De acordo com a Escola de Psicossomática de Paris, a insuficiência do funcionamento mental é o fator subjetivo que torna o indivíduo vulnerável a um adoecimento somático. No trabalho cujo áudio compartilho abaixo, busco demonstrar a incompatibilidade entre esse quadro teórico e a perspectiva de Winnicott na abordagem do adoecimento físico. Para o analista inglês, o adoecimento somático é uma tentativa precária de promover a conexão entre a psique e o corpo. Winnicott, não concebe a psique como uma máquina destinada a conter o que vem do corpo, mas como uma dimensão do indivíduo que acompanha e enriquece a experiência corporal, desenvolvendo-se concomitantemente a ela.