[Vídeo] O caráter regressivo do vício em conteúdo adulto

Esta é uma pequena fatia da aula “Pornografia, Psicanálise e Neurociência Afetiva” que já está disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – TEMAS VARIADOS da CONFRARIA ANALÍTICA.


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Vício em conteúdo adulto: quando o prazer esconde uma fuga

Ele tentou de tudo, mas não conseguia parar. Seu recorde foram dois meses.

— Não dá. Eu não dou conta de ficar sem fazer isso…

Assim Marcos concluiu a longa descrição de seu vício em se tocar assistindo a conteúdo adulto na internet.

Fernanda, a psicanalista que o escutava naquela tarde, disse que havia entendido e pediu que ele falasse sobre sua vida de forma geral.

O rapaz tinha 25 anos, namorava Isabela há três e começou a consumir conteúdo adulto em meados da adolescência.

— Meus pais trabalhavam fora. Então, tinha dia que eu passava a tarde inteira vendo vídeos e me tocando.

Os dois meses em que Marcos conseguiu ficar sem fazer isso foram justamente os dois primeiros meses de namoro.

Ele estava tão apaixonado por Isabela que não sentia a menor vontade de se tocar.

Porém, pouco a pouco o vício foi sendo retomado e acabou se fortalecendo depois que o casal começou a se desentender.

— Já houve vezes em que eu preferi ir ao banheiro me tocar do que aceitar o convite dela para fazermos amor.

À medida que o paciente narrava sua história, Fernanda percebia que o consumo de conteúdo adulto tinha uma função defensiva para Marcos.

— Tem alguma técnica que você pode me passar para parar com isso de uma vez?, perguntou o rapaz ao final da sessão.

Após alguns segundos em silêncio, a analista respondeu:

— Nenhuma técnica vai funcionar enquanto você não entender do que está fugindo, Marcos. E enquanto não se tornar forte o bastante para parar de fugir.

O paciente ficou um pouco surpreso e abaixou a cabeça.

Fernanda entendeu que aquele era um momento oportuno para encerrar e o fez agendando a próxima sessão para a semana seguinte.

Sim, o consumo compulsivo de conteúdo adulto é fuga, é defesa, é recusa de uma realidade que PARECE ameaçadora.

Se você quer saber mais sobre isso — e ajudar seus pacientes —, assista à aula “P0rn0𝓰rafıa, Psicanálise e Neurociência Afetiva”, publicada hoje na Confraria Analítica.

A Confraria é a maior e mais acessível escola de teoria psicanalítica do Brasil, com mais de 500 horas de conteúdo.

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[Vídeo] O problema não é a pornografia

Assista à entrevista completa aqui.


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Como a Psicanálise vê o vício em masturbação e pornografia?


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Aírton, a pornografia e a repressão da agressividade

Às quinze horas em ponto, a psicóloga Letícia iniciou a chamada de vídeo com Aírton, seu novo paciente.

Assim que o atendimento começou, o rapaz já foi logo pedindo desculpas antecipadas à terapeuta por eventuais falhas na comunicação entre eles por conta de sua conexão de internet.

Num tom apaziguador, a psicóloga disse que problemas desse tipo são comuns e que ele não precisava se sentir culpado por eles. Em seguida, perguntou o motivo que o levou a procurar ajuda.

— Eu tenho até vergonha de falar, doutora, mas vamos lá: o meu problema é a pornografia. Eu te procurei porque eu preciso parar com esse negócio e não tô conseguindo.

— Hum… Continue — pediu a terapeuta.

— Eu nem acho que sou viciado. Se eu entro três ou quatro vezes num mês é muito. O problema é que eu me sinto um bosta quando faço isso.

— Bosta? Como assim?

— É… Me acho um fracassado. Depois que eu termino de me masturbar, fico com tanto nojo de mim mesmo que sinto uma necessidade incontrolável de tomar banho.

— Então, o problema não é exatamente a pornografia, mas o que você sente depois que consome esse tipo de conteúdo, né?

— É… Pode ser… Mas o pior é que eu tenho namorada, doutora. Quando eu penso nela, minha consciência pesa mais ainda.

— Como é a relação entre vocês?

— Agora tá muito boa, mas no ano passado a gente quase terminou. Eu descobri que ela me traiu. Porém, como ela insistiu e eu gosto muito dela, decidi que valia a pena perdoar.

— E como é que você ficou quando descobriu a traição?

— Ah, eu me senti um bosta, né? Um fracassado.

— Hum… “bosta”, “fracassado”… o mesmo que você sente quando consome pornografia, né?

Ao longo da sessão, foi ficando evidente para Letícia que Aírton nutria um forte desejo de vingança latente contra a namorada.

Todavia, o paciente ainda não era capaz de sequer vislumbrar esse desejo.

Afinal, aprendeu desde criança a reprimir sua agressividade e a descarregá-la… sobre si mesmo por meio da autopunição.

Ainda hoje, quem está na CONFRARIA ANALÍTICA, receberá uma AULA ESPECIAL em que eu comento alguns trechos da obra de Freud que explicam como se dá esse processo que vai dá repressão da agressividade ao excesso de culpa e autocondenação.


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Por que tem tanta gente viciada em pornografia?

Muitas pessoas se engam imaginando que o grande problema causado pela pornografia, sobretudo entre os homens, seria o fato de que os vídeos pornográficos, protagonizados por mulheres e homens com corpos “esculturais” fazendo sexo em diversas posições diferentes, levariam os indivíduos a desenvolverem uma expectativa idealizada sobre as relações sexuais reais. De acordo com essa hipótese, um jovem, por exemplo, que consome pornografia regularmente acabaria esperando de sua parceira uma performance tão exuberante quanto aquelas executadas pelas atrizes dos vídeos. Além disso, ele poderia se sentir frustrado pelo fato de o corpo dela eventualmente apresentar certas “imperfeições” não encontradas nas mulheres que “homenageia”.

Embora essa situação possa de fato acontecer com algumas pessoas, creio que ela não é tão frequente visto que, ao contrário do que o senso comum imagina, a maioria das pessoas não consome pornografia para ter acesso a um erotismo mais belo e potente do que aquele que a realidade oferece. Se assim fosse, as produtoras de filmes adultos que primam pela qualidade de seu material seriam as mais procuradas nas plataformas de conteúdo pornográfico. Todavia, não é isso o que acontece. De acordo com um dos maiores portais mundiais de vídeos pornô, o Pornhub, em 2019 a palavra-chave mais buscada por seus usuários foi “amateur”. Essa categoria refere-se a vídeos não profissionais, ou seja, registros feitos por pessoas comuns de suas próprias relações sexuais.

Percebe? Se muitas pessoas estão buscando conteúdo erótico protagonizado não por atores e atrizes, mas por gente comum com elas mesmas, isso significa que a maioria dos consumidores de pornografia não está em busca de corpos perfeitos e performances inusitadas. Não! O que as pessoas de fato buscam na pornografia é uma experiência sexual DIFERENTE da que vivenciam. Elas não se importam com a qualidade da câmera utilizada ou com o fato de os protagonistas do vídeo serem gordinhos, por exemplo. O que querem é ter acesso a um mundo novo, diferente do seu cotidiano.

Leia o texto completo em bit.ly/drdpornografia


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