Esta é uma pequena fatia da aula “Tipos de ansiedade em Psicanálise” que já está disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – TEMAS VARIADOS da CONFRARIA ANALÍTICA.
Karen, uma jovem economista de 26 anos, sempre teve muita dificuldade para interagir com as pessoas.
Ela não é exatamente tímida. Faz apresentações em público, se expõe nas redes sociais… O problema dela não está na exposição, mas na relação.
Uma simples conversa com um vendedor numa loja já a deixava tensa e ansiosa. Por isso, preferia comprar tudo online.
Karen tem algumas poucas amigas, mas raramente sai com elas, limitando o contato praticamente à internet.
Insatisfeita com seu jeito de ser, resolveu fazer terapia cognitivo-comportamental.
A psicóloga a diagnosticou com “transtorno de ansiedade social”, a encaminhou para um psiquiatra e iniciou um “treino de habilidades sociais”.
Após quatro meses, Karen decidiu abandonar o tratamento, pois não se sentia melhorando.
Pelo contrário: o tal “treino” a deixava ainda mais ansiosa, pois se sentia cobrada a apresentar resultados.
Algumas semanas depois, encontrou no Instagram o perfil de outra psicóloga que trabalhava com Psicanálise e decidiu marcar uma consulta.
Deu certo.
Apesar do desconforto inicial com a postura mais reservada da profissional, Karen foi, aos poucos, se sentindo à vontade.
As intervenções da analista davam a ela a sensação de que, finalmente, alguém havia compreendido o que realmente acontecia.
— Tenho a impressão de que, ao interagir, você sente inconscientemente que será engolida, dominada, invadida pelo outro, Karen — disse certa vez a terapeuta.
Essa profissional havia conseguido enxergar a ansiedade básica que estava por trás da dificuldade de interação da paciente.
Tratava-se de uma ansiedade de invasão/intrusão, um medo inconsciente de ser sufocada pelo outro e perder a autonomia e a capacidade de desejar.
Encorajando Karen a elaborar essa ansiedade, a psicóloga conseguiu ajudar a moça a ir pouco a pouco perdendo naturalmente a dificuldade de interagir.
Sem treino.
A ansiedade de invasão/intrusão é apenas um dos sete tipos principais de ansiedades básicas que encontramos na clínica.
Eu explico didaticamente cada um deles na aula publicada hoje na Confraria Analítica, minha escola de formação teórica em Psicanálise.
O título da aula é “Tipos de ansiedade em Psicanálise” e ela já está disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – TEMAS VARIADOS.
Se você é analista ou terapeuta e quer aprender a identificar as ansiedades básicas de seus pacientes para ajudá-los de maneira mais efetiva, essa aula é para você.
A razão pela qual temos tanta dificuldade para abandonar nossos problemas emocionais é que eles são como aquela marca de palha de aço:
Possuem 1001 utilidades.
Por meio deles, conseguimos equacionar certos conflitos internos, satisfazer desejos de forma simbólica, obter ganhos em nossas relações interpessoais.
Enfim… Por mais dolorosos que sejam, nossos sintomas são tão vantajosos que não podemos abrir mão deles com muita facilidade.
— Ah, Lucas, lá vem vocês da Psicanálise com essas ideias malucas. Até parece que minha depressão e minha baixa autoestima me trazem alguma vantagem! 😠
Hum… Você duvida?
Então, faça análise. Encontre-se toda semana com uma boa psicanalista e, logo logo, começará a perceber os ganhos que obtém com esses problemas emocionais.
Um deles pode ser a evitação de uma angústia, sabia?
Uma angústia infantil, para ser mais preciso.
Como ainda possui poucos recursos psíquicos, a criança pode não conseguir lidar com certas angústias que a vida lhe impõe.
Por exemplo: uma menina pode ter uma mãe que lhe proporciona o básico em termos de nutrição emocional, mas um pai que não lhe dá muita atenção.
Essa falta pode fomentar uma angústia terrível!
“Será que meu pai não gosta de mim?”
“Será que eu não tenho valor?”
“O que preciso fazer para ser amada por ele?”
Estas são algumas das angustiantes perguntas que podem invadir a mente da criança diante da indiferença do pai.
Ora, um problema emocional pode se apresentar justamente como resposta a essas questões e, portanto, como um tamponador da angústia.
A menina pode se convencer de que sim, o pai não gosta dela, ela não tem valor e não há nada que possa fazer para ser amada por ele.
Ela se torna, então, triste, apática, com baixa autoestima, ou seja, entra num quadro depressivo.
Mas, fazendo essa depressão, pelo menos estanca a angústia de se perguntar sobre seu lugar no desejo do pai.
Entendeu?
É como se essa menina tivesse trocado a angústia pela depressão, pois a segunda é mais suportável do que a primeira.
— OK, Lucas, eu entendo que isso possa acontecer com uma criança. Mas eu já sou adulta!
— Ah, é? Quem te falou?
***
Na Confraria Analítica, eu explico como nossos sintomas podem funcionar como defesas contra dores mais antigas.
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Ansiedade é que nem suor: desconfortável, desagradável, mas… inevitável.
Assim como o suor é uma reação natural do corpo, a ansiedade é uma resposta espontânea da alma.
Suamos para resfriar o corpo diante de um aumento significativo de sua temperatura. Assim, evitamos o risco de superaquecimento.
Ficamos ansiosos quando estamos diante de algum perigo. Assim, nos sentimos inclinados a evitá-lo ou, no mínimo, tomar cuidado.
Ou seja, tanto o suor quanto a ansiedade são sinais de saúde.
Por isso, não faz sentido dizer que uma pessoa sofre de ansiedade, assim como seria absurdo afirmar que um sujeito sofre de suor.
Ambas as reações só podem ser chamadas de patológicas quando acontecem em excesso ou fora de hora.
Sinto que estou explicando uma coisa muito óbvia. Mas, às vezes, o óbvio precisa ser reafirmado.
Infelizmente, muitos profissionais de saúde mental têm falado sobre a ansiedade como se ela fosse um transtorno em si mesma.
Outro dia, atendi uma moça cujo psiquiatra lhe receitou um novo medicamento simplesmente por ela ter dito se sentir ansiosa e impaciente de vez em quando.
Atônito, perguntei se ela achava que sua ansiedade era exagerada ou a atrapalhava e a paciente disse tranquilamente que não, que era uma ansiedade “normal”.
Ela mencionou que se sente ansiosa, por exemplo, antes de fazer provas na faculdade, mas que não chega a ficar aflita e desesperada como alguns colegas.
Ou seja, essa ansiedade era totalmente adequada à circunstância em questão.
É natural ficarmos ansiosos diante de situações que envolvem riscos, como é o caso de uma avaliação acadêmica.
Em outras palavras, essa moça passou a tomar mais um remédio tarja preta à toa!
Se voltarmos à comparação com o suor, a situação parecerá ainda mais aberrante:
Imagine um dermatologista receitando um medicamento antitranspirante para um paciente que diz ficar suado quando faz atividades físicas…
Seria um absurdo, né?
Concluindo: a ansiedade faz parte da vida. Não devemos patologizá-la.
Ela nos motiva a ter cautela, a pensarmos antes de agir e tem mais:
Até quando acontece fora de hora pode ser uma bússola para encontrarmos nossos desejos mais profundos…
***
Quer compreender como a ansiedade pode funcionar até como uma bússola para encontrarmos nossos desejos mais profundos?
Na Confraria Analítica, minha escola de formação teórica em Psicanálise, você tem acesso a mais de 500 horas de aulas e novos conteúdos semanais para aprofundar esse olhar.
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Há uma coisa que você PRECISA saber e que talvez nenhum profissional de saúde mental tenha lhe falado até hoje:
Seus problemas emocionais existem para PROTEGÊ-LO.
Sim! Seus episódios depressivos, suas crises de ansiedade, seus pensamentos negativos, sua compulsão alimentar… Tudo isso existe para proteger você.
Eu sei que tal afirmação parece absurda, mas fique tranquilo que vou demonstrá-la.
Primeiramente, você precisa reconhecer dois fatos indiscutíveis:
(1) Todos nós somos seres contraditórios, no sentido de que temos muitas inclinações diferentes, que frequentemente se opõem umas às outras.
(2) Não temos consciência de todas essas inclinações e, portanto, não estamos plenamente conscientes de todos os possíveis conflitos entre elas.
Admitidas essas duas realidades, podemos continuar nossa demonstração:
Essas contradições internas (por exemplo: entre o amor e o ódio que você tem por uma pessoa) geram uma emoção extremamente desagradável: a ANGÚSTIA.
Quando estamos fortes psiquicamente, conseguimos tolerar a angústia e, consequentemente, o conflito que a produz.
Porém, quando nos encontramos num estado de fragilidade emocional, a angústia se apresenta como algo insuportável.
E aí, para evitar o surgimento dela, precisamos empregar defesas psíquicas contra o conflito que a desencadeia.
Pois bem! Nossos sintomas são justamente a EXPRESSÃO VISÍVEL dessas defesas.
— Mas, Lucas, eu não me percebo utilizando defesa nenhuma e também não consigo enxergar nenhum desses conflitos de que você está falando.
OK, mas você lembra que admitiu agora há pouco que nós nem sempre estamos conscientes de nossas inclinações e de possíveis conflitos entre elas?
Na maioria das vezes, todo esse processo que descrevi (conflito -> angústia -> defesas -> adoecimento) acontece inconscientemente.
E é justamente por isso que, para tratar seus problemas emocionais, você precisa de um método terapêutico que lhe permita enxergar essa mecânica inconsciente.
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Na Psicanálise, nós não traçamos como objetivo primário do tratamento a remoção de sintomas e inibições, mas a elaboração de fantasias e angústias.
SINTOMA é aquilo que você faz (ou que se faz em você), mas que não queria que acontecesse. Por exemplo: permanecer num relacionamento tóxico.
INIBIÇÃO é aquilo que você não consegue (ou não se permite) fazer, mas queria. Por exemplo: não ser capaz de fazer apresentações em público.
Sintomas e inibições são expressões visíveis de FANTASIAS — as quais podem ser mais ou menos conscientes.
As fantasias, por sua vez, são construções imaginárias que surgem em nós como forma de proteção contra a ANGÚSTIA.
Vejamos o exemplo de Beatriz, uma moça de 24 anos que não se sentia suficientemente amada pelo pai na infância.
Para se proteger da angústia gerada por essa frustração, ela construiu a fantasia de que conquistaria o amor paterno se fosse obediente e submissa, como a mãe.
Não adiantou nada.
Mesmo sendo boazinha e dócil, Beatriz continuou se sentindo pouco amada pelo pai.
Por isso, na adolescência, acabou transferindo inconscientemente a fantasia para a relação com Valmir, seu primeiro namorado, um sujeito ciumento e muito violento.
Apesar de agredir verbalmente a moça e traí-la diversas vezes, o rapaz nunca quis terminar o namoro.
— Eu nunca vou te deixar, Bia.
Beatriz interpretava inconscientemente isso como sinal de que era verdadeiramente amada por Valmir e, por isso, não conseguia terminar com ele.
Percebeu?
A FANTASIA de conquistar o amor paterno pela via da submissão materna era o que estava na raiz do SINTOMA da moça (permanência num relacionamento tóxico).
Se Beatriz simplesmente rompesse com o namorado sem atravessar essa fantasia, ela se sentiria extremamente angustiada e insegura.
E aí, para se proteger, provavelmente transferiria a fantasia para outra pessoa, dando início a mais um ciclo de dependência emocional.
Moral da história:
Como psicanalistas, nossa luta não é contra sintomas e inibições.
Mas, sim, contra as fantasias e angústias encobertas no mundo interno de nossos pacientes — porque é ali que a verdadeira mudança acontece.
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Ansiedade é uma emoção que nos acomete sempre que acreditamos estar prestes a entrar em contato com alguma coisa perigosa.
É por isso que Marcos se sente ansioso antes de encontrar-se com Cláudia, a moça com quem ele vem conversando desde que se conheceram em um aplicativo de paquera.
Qual é a coisa perigosa que o rapaz acredita que pode acontecer?
Digamos que seja a rejeição.
Como qualquer pessoa, Marcos tem medo de frustrar as expectativas de Cláudia e acabar sendo rejeitado por ela.
A moça também tem medo de não ser do agrado do rapaz. É por isso que também está ansiosa para esse primeiro encontro.
Tanto Marcos quanto Cláudia estão experimentando uma ansiedade normal, realista. De fato, a rejeição pode acontecer e nenhum dos dois quer passar por ela.
Mas vamos supor que Marcos, por exemplo, se sentisse tão ansioso que não conseguisse sequer ir até o encontro e acabasse dando uma desculpa para Cláudia:
— Puxa, linda, infelizmente vou ter que desmarcar. Surgiu um imprevisto: vou ter que levar minha avó ao jiu-jitsu.
Ora, nesse caso, não estamos mais diante de uma ansiedade normal, compreensível, fundamentada na realidade.
O caráter excessivo e paralisante do estado ansioso de Marcos é o sinal inequívoco de que ele está vivenciando uma ansiedade NEURÓTICA.
Isso significa que o rapaz não está com medo somente de uma possível rejeição, mas de outras coisas que podem estar direta ou indiretamente ASSOCIADAS a ela.
Ele pode ter medo, por exemplo, da imagem que veria de si mesmo no espelho da alma, caso fosse rejeitado por Cláudia.
“Você é muito fresco. Mulher não gosta de homem assim, não, viu?”.
Essa fala infeliz do pai, dita quando Marcos tinha dez anos, ainda ecoa na cabeça do rapaz.
Uma rejeição de Cláudia, portanto, seria vista por ele como uma confirmação da “profecia” paterna.
Esse é apenas um exemplo fictício que estou utilizando para mostrar a você que a ansiedade excessiva, desproporcional, neurótica pode ter raízes muito profundas.
Quem não topa o desafio de investigá-las fazendo terapia pode estar se condenando a viver dopado de medicamentos pelo resto da vida.
O que você prefere?
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Uma pessoa que sofreu um acidente físico (fraturou um dos dedos do pé, por exemplo) pode passar a apresentar uma maior sensibilidade no membro atingido mesmo depois de ter finalizado o tratamento médico e fisioterápico.
É como se o acidente tivesse convertido aquela área do corpo numa espécie de “ponto fraco”, de tal modo que qualquer pressão mais intensa no local provoca uma leve dor.
Na dimensão psíquica, um processo análogo também acontece.
Em função de certos “acidentes” emocionais, podemos desenvolver uma maior sensibilidade a certos estímulos e vivenciar um estado de dor psíquica diante de situações que a maioria das pessoas encara com naturalidade.
Clara, por exemplo, fica extremamente angustiada quando se vê envolvida em qualquer tipo de conflito interpessoal.
O choque entre os seus desejos e os interesses alheios provoca na moça um estado de tamanha aflição que ela faz de tudo para evitar que essa situação aconteça.
Quando criança, Clara presenciava com alguma frequência brigas violentas entre seus pais, as quais eventualmente ultrapassavam o âmbito verbal.
Para se proteger, a jovem começou a tentar adivinhar os momentos em que as contendas iriam começar a fim de correr para o seu quarto antes e tapar os ouvidos com o travesseiro.
Os embates agressivos entre os pais constituem o “acidente” pelo qual passou o psiquismo de Clara e que o tornou hipersensível a qualquer situação de conflito.
Apesar de não morar com os pais já há bastante tempo, essa moça ainda guarda na alma o registro do terror que vivenciava toda vez que eles brigavam.
Esse resto infantil permanece a maior parte do tempo em estado latente, pois Clara tornou-se extremamente habilidosa na arte de evitar conflitos.
Ele só é ativado quando periodicamente a vida coloca diante da jovem a necessidade de confrontar os interesses de outra pessoa.
Nesses momentos, Clara volta a ser aquela menininha de 8, 9 anos de idade que tinha medo de se desintegrar ao ouvir os gritos, tapas e xingamentos dos pais.
Felizmente, existe um caminho terapêutico que pode ajudar essa moça a não ser mais refém de seu ponto fraco.
Mas isso é assunto para outro momento.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
No meio da sessão, enquanto narrava um sonho, Adriana soltou um forte grito e se levantou do divã.
— O que aconteceu? — perguntou Eduardo, seu analista.
A paciente apontou para a parede na direção de uma pequena mariposa que lá repousava, dizendo “Mata! Mata!” bem baixinho, quase sussurrando.
Eduardo, então, levantou-se da poltrona e esmagou o inseto com um de seus sapatos, deixando uma pequena mancha acinzentada na parede.
— Pronto. Está mais calma?
— Sim… — respondeu a moça visivelmente aliviada.
— A gente precisa falar sobre isso. Desde quando você tem esse medo?
— Desde criança. Minha mãe fala que no começo eu tinha medo só daquelas grandonas, sabe? Aquelas escuras que o povo chama de bruxas.
— Bruxas! — exclamou o analista intuindo que tal significante poderia ser uma pista para interpretar aquela fobia.
— Mas, depois — continuou a paciente — diz minha mãe que eu passei a ter medo de qualquer mariposa, até dessas pequenininhas.
— E o que exatamente você teme?
— Não sei direito… Passa um monte de coisas na minha cabeça. Mas acho que o maior medo é de que elas me passem alguma doença, sei lá…
— Imagino que você já deve saber que esse tipo de inseto não transmite doenças, né?
— Sim. Eu sei que é um medo irracional, mas não tem jeito, doutor. Quando é bruxa, eu até desmaio!
— Então o feitiço da bruxa é mesmo muito poderoso! — interveio Eduardo apostando numa comunicação direta com a dimensão infantil da paciente.
A paciente não compreendeu imediatamente a fala do analista, mas lhe veio à mente a imagem da mãe. Sentindo-se um pouco envergonhada, Adriana preferiu não verbalizar o que pensou.
Todavia, o próprio silêncio da moça indicou a Eduardo que a intervenção produzira um efeito sobre ela. Por isso, o terapeuta considerou que era o momento apropriado para encerrar a sessão:
— Vamos continuar na semana que vem? Agora, a bruxa tá solta!
O que você acaba de ler é uma vinheta clínica fictícia que exemplifica a maneira como abordamos uma fobia pela via da Psicanálise.
Se quiser se aprofundar e entender em detalhes como funciona o tratamento psicanalítico das fobias, assista à AULA ESPECIAL publicada hoje (sexta) na CONFRARIA ANALÍTICA.
O título da aula é “AULA ESPECIAL – 4 princípios básicos para o tratamento das fobias na Psicanálise” e já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS”.
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