Por que evitamos certas palavras em análise?

Carolina estava ansiosa para contar a seu analista, Alfredo, como havia sido o primeiro encontro com Márcio, um novo colega de trabalho.

A moça já vinha falando há semanas sobre o clima de flerte que existia entre eles e, na última sessão, disse que o rapaz a convidara para um jantar.

— Eu estava muito tensa, confessou Carolina, mas o Márcio foi tão gentil que, ao longo da noite, eu acabei ficando à vontade.

Alfredo escutava em silêncio a narrativa da paciente.

— Não sei se foi por causa do vinho ou porque a gente já estava nesse chove e não molha há muito tempo, mas foi me dando muita vontade de ficar com ele.

(Na verdade, a expressão que veio à mente de Carolina foi “muito tεsão” e não “muita vontade de ficar com ele”.)

Ciente da forte inibição εrótica dessa paciente, o analista decidiu pontuar essa parte do relato fazendo “Hummm…” em tom de surpresa.

A moça abriu um sorriso e disse:

— Pois é… Você acredita? Mas não para por aí… Depois do jantar, fomos para a casa dele e a gente acabou ficando mesmo, Alfredo.

— Vocês trαnsαrαm?

— Isso… confirmou Carolina um tanto constrangida.

De fato, a palavra “trαnsαr” passou pela cabeça da paciente, mas, por vergonha, ela achou melhor utilizar um termo menos explicitamente sεxuαl (“ficar”).

Por que será que esse tipo de substituição acontece no discurso de tantos pacientes?

Que característica especial possuem palavras como “tεsão” e “trαnsαr” para que muitas pessoas evitem empregá-las?

O psicanalista húngaro Sándor Ferenczi explorou essa questão no clássico artigo “Palavras Obscenas”, de 1911.

E na aula especial publicada hoje (sexta) na CONFRARIA ANALÍTICA eu comento os principais trechos desse artigo.

As ideias de Ferenczi vão te surpreender…

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