Esta é uma pequena fatia da aula especial “LENDO FERENCZI 06 – RECONHECER O RECALCADO NÃO É SUFICIENTE”, que já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – FERENCZI” da CONFRARIA ANALÍTICA.
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Um dos indícios mais confiáveis de que estamos diante de um paciente neurótico é uma verbalização que denota a presença de um conflito psíquico.
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A rigor, poderíamos dizer que cada pessoa que nos procura na clínica vivencia uma modalidade particular de sofrimento emocional.
Por outro lado, quando comparadas entre si, essas diferentes formas de adoecimento psíquico podem apresentam traços comuns, muitas vezes até idênticos.
É isso o que nos permite agrupá-las em certas categorias mais ou menos abrangentes.
A neurose foi a primeira dessas categorias a interessar à Psicanálise.
Na verdade, foi buscando encontrar um tratamento eficaz para as neuroses e investigando a gênese dessas formas de adoecimento que Freud inventou a terapia psicanalítica.
É por isso que conceitos fundamentais da Psicanálise como inconsciente, pulsão, recalque etc. derivam diretamente da experiência clínica de Freud com pacientes neuróticos.
Se o primeiro contato de Freud tivesse sido com pacientes não neuróticos, provavelmente os fundamentos teóricos e técnicos da Psicanálise seriam outros.
Mas o que caracteriza a neurose?
Um dos indícios mais confiáveis de que estamos diante de um paciente neurótico é uma verbalização que denota a presença de um conflito psíquico.
— Doutor, eu não consigo deixar de fazer (pensar ou desejar) tal coisa.
— Doutor, eu queria muito fazer (pensar ou desejar) tal coisa, mas não consigo.
Essas são duas estruturas típicas de uma queixa neurótica.
No primeiro caso, temos a descrição de um sintoma. No segundo, o relato de uma inibição.
Ambos evidenciam a existência de uma divisão no sujeito: o que ele conscientemente quer (ou não quer) se contrapõe ao que efetivamente faz (ou deixa de fazer).
Ora, essa situação conflituosa evidencia que o neurótico não sabe DE FATO o que quer, ou seja, que, na verdade, ele tem OUTROS desejos… INconscientes.
Mas por que esses desejos estão inconscientes? Por que o sujeito não os reconhece?
Porque eles entram em choque com a imagem idealizada (também inconsciente) que o neurótico quer ter de si.
Em nome da conservação dessa imagem, o sujeito reprime certos desejos e, para se proteger do reaparecimento deles, sofre com sintomas, inibições e ansiedade.
Um cenário muito distinto é o que observamos na clínica da não neurose.
Mas isso é assunto para outra hora. 😉
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Esta é uma pequena fatia da MASTERCLASS “Tudo sobre mecanismos de defesa”, que foi ministrada ao vivo na quinta-feira (09/02/2023) e cuja gravação na íntegra já disponível para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.
ATENÇÃO: Os valores atuais (39,99 por mês ou 397,00 por ano) são válidos só até este DOMINGO (12/02).
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Do ponto de vista psicanalítico, o adoecimento emocional aparece como uma TENTATIVA de colocar para fora a Mensagem que a pessoa não deu conta de efetivamente COMUNICAR para si.
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As pessoas não adoecem porque não se conhecem, mas por que não RECONHECEM certas partes de si mesmas. Nesse sentido, o que a Psicanálise promove não é autoconhecimento, mas AUTORECONHECIMENTO.
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No finalzinho do século XIX, baseando-se em sua experiência clínica e na própria autoanálise, Freud teve a intuição de que toda criança experimenta o desejo de realizar os mesmos atos de Édipo.
Meninos e meninas, na faixa dos 2 a 5 anos mais ou menos, desenvolveriam a fantasia de terem exclusividade erótica sobre a mãe com a consequente eliminação da presença do pai.
Ao grupo de ideias que se produzem a partir desses desejos incestuosos e parricidas Freud deu o nome de COMPLEXO DE ÉDIPO.
Para o pai da Psicanálise, os pacientes neuróticos teriam muita dificuldade de renunciar a tais desejos, permanecendo, portanto, inconscientemente fixados à fantasia edipiana.
Mas o que levaria uma pessoa a se manter fixada no Inconsciente a um elemento infantil?
Resposta: a REPRESSÃO de tal elemento.
Como eu já disse em outras ocasiões, REPRIMIR É CONSERVAR.
Toda vez que a gente reprime um desejo, ou seja, toda vez que a gente expulsa um desejo do nosso campo de consciência e finge que ele nunca existiu, o que acontece?
Ora, ao invés de efetivamente desaparecer, o desejo começa a exercer ainda mais influência sobre nós, pois passa a habitar uma região da nossa mente que a gente não controla: o Inconsciente.
Nesse sentido, se uma pessoa permaneceu fixada ao complexo de Édipo, é porque, quando criança, reprimiu seus desejos incestuosos e parricidas ao invés de permitir que eles desaparecessem naturalmente…
— Beleza, Lucas, entendi. Mas, me diz uma coisa: por que algumas crianças conseguem fazer esse abandono natural do complexo de Édipo e outras o reprimem, ficando fixadas a ele?
Para respondermos essa pergunta, precisamos necessariamente levar em conta o modo como os pais se comportam com a criança durante a vivência do complexo de Édipo.
Freud não falou sobre isso, mas o psicanalista inglês Donald Winnicott, sim.
Quem está na CONFRARIA ANALÍTICA receberá ainda hoje (sexta) uma aula especial em que comento esse e vários outros aspectos da visão winnicottiana sobre o complexo de Édipo.
A aula está imperdível! Te vejo lá!
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Será que a ênfase que Freud deu à influência do fator sexual na produção das neuroses não pode ser explicada pelo fato de que, na época dele, havia uma forte repressão da sexualidade na Europa? Nesse sentido, a teoria freudiana das neuroses não estaria ultrapassada? Confira a resposta no vídeo.
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Ontem uma aluna me fez a uma pergunta que pode ser reproduzida mais ou menos nos seguintes termos:
— Lucas, será que a ênfase que Freud deu à influência do fator sexual na produção das neuroses não pode ser explicada pelo fato de que, na época dele, havia uma forte repressão da sexualidade na Europa? Nesse sentido, a teoria freudiana das neuroses não estaria ultrapassada?
Quero compartilhar com vocês a resposta que eu enderecei a esse pertinente questionamento.
Vamos lá.
De fato, o nexo causal entre sintomas neuróticos e a repressão de certos desejos sexuais pode ser visto com mais clareza num contexto como o do início do século XX em que as pessoas eram INCENTIVADAS a viverem reprimidas.
No entanto, o que Freud descobriu vai muito além disso.
Ao se deparar com o fator sexual na origem das neuroses, o médico vienense foi levado a investigar como funciona a sexualidade humana de modo geral.
E o que Freud descobriu nessa pesquisa?
Ora, que a repressão dos impulsos sexuais não é um elemento contingente, que pode estar presente numa época ou cultura e não em outras.
Freud nos mostrou que, em alguma medida, a repressão é um processo absolutamente INEVITÁVEL e NECESSÁRIO.
Isso porque, como ele nos fez ver, a sexualidade humana é, por natureza, DESREGULADA.
— Como assim, Lucas?
Eu vou te dar um exemplo: se você não “ENSINAR” uma criancinha que ela não pode desejar sexualmente seus irmãos ou seus pais, ela não vai “aprender” isso sozinha.
Coloco as palavras “ensinar” e “aprender” entre aspas porque não se trata de um processo explícito e formal como acontece na educação escolar.
O fato é que a gente não nasce sabendo O QUE e COMO devemos desejar sexualmente.
Esse “saber” é produzido graças a um processo em que certos desejos são permitidos e outros são… isso mesmo, REPRIMIDOS pela sociedade.
Portanto, a teoria freudiana não está ultrapassada.
Afinal, embora vivamos numa cultura muito menos repressiva que a do início do século XX, ainda assim nossa sexualidade NECESSARIAMENTE passa por um processo de “modelagem” social.
E, nesse processo, vários problemas podem acontecer, o que faz de nós seres naturalmente predispostos à neurose…
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Não só aquela sua amiga invejosa ou aquele mancebo que lhe deu um perdido no último fim de semana.
Somos todos recalcados.
Recalque foi um termo que Freud utilizou para descrever um processo que ocorre quase que automaticamente (mas não involuntariamente) em nós quando experimentamos certos pensamentos, fantasias e impulsos que não são compatíveis com a imagem idealizada que temos a nosso respeito.
Sabe quando você se assusta consigo mesmo e diz: “Meu Deus, como eu pude pensar uma coisa dessas?”?
Quando isso ocorre, a tendência é fingir que nada aconteceu e simplesmente tentar esquecer que tais pensamentos passaram pela nossa cabeça, né?
Pois bem, recalcar é isso: jogar a “sujeira” psíquica para debaixo de um tapete chamado INCONSCIENTE.
Por essa razão, somos todos recalcados, afinal todos nós fazemos isso, pois amamos fingir que correspondemos à imagem idealizada que temos de nós mesmos.
Assim, quando brota dos nossos corações algo que vem macular essa imagem, a gente finge que nada aconteceu e continua vivendo no autoengano.
O problema é que a alma não possui apenas essa inclinação no sentido da hipocrisia, mas também uma tendência na direção da verdade.
Em outras palavras: não adianta recalcar, não, amigo…
O que foi recalcado retorna, pois exige ser visto, reconhecido, falado:
“A boca fala do que está cheio o coração.”.
Se a gente insiste no autoengano e no medo de se enxergar, a alma se revolta e, tal como um vulcão em erupção, lança sobre nós o recalcado na forma de padrões doentios de relacionamento, obsessões, sintomas físicos, pesadelos…
E aí a gente procura a Psicanálise – para abrir mão da imagem idealizada de nós mesmos — e vivermos menos recalcados…
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Se alguém me perguntasse qual é o principal objetivo a ser alcançado com uma terapia psicanalítica, eu diria:
— Ajudar o paciente a ser uma pessoa menos DESPEDAÇADA.
Explico:
O amor apaixonado que temos pelo nosso Eu, os ditames do Outro e determinadas vicissitudes da existência levam a gente se fragmentar.
Expulsamos de nossa consciência aspectos riquíssimos do nosso ser simplesmente porque julgamos que não são compatíveis com nosso Eu limpinho ou porque a vida nos fez acreditar que eram perigosos.
Veja, por exemplo, aquela mocinha que sofre de ansiedade generalizada.
Ela não faz ideia de que seu constante estado de tensão e o excesso de preocupações que perturbam sua alma só existem porque ela está des-pe-da-ça-da.
De repente, a identificação com um pai excessivamente pacífico a fez acreditar que deveria manter seus impulsos agressivos e sádicos o mais distante possível do próprio Eu.
Resultado: a agressividade que poderia estar sendo vivida de forma natural, sob controle, como parte dela, tornou-se ESTRANGEIRA para essa pobre jovem.
É por isso que ela está o tempo todo ansiosa.
Não tem nada a ver com o que acontece do lado de fora.
O que ela verdadeiramente teme é esse pedaço agressivo de si mesma que, por ter sido exilado, passou a PERSEGUI-LA do lado de dentro.
Se essa moça decide fazer Psicanálise, o que será buscado?
Ora, ela e o analista se esforçarão juntos para tornar o Eu dela mais permeável aos impulsos agressivos e sádicos a fim de que ela passe a encará-los como parte legítima de sua personalidade.
Dessa forma, ela deixará de se sentir ameaçada pela própria agressividade e não precisará se defender com a ansiedade generalizada.
De fato, nossos sintomas, inibições e ansiedades evidenciam os despedaçamentos que estão presentes na alma.
A Psicanálise é, portanto, uma fomentadora de integração.
Você sente que há partes de você que precisam ser reintegradas?
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Quando a gente aprende que o Inconsciente é constituído de ideias recalcadas, surge a tentação de imaginá-lo como uma caixinha onde esses pensamentos são depositados.
Essa comparação não é boa porque ela sugere a falsa conclusão de que as ideias ficam paradas lá no Inconsciente à espera de serem resgatadas.
Na verdade, os pensamentos recalcados não param quietos!
Eles estão o tempo todo se manifestando.
Porém, como sua entrada na Consciência foi barrada, eles precisam recorrer a representantes, assim como grandes empresas utilizam parlamentares para fazerem valer seus interesses na legislação.
Tal como na relação promíscua entre empresários e políticos, o retorno do recalcado acontece debaixo dos panos, nos bastidores das nossas intenções oficiais…
É preciso ter olhos para ver a silhueta do recalcado numa inocente troca de palavras.
É preciso ter ouvidos para ouvir a voz do Inconsciente num inofensivo ritual cotidiano.
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Neste vídeo: entenda por que o recalque é paradoxalmente uma maneira de evitar que um determinado desejo seja abandonado.
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