Nem todo mundo vive as festas de fim de ano com alegria

Estamos nos aproximando daquela época do ano que teoricamente deveria ser fonte de alegria, mas que muita gente vivencia com certo mal-estar.

É o período das chamadas “festas de fim de ano”, Natal e Réveillon.

Na caixa de um famoso panettone com gotas de chocolate se lê: “O Natal é tempo de estar em família…”.

Na televisão circulam anúncios de programas especiais e se repete aquela velha musiquinha que ninguém suporta mais: “Hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa…”.

Alegria, celebração, confraternizações, euforia. Por toda parte.

Quem não compartilha desse clima festivo pode se sentir um peixe fora d’água:

“O que há de errado comigo? Por que não consigo ficar tão feliz como todo mundo?”.

Não, não é só você, meu caro, minha cara.

Existe toda uma multidão de pessoas que não recorre a essa defesa maníaca que a cultura nos convida a utilizar nestes últimos dias do ano.

— Defesa maníaca, Lucas? Como assim?

Defesa maníaca é como chamamos, em Psicanálise, o uso da alegria, da animação, da excitação para mascarar e compensar afetos dolorosos.

De fato, Natal e Réveillon são duas datas que tendem a evocar em nós memórias e constatações que não são nada agradáveis:

Os rituais natalinos de trocar presentes e se reunir em família evocam a infância que perdemos (ou que nunca tivemos).

Evocam também nossos inevitáveis (e às vezes traumáticos) problemas familiares.

O Réveillon, por sua vez, traz consigo a dolorosa constatação de que “o tempo está passando” e de que não sabemos o que o futuro nos reserva.

Pense, por exemplo, na passagem de 2019 para 2020. Desejamos “Feliz ano novo!” uns para outros sem ter a menor ideia de que uma pandemia estava para nascer.

Tudo isso faz com que seja bastante compreensível que muitas pessoas vivam esses últimos dias do ano com certa tristeza e uma boa dose de angústia.

É que talvez elas enxerguem o “lado b” desse período festivo — o que não as torna moralmente superiores, que fique bem claro.

Elas só não conseguem usufruir da defesa maníaca fornecida pela cultura.

Se você consegue, aproveite! Boas festas!

Se esse texto fez sentido para você, quero te dizer que eu aprofundo essa reflexão em uma aula recém-publicada na Confraria Analítica, intitulada “Natal e ano novo: gatilhos emocionais”.

Nela, eu falo com mais profundidade sobre como as festas de fim de ano podem funcionar como gatilhos para afetos dolorosos que muitas vezes ficam encobertos por esse clima de euforia socialmente esperado.

Também abordo o que costuma acontecer na relação entre pacientes e terapeutas nesse período em que muitos profissionais entram em recesso, e como esse intervalo pode reativar fantasias de abandono, dependência ou rejeição.

Por fim, discuto a função defensiva das chamadas “resoluções de ano novo” e por que, na maioria das vezes, elas não funcionam.

Ao assinar a Confraria Analítica, você tem acesso imediato a essa aula e a um acervo com mais de 600 horas de conteúdo em teoria psicanalítica, pensado para quem quer compreender melhor a si mesmo e aos outros, sem respostas fáceis e sem promessas vazias.


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[Vídeo] Mania: fuga da depressão

Esta é uma pequena fatia da AULA ESPECIAL “Transtorno bipolar: uma visão psicanalítica” que já está disponível no módulo AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS da CONFRARIA ANALÍTICA.


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Transtorno bipolar: visão da Psicanálise

Naquela terça-feira, Maurício acordou com o coração acelerado.

Olhou para o celular e viu que eram só 5 e 15 da manhã.

Normalmente, ele se levantava às sete, pois precisava estar no trabalho às oito.

Naquele dia, porém, o rapaz não sentiu vontade de voltar a dormir.

Embora tivesse dormido apenas cinco horas, sentia-se incrivelmente disposto, como se tivesse descansado a noite inteira.

Por isso, decidiu se levantar e foi imediatamente para o escritório para trabalhar em seu projeto de mestrado.

Há meses havia abandonado o documento, mas, naquela terça, por alguma razão que desconhecia, sentiu vontade de retomá-lo.

Motivado e cheio de energia, ele quase finalizou o projeto em uma hora.

Comentando o episódio com Jonas, um amigo, ele disse:

— Cara, parecia que uma força tomou conta de mim. Eu não conseguia parar de escrever. As ideias vinham na minha cabeça numa velocidade impressionante!

Jonas notou que Maurício estava muito mais animado e falante do que costumava ser e achou aquilo muito estranho, pois sabia que o amigo havia perdido a namorada num acidente de carro há alguns dias.

Nos dias seguintes, o rapaz continuou dormindo pouco, mas não se sentia cansado ou sonolento.

Pelo contrário! Quanto menos dormia, mais energia parecia ter.

Seus pais chegaram a suspeitar que estivesse usando alguma substância, pois nunca o haviam visto tão entusiasmado e ativo.

Na verdade, o jovem estava vivenciando um episódio de hipomania, um estado de humor anormal que, não por acaso, apareceu logo após o falecimento da namorada.

Algumas semanas depois, Maurício virou outra pessoa: ficou tão deprimido que chegou a pensar seriamente em tirar a própria vida.

Consultando-se com uma psiquiatra, recebeu o diagnóstico de Transtorno Bipolar Tipo II.

Do ponto de vista psicanalítico, o que poderia explicar a transição abrupta entre euforia e depressão que Maurício experimentou?

A resposta está na AULA ESPECIAL publicada hoje na CONFRARIA ANALÍTICA, a minha escola de formação teórica em Psicanálise.

O título da aula é “Transtorno bipolar: uma visão psicanalítica” e ela já está disponível no módulo AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS.

Link para fazer parte da Confraria: https://confrariaanalitica.com/ .


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[Vídeo] Transtorno bipolar tipo I

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Entenda como é feito o diagnóstico de transtorno bipolar

Há muito tempo, o termo “bipolar” ultrapassou as fronteiras do mundo psi e caiu nas graças do senso comum.

Assim, frequentemente ouvimos pessoas dizerem que fulano de tal é “bipolar” porque muda de atitude ou de humor de forma abrupta.

De fato, esse uso popular do termo tem um pouco de relação com seu sentido técnico.

Contudo, é preciso deixar claro que um indivíduo não é diagnosticado com transtorno bipolar apenas por mudar de opinião com facilidade.

A expressão “transtorno bipolar” foi inventada na década de 1980 para substituir o termo “psicose maníaco-depressiva”, que vinha sendo utilizado desde o século XIX.

Assim, as duas polaridades em questão são a mania e a depressão.

Um sujeito em estado maníaco fica (aparentemente “do nada”) patologicamente “energizado”, tornando-se excessivamente eufórico ou irritável.

Essa mesma pessoa pode, alguns dias depois, ou em outro momento da vida, entrar em depressão e ficar exageradamente triste, vazia e sem vontade de viver.

A psiquiatria contemporânea especifica dois tipos de transtorno bipolar: o tipo I, mais raro, diagnosticado pela presença de apenas um episódio maníaco ao longo da vida; e o tipo II, mais prevalente, caracterizado por pelo menos um episódio hipomaníaco (uma forma mais atenuada de mania) e um episódio depressivo.

Eu decidi apresentar aos alunos da CONFRARIA ANALÍTICA, minha escola de formação teórica em Psicanálise, uma visão psicanalítica sobre essa patologia.

Antes disso, julguei necessário ministrar uma aula explorando DETALHADAMENTE os critérios utilizados pela psiquiatria para diagnosticá-la.

O título dessa aula é “Transtorno bipolar: critérios para o diagnóstico” e ela acaba de ser publicada no módulo AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS da Confraria.

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[Vídeo] Como ajudar o paciente a sair da procrastinação? Medo de engravidar? Usar divã? | Pergunte ao Nápoli


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[Vídeo] Vivendo na correria para correr de si

Muita gente vive num estado crônico de excesso de atividade sob a alegação de que a vida moderna é assim mesmo. Será? Não raro essa correria toda não passa de uma tentativa desesperada de fugir de certas realidades interiores dolorosas.


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