Você usa uma máscara ou vive mascarado?

Todos nós precisamos de uma máscara para viver.

A vida em sociedade seria inviável se nos apresentássemos uns aos outros de maneira 100% natural.

Por isso, desde muito cedo aprendemos a esconder dos outros certos aspectos do nosso ser espontâneo.

ESCONDER: esta é uma das principais funções da máscara.

Quando estamos com ela, evitamos que as pessoas vejam aquilo que não queremos (ou não podemos) mostrar.

Mas a máscara também serve como meio de PROTEÇÃO — para nós mesmos e para os outros.

De fato, muito precocemente percebemos que existem em nós determinadas inclinações que precisam ser contidas porque podem nos colocar em risco.

Quando temos a sorte de crescer em um ambiente estável, pacífico, confiável e seguro, a máscara que construímos para viver é meramente instrumental.

Ela é vivenciada como uma simples ferramenta de ocultação necessária e proteção cautelosa.

Por outro lado, quando temos o azar de passar a infância num ambiente conturbado, violento, negligente ou inseguro, passamos a nos confundir com a máscara.

Afinal, ela acaba se tornando um meio de sobrevivência e não apenas um recurso necessário para a relação com os outros.

Uma criança que vive num lar marcado por violência, por exemplo, se vê obrigada a TROCAR o seu modo espontâneo de ser pela máscara a fim de se proteger.

Ou seja, ela recorre à máscara não pela necessidade natural imposta pela interação com outras pessoas, mas por… MEDO.

Medo dos adultos à sua volta, mas também medo de si mesma.

Afinal, quando o ambiente não é seguro e confiável, passamos a olhar para nossos impulsos naturais como essencialmente perigosos.

Infelizmente, esse medo que leva uma pessoa a usar a máscara para sobreviver não desaparece com facilidade.

Por isso, mesmo saindo do contexto hostil em que foi criado, o sujeito pode não conseguir abandonar a máscara como refúgio e usá-la apenas como ferramenta.

O medo infantil dos ataques do ambiente leva a pessoa a viver o tempo todo no “modo máscara” renunciando totalmente a seus desejos e inclinações espontâneas.

Esse é o seu caso?

Que lugar a máscara ocupa na sua vida: mera ferramenta de adaptação ou recurso indispensável de sobrevivência?


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