Esta é uma pequena fatia da aula “ESTUDOS DE CASOS 22 – O embotamento afetivo como resposta à indiferença dos pais” que já está disponível no módulo ESTUDOS DE CASOS da CONFRARIA ANALÍTICA.
Assista à aula completa tornando-se membro da Confraria.
Participe da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Imagine uma pessoa extremamente contida, controlada, que mal expressa suas emoções, está o tempo todo ocupada e não se permite relaxar.
Imaginou?
Beleza. Agora, me responda com toda a sinceridade: que tipo de criação você acredita que esse sujeito teve?
É muito provável que você tenha pensado num ambiente autoritário, repressivo, com excesso de disciplina e pais controladores.
Mas e se eu te disser que nada disso esteve presente na infância dessa pessoa?
E se eu te disser que os pais dela foram justamente o oposto de pais controladores Que ao invés de vigiarem minuciosamente seu comportamento, eles o IGNORAVAM?
Pois é… Esse sujeito chegou a se castigar certa vez porque os pais não estavam nem aí para o que ele fazia.
Aí você pode me perguntar:
— Mas como isso é possível, Lucas?
— Como uma pessoa que foi criada com toda essa liberdade se tornou tão embotada, reprimida, controlada?
Eu explico isso na aula “ESTUDOS DE CASOS 22 – O embotamento afetivo como resposta à indiferença dos pais”, que acaba de ser publicada na CONFRARIA ANALÍTICA, a minha escola de formação teórica em Psicanálise.
Essa aula faz parte do módulo ESTUDOS DE CASOS, no qual comento casos clínicos reais relatados por alunos da Confraria.
Como será que a indiferença dos pais em relação ao comportamento do filho pode levá-lo a criar um superego extremamente rígido?
E o que a analista desse sujeito pode fazer para ajudá-lo a se libertar do embotamento afetivo e do excesso de autocontrole?
Quer entender tudo isso? Então, faça parte da nossa escola e assista à aula.
Ao entrar, você terá acesso imediato a mais de 500 horas de conteúdo que vão mudar sua forma de compreender a clínica psicanalítica.
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Lá na CONFRARIA ANALÍTICA, minha escola de formação teórica em Psicanálise, nós temos um módulo especial chamado ESTUDOS DE CASOS.
Nele, eu comento casos clínicos reais enviados por nossos alunos (sempre garantindo o anonimato dos pacientes, claro).
Funciona quase como uma supervisão para quem envia o caso e, para os demais, como uma oportunidade riquíssima de ver a teoria sendo colocada em prática.
Hoje (sexta-feira), publicamos mais uma aula desse módulo. O caso? Um jovem adulto com grandes dificuldades nos relacionamentos interpessoais.
O rapaz morre de medo de se envolver. Por isso, se posiciona de forma passiva e evitativa nas interações com as pessoas.
Como normalmente ocorre, tal postura se repete na transferência com sua analista, que acaba precisando ser mais ativa para fazer a análise acontecer.
Ele quer interagir mais, porém tem medo de mudanças. Assim, permanece retraído e isolado, levando uma vida solitária, pacata e sem graça.
Ao final do relato, a aluna pergunta:
Será que estamos diante de um obsessivo… ou de alguém com traços esquizoides?
Na minha leitura, considerando a história de vida e a dinâmica da transferência, trata-se de um caso de esquizoidia.
Quer saber por quê?
Então, assista à aula “ESTUDOS DE CASOS 21 – Como saber se o paciente é obsessivo ou esquizoide?”.
Se você ainda não compreende bem o funcionamento psíquico do esquizoide, essa é uma excelente porta de entrada para essa categoria clínica.
A aula já está disponível para todos os alunos no módulo ESTUDOS DE CASOS.
A Confraria é a maior e mais acessível escola de teoria psicanalítica do Brasil, com mais de 500 horas de conteúdo e milhares de alunos.
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Esta é uma pequena fatia da aula “LENDO FREUD 25 – Anulação e isolamento: duas defesas obsessivas” que já está disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – FREUD da CONFRARIA ANALÍTICA.
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— Aconteceu de novo, Sonia. Mais uma vez, não consegui manter minha boca fechada e acabei falando o que não devia.
Foi assim que Vinícius começou sua sessão de análise naquela tarde de quarta-feira.
— O pessoal estava batendo cabeça para encontrar um novo horário para nossas reuniões semanais e aí eu não aguentei…
Irritado, ele se remexeu no divã e continuou:
— Falei que a gente tinha que manter o horário de sempre e que só estávamos tendo todo aquele trabalho porque a Rita era folgada.
— Como assim?, perguntou a analista.
— É que a gente sempre se reuniu às segundas ao meio dia. Porém, ultimamente a Rita começou a faltar e o diretor pediu para escolhermos um novo horário.
— Você achou isso injusto?
— Sim. Ela falou que estava faltando às reuniões porque começou uma dieta nova e não podia atrasar o almoço. Olha o nível da folga!
— Entendi, disse Sônia.
— Mas logo depois de falar aquilo, me senti muito culpado. Além de ter gerado um climão, lembrei de como a Rita foi gente boa comigo quando cheguei na empresa.
— E aí passou a achar que era você quem estava sendo injusto…, comentou a analista.
— Exato. Aí, meio no impulso, falei: “Gente, esquece o que eu disse. Estou de cabeça quente. Para mim, qualquer horário está ótimo.”
— Você abriu mão do seu direito de participar da escolha.
— Sim, achei que era uma forma de compensar meu comentário infeliz. Se eu pudesse voltar no tempo, teria ficado calado.
Vinícius parece acreditar que ter sacrificado sua opinião poderia apagar magicamente o que havia dito.
Na Psicanálise, chamamos esse processo de “anulação do acontecido”.
Ele e o isolamento são dois mecanismos de defesa frequentemente encontrados na neurose obsessiva.
Quer saber mais sobre ambos?
Então, assista à aula “LENDO FREUD 25 – Anulação e isolamento: duas defesas obsessivas”, já disponível na CONFRARIA ANALÍTICA.
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Esta é uma pequena fatia da AULA ESPECIAL “Histeria e neurose obsessiva: manejo clínico”, que já está disponível no módulo AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS da CONFRARIA ANALÍTICA.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Rafael iniciou aquela primeira sessão com Yasmim apresentando sua demanda:
— Eu vim aqui porque preciso aprender a me controlar. É isso.
A analista permaneceu em silêncio, supondo que o paciente fosse dar mais detalhes. Como ele não o fez, Yasmim decidiu perguntar:
— Como assim se controlar?
— Eu tenho me irritado com muita facilidade. Na semana passada eu quase fui demitido depois de uma discussão com minha chefe.
— Como foi essa discussão?
— Ah, é uma longa história, Yasmim! O que importa é que eu perdi a cabeça e quase fui mandado embora. Eu preciso aprender uma técnica para me controlar.
A analista percebeu o movimento evitativo de Rafael, mas insistiu na tentativa de levá-lo a falar um pouco mais sobre a situação:
— Quando você diz que “perdeu a cabeça”, o que exatamente aconteceu?
— Opa! Não vá pensando que eu a agredi, não, tá! Eu sou homem! Jamais faria isso com mulher nenhuma! “Perdi a cabeça” é só modo de dizer.
— “Modo de dizer”?
— É… Eu não falei nada de mais. Só disse que ela não sabia o que estava fazendo. O problema é que eu levantei meu tom de voz e saí da reunião.
— É a primeira vez que uma situação desse tipo acontece, Rafael?
— No trabalho, sim. Com minha esposa acontece direto. Foi ela, inclusive, quem falou para eu vir aqui…
— Então você não marcou a consulta por iniciativa própria?
Nesse momento, Rafael ficou claramente irritado e disse, num tom de voz levemente mais alto:
— De forma alguma! Ninguém decide nada por mim. Eu vim por conta própria. Eu só falei que foi ela quem sugeriu. Eu não sou pau mandado, não, Yasmim!
A analista fez silêncio e, depois de alguns segundos, o paciente continuou:
— Tá vendo? Até aqui eu tô ficando nervoso… Preciso que você me ensine uma técnica para controlar isso.
Rafael é um típico paciente neurótico obsessivo.
Como Yasmim deveria lidar com a demanda apresentada por ele (“me ensine uma técnica”)?
E se esse paciente fosse histérico? Como provavelmente se apresentaria e como a analista deveria se posicionar?
Essas e outras questões são trabalhadas na aula especial publicada nesta sexta-feira na CONFRARIA ANALÍTICA.
O título dela é “AULA ESPECIAL – Histeria e neurose obsessiva: manejo clínico” e já está disponível para todos os alunos no módulo AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
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Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a Psicanálise não busca simplesmente levar os pacientes a se LEMBRAREM de coisas que estão reprimidas no Inconsciente.
Em seus primeiros escritos, quando estava tentando entender as diferenças entre as neuroses, Freud costumava dizer o seguinte:
Na histeria, a pessoa expulsa um determinado pensamento inaceitável da sua consciência e a emoção ligada a ele acaba sendo descarregada no corpo, gerando um problema físico.
Por outro lado, na neurose obsessiva, o sujeito NÃO EXPULSA a ideia inaceitável da consciência.
Em vez disso, ele simplesmente quebra o vínculo entre a ideia e a emoção ligada a ela, deslocando esse sentimento para outra ideia. É daí que nascem os pensamentos obsessivos.
Ou seja, na neurose obsessiva, a ideia inaceitável PERMANECE no plano da consciência, só que sem causar incômodo, já que foi desconectada da emoção original.
Por exemplo:
Na infância, uma mulher pode ter feito brincadeiras s3xu4is com sua irmã.
Ao chegar na adolescência, a memória dessas brincadeiras se torna um pensamento inaceitável porque entra em choque com as convicções morais da moça e a imagem que ela deseja ter de si.
Aí, para se defender, caso seja uma neurótica obsessiva, essa mulher vai DESCONECTAR os sentimentos de culpa e vergonha que estão associados à lembrança infantil.
Tais afetos serão deslocados para outros pensamentos, mas a memória das brincadeiras com a irmã continuará na consciência.
Isso permitirá a essa mulher falar tranquilamente sobre o que aconteceu na infância, pois não sentirá absolutamente nada.
Nesse caso, o que está inconsciente não é um pensamento específico, mas a LIGAÇÃO entre a memória infantil e os sentimentos de culpa e vergonha.
Isso nos autoriza a dizer que, na Psicanálise, nós não nos empenhamos em levar os pacientes a tomar consciência DE CERTAS IDEIAS. Como vimos, essa consciência já pode estar presente.
Na verdade, nosso esforço vai na direção de ajudar o sujeito a restabelecer os VÍNCULOS entre elementos de sua vida psíquica — vínculos que ele mesmo rompeu para se proteger.
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Volta e meia a gente vê no noticiário que determinada pessoa seria o “laranja” de certo político ou empresário.
No Brasil, o termo “laranja” é usado para designar um sujeito que, de forma voluntária ou involuntária, empresta seu nome para figurar no lugar de alguém que deseja ocultar a própria identidade.
Um vereador, por exemplo, que adquiriu uma casa na praia com dinheiro de corrupção, pode colocar o imóvel no nome de um parente semianalfabeto.
Assim, quem figurará formalmente como dono da casa será o familiar, isto é, o laranja, e não o político, que poderá usufruir tranquilamente do imóvel sem ser questionado pela Justiça.
Mas você acredita que um processo bem parecido de ocultação e substituição de identidade também acontece em nossa própria mente?
Pois é! Quem nos apresentou cientificamente essa descoberta foi o nosso querido Sigmund Freud.
Ele observou que seus pacientes que sofriam de neurose obsessiva — doença que hoje em dia é chamada de “TOC” (transtorno obsessivo-compulsivo) — tinham o que a gente poderia chamar de PENSAMENTOS LARANJAS.
No nosso exemplo, o parente do vereador é colocado na escritura da casa de praia como dono do imóvel para ocultar o nome do verdadeiro proprietário, certo?
Então… Da mesma forma, um pensamento obsessivo fica perturbando a consciência do neurótico para esconder OUTRO PENSAMENTO — muito mais perturbador.
Por exemplo: João ficou extremamente preocupado com o fato de ter cometido um erro ortográfico num e-mail que enviou para seu diretor.
A obsessão com esse pequeno deslize foi tão grande que ele não conseguiu dormir e, no meio da madrugada, pegou o celular para enviar um novo e-mail com a “errata”.
Fazendo Psicanálise, o moço acabou descobrindo que, na verdade, essa preocupação exagerada com a correção ortográfica era só um DISFARCE para ocultar OUTRO MEDO:
O medo de que o chefe soubesse do seu ressentimento em relação a ele.
De fato, apesar de interagir com o diretor com toda a gentileza e educação, o rapaz passou a odiá-lo depois de receber um feedback negativo em relação a seu desempenho no último semestre.
O problema é que João nunca APRENDEU a odiar. Seu pai era tão truculento e autoritário que o rapaz sempre teve medo de expressar agressividade e acabar apanhando.
Por isso, embora realmente sinta raiva do chefe, ele não consegue lidar com essa emoção de maneira natural e tem um medo enorme de que o diretor perceba como se sente.
Assim, todo e qualquer ato que, na cabeça de João, possa ser visto como indicativo de sua hostilidade, passa a ser temido pelo rapaz.
Esse foi o caso do o erro ortográfico no e-mail.
O pensamento “Meu chefe vai achar inadmissível eu ter cometido esse erro” serviu como “laranja” para o pensamento:
“O diretor vai pensar que eu estou lhe enviando e-mails de forma descuidada e, assim, vai acabar descobrindo que estou com raiva dele.”
E você: consegue identificar a presença desses pensamentos laranjas na sua própria vida?
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O que acontece com uma pessoa que é criada por pais controladores e autoritários?
Existem, basicamente, duas possibilidades:
O sujeito desenvolve um caráter rebelde, reativo, revoltado ou se torna reprimido, tolhido, sufocado.
Esse segundo destino foi o de Cíntia, pseudônimo da paciente cujo caso clínico comentei na AULA ESPECIAL que foi publicada hoje (sexta) na CONFRARIA ANALÍTICA.
Na infância, essa moça conviveu com um pai distante e uma mãe que controlava sua rotina de forma extremamente rígida e minuciosa.
Um ambiente marcado pelo excesso de controle leva a criança a olhar para seus impulsos e tendências espontâneas como se fossem elementos perigosos.
Ao ser obrigado a se submeter a tantas exigências e imposições do outro, o sujeito acaba chegando à conclusão de que não pode confiar em si mesmo.
E foi justamente isso o que aconteceu com Cíntia. Ela se tornou uma pessoa insegura, sem autonomia e com medo do próprio desejo.
A repressão exercida pelo controle materno foi tão forte que a moça não conseguiu integrar sua s3xualid4de.
Resultado: falta de vontade de tr4ns4r, vagynysmo e… pensamentos obsessivos.
Sim. Como não é possível virar as costas para a próprio desejo sem algum tipo de “compensação”, Cíntia acabou desenvolvendo sintomas neuróticos.
Sua analista tem sentido dificuldade para ajudá-la. A paciente resiste a falar sobre suas obsessões e o tempo todo demanda conselhos e orientações.
Como manejar esse caso?
De que forma os pensamentos obsessivos de Cíntia estão articulados com a postura controladora da mãe?
Por que a paciente espera que sua terapeuta seja uma conselheira?
Estas e outras perguntas são respondidas na aula especial “ESTUDOS DE CASOS 06 – Da mãe controladora aos pensamentos obsessivos – o caso de Cíntia”, que já está disponível na Confraria.
Trata-se de uma mais uma aula do módulo ESTUDOS DE CASOS, em que comento casos clínicos reais enviados por alunos da nossa escola.
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Esta é uma pequena fatia da AULA ESPECIAL “ESTUDOS DE CASOS 04 – Jonas: um obsessivo fugindo do próprio desejo”, que já está disponível no módulo “ESTUDOS DE CASOS” da CONFRARIA ANALÍTICA.
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Um dos traços mais característicos de um neurótico é a defesa em relação ao próprio desejo.
O termo “desejo” é uma categoria ampla que engloba os anseios que temos espontaneamente e que, não raro, exigem o rompimento com uma situação já estabelecida.
O neurótico é essencialmente alguém que tende a se conformar às situações já estabelecidas justamente porque tem medo do próprio desejo.
Assim, em vez de realizar aquilo que deseja, ele se frustra deliberadamente (é o que se passa na histeria) ou adia eternamente a satisfação do desejo (como ocorre na neurose obsessiva).
Isso não acontece por acaso.
Se o neurótico tem medo do próprio desejo é porque o enxerga como PERIGOSO.
Essa interpretação equivocada pode ser construída por várias razões:
O sujeito pode ser levado a encarar seu desejo como algo ameaçador porque, na infância, teve sua sexualidade (expressão primária do desejo) explorada por um adulto abus4dor.
O desejo também pode ser visto como perigoso por conta de um contexto familiar excessivamente repressor, que leva o sujeito a olhar para seus anseios espontâneos sempre como “pecaminosos”.
E há também aqueles neuróticos que foram levados, na infância, a ter medo do desejo em função de um ambiente muito invasivo e controlador, que simplesmente não lhes PERMITIA desejar.
Foi isso o que aconteceu com Jonas, um servidor público que não se permite sair do emprego que considera medíocre e nem se separar da esposa, com quem mantém uma relação de dependência.
Como não consegue bancar o próprio desejo, ele sofre com um estado constante de ansiedade ao mesmo tempo em que se queixa de apatia e falta de espontaneidade.
O caso de Jonas foi apresentado por uma de nossas alunas da CONFRARIA ANALÍTICA e foi comentado por mim na AULA ESPECIAL publicada nesta sexta-feira na nossa escola.
Nessa história clínica, podemos enxergar com muita clareza como se manifesta a defesa em relação ao próprio desejo na neurose obsessiva.
O título da aula é “ESTUDOS DE CASOS 04 – Jonas: um obsessivo fugindo do próprio desejo” e já está disponível na CONFRARIA no módulo “ESTUDOS DE CASOS”.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Outro dia, depois que eu lhe pedi para me dizer o que achava que poderia ter servido como gatilho para sua crise de ansiedade, uma paciente me respondeu mais ou menos o seguinte:
— Não sei. Eu já fiz o meu exame de consciência e não encontrei nada.
Quero tomar essa fala como ponto de partida para fazer um comentário sobre uma especificidade da Psicanálise.
“Exame de consciência” é um termo proveniente do Catolicismo. Trata-se de um exercício reflexivo que todo fiel católico deveria fazer antes de se confessar ao sacerdote.
Provavelmente, minha paciente não utilizou tal expressão nesse sentido estrito e religioso, mas simplesmente como sinônimo de reflexão consciente.
Todavia, a resposta que ela me deu é interessante porque ilustra uma das diversas ilusões humanas que a Psicanálise busca demolir.
Nesse caso, trata-se da ilusão de que podemos ter acesso consciente a todos os nossos pensamentos e impulsos motivadores.
Quando minha paciente diz que já fez o seu “exame de consciência” e não encontrou nada que pudesse justificar suas crises de ansiedade, o que ela está sugerindo?
Ora, que não haveria nenhum motivo psíquico para sua ansiedade e que, portanto, suas crises devem ter sido causadas por fatores totalmente físicos (ela disse isso explicitamente, inclusive).
Como uma típica paciente obsessiva, ela se recusa a considerar a possibilidade de que existem elementos psíquicos que não podem ser alcançados por seu “exame de consciência”.
Mas, veja: essa tendência obsessiva de supervalorizar a consciência está presente, em alguma medida, em todos nós.
Esta é uma das razões pelas quais a Psicanálise causa tanto incômodo desde que nasceu lá na final do século XIX.
Opondo-se a esse nosso apego narcísico à dimensão consciente do psiquismo, o psicanalista propõe a quem o procura um corajoso “exame do Inconsciente”.
Para fazê-lo, ao invés de meditar conscientemente sobre sua conduta, o paciente deve simplesmente ESCUTAR-SE, como um mero espectador da própria alma.
Só assim ele será capaz de SURPREENDER-SE consigo mesmo e enxergar pensamentos que jamais imaginou que pudessem habitá-lo.
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