Participe da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
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Ansiedade é uma emoção que nos acomete sempre que acreditamos estar prestes a entrar em contato com alguma coisa perigosa.
É por isso que Marcos se sente ansioso antes de encontrar-se com Cláudia, a moça com quem ele vem conversando desde que se conheceram em um aplicativo de paquera.
Qual é a coisa perigosa que o rapaz acredita que pode acontecer?
Digamos que seja a rejeição.
Como qualquer pessoa, Marcos tem medo de frustrar as expectativas de Cláudia e acabar sendo rejeitado por ela.
A moça também tem medo de não ser do agrado do rapaz. É por isso que também está ansiosa para esse primeiro encontro.
Tanto Marcos quanto Cláudia estão experimentando uma ansiedade normal, realista. De fato, a rejeição pode acontecer e nenhum dos dois quer passar por ela.
Mas vamos supor que Marcos, por exemplo, se sentisse tão ansioso que não conseguisse sequer ir até o encontro e acabasse dando uma desculpa para Cláudia:
— Puxa, linda, infelizmente vou ter que desmarcar. Surgiu um imprevisto: vou ter que levar minha avó ao jiu-jitsu.
Ora, nesse caso, não estamos mais diante de uma ansiedade normal, compreensível, fundamentada na realidade.
O caráter excessivo e paralisante do estado ansioso de Marcos é o sinal inequívoco de que ele está vivenciando uma ansiedade NEURÓTICA.
Isso significa que o rapaz não está com medo somente de uma possível rejeição, mas de outras coisas que podem estar direta ou indiretamente ASSOCIADAS a ela.
Ele pode ter medo, por exemplo, da imagem que veria de si mesmo no espelho da alma, caso fosse rejeitado por Cláudia.
“Você é muito fresco. Mulher não gosta de homem assim, não, viu?”.
Essa fala infeliz do pai, dita quando Marcos tinha dez anos, ainda ecoa na cabeça do rapaz.
Uma rejeição de Cláudia, portanto, seria vista por ele como uma confirmação da “profecia” paterna.
Esse é apenas um exemplo fictício que estou utilizando para mostrar a você que a ansiedade excessiva, desproporcional, neurótica pode ter raízes muito profundas.
Quem não topa o desafio de investigá-las fazendo terapia pode estar se condenando a viver dopado de medicamentos pelo resto da vida.
O que você prefere?
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Existem pessoas que são “viciadas” em preocupação. Você é uma delas?
Estou me referindo a indivíduos que estão sempre pensando em algum problema futuro e, por conta disso, não conseguem relaxar.
Por vezes, o problema em questão é real e, de fato, precisará ser enfrentado.
Contudo, frequentemente o “viciado” em preocupação imagina situações que têm pouquíssima probabilidade de acontecerem.
É como se o sujeito tivesse uma necessidade de estar sempre em estado de alerta, como uma sentinela em um posto prestes a ser invadido pelo inimigo.
Essa analogia, inclusive, pode nos ajudar a vislumbrar o que se passa no mundo interno de pessoas que sofrem com esse problema.
Inconscientemente, tais indivíduos podem nutrir a fantasia de que estão numa batalha perpétua contra insidiosos objetos maus.
Essa fantasia, por sua vez, pode ter sido forjada pelo contato prolongado e/ou muito intenso com um ambiente hostil no início da vida.
Assim, o sujeito cresce, passa a viver em ambientes mais amistosos, mas uma parte do seu psiquismo permanece presa às marcas da vivência persecutória infantil.
Por outro lado, não podemos deixar de considerar outros três fatores que podem contribuir na gênese da compulsão a se preocupar:
(1) Impulso sádico
Todos nós temos uma inclinação natural para dominar, submeter, subjugar.
Pessoas que não conseguem integrar suficientemente bem esse impulso podem acabar expressando-o sintomaticamente por meio do excesso de preocupações.
Afinal, preocupar-se nada mais é que a manifestação do tolo anseio de CONTROLAR o futuro.
(2) Ilusão de onipotência
Nos primeiros meses de vida, graças ao cuidado oportuno exercido pela mãe, somos levados a acreditar que o mundo é governado pelos nossos desejos.
O “vício” em preocupação pode ser a expressão de uma “saudade” patológica dessa experiência ilusória de onipotência vivenciada logo após o nascimento.
(3) Falta de autoconfiança
Afinal, se o sujeito se preocupa o tempo todo é porque não confia em sua capacidade de lidar com os problemas quando (e se) eles de fato aparecerem.
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Recentemente eu estava ouvindo um podcast e, em determinado momento, o apresentador começou a defender a seguinte ideia:
“Você não é seus pensamentos.”
Na verdade, ele estava apenas repetindo uma fórmula que vem sendo propagada por vários profissionais de saúde mental nos últimos anos.
Outro dia uma famosa psiquiatra brasileira disse o seguinte numa entrevista:
“Muitas vezes, medo, ansiedade geram pensamentos negativos, mas isso corresponde não a você, mas a uma parte do seu cérebro que lida com o medo e a ansiedade produzindo pensamentos negativos para te proteger da vida.”
Vocês conseguem perceber a INSANIDADE que está presente em tal formulação?
Em primeiro lugar, essa profissional está postulando uma oposição completamente arbitrária (para não dizer delirante) entre a pessoa e seu cérebro.
Em segundo lugar, ela está simplesmente estimulando as pessoas a considerarem que seus pensamentos negativos devem ser desprezados como coisas insignificantes.
Para a psiquiatra, se, por exemplo, vem à sua cabeça a ideia de que você faz sempre tudo errado, isso seria tão pouco relevante quanto uma dor de barriga.
Sim, é isso o que ela está dizendo!
Pouco antes do trecho que citei, a profissional diz que “o cérebro é um órgão como outro qualquer”.
Ou seja, na prática, o que ela está insinuando é que o cérebro produz pensamentos assim como o intestino produz gases.
Aí eu lhe pergunto: você acha mesmo que um pensamento do tipo “Eu não valho nada” deve ser desprezado e descartado como se fosse um pum do cérebro?
É por isso que eu insisto na ideia de que a Psicanálise é MUITO MAIS científica e honesta do que todas essas outras abordagens que se apresentam como o suprassumo da cientificidade.
Do ponto de vista psicanalítico, SIM, VOCÊ É OS SEUS PENSAMENTOS!
Por mais tolas e exageradas que suas ideias possam parecer, elas devem ser levadas a sério, pois estão conectadas a uma rede imensa de outros pensamentos.
Então, enquanto alguns terapeutas “científicos” vão dizer para você “não acreditar” nos seus pensamentos negativos porque eles são apenas flatulências cerebrais, o psicanalista, que respeita a sua inteligência e a complexidade do psiquismo humano, os levará a sério e lhe pedirá que fale mais sobre eles.
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Só nos sentimos ansiosos porque conseguimos imaginar um possível contato futuro com situações que consideramos perigosas – ainda que tais situações sejam inconscientemente desejadas…
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Ansiedade é a experiência emocional extremamente desagradável que vivenciamos quando estamos diante da POSSIBILIDADE de entrar em contato com algo perigoso.
Por que destaquei a palavra “POSSIBILIDADE”?
Porque, quando estamos ansiosos, o perigo em questão ainda não está presente. Portanto, o contato com ele ainda não é uma realidade, mas tão-somente uma POSSIBILIDADE.
Tomemos, como exemplo, o caso clássico de uma estudante que se sente ansiosa antes de fazer uma prova.
Quais são os perigos em questão?
Uma POSSÍVEL dificuldade de resolver as questões, uma POSSÍVEL nota baixa, uma POSSÍVEL reprovação na matéria…
Enfim, tudo aquilo que essa mocinha teme são coisas que PODEM acontecer, mas ainda não aconteceram.
A ansiedade, portanto, depende fundamentalmente da IMAGINAÇÃO.
Só nos sentimos ansiosos porque conseguimos imaginar um possível contato futuro com as situações ou objetos que consideramos perigosos.
— Ah, Lucas, mas eu vivo me sentindo ansiosa sem estar pensando em absolutamente nada. Como explicar isso?
A resposta é que o nosso processo imaginativo não ocorre apenas no domínio da consciência.
Nós podemos INCONSCIENTEMENTE imaginar situações perigosas.
Vou te dar um exemplo:
Tamires se sente bastante frustrada com seu casamento, mas sequer cogita se separar do marido, pois, à luz de suas convicções religiosas, entende que casamento é para sempre.
Por outro lado, a moça frequentemente se vê tentada a desejar outros homens, mas espanta tais pensamentos de sua cabeça tão logo eles aparecem.
Periodicamente, Tamires experimenta fortes crises abruptas de ansiedade.
Fazendo análise, ela pôde descobrir, depois de um árduo trabalho com o terapeuta, que as crises de ansiedade tinham a ver com seus desejos adúlteros.
Elas sempre aconteciam quando ela passava por situações que, de alguma forma, evocavam tais desejos, estimulando fantasias de traição.
Como recebeu uma educação religiosa muito rígida, a moça encarava essas fantasias não só como possibilidades prazerosas, mas também como situações de… PERIGO.
Em outras palavras, ela inconscientemente desejava trair, mas, ao mesmo tempo, tinha medo de que isso PUDESSE acontecer.
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Esta é uma pequena fatia da aula especial “LENDO KLEIN 03 – MEDO DE MORRER, ANSIEDADE E PULSÃO DE MORTE”, que já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – KLEIN” da CONFRARIA ANALÍTICA.
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Naquela sessão, Sandro parecia mais apreensivo do que de costume.
— Calma… — disse Lavínia, a psicóloga que o atendia, num tom de voz apaziguador — Vamos conversar a respeito disso. Primeiro me fale o que está te deixando tão preocupado.
— OK. Eu estava no plantão e acabei tendo uma discussão com o Rubens, que é um colega mais velho, que está há uns 20 anos lá no hospital.
— E a discussão foi sobre o quê?
— Foi sobre uma paciente que está sob os meus cuidados. Ele quis se intrometer dizendo que a minha conduta estava errada, que a mulher não precisava de cirurgia…
— Hum…
— Aí a gente ficou batendo boca. Até que chegou um momento em que eu perdi a paciência e disse que a paciente era minha e que ele não tinha que se meter.
— E o que aconteceu depois disso?
— Ele saiu resmungando pra lá. O problema é que o cara é simplesmente o médico com mais anos de casa lá do hospital. Com certeza vai fazer minha caveira para a direção.
— Então você está com medo de ser demitido?
— Medo? Eu tenho é CERTEZA de que isso vai acontecer. É só questão de tempo. Por isso é que eu tô desesperado. Já até imagino o diretor ligando para me dispensar.
Lavínia percebeu que o paciente estava “catastrofizando” aquela situação.
De fato, a demissão poderia acontecer, mas era pouco provável que uma simples discussão com o colega decano fosse suficiente para causar tal desfecho.
A hipótese da terapeuta era a de que o rapaz estava projetando em Rubens um objeto interno altamente cruel e ameaçador que ela já havia percebido fazer parte da vida psíquica de Sandro.
Nesse sentido, por trás do medo da pouco provável demissão, Lavínia conseguia vislumbrar uma ansiedade muito mais profunda nesse paciente:
O medo de ser ANIQUILADO por esse objeto mau que habita seu mundo interno provavelmente desde que ele era bebê.
A psicóloga só conseguiu fazer essa interpretação porque conhece as descobertas feitas pela psicanalista Melanie Klein sobre o funcionamento da mente infantil.
Hoje (sexta), quem está na CONFRARIA ANALÍTICA, receberá a aula especial “LENDO KLEIN 03 – MEDO DE MORRER, ANSIEDADE E PULSÃO DE MORTE” em que falo sobre algumas dessas descobertas.
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O fato de você estar momentaneamente muito ansioso ou o tempo todo ansioso é apenas um sinal, assim como a febre, de que algo em você não está OK. Nesse sentido, é preciso ir em busca das CAUSAS desse estado de ansiedade excessiva e frequente.
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O medo excessivo de cometer erros leva algumas pessoas a ficarem o tempo todo se perguntando: “Será que agi corretamente?”. Assista ao vídeo e entenda a gênese desse problema.
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Neste vídeo: entenda por que algumas pessoas sofrem e desperdiçam sua preciosa energia psíquica tentando se antecipar a possíveis problemas futuros ao invés de focarem no presente.
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Há pessoas que parecem ser viciadas em se preocupar.
Diante da possibilidade, ainda que remota, de ocorrência de qualquer problema futuro, tais indivíduos imediatamente se põem a pensar sobre ele, como se estivessem sob risco iminente.
Ao invés de se concentrarem nos desafios do presente, essas pessoas desperdiçam boa parte de sua energia psíquica se PRÉ-OCUPANDO com adversidades que talvez nem aconteçam de fato.
O sofrimento vivenciado por quem está preso a esse doloroso padrão é aumentado pela incompreensão daqueles que estão à sua volta:
— Por que você não para de se preocupar tanto, fulano? Foque no presente. Pare de ser tão ansioso.
Você, caro leitor viciado em preocupação, já deve ter ouvido coisa semelhante, não é verdade?
Pois é!
Infelizmente, muita gente imagina que uma pessoa que se preocupa em excesso faz isso porque ainda não entendeu que não vale a pena gastar energia tendo medo do futuro.
Não, caras-pálidas!
É óbvio que um indivíduo superpreocupado sabe que deveria se concentrar no presente. O problema é que ele simplesmente não consegue fazer isso.
E por que não consegue?
Geralmente, o excesso de preocupação é uma defesa psíquica automática que o sujeito utiliza para se proteger de uma experiência que ele imagina ser insuportável: a experiência de passar por um problema sem estar preparado para lidar com ele.
Não raro, pessoas viciadas em se preocupar passaram em alguma fase da vida por momentos de muita angústia provocados por acontecimentos completamente inesperados, como perdas repentinas de entes queridos, acidentes, brigas violentas e súbitas entre os pais etc.
Para não correr o risco de vivenciar novos sustos como esses, o indivíduo passa a tentar prever o futuro a fim de estar suficientemente preparado para enfrentá-lo.
No fundo, preocupar-se em excesso é isso: uma tentativa compulsiva de adivinhar o que vai acontecer para não ser pego de surpresa.
Embora o vício em preocupação seja fonte de muito sofrimento, esse mal-estar, por pior que seja, ainda é visto pelo sujeito como menor em comparação com o pesadelo que seria passar por uma nova experiência traumática, como as que ele vivenciou outrora.
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