Seu relacionamento tem ambiente e objeto ou só um dos dois?

Responda rápido: quem foi a primeira pessoa que você amou na vida?

Se você não respondeu “minha mãe”, sua resposta está errada.

Sim, a primeira pessoa que todos nós amamos na vida é a mãe (ou aquela que faz a função materna).

Não tem como ser diferente, gente. É natural que estabeleçamos um vínculo de amor com a pessoa que inicialmente assegura nossa sobrevivência.

É a mãe (ou figura materna) que nos alimenta, nos protege do frio, nos dá colo etc. É praticamente inevitável que amemos essa pessoa.

Para os chatos de plantão: é claro que o pai também pode fazer tudo isso, mas, via de regra, é a mãe quem se encarrega de tais funções — sobretudo nos primeiros meses.

— OK, Lucas, mas por que você está nos lembrando dessas obviedades?

Porque eu quero chamar sua atenção para um fato que não é tão óbvio assim… Veja:

Se a figura materna é a primeira pessoa que a gente ama, isso significa que o vínculo com ela servirá de base, de modelo, para nossas relações amorosas posteriores.

Não, não estou me referindo ao velho clichê de que você vai se apaixonar por pessoas parecidas com sua mãe. Pode acontecer, mas não é disso que estou falando.

O ponto é que certos aspectos estruturais presentes no vínculo inicial com a mãe tendem a reaparecer nas relações com nossos parceiros ou parceiras.

Vou citar um desses aspectos: a dupla função que a mãe exerce junto ao bebê.

O psicanalista inglês Donald Winnicott descobriu que a mãe é, ao mesmo tempo, objeto e ambiente para seu filho.

Enquanto objeto, ela se oferece ao bebê para ser sugada, mordida, imaginariamente atacada, ou seja, como um alvo dos impulsos dele.

Já como ambiente, a mãe se apresenta como um contexto que fornece (ou não) segurança, previsibilidade, rotina etc.

Ora, nossos parceiros e parceiras tendem a exercer exatamente esses dois papéis conosco:

Por um lado são objetos com os quais saciamos nossos desejos. Por outro, constituem um ambiente no qual nos sentimos acolhidos e seguros.

Vários problemas comuns nos relacionamentos acontecem justamente quando o parceiro não exerce uma dessas funções.

Aí surgem os clássicos:

A pessoa que é um objeto extremamente excitante, mas zero ambiente confiável. Ou aquela que é um ambiente super acolhedor, mas não se coloca como objeto de desejo.

As relações que costumam funcionar melhor — em que ambos se sentem suficientemente satisfeitos (suficientemente!) — são aquelas nas quais cada um consegue, a seu modo, ocupar os dois lugares para o outro.

Isso acontece no seu relacionamento? Ou por aí tá faltando espaço para alguma dessas funções?

***

Na aula temática desta sexta na Confraria Analítica, vamos aprofundar a distinção que Winnicott faz entre mãe-ambiente e mãe-objeto e entender como essa diferença continua moldando nossos relacionamentos na vida adulta.

Para ser meu aluno na Confraria, é só clicar aqui.


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[Vídeo] Seus relacionamentos ainda são comandados pela sua infância?


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[Vídeo] Você levou sua infância para o relacionamento?


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Você usa seus relacionamentos para consertar ou repetir o que viveu na infância?

O único tipo de vínculo que rivaliza em grau de intimidade com aquele que temos com nossos pais é a relação que estabelecemos com nossos parceiros amorosos.

Existem certas dimensões da nossa personalidade que só nossos pais conhecem e que só nos sentimos à vontade para revelar a quem amamos.

Por isso, não é surpreendente perceber que usamos nossas relações afetivas como palcos para a encenação de questões mal resolvidas com nossos pais.

Nossos companheiros são os atores perfeitos para representar os papéis parentais no drama infantil que reproduzimos de modo inconsciente.

E isso não ocorre só porque temos com eles uma proximidade comparável à que tínhamos com nossos pais.

Acontece também porque  escolhemos nossos parceiros justamente por reunirem traços que os tornam aptos a personificar as imagens de nossas figuras parentais — tanto as de quem elas foram quanto as de quem gostaríamos que tivessem sido.

Felipe frequentemente se sentia perdido e desamparado na infância. Achava que os pais não lhe davam apoio nem cuidado suficientes.

Resultado: casou-se com Fátima, uma mulher que só falta dar comida na sua boca, mas que, em contrapartida, não admite que ele vá sequer à padaria sozinho.

Beatriz, por sua vez, foi abandonada pelo pai aos cinco anos. O genitor mantinha um caso extraconjugal e decidiu ir morar com a amante em outro estado.

Sem se dar conta, a jovem acaba sempre se envolvendo com homens que, assim como o pai, jamais estão totalmente disponíveis: é o sujeito que desde o início avisa que não quer nada sério; é o rapaz comprometido…

Enquanto Felipe fez sua escolha pela via da compensação, Beatriz seguiu pela trilha da repetição. Mas ambos tentam, no campo amoroso, resolver o que ficou pendente nas relações com seus respectivos pais.

— A simples tomada de consciência seria suficiente para que interrompessem esse processo e buscassem vínculos não contaminados por suas questões infantis?

Não.

Primeiro, porque quem toma consciência é a parte adulta do sujeito, e não a dimensão infantil — que é justamente a responsável pelas escolhas amorosas.

Essa dimensão infantil não se transforma pela simples constatação racional da realidade. Ela precisa ser convencida de que o passado é imutável.

E, para que isso aconteça, podem ser necessários anos de elaboração psíquica, ou seja, de conversas entre a parte infantil e a parte adulta.

Em segundo lugar, porque é impossível eliminar de nossas escolhas afetivas as influências de nossas questões infantis mal resolvidas.

Como eu disse, é a dimensão infantil que decide. Logo, as escolhas sempre carregarão o viés das marcas indeléveis de nossa infância.

Depois de alguns bons anos de análise, talvez possamos fazer escolhas que nos causem menos sofrimento ou aprender a surfar nas ondas das que já fizemos.

Beatriz pode, enfim, conseguir se relacionar com um homem disponível e sublimar o anseio pelo pai ausente lendo romances ou assistindo doramas.

Felipe, por outro lado, pode começar a sair da posição de filho na relação conjugal e, assim, conquistar mais liberdade e autonomia.

Para isso, ambos precisarão renunciar ao gozo infantil, ou seja, à satisfação inconsciente que sentimos ao reencontrar, na face de quem amamos, aquele velho olhar do papai ou da mamãe.


Às vezes, o que chamamos de “amor” é só o eco de antigas carências.

Na Confraria Analítica, você encontra diversas aulas que ajudam a entender como nossas vivências infantis continuam influenciando o modo como amamos hoje.


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Você enxerga sua vida como um filme de terror e sonha em viver um conto de fadas?

A psicanalista austríaca Melanie Klein acreditava que, nos primeiros três ou quatro meses de vida, nossa visão da realidade é completamente delirante.

Não por acaso, a autora chamou essa fase de POSIÇÃO ESQUIZOPARANOIDE.

Com efeito, de acordo com Klein, nesse estágio, o bebezinho enxerga o mundo de maneira bipolar:

Ora se sente num paraíso, protegido por uma mãe bondosa e superpoderosa, ora acredita estar num inferno, perseguido por uma mãe demoníaca e implacável.

Por que esse cenário tão maluco se apresenta na cabecinha da criança?

Para a autora, isso acontece porque o bebê nasce com intensos impulsos amorosos e destrutivos, mas ainda não possui uma mente forte o suficiente para suportá-los.

Assim, o pequeno filhote de Homo sapiens é levado a projetar parte dos seus impulsos para o mundo externo, colorindo-o com sua própria realidade psíquica.

Em outras palavras, a criança vê o mundo ora como um lugar 100% amável, ora como um ambiente 100% odiável porque ela mesma está cheia de amor e de ódio.

— E por que ela não enxerga a realidade como amável e odiável ao mesmo tempo, Lucas?

Porque ainda não dá conta.

Para fazer isso, o bebê precisará adquirir força psíquica suficiente para suportar o fato de que é possível odiar quem amamos, pois ninguém é deus nem demônio.

Klein acredita que a criança atinge esse grau de maturidade por volta dos seis meses, numa fase que ela chamou de POSIÇÃO DEPRESSIVA.

Trata-se do momento em que o bebê finalmente consegue enxergar a realidade para além de suas projeções — o que o leva a se sentir culpado e decepcionado:

Culpado por ter achado, em alguns momentos, que a mãe que ele tanto ama era uma bruxa malvada.

E decepcionado por perceber, ao mesmo tempo, que ela também não é um ser angelical superpoderoso.

Esse movimento de reconhecer a realidade por trás das projeções é um processo que se repete em toda análise.

Frequentemente nossos pacientes nos apresentam uma descrição de suas vidas que é completamente enviesada pelas lentes de seu mundo interno.

Cabe ao analista ajudar o sujeito a se sentir seguro o bastante para enxergar a própria existência sem imaginá-la como um conto de fadas ou um filme de terror.


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Felicidade não é maçã.

Todos nós caímos na tentação de tratar conceitos como se fossem coisas.

Felicidade, por exemplo, é um conceito. Já maçã é uma coisa.

CONCEITOS, como a própria palavra indica, são entes CONCEBIDOS, ou seja, formados, produzidos, construídos. Por quem? Pela mente humana.

De fato, boa parte deles se refere a realidades empíricas, mas um conceito em si mesmo é fundamentalmente algo que saiu DA NOSSA CABEÇA.

Por outro lado, COISAS são entes que fazem parte do mundo externo, que podem ser observados, tocados, experimentados.

Normalmente, ninguém discute o que são maçãs. Afinal, para saber isto, basta olhar para uma.

O mesmo vale para “felicidade”?

É claro que não!

Se perguntarmos a dez pessoas o que significa ser feliz, obteremos, no mínimo, umas três ou quatro definições diferentes.

O curioso, porém, é que frequentemente nós usamos o conceito de felicidade como se todo o mundo estivesse de acordo sobre o seu significado.

Beatriz está em dúvida quanto à continuidade de seu relacionamento.

Ela não sabe se termina ou não com o namorado, pois não sente muito desejo de ir para a cama com o rapaz apesar de gostar muito da companhia dele.

Ao ouvir seu dilema, Ana, uma amiga, lhe diz com toda a naturalidade do mundo:

— Ah, Bia, termina logo com esse cara. Vai SER FELIZ, mulher!

Ao falar isso, Ana está trabalhando com uma definição muito específica de felicidade.

Em outras palavras, o que ela está dizendo é mais ou menos o seguinte:

“Só é possível ser feliz em um relacionamento se você sentir muito tes4o pelo seu parceiro.”

Porém, ao aconselhar Beatriz, a amiga trata essa sua concepção de felicidade como se fosse algo tão evidente e indiscutível quanto uma maçã.

Ana não sabe, mas está utilizando uma artimanha retórica muito empregada na publicidade:

Coisificar os conceitos para levar as pessoas a não pensar e simplesmente aceitar o que está sendo oferecido.

Na contramão desse processo ide0lógic0 está a MASTERCLASS 100% GRATUITA “Ser feliz: é possível?” que eu vou ministrar na quinta-feira às 20h.

Quero justamente estimular você a pensar sobre o conceito de felicidade à luz das ideias de Freud e de Winnicott.

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[Vídeo] 3 lições da Psicanálise sobre relacionamentos


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[Vídeo] Seu relacionamento é parecido com o dos seus pais?


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O ódio pode ser apenas uma disfarce para o amor

Lacan costumava dizer que a angústia é o único afeto que não engana.

Essa máxima pode ser interpretada de diversas formas. Por exemplo:

Podemos dizer que a angústia não engana porque, do ponto de vista lacaniano, ela sempre sinaliza a presença simultânea do desejo.

Outra interpretação possível é a de que a angústia não engana porque nunca aparece como um disfarce para outros sentimentos.

Em outras palavras, para Lacan, angústia seria sempre angústia mesmo.

— Uai, Lucas, mas existem emoções que não são, de fato, elas mesmas?

Sim, caro leitor. O corolário da proposição lacaniana é o de que, com exceção da angústia, todos os afetos podem nos enganar.

Pense, por exemplo, no ódio.

Em princípio, se Pedro odeia Paulo, podemos deduzir que Pedro quer manter Paulo longe de si e, no limite, deseja até que Paulo deixe de existir.

No entanto, conhecendo a vida de Pedro mais profundamente, podemos acabar constatando que ele não consegue deixar de pensar em Paulo.

Ao invés de afastá-los, o ódio os manteve intensamente ligados — efeito que esperaríamos que fosse produzido por outro afeto: o amor.

Como explicar esse paradoxo?

Uma possibilidade é interpretar o ódio que Pedro experimenta como uma máscara para o amor que ele tem por Paulo.

Amor que, por N razões, não pode se manifestar explicitamente.

Portanto, o ódio pode ser enganoso: Pedro acha que não quer ver Paulo nem pintado de outro, mas, na verdade, o ama profundamente.

Se você quiser um exemplo concreto de como o amor pode se disfarçar por meio do ódio, assista à AULA ESPECIAL publicada hoje (sexta) na CONFRARIA ANALÍTICA.

Trata-se de mais uma aula do módulo ESTUDOS DE CASOS, em que comento casos clínicos reais enviados por alunos da nossa escola.

Você vai conhecer a história de Anderson, um rapaz que atravancou a própria vida por nutrir, com toda a força da paixão amorosa, o ódio por seu pai.

O título da aula é “ESTUDOS DE CASOS #11 – Anderson: do ódio pelo pai ao gozo masoquista” e ela já está disponível no módulo ESTUDOS DE CASOS.


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[Vídeo] Seu parceiro é a imagem do seu avesso?


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[Vídeo] 4 usos inconscientes que fazemos de nossos relacionamentos


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Você tem usado seu parceiro como encarnação das suas “capivaras”?

O funcionamento típico de relacionamentos amorosos é sempre um terreno fértil para novas descobertas psicanalíticas.

Hoje eu gostaria de falar com vocês a respeito de uma delas:

Nós podemos utilizar nossos parceiros amorosos como ENCARNAÇÕES de partes de nós mesmos que ainda não conseguimos INTEGRAR — o que eu costumo chamar de nossas “capivaras”.

Ao utilizar a palavra “integrar” não estou me referindo a nada de outra planeta, não, tá, gente?

“Integrar” um determinado aspecto da nossa personalidade significa simplesmente ser capaz de percebê-lo e afirmá-lo como NOSSO.

Quando eu integro uma parte do meu ser, paro de tentar fugir dela, ou seja, paro de utilizar mecanismos de defesa contra ela.

Vou te dar um exemplo:

Há muitas mulheres que, por conta de uma criação excessivamente repressora, foram levadas a DISSOCIAR o impulso s3xu4l do restante de sua personalidade.

Dissociar é o oposto de integrar. Quando você dissocia determinado elemento, passa a tratá-lo COMO SE não fosse seu.

Mas, como isso é mentira, você precisa utilizar mecanismos de defesa para continuar FINGINDO para si mesma que não possui aquilo.

Um desses mecanismos pode ser encontrar um parceiro amoroso que possa servir como uma espécie de encarnação desse elemento que você dissociou.

Assim, uma mulher que não dá conta de integrar seu impulso s3xu4l pode acabar se envolvendo com um cara cujo t3são está sempre à flor da pele.

É menos angustiante para ela ouvir as reclamações de seu marido (“Você nunca tá a fim!”) do que lidar com as reivindicações do SEU próprio desejo — que clama dentro dela por integração.

A mesma lógica vale para aquele típico homem bonzinho, que desde muito cedo foi levado pela vida a dissociar sua agressividade.

Não raro, esse sujeito “escolhe” se relacionar com pessoas que não só conseguiram integrar bem seu impulso agressivo, como o expressam de forma mais intensa e frequente.

Podemos dizer que, nesses casos, é como se o indivíduo utilizasse o relacionamento para fazer “do lado de fora” o difícil processo de integração que ele não consegue fazer “do lado de dentro”.


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Você busca compulsivamente o amor do outro?

Pense junto comigo:

O que acontece com um bebê quando não tem alguém interessado em cuidar dele?

O coitado morre, não é verdade?

Pois é… Este é um dos aspectos da condição humana: no início da vida somos absolutamente dependentes do outro. Nossa sobrevivência DEPENDE do amor alheio.

Por essa razão, podemos deduzir que, ao longo dos milhares de anos de evolução da nossa espécie, a natureza instalou em nós, desde o nascimento, uma ânsia visceral de sermos amados.

Por estarmos inseridos num mundo simbólico, esse anelo de amor não se satisfaz apenas com cuidados físicos, mas exige também gestos e palavras que REPRESENTEM o desejo do outro por nós.

Algumas pessoas recebem esses símbolos de amor em quantidade suficientemente boa na infância e isso confere a elas um estado de segurança básica, de pacificação.

Veja bem: tais indivíduos continuam desejando o amor do outro (essa ânsia é meio insaciável), mas dão conta de suportar a experiência de não serem amados.

Eles não se desesperam com a recusa de amor do outro porque, na infância, receberam uma “injeção” de amor que é suficiente para “consolá-los” na vida adulta.

Por outro lado, há pessoas que não tiveram a mesma sorte.

Elas até foram fisicamente bem cuidadas e, por isso, sobreviveram. Contudo, não foram objeto de muito reconhecimento e atenção quando crianças. Não se sentiam suficientemente desejadas.

Esses sujeitos crescem com um buraco afetivo na alma e se comportam na idade adulta como crianças ávidas por receberem os símbolos de amor do papai e da mamãe.

Estão o tempo todo buscando agradar na busca compulsiva de seduzirem o outro.

Tais pessoas se angustiam absurdamente quando são desprezadas, odiadas ou não reconhecidas.

Como não foram suficientemente “abastecidas” de amor na infância, não suportam perder o pouquinho de amor que julgam ter conquistado a duras penas.

Nos relacionamentos, podem se submeter a toda sorte de humilhações e até de violências.

Afinal, interpretam a simples manutenção do vínculo com outro (ainda que seja um vínculo horroroso) como um símbolo de amor pelo qual tanto anseiam.


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[Vídeo] Como superar o término de um relacionamento

Neste vídeo, o Dr. Nápoli explica o que precisa acontecer em uma pessoa para que ela consiga ficar em paz após o término de uma relação, seja para permanecer sozinha ou a fim de se abrir para outros vínculos amorosos.


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Relaxa… odiar é normal!

Uma das coisas que eu mais gosto na Psicanálise é o fato de que ela retira os “fardos pesados” que a farisaísmo social insiste em colocar sobre nós.

Se você postar nos seus stories ou em qualquer outra rede social a frase “Gente, eu tô com um ódio do meu marido!”, muita gente achará que há um problema grave no seu relacionamento.

É provável até que algum Ricardão se sinta encorajado a lhe mandar um direct com o clássico “Oi, sumida…”. 😏

Poucas pessoas vão olhar para a sua postagem e simplesmente pensar: “É, faz parte. De vez em quando a gente odeia a quem ama mesmo.”.

Infelizmente, prevalece no senso comum uma visão completamente falsa e idealizada das relações amorosas na qual a presença do ódio é vista necessariamente como um erro.

Ora, é absolutamente impossível amar uma pessoa sem odiá-la AO MESMO TEMPO.

Qualquer pessoa minimamente honesta consigo mesma jamais negaria a veracidade dessa afirmação.

Eugen Bleuler chamou de AMBIVALÊNCIA essa mistura inevitável de sentimentos que ocorre não só nas relações amorosas mas em praticamente todo relacionamento interpessoal.

Nas últimas aulas ao vivo da CONFRARIA ANALÍTICA tenho estudado com os alunos como a dificuldade de assumir a ambivalência pode levar ao adoecimento emocional.

Muitas pessoas entram em depressão, por exemplo, porque não se permitem odiar abertamente seus parceiros. Elas descarregam em si o ódio que era direcionado ao outro.

Sem falar nos obsessivos que morrem de culpa por sentirem essa hostilidade impossível de conter.

Parte dessa dificuldade de admitir o ódio está relacionada à visão idealizada e hipócrita das relações humanas que eu mencionei anteriormente.

Muitas pessoas se martirizam quando experimentam esse afeto porque aprenderam desde cedo que não se deve odiar JAMAIS sob pena de serem… ODIADAS por Deus! 🤡

A Psicanálise, em contrapartida, nos mostra que odiar, inclusive aqueles que amamos, é não só normal como inevitável.

Como seres naturalmente dotados de inclinações agressivas e apaixonados por nosso próprio ego, jamais conseguiríamos nos relacionar uns com os outros na base do “só love, só love”…


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