Como educar moralmente os filhos?

Podemos afirmar com convicção que toda criança precisa se desenvolver moralmente.

Trata-se de uma exigência indiscutível para a participação na sociedade.

Afinal, a própria sobrevivência do corpo social depende do respeito de seus membros a normas básicas de conduta fundadas em certos princípios e valores.

Mas o que a família deve fazer para auxiliar a criança a desenvolver sua dimensão moral?

Muitos pais entendem que a melhor forma de fazer isso é enfiando na cabeça da criança mais ou menos à força noções de certo e errado.

Na maioria das vezes de modo inconsciente, eles acreditam que a criança não possui a capacidade de aprender por conta própria aquelas noções.

Assim, adotam uma posição autoritária e repressora, castrando a espontaneidade da criança com o argumento de que ela precisa aprender a “entrar na linha”.

Outros pais, por sua vez, buscando fugir dessa posição tirânica, entendem que não devem ficar controlando o comportamento das crianças.

Eles acreditam que não precisam dar castigos ou “sermões”.

Na cabeça deles, os simples exemplos de conduta que oferecem à criança é suficiente para ajudá-la a se desenvolver moralmente.

O psicanalista inglês Donald Winnicott é contrário a ambas as posições.

Para ele, pais autoritários podem gerar filhos muito “bem comportados”, mas que passarão o resto da vida com a sensação de que não estão existindo de verdade.

Por outro lado, pais “super liberais” que deixam a criança fazer tudo o que quiser podem gerar filhos que se sentem perdidos e desamparados.

Winnicott acredita que os pais devem confiar no potencial da criança para desenvolver naturalmente o núcleo básico da moralidade.

Mas também advoga que a família precisa expor à criança parâmetros morais que possam servir à ela como referência de conduta.

Na AULA ESPECIAL publicada hoje (sexta) na CONFRARIA ANALÍTICA, eu exploro em detalhes essas ideias do autor, apresentadas em seu artigo “Moral e Educação”, de 1962.

O título da aula é “LENDO WINNICOTT 07 – Facilitando o desenvolvimento moral das crianças” e já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – WINNICOTT”.


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Quem não suporta ser odiado é uma vítima perfeita para quem não tem problemas em odiar.

Um dos meus vídeos mais assistidos nas redes sociais é um corte da entrevista que dei ao meu amigo @wallace.studiolut no podcast @ovitruviano_ .

No trecho em questão, eu começo dizendo que, se uma pessoa não suporta ser odiada, ela não deveria ter filhos.

E por que falei isso?

Porque, numa relação saudável entre pais e filhos, é natural que os pais se apresentem como obstáculos para a realização de certos desejos das crianças.

Nesse sentido, é inevitável que os filhos sintam ódio e queiram expressá-lo junto a seus genitores.

Cabe aos pais serem capazes de aguentar essa hostilidade sem ressentimento e sem se vingarem.

Mas essa capacidade de suportar ser odiado não deve estar presente apenas nos pais, mas em qualquer pessoa que almeje ter relações interpessoais saudáveis.

Quem não dá conta de ser odiado é uma vítima perfeita para quem não tem problemas em odiar abertamente.

Veja o exemplo de Tábata.

Ela namora com Fernando.

Como seus pais eram muito controladores e repressores, a moça não tinha “permissão” para odiá-los quando era criança. Por isso, aprendeu a reprimir sua hostilidade.

Resultado: tornou-se aquela pessoa extremamente doce e passiva que se vê e é vista pelos outros como incapaz de fazer mal a uma mosca.

Fernando, por sua vez, encara o ódio como um sentimento normal e, sempre que se incomoda com algum comportamento da namorada, expressa sua hostilidade de modo extremamente natural.

Por não ter “aprendido” a odiar, Tábata também não “sabe” se sentir odiada.

Por isso, sempre que o namorado está chateado com ela, a moça fica desesperada e tenta de todas as formas mudar o estado de humor do rapaz, submetendo-se a todas as vontades dele.

Tábata chega ao ponto de pedir desculpas por coisas que não fez ou que não considera que foram erradas só para que Fernando volte a ficar “de bem” com ela.

Tá vendo? Quando você não suporta saber que o outro está chateado ou irritado consigo, você não consegue colocar limites e acaba se tornando vulnerável a toda sorte de manipulações.

Justamente como os pais que não aguentam a pirraça e a birra de seus filhos.


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Uma vida bloqueada pela mágoa não digerida

Carmem procura terapia queixando-se de estar se sentindo muito ansiosa e de ter perdido o interesse pelas coisas de que sempre gostou.

Do ponto de vista psicanalítico, o excesso de ansiedade é uma manifestação clínica bastante eloquente.

Com efeito, ela revela que o sujeito está se sentindo ameaçado por algum conteúdo interno que ele percebe como perigoso.

E essa, de fato, é a condição em que se encontra essa moça: ela sente medo do intenso ódio e dos impulsos vingativos que nutre em relação à mãe.

Carmem até expressa um pouquinho dessa hostilidade, tratando a genitora com impaciência. Porém, acaba se sentindo culpada e, para compensar, busca satisfazer todas as necessidades dela.

O profundo ódio que habita a alma dessa jovem é bastante justificável: sua mãe a chamou de mentirosa quando Carmem contou a ela que foi molestada quando era criança.

Em função da infância difícil que teve, marcada pelo abandono paterno e pela falta de recursos materiais básicos, essa paciente não pôde desenvolver um psiquismo suficientemente maduro.

Por isso, não consegue dar conta de digerir emocionalmente toda a hostilidade que sente tanto pela genitora quanto por aquele que dela molestou.

Na terapia, Carmem apresenta alguns momentos de regressão, nos quais mostra a sua analista aquela criança traumatizada que ela ainda é…

Que estratégias de manejo são possíveis neste caso?

Como a terapeuta pode agir para ajudar essa moça a elaborar as diversas feridas que a vida lhe fez?

Por que será que Carmem perdeu o interesse pelas coisas de que antes gostava? Para onde foi sua libido?

Estas e outras questões são discutidas por mim na AULA ESPECIAL “Uma vida tolhida pela mágoa não elaborada”, já disponível para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.

Esta é a segunda aula do nosso novo módulo de aulas especiais “Estudos de Casos”, em que comento casos clínicos reais relatados por alunos da nossa escola.


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[Vídeo] O papel dos pais no complexo de Édipo

Esta é uma pequena fatia da AULA ESPECIAL “O complexo de Édipo em Winnicott”, já disponível para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.


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[Vídeo] Você está fugindo do modelo dos seus pais

Tem gente que não sabe, mas acabou construindo sua personalidade reprimindo características úteis e saudáveis só porque estavam presentes de forma distorcida e exagerada no pai ou na mãe.

Será que é o seu caso?


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[Vídeo] Pais superprotetores geram filhos inseguros

É até intuitivo imaginar que crianças que crescem num ambiente superprotetor tornam-se adultos arrogantes e excessivamente autoconfiantes, mas o verdadeiro produto da superproteção é a INSEGURANÇA.


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