Qual é a fantasia que te protege do Real?

Nós não vivemos no Real.

Nossa relação com ele é mediada por uma coisa que em Psicanálise a gente chama de fantasia.

O que nós chamamos de realidade é a versão do Real que nossa fantasia nos apresenta.

Precisamos da mediação da fantasia porque o Real é insuportável de ser visto a olho nu. Ele é caótico, sem sentido, indizível.

Por isso, precisamos de uma fantasia que nos diga quem somos, o que esperar do outro, como devemos nos posicionar, quais são as regras do jogo da vida.

A fantasia faz parecer que a existência é compreensível e previsível. Ela nos orienta.

Contudo, diferentemente do delírio psicótico (que também faz frente ao Real), falta na fantasia o elemento da certeza. No fundo, sabemos que nossas fantasias são construídas, fabricadas, artificiais, ou seja, sabemos que não refletem necessariamente o Real.

Se nos apegamos tão fortemente a elas a ponto de adoecermos para justificá-las é porque nos protegem do encontro com o Real insuportável.

Há muitas formas de formular o que se busca numa análise. Uma delas é: numa análise se busca ajudar o sujeito a se descolar (e se deslocar) de sua fantasia a fim de que o Real passe a ser visto por ele como menos ameaçador.


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