O que é essencial na Psicanálise?

Eu sempre digo que, na psicanálise, nós não trabalhamos com protocolos terapêuticos, ou seja, com roteiros padronizados de conduta clínica.

Nesse sentido, o modo como se desenvolve uma terapia psicanalítica pode variar bastante, mas não só pelas peculiaridades de cada paciente.

Fatores como o estilo do analista e a orientação teórica principal adotada por ele produzem experiências clínicas muito distintas.

Ainda assim, apesar das diferenças, todas essas formas de trabalho continuam sendo… psicanálise.

Por quê?

Quais são os aspectos comuns entre práticas tão diferentes quanto, por exemplo, a lacaniana e a winnicottiana, que fazem com que ambas sejam psicanalíticas?

Existem elementos essenciais que precisam estar presentes numa experiência clínica para que ela possa legitimamente ser chamada de psicanálise?

Do meu ponto de vista, sim.

E é sobre isso que falo na aula especial publicada hoje na CONFRARIA ANALÍTICA.

O título da aula é “5 princípios fundamentais da prática psicanalítica” e ela já está disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – TEMAS VARIADOS.

A Confraria é a maior e mais acessível escola de teoria psicanalítica do Brasil, com mais de 500 horas de conteúdo.

Se você quer compreender de forma profunda o que torna a psicanálise verdadeiramente psicanálise, essa aula é pra você.

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[Vídeo] Clareza: um dos objetivos da Psicanálise


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[Vídeo] Uma função essencial do psicanalista


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O psicanalista é aquele que te encoraja a continuar viajando quando tudo o que você quer é… estacionar.

De vez em quando alguém me pergunta se é possível fazer análise sozinho, sem a ajuda de um psicanalista.

A resposta é sempre um enfático NÃO.

Embora Freud, em seus primeiros escritos e cartas, faça referência à uma suposta autoanálise, hoje sabemos que suas elaborações não foram feitas solitariamente.

O colega Wilhelm Fliess bem como seus primeiros leitores exerceram para o médico vienense um papel SEMELHANTE ao que um analista desempenha numa análise “normal”.

Com efeito, Freud não guardava para si os resultados dessa suposta autoanálise, mas corajosamente os compartilhava nas cartas a Fliess e em seus primeiros livros.

Portanto, havia DESTINATÁRIOS para os quais o médico ENDEREÇAVA suas associações.

Enfatizo esse ponto porque o endereçamento a um outro é um dos elementos essenciais da experiência psicanalítica.

É por isso que a autoanálise compreendida como um processo associativo e elaborativo solitário é absolutamente inviável.

Para que a análise funcione, é preciso que o paciente associe e elabore PARA alguém.

E esse “alguém” não pode ser qualquer pessoa.

É preciso que ela tenha alcançado suficientemente bem a capacidade de não permitir que o paciente “estacione” seu carro quando deveria continuar “viajando”.

Explico a metáfora:

Para se proteger da angústia suscitada por certas lembranças e ideias, todo paciente tende a interromper o seu fluxo associativo (“estacionar”).

Uma das funções do analista é não permitir que isso aconteça, incitando e encorajando o sujeito a vencer suas resistências e prosseguir na “viagem” para dentro de si.

E o analista só dará conta de fazer isso se tiver vencido boa parte das suas próprias resistências — o que só é possível se ele fizer ANOS de análise pessoal.

É por isso que não dá para ser psicanalista só “fazendo curso” ou lendo livros e artigos de Psicanálise.

É sendo paciente de um analista durante um bom tempo que o sujeito adquire as condições subjetivas necessárias para não permitir que seu paciente “estacione”.


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[Vídeo] Por que precisamos supor que o Inconsciente existe?


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Como descobrir o que há no Inconsciente?

Nós, psicanalistas, utilizamos frequentemente a expressão “o Inconsciente”.

E fazemos isso para designar uma dimensão do funcionamento psíquico cuja existência PRECISAMOS supor para conseguir explicar certos comportamentos humanos.

Por exemplo:

Uma jovem chega ao consultório de seu terapeuta dizendo que gostaria muito de terminar com seu namorado, mas, infelizmente, não consegue.

Ora, eu só posso compreender a permanência dessa mulher no relacionamento SUPONDO que, para-além de seu desejo consciente de terminar, existe OUTRO DESEJO, inconsciente, que a leva a continuar com o cara.

Concorda?

Para entender por que a moça deseja sair do namoro é simples.

Como o seu desejo de terminar é consciente, basta perguntar que ela responderá:

“Ah, a gente briga muito.”, “Ele não me trata de uma forma carinhosa.”, “Já me traiu.”, “Meus pais não gostam dele.” etc.

Já o desejo inconsciente de continuar na relação não é tão facilmente explicável.

De fato, não seria surpreendente se, indagada, a paciente dissesse a seu terapeuta:

— Eu não sei. Esse é o problema! Eu não sei porque continuo nesse namoro apesar de querer terminar.

Isso mostra que as razões que motivam o desejo inconsciente precisam ser INVESTIGADAS, DEDUZIDAS, DESCOBERTAS.

O médico austríaco que criou a Psicanálise, o Dr. Sigmund Freud, inventou um método muito eficiente para fazer esse trabalho de investigação.

Trata-se da ASSOCIAÇÃO LIVRE, uma técnica que consiste, basicamente, em pedir ao paciente que verbalize o que está pensando.

É por isso que um psicanalista não perguntaria para a jovem do nosso exemplo:

— Por que você não termina?

Ora, ele sabe que, se a pessoa se comporta de uma forma que contraria sua vontade consciente, é justamente porque desconhece os verdadeiros motivos dessa conduta.

Ao invés de fazer essa indagação, um analista simplesmente pediria à paciente que falasse abertamente sobre o namoro.

Dessa forma, pouco a pouco apareceriam no discurso da moça as razões que justificam sua resistência a terminar.

Mas apareceriam não de maneira clara e distinta, mas como indícios sutis — que todo bom investigador sabe encontrar na cena de um crime.


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O psicanalista pode ficar anotando durante as sessões?

Freud tinha uma visão utópica acerca do trabalho do psicanalista.

Ele acreditava que o terapeuta deveria ser capaz de escutar tudo o que o paciente diz com o mesmo nível de atenção e de forma absolutamente imparcial e objetiva.

Dessa forma, pensava Freud, o analista conseguiria fazer interpretações sem distorcê-las com suas expectativas ou inclinações pessoais.

Ora, qualquer profissional de Psicanálise (que seja franco e honesto) reconhecerá que essa visão é totalmente IDEALIZADA.

Na prática, por mais “analisado” que seja, nenhum psicanalista é capaz de apagar completamente sua pessoa e converter-se tão-somente num espelho 100% puro e cristalino.

Mas por que estou falando isso?

Porque foi nessa concepção utópica que Freud baseou sua clássica recomendação de que os analistas não deveriam ficar fazendo anotações durante as sessões com seus pacientes.

O médico vienense acreditava que tomar notas era algo que atrapalharia a atenção flutuante, isto é, a prática de prestar o mesmo grau de atenção a tudo o que o paciente fala.

E por que atrapalharia?

Porque, ao anotar a frase X, por exemplo, e não a frase Y, o terapeuta estaria fazendo uma SELEÇÃO do material, dando mais atenção à frase X do que à frase Y.

Ora, é óbvio que essa “seleção” é um processo praticamente inevitável, que acontece na cabeça de todo analista, ainda que ele não faça nenhuma anotação.

Porém, por conta de sua visão idealizada do psicanalista, Freud realmente achava que era possível manter a atenção flutuante o tempo todo…

Em 2007, Howard B. Levine escreveu um pequeno artigo em que apresenta um contraponto a essa recomendação freudiana de não fazer anotações.

Partindo de sua experiência clínica, o psicanalista norte-americano demonstra que, em certos casos, tomar notas durante a sessão pode FAVORECER a atenção flutuante ao invés de atrapalhá-la.

Ficou curioso para conhecer a visão de Levine?

Então, você precisa assistir à AULA ESPECIAL de hoje (sexta) na CONFRARIA ANALÍTICA.

Nela eu comento o artigo do autor e mostro que fazer anotações pode ser uma ótima ferramenta para certas situações muito comuns na clínica contemporânea.

O título da aula é “AULA ESPECIAL – O analista pode fazer anotações durante a sessão?” e já está disponível no módulo AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS.


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[Vídeo] Uma das razões pelas quais a Psicanálise incomoda

Opondo-se ao nosso apego narcísico à dimensão consciente do psiquismo, o psicanalista propõe a quem o procura um corajoso “exame do Inconsciente”.


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[Vídeo] Opinião – 3 vantagens da Psicanálise sobre outras formas de terapia

Neste vídeo, o Dr. Nápoli apresenta três razões pelas quais, em sua opinião, uma pessoa que está passando por problemas emocionais deveria buscar tratamento pela via da Psicanálise.


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Andressa, a paciente que não associava

— Boa tarde, Andressa. Vamos entrar? — pergunta Gisele tentando disfarçar a insegurança que teima em afetar sua voz.

Andressa é uma jovem universitária de 21 anos que alega ter muitas crises de ansiedade. Ela cursa Enfermagem na mesma universidade em que Gisele faz Psicologia.

Esse será o primeiro atendimento de Gisele no estágio de psicoterapia.

Apesar de já ter feito muitas entrevistas clínicas em estágios anteriores, ela está bastante tensa, pois sente o peso da responsabilidade de ter agora uma paciente sob seus cuidados.

A estagiária está sendo supervisionada pela professora Ana, uma experiente psicanalista.

Apoiando-se nas orientações da supervisora e na bibliografia indicada por ela, Gisele inicia o atendimento pedindo à paciente que fale o que lhe vem à cabeça.

— Como assim? — pergunta Andressa.

Por essa a estagiária não esperava! Sem conseguir disfarçar a tensão, ela explica:

— É que aqui você pode falar sobre o que quiser.

— Entendi. Eu procurei o atendimento aqui da clínica porque eu sou muita ansiosa. Só ontem eu tive duas crises. Meu namorado não aguenta mais.

Gisele espera que a paciente continue falando, mas, depois de alguns segundos em silêncio, ela só diz:

— É isso.

A estagiária fica sem saber o que fazer. Afinal, ela aprendeu que na Psicanálise é o paciente que conduz a sessão por meio da associação livre. Mas Andressa simplesmente não associa!

Incomodada com o silêncio, Gisele decide fazer uma pergunta:

— E como são essas crises que você tem?

A paciente responde novamente de modo sucinto, objetivo, sem fazer nenhuma associação.

Em contrapartida, angustiada com os momentos de silêncio, Gisele não para de fazer mentalmente associações com base no pouco material que Andressa lhe apresenta.

A estagiária sai do atendimento exausta e frustrada. Ela acha que não conseguiu fazer de fato um atendimento psicanalítico.

Mas fez.

O que ela ainda não sabe é que Andressa não é uma paciente neurótica. Por isso, o trabalho com ela não acontecerá nos moldes tradicionais.

Quem está na CONFRARIA ANALÍTICA aprenderá na aula especial que será publicada hoje (sexta) algumas diferenças cruciais entre pacientes neuróticos e não neuróticos.


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[Vídeo] Desabafo não é terapia

Desabafo não é tratamento.

Foi por se dar conta disso que Freud abandonou o método catártico.

Ele percebeu que o método catártico possibilitava que o paciente “colocasse para fora” os sentimentos que lá atrás haviam sido sufocados, mas não ajudava o paciente a discernir os motivos pelos quais essa repressão havia acontecido.


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[Vídeo] Intervindo na associação livre

Esta é uma pequena fatia da aula especial “LENDO FERENCZI #04 – A FUNÇÃO PROVOCADORA DO ANALISTA”, já disponível para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.


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O analista não só escuta, mas também provoca…

Fale exatamente o que lhe vier à cabeça.

Normalmente, esta é a única exigência que um psicanalista faz a seu paciente.

Na Psicanálise, diferentemente de algumas formas de terapia, não tem “tarefa de casa”, escalas de autoavaliação… Nada disso.

Numa terapia psicanalítica, tudo o que o paciente precisa fazer é comunicar fielmente todo e qualquer pensamento que apareça em sua consciência.

Nós, analistas, acreditamos que a dedução do que se passa no Inconsciente do analisando fica mais facilitada quando ele se comporta dessa forma.

Por isso, a exigência de que o paciente fale tudo o que lhe vier à cabeça — a chamada “associação livre” — foi classificada por Freud como “regra fundamental da Psicanálise”.

Se o analisando deve comunicar o que se passa espontaneamente em SUA ALMA, isso significa que o analista não deve ficar induzindo o paciente a falar sobre determinadas coisas, certo?

Certo.

É por isso que psicanalista não trabalha com entrevista de anamnese, pois o terapeuta que utiliza tal instrumento intencionalmente dirige a atenção do paciente para certos assuntos.

Na Psicanálise, desde o início, quem faz a “pauta” das sessões é o paciente mesmo.

No entanto, dois problemas podem eventualmente acontecer:

(1) O paciente pode não obedecer à regra da associação livre e evitar conscientemente comunicar certos pensamentos;

(2) Mesmo fazendo a associação livre, o analisando inconscientemente pode estar fugindo de certas questões cruciais para o tratamento.

Se tais situações acontecem, o que o analista deve fazer?

Continuar escutando normalmente o paciente e “torcer” para que, em algum momento, ele acabe deixando escapar o que está tentando esconder?

Para Sándor Ferenczi, não.

De acordo com o autor, nesses casos o terapeuta deve sair de sua posição normalmente passiva e… PROVOCAR o paciente.

Sim, provocá-lo, instigá-lo, atraí-lo para a direção daquilo acerca do que não deseja falar.

Ainda hoje (sexta) quem está na CONFRARIA ANALÍTICA receberá a aula especial “LENDO FERENCZI 04 – A FUNÇÃO PROVOCADORA DO ANALISTA” em que eu explico como funciona essa manobra clínica proposta pelo psicanalista húngaro.

Te vejo lá!


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Adoecemos emocionalmente para tentar comunicar o que não damos conta de dizer.

Do ponto de vista psicanalítico, podemos pensar o adoecimento emocional metaforicamente como uma fala que não pôde ser comunicada.

Num primeiro momento, é como se a pessoa quisesse falar uma Coisa muito importante e verdadeira para si mesma.

Todavia, não se sente segura o suficiente para fazer isso.

Tem medo de como ficará ao escutar o seu próprio discurso.

Resultado: a pessoa decide não falar.

O problema é que a Mensagem que deseja comunicar é mais forte do que ela, de modo que não é possível segurar por muito tempo a Coisa a ser dita.

É aí que surge o adoecimento emocional.

Ele aparece como uma TENTATIVA de colocar para fora a Mensagem que a pessoa não deu conta de efetivamente COMUNICAR para si.

Fernanda não consegue dizer que ainda não aceitou ter tido uma mãe pouco acolhedora na infância.

Assim, TENTA expressar essa mensagem INDIRETAMENTE, relacionando-se com homens igualmente pouco acolhedores.

Insisto: o sintoma representa apenas uma TENTATIVA de comunicação, ou seja, algo como um espasmo, um grito e não uma FALA propriamente dita.

Se ele se repete, é justamente porque a Mensagem não foi de fato comunicada.

Afinal, não foi recebida e compreendida por seu receptor, a saber: o próprio sujeito.

Isso só pode acontecer se a Coisa for FALADA.

Quando uma pessoa, cansada da insistência de seu sintoma, decide começar uma análise, ela o faz nutrida por uma esperança inconsciente.

A esperança de que o terapeuta consiga DEDUZIR dos gritos e espasmos do sintoma a Coisa que ela não dá conta de comunicar.

Ou seja, ela espera que o analista a SUBSTITUA no lugar de emissor e receptor a fim de completar o fluxo comunicacional e, assim, fazer o sintoma desaparecer.

O terapeuta, porém, se recusa a usurpar a posição do paciente.

Por isso, ao invés de falar, o analista pede que o paciente diga — tudo o que lhe vier à cabeça.

A demanda de associação livre é, na verdade, um convite para que o paciente retome, agora num contexto seguro e confiável, a FALA que ficou presa no sintoma.

Fala que precisa não só ser emitida, mas, fundamentalmente ESCUTADA e COMPREENDIDA pelo próprio sujeito.

É por isso que sempre digo que a gente faz Psicanálise para SE ESCUTAR.


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[Vídeo] Como Freud inventou a associação livre?

Neste vídeo: entenda como foi a história de criação dessa que é a técnica terapêutica mais “mineirinha” de todas.


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