[Vídeos] Será que é TDAH? Psicanalista fala sobre 3 tipos de desatenção

Neste vídeo, o Dr. Nápoli defende a tese de que existem 3 tipos básicos de desatenção e que apenas um deles é o que está de fato presente no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).


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O que a Psicanálise tem a dizer sobre o TDAH?

Em 1798, o médico escocês Sir Alexander Crichton publicou uma obra chamada “Uma investigação sobre a natureza e origem do desarranjo mental: compreendendo um sistema conciso da fisiologia e patologia da mente humana e uma história das paixões e seus efeitos”.

No segundo volume desse trabalho, Crichton faz referência a um distúrbio em que a pessoa seria incapaz de “prestar atenção com algum grau necessário de constância a qualquer objeto”.

O médico diz que tal patologia pode ser congênita ou causada por algum acidente. Nas palavras dele:

“Ao nascer com uma pessoa, [o distúrbio] torna-se evidente em um período muito precoce da vida e tem um efeito muito ruim, na medida em que a torna incapaz de prestar atenção com constância a qualquer objeto de educação”.

Crichton observou que tal problema parecia estar relacionado a uma sensibilidade exagerada do doente a estímulos externos:

“[…] toda impressão parece agitar a pessoa e lhe dá um grau antinatural de inquietação mental. Pessoas andando para cima e para baixo na sala, um leve ruído na mesma, o movimento de uma mesa, o fechamento de uma porta repentinamente, um leve excesso de calor ou de frio, muita luz ou pouca luz, tudo isso destrói a atenção constante em tais pacientes, na medida em que são facilmente excitados por cada impressão”.

Essa exposição do médico escocês provavelmente foi a primeira descrição científica de uma condição psicopatológica que atualmente recebe o nome de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH).

É razoável supor que esse problema sempre existiu, mas que esteja recebendo mais destaque atualmente porque, no mundo contemporâneo, a atenção tornou-se uma das capacidades humanas mais valiosas.

Será que a Psicanálise pode nos ajudar a discernir o que está em jogo no TDAH?

Como podemos compreender, à luz dos conceitos psicanalíticos, a incapacidade de focar e se conter experimentada por pessoas que padecem dessa condição?

Qual deve ser a estratégia clínica do psicanalista ao receber tais pacientes?

As respostas para essas perguntas estão na AULA ESPECIAL “TDAH: uma leitura psicanalítica” que estará disponível ainda hoje para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.


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Como exercitar na prática a atenção flutuante?

Na terapia psicanalítica, geralmente fazemos ao paciente um pedido mais ou menos assim:

“Olha, para que o seu tratamento funcione, é preciso que você converse comigo de uma forma diferente da habitual. No dia a dia, nós geralmente PENSAMOS ANTES DE FALAR. Afinal, a gente se preocupa em se fazer compreender pelo outro e também com a imagem que o outro fará de nós em função do que dizemos. Aqui na Psicanálise não deve ser assim. Você deverá dizer exatamente aquilo que vier à sua cabeça, ou seja, não impeça nenhum pensamento de ser verbalizado. Ainda que você ache que não vai fazer sentido, que pode parecer indecente ou que eu não vá gostar de ouvir, só fale. Não censure nada”.

Trata-se da famigerada regra fundamental da Psicanálise, a associação livre. Em suma, a gente pede para o paciente NÃO CONTROLAR a própria fala.

Beleza. Mas, se o paciente deve falar dessa forma, como o analista deve escutar o que ele diz?

— Uai, Lucas, deve escutar… escutando, não? Existe mais de uma maneira de escutar?

Mas é claro, caríssimo leitor!

Assim como a associação livre é um jeito de falar diferente da fala comum, o modo como o analista escuta o paciente também precisa ser diferente do habitual.

Se o paciente é convocado a falar sem censura, o analista também precisa escutar SEM QUALQUER TIPO DE FILTRO.

— Ah, Lucas, mas isso é fácil. Eu sei que dá para evitar falar certas coisas, mas não tem como o terapeuta deixar de ouvir alguma coisa que o paciente está dizendo, a não ser que ele tape os ouvidos. Afinal, escutar é um ato passivo.

Que bobagem você acaba de dizer, caro leitor!

A escuta é um processo tão ativo quanto a fala.

Assim como eu posso selecionar o que vou dizer, consigo também escolher cuidadosamente o que vou escutar.

E é EXATAMENTE ISSO o que Freud dizia que o psicanalista NÃO deve fazer.

Para alcançar esse modo diferente de escutar, o terapeuta deveria, segundo Freud, deixar a sua atenção “uniformemente suspensa” — procedimento cognitivo que ficou conhecido na Psicanálise como “atenção flutuante”.

Quer saber como o analista exercita na prática a atenção flutuante?

Quem está na CONFRARIA ANALÍTICA receberá ainda hoje uma aula especial sobre esse assunto.

Te vejo lá!


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