresso Internacional de Psicanálise, o autor defendeu a tese de que a desidentificação da mãe é um fator crucial na formação da masculinidade.

De acordo com ele, para formar sua identidade de gênero masculina, o menino precisa substituir a identificação primária com a mãe pela identificação com uma figura paterna.

Na AULA ESPECIAL de hoje (sexta), na CONFRARIA ANALÍTICA, eu comento esse trabalho do Greenson, destacando, sobretudo, o caso clínico que ele relata no texto.

O título da aula é “Desidentificação da mãe e formação da masculinidade” e ela já está disponível no módulo AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS.


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[Vídeo] A música “Chico” e a feminilidade como máscara

Esta é uma pequena fatia da aula especial “Joan Riviere e a feminilidade como máscara”, que já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS” da CONFRARIA ANALÍTICA.


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Mulher de verdade tem que gostar de ser servida?

Ontem uma seguidora me marcou num vídeo de uma dessas influencers que falam de masculinidade e feminilidade.

No conteúdo, direcionado ao público feminino, a moça dá um conselho para que as mulheres não desenvolvam o que ela chama de “energia masculina”.

Segundo ela, quando uma mulher está num restaurante, por exemplo, ela sempre deveria aceitar que seu marido sirva a bebida no copo.

Se a esposa diz ao companheiro: “Não, pode deixar que eu me sirvo.”, estará entrando no campo da tal da “energia masculina”.

O mesmo aconteceria se, num avião, a mulher não aceitasse a ajuda de um homem para carregar alocar suas malas nos compartimentos.

Segundo a moça, para serem verdadeiramente femininas, as mulheres deveriam gostar de “receber” favores ao invés de fazerem as coisas com as próprias mãos.

Nas palavras dela, quando uma mulher não aceita “receber”, ela “tranca o fluxo da vida”.

Essa influencer sinceramente acredita que existe uma essência feminina, ou seja, um jeito supostamente natural e correto de ser mulher.

Mas será que isso existe mesmo?

Será que, para ser mulher “de verdade”, você precisa gostar de ceder o protagonismo das ações aos homens?

Ou será que essa imagem da mulher como um ser vulnerável, delicado, meigo, que gosta de receber ao invés de fazer por conta própria é um estereótipo construído?

Com base em sua experiência clínica e na observação empírica, a psicanalista britânica Joan Riviere aposta nessa segunda hipótese.

Para ela, esse modelo tradicional de feminilidade não é só uma construção. É, na verdade, uma MÁSCARA. Uma máscara que muitas mulheres precisam usar para parecem INOFENSIVAS…

É esta a tese que a autora apresenta em um dos mais importantes artigos da história da Psicanálise: “A feminilidade como máscara”, de 1929.

Quem está na CONFRARIA ANALÍTICA receberá hoje uma aula especial em que eu comento esse artigo e o ilustro com uma análise da música “Chico”, de Luísa Sonza.

A aula já está disponível no módulo AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS.

Para ter acesso, você precisa estar na CONFRARIA.


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[Vídeo] Por que alguns homens têm medo do desejo feminino? E outras 6 perguntas

Neste vídeo, o Dr. Nápoli responde 7 perguntas que lhe foram enviadas na caixinha de perguntas do Instagram.


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[Vídeo] Psicanalista fala sobre a Redpill

Estruturalmente presos à ideia do “homem de verdade”, os homens sonham com uma “mulher de verdade”, universal, previsível, controlável…


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“A Mulher é um sonho do homem”: Lacan explica a Red Pill


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[Vídeo] Mulheres que amam à moda masculina

Esse corte foi extraído da nossa última aula AO VIVO de segunda-feira na CONFRARIA ANALÍTICA.

Hoje, a partir das 20h, teremos mais um encontro.

Estamos estudando linha a linha o texto de Freud “Sobre o narcisismo: uma introdução”.

Te vejo lá!


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[Vídeo] Todo homem é meio gado?

Esse corte foi extraído da nossa última aula AO VIVO de segunda-feira na CONFRARIA ANALÍTICA.

Hoje, a partir das 20h, teremos mais um encontro.

Estamos estudando linha a linha o texto de Freud “Sobre o narcisismo: uma introdução”.

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[Vídeo] Por que muitos homens fogem de terapia?

Todo psicólogo e psicanalista sabe que, dentre as pessoas que buscam psicoterapia, a grande maioria é composta por mulheres. Neste vídeo comento e explico psicanaliticamente a típica resistência masculina ao processo terapêutico.


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[Vídeo] Por que Lacan disse que “A mulher não existe”

Será que Lacan era machista? Neste vídeo, explico como devemos ler esse enigmático e polêmico aforismo do psicanalista francês.


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A resistência dos homens ao processo terapêutico

Volta e meia mulheres me procuram interessadas em saber se eu poderia atender os seus respectivos companheiros.

Geralmente, minha resposta é “Sim, mas peça a ele que entre em contato diretamente comigo.”.

E esse contato quase nunca acontece.

A imensa maioria das pessoas que procuram terapia é constituída por mulheres.

Para-além da resistência natural ao processo terapêutico que está presente em todo o mundo, há uma resistência A MAIS nos homens.

É muito difícil para eles se colocarem na posição de pacientes, sobretudo diante de outro homem.

É por isso que muitos buscam inconscientemente transformar a relação analítica num vínculo de amizade, para que não se sintam compelidos a falar sobre o que verdadeiramente importa.

E o que verdadeiramente importa?

Ora, a gente não vai para a análise para contar piadas, falar do futebol ou narrar com nossas conquistas amorosas ou profissionais.

Se a gente deita no divã é justamente para falar de tropeços, inibições, incapacidades, fragilidades…

E como é difícil para um homem admitir que não dá conta de alguma coisa!

Para não terem que dar o braço a torcer, alguns apelam para o corpo: “Meu problema é fisiológico, não tem nada a ver comigo. Por isso, vou procurar um médico. Um bom remédio deve resolver.”.

Outros simplesmente minimizam o peso do adoecimento para não terem que se reconhecerem como dependentes de ajuda:

“Ah, já faz uns dois anos que eu tenho insônia quase todo dia, mas tá tudo bem. Não tem nada de errado comigo. Só vim porque minha esposa pediu.”.

Não por acaso, entre as pessoas que tiram a própria vida há um número muito maior de homens do que de mulheres.

Em outras palavras, muitos homens “preferem” morrer a ter que dizer: “Preciso de ajuda”.

A experiência clínica mostra que aqueles que estão mais identificados com suas mães do que com seus pais conseguem se colocar na posição de pacientes com mais facilidade.

Ao que parece, o modelo feminino introjetado permite ao ego ocupar a posição de dependência e vulnerabilidade exigida pela análise sem se sentir tão narcisicamente ameaçado.


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Energia masculina? Energia feminina? Isso não existe!

Num texto de 1964 intitulado “Posição do inconsciente”, o psicanalista francês Jacques Lacan diz o seguinte:

“A pulsão, como representante da sexualidade no inconsciente, nunca, é senão pulsão parcial. É nisto que está a carência essencial, isto é, a daquilo que pudesse representar no sujeito o modo, em seu ser, do que ele é macho ou fêmea”.

E, mais adiante:

“Do lado do Outro, do lugar onde a fala se confirma por encontrar a troca dos significantes, os ideais que eles sustentam, as estruturas elementares de parentesco, a metáfora do pai como princípio da separação, a divisão sempre reaberta no sujeito em sua alienação primária, apenas desse lado, e por estas vias que acabamos de citar, devem instaurar-se a ordem e a norma que dizem ao sujeito o que ele deve fazer como homem ou mulher.”

Esses são trechos excepcionalmente claros da obra lacaniana. Neles Lacan elabora, com seus próprios termos, a descoberta freudiana de que os nossos impulsos sexuais não têm sexo e de que, portanto, masculinidade e feminilidade não são padrões comportamentais inatos, mas aprendidos mediante nossas experiências de vida enquadradas pelo contexto familiar e sociocultural (o que Lacan chama de “Outro”).

Por que resolvi falar desse assunto hoje? Porque tem muito picareta no Instagram falando de supostas “energia masculina” e “energia feminina”. Segundo esse pessoal, um homem, por exemplo, só seria feliz em seus relacionamentos se reconhecesse sua tal energia masculina intrínseca e encontrasse uma “mulher feminina” (risos).

O que essa galera está fazendo, na prática, é pegando modelos de masculinidade e feminilidade forjados numa determinada época e numa determinada cultura, ou seja, o que Lacan designa como “a ordem e a norma que dizem ao sujeito o que ele deve fazer como homem ou mulher” e NATURALIZANDO tais modelos como se eles estivessem enraizados no organismo ou… na alma (sei lá qual é a metafísica maluca dessa gente…).

Masculinidade e feminilidade existem? Sim, existem, mas são padrões que emergem do campo do Outro, não da biologia. Nossos impulsos sexuais são assexuados. O que eles visam, no fim das contas, é a satisfação pura e simples.


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