Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
O papel que o superego exerce em nossa alma nunca é o de um paciente e bondoso conselheiro que nos alerta para os riscos da realização de certos desejos.
Participe, por apenas R$39,99 por mês, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Esta é uma pequena fatia da aula especial “POR QUE ALGUMAS PESSOAS TÊM UM SUPEREGO TÃO FEROZ?”, já disponível para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.
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Às quinze horas em ponto, a psicóloga Letícia iniciou a chamada de vídeo com Aírton, seu novo paciente.
Assim que o atendimento começou, o rapaz já foi logo pedindo desculpas antecipadas à terapeuta por eventuais falhas na comunicação entre eles por conta de sua conexão de internet.
Num tom apaziguador, a psicóloga disse que problemas desse tipo são comuns e que ele não precisava se sentir culpado por eles. Em seguida, perguntou o motivo que o levou a procurar ajuda.
— Eu tenho até vergonha de falar, doutora, mas vamos lá: o meu problema é a pornografia. Eu te procurei porque eu preciso parar com esse negócio e não tô conseguindo.
— Hum… Continue — pediu a terapeuta.
— Eu nem acho que sou viciado. Se eu entro três ou quatro vezes num mês é muito. O problema é que eu me sinto um bosta quando faço isso.
— Bosta? Como assim?
— É… Me acho um fracassado. Depois que eu termino de me masturbar, fico com tanto nojo de mim mesmo que sinto uma necessidade incontrolável de tomar banho.
— Então, o problema não é exatamente a pornografia, mas o que você sente depois que consome esse tipo de conteúdo, né?
— É… Pode ser… Mas o pior é que eu tenho namorada, doutora. Quando eu penso nela, minha consciência pesa mais ainda.
— Como é a relação entre vocês?
— Agora tá muito boa, mas no ano passado a gente quase terminou. Eu descobri que ela me traiu. Porém, como ela insistiu e eu gosto muito dela, decidi que valia a pena perdoar.
— E como é que você ficou quando descobriu a traição?
— Ah, eu me senti um bosta, né? Um fracassado.
— Hum… “bosta”, “fracassado”… o mesmo que você sente quando consome pornografia, né?
Ao longo da sessão, foi ficando evidente para Letícia que Aírton nutria um forte desejo de vingança latente contra a namorada.
Todavia, o paciente ainda não era capaz de sequer vislumbrar esse desejo.
Afinal, aprendeu desde criança a reprimir sua agressividade e a descarregá-la… sobre si mesmo por meio da autopunição.
Ainda hoje, quem está na CONFRARIA ANALÍTICA, receberá uma AULA ESPECIAL em que eu comento alguns trechos da obra de Freud que explicam como se dá esse processo que vai dá repressão da agressividade ao excesso de culpa e autocondenação.
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Não, o superego não é um anjinho que fica tentando te convencer a não ceder às tentações do diabinho do id.
Na verdade, uma associação muito mais apropriada seria justamente entre o superego e… o diabo.
Afinal, no campo teológico judaico-cristão, Satanás exerce fundamentalmente um papel de ACUSADOR.
Isso mesmo. Veja, por exemplo, o que o diabo diz a Deus a propósito de Jó, o arquétipo do homem virtuoso:
— Será que ele teme ao Senhor sem interesse? Estende a tua mão e toca em tudo o que ele tem, para ver se ele não blasfema contra ti na tua face.
Se o demônio aparece como tentador no mito do Éden e em várias outras passagens da Bíblia, não é porque ele quer ajudar o ser humano a satisfazer seus desejos.
Pelo contrário! Como o texto deixa claro, o objetivo do tinhoso com a tentação é levar os homens a desobedecerem a Deus para, assim, ter motivos para invejosamente ACUSÁ-LOS diante do Criador.
É por isso que faz muito mais sentido comparar o superego a um diabinho e não a um anjinho.
Com efeito, o papel que o superego exerce em nossa alma nunca é o de um paciente e bondoso conselheiro que nos alerta para os riscos da realização de certos desejos.
Em vez disso, ele já nos CONDENA simplesmente por TERMOS determinados anseios.
É claro que socialmente essa ação acusatória do superego tem lá o seu valor na medida em que inibe a expressão direta de muitos impulsos.
No entanto, isso pode se dar às custas de muita culpa, de muita ansiedade, de muito sofrimento…
Pessoas, por exemplo, cuja vida é dominada por um superego excessivamente feroz estão o tempo todo se sentindo inadequadas e insuficientes.
Quase nunca conseguem usufruir de suas conquistas ou elogios porque a voz acusatória do superego não permite a elas escutar o que a REALIDADE lhes diz.
A Psicanálise consegue ajudar essas pessoas na medida em que as ajuda a fortalecerem o próprio Eu.
Dessa forma, o sujeito passa a não depender mais do MEDO DAS ACUSAÇÕES DO SUPEREGO para lidar com seus impulsos.
O superego continua existindo, mas agora… exorcizado.
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Esse corte foi extraído da nossa última aula AO VIVO de segunda-feira na CONFRARIA ANALÍTICA.
Hoje, a partir das 20h, teremos mais um encontro.
Estamos estudando linha a linha o texto de Freud “Sobre o narcisismo: uma introdução”.
Te vejo lá!
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Ajudar o paciente a desenvolver autocompaixão deveria ser um dos propósitos de qualquer tratamento psicoterapêutico, seja ele psicanalítico ou não. Todavia, não devemos confundir autocompaixão com AUTOCOMPLACÊNCIA. Não se cobrar de forma exagerada é diferente de pegar leve consigo mesmo.
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Esse termo designa basicamente uma atitude oposta ao excesso de autocobrança — queixa frequentemente encontrada nos consultórios de terapeutas atualmente.
Uma pessoa autocompassiva olha para si mesma de modo compreensivo e amoroso, ciente de que não é capaz de dar conta de tudo e de que pode cometer erros.
Em outras palavras, um indivíduo que desenvolveu a competência da autocompaixão NÃO PEGA PESADO CONSIGO MESMO.
Por outro lado, sujeitos que não são autocompassivos comportam-se como verdadeiros carrascos de si mesmos, fazendo-se cobranças exageradas e não admitindo nenhum tipo de falha.
Ajudar o paciente a desenvolver autocompaixão deveria ser um dos propósitos de qualquer tratamento psicoterapêutico, seja ele psicanalítico ou não.
Todavia, não devemos confundir autocompaixão com AUTOCOMPLACÊNCIA.
Não se cobrar de forma exagerada é diferente de pegar leve consigo mesmo.
Assim como o excesso de autocobranças, a autocomplacência também é um fator que contribui para a deterioração da saúde mental.
Há muitas pessoas, por exemplo, que permanecem presas a condições de adoecimento emocional porque não se dispõem a fazer o mínimo necessário para sair delas.
Volta e meia atendo jovens universitários que se queixam de uma suposta INCAPACIDADE de se concentrarem nos estudos em casa.
Quando eu pergunto se eles LUTAM contra a distração, a resposta é geralmente negativa.
Diante da DIFICULDADE de concentração, a pessoa simplesmente desiste de estudar. Ela não se ESFORÇA para retomar a atenção depois de momentos de distração.
O nome disso é AUTOCOMPLACÊNCIA, ou seja, uma propensão a exigir de si MENOS do que se é capaz de dar conta.
A concentração, por exemplo, assim como diversos outros aspectos do funcionamento psicológico, precisa de EXERCÍCIO para ser desenvolvida — e não exercício leve.
Você não se tornará fisicamente forte levantando pesos que não te causam nenhum desconforto.
Da mesma forma, não é possível conquistar uma saúde mental fortalecida pegando leve consigo mesmo e desistindo diante de qualquer mínimo obstáculo.
Seja autocompassivo, mas não seja autocomplacente.
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O medo excessivo de cometer erros leva algumas pessoas a ficarem o tempo todo se perguntando: “Será que agi corretamente?”. Assista ao vídeo e entenda a gênese desse problema.
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Neste vídeo: entenda como os ataques do superego e a repressão da agressividade estão na gênese da dificuldade que algumas pessoas possuem de se perdoarem.
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Como você se sente depois de perceber que tomou uma decisão equivocada?
A imensa maioria das pessoas experimenta um sentimento desagradável que nós costumamos chamar de ARREPENDIMENTO.
Ele geralmente vem acompanhado da ideia de que como as coisas teriam sido se a escolha tivesse sido diferente:
“Se eu não tivesse enviado aquele e-mail, esse mal-entendido não teria acontecido”.
“Se eu tivesse passado a noite estudando ao invés de sair, minha nota nessa prova seria bem melhor”.
Esse movimento de pesar e lamentação é praticamente inevitável. Afinal, estamos sempre avaliando nossa conduta em função dos objetivos e ideais que desejamos alcançar.
Até um “psicopata”, ao ser pego pela Polícia, pode se arrepender de não ter sido mais cuidadoso.
Diante da constatação de um erro, o arrependimento não é opcional.
No entanto, penso que, após esse instante de contrição, surgem duas possibilidades de interpretação da decisão equivocada.
Podemos encarar o erro como um CRIME ou como uma FONTE DE APRENDIZAGEM.
Existem pessoas que olham para suas falhas como se tivessem necessariamente descumprido uma lei.
Que norma o sujeito violou por ter terminado com namorada — decisão da qual se arrependeu alguns meses depois?
Nenhuma, óbvio. Mas o caboclo se CASTIGA psicologicamente, por meio do sentimento de culpa e de autoacusações, como se tivesse cometido um crime.
Tais pessoas encaram seus acertos como atos de obediência a uma suposta Lei transcendental — que, na verdade, só existe na cabeça delas.
Quem não vive desse jeito, numa relação de amor com essa consciência tirânica, tem o privilégio de considerar os próprios erros como OPORTUNIDADES DE CRESCIMENTO.
Tais pessoas conseguem olhar para a vida como um grande campo de experimentações e não como uma eterna prova na qual precisam sempre tirar nota 10.
Por isso, não se castigam por terem errado. Ao invés disso, se perguntam: “O que essa falha me ensinou?” — e isso sem a expectativa ilusória de não mais errar.
Um dos objetivos que buscamos na terapia psicanalítica é justamente ajudar o paciente a desenvolver esse olhar afirmativo, compreensivo e não punitivo sobre a própria conduta.
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Após vivenciar a terceira crise de ansiedade em menos de uma semana, a jovem finalmente reconhece que está precisando de ajuda e decide procurar terapia.
Uma coisa que salta aos olhos do terapeuta logo no primeiro encontro com Marisa é a tendência que a paciente tem de ficar compulsivamente revisando suas escolhas.
Por exemplo:
Após finalizar uma conversa com um cliente, a mente da jovem jurista é imediatamente invadida por questionamentos do tipo:
“Será que eu dei a orientação correta para ele?”, “Será que não deveria ter falado de outra forma?”, “E se a explicação que eu dei não for pertinente para o caso dessa pessoa?”.
A mesma “chuva de indagações” acontece depois que ela acaba de protocolar uma peça processual no Fórum de sua cidade.
Esse processo contínuo de revisão dos próprios atos faz com que Marisa se sinta o tempo todo tensa, ansiosa, com medo de ter feito alguma coisa errada.
No processo terapêutico foi possível constatar que, na infância, a advogada sempre se sentiu ameaçada pela mãe, que parecia ter uma verdadeira intolerância a erros cometidos por outras pessoas.
Assim, se Marisa eventualmente deixasse cair uma pequena gota de sorvete em sua blusa, isso já era motivo suficiente para que a genitora declamasse um sermão de 10 minutos sobre o suposto desleixo da filha e a necessidade ser mais cuidadosa.
Em função do anseio natural de se sentir amada, aprovada e validada, a paciente foi paulatinamente internalizando a severidade da genitora.
Dessa forma, com o passar do tempo, Marisa passou a SE COBRAR da mesma forma inflexível com que era cobrada pela mãe.
Nesse sentido, a tendência compulsiva de ficar revisando decisões era a expressão da sua ânsia infantil de se tornar a filha 100% correta e irrepreensível que ela imaginava que sua mãe queria.
Em outras palavras, por estar inconscientemente presa ao desejo de encarnar a suposta filha ideal, a jovem advogada não poderia correr o risco de deixar passar um errinho sequer.
Você também sofre dessa tendência a ficar revisando o tempo todo suas decisões pelo medo excessivo de errar?
Identificou-se com a história de Marisa?
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