Fernanda era neurótica. Mas e se fosse borderline?

Naquela tarde, Fernanda chegou ao consultório de sua analista e teve a impressão de que ele estava mais sério do que de costume.

Enquanto se deitava no divã, a paciente teve os seguintes pensamentos:

“Será que ele está bravo comigo? Eu ainda não paguei as sessões deste mês, mas ele sabe que só faço o Pix depois do dia 05. Será que não está gostando disso?”

Dois dias antes, Fernanda havia mandado uma mensagem para o analista narrando um sonho, com a expectativa de receber alguma interpretação.

O terapeuta, contudo, limitou-se a responder: “Traga este sonho na próxima sessão.”

Portanto, se havia alguém “bravo” naquela relação, essa pessoa era justamente Fernanda. Era ela quem ficara revoltada por não ter recebido o feedback que esperava.

Contudo, como tem muita resistência a aceitar sua agressividade, Fernanda projetou sua raiva no analista, em vez de vivenciá-la plenamente em si mesma.

Esse é um processo defensivo tipicamente neurótico que deriva da tendência que os neuróticos têm de REPRIMIREM certos aspectos da sua personalidade.

Aspectos que entram em choque com a imagem idealizada que o sujeito tem de si mesmo.

Fernanda, por exemplo, foi levada desde criança a querer ser uma pessoa 100% gentil, pacífica, incapaz de fazer mal a uma mosca.

Por outro lado, se ela não fosse neurótica, mas sim borderline, provavelmente não usaria a projeção neurótica para lidar com seu ódio em relação ao analista.

Não! Fernanda certamente mostraria sua hostilidade, mas de uma forma completamente exagerada e violenta.

Não seria surpreendente se ela reagisse à resposta do analista ao relato do sonho com um áudio extremamente agressivo:

— Tá vendo? Você nunca dá atenção para as coisas que eu te conto! Não sei por que estou fazendo terapia! Você não me ajuda em nada! É um péssimo terapeuta!

Portanto, se fosse borderline, a paciente NÃO reprimiria sua agressividade, mas a expressaria de um modo desproporcional e unilateral.

Isso aconteceria porque sujeitos borderline fazem uso da CISÃO como defesa principal.

Na AULA ESPECIAL publicada hoje (sexta) na CONFRARIA ANALÍTICA, eu explico de forma simples e didática as diferenças entre REPRESSÃO e CISÃO.


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[Vídeo] Mecanismos de defesa: contra o que nos defendemos?


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A gente faz Psicanálise para resgatar vínculos.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a Psicanálise não busca simplesmente levar os pacientes a se LEMBRAREM de coisas que estão reprimidas no Inconsciente.

Em seus primeiros escritos, quando estava tentando entender as diferenças entre as neuroses, Freud costumava dizer o seguinte:

Na histeria, a pessoa expulsa um determinado pensamento inaceitável da sua consciência e a emoção ligada a ele acaba sendo descarregada no corpo, gerando um problema físico.

Por outro lado, na neurose obsessiva, o sujeito NÃO EXPULSA a ideia inaceitável da consciência.

Em vez disso, ele simplesmente quebra o vínculo entre a ideia e a emoção ligada a ela, deslocando esse sentimento para outra ideia. É daí que nascem os pensamentos obsessivos.

Ou seja, na neurose obsessiva, a ideia inaceitável PERMANECE no plano da consciência, só que sem causar incômodo, já que foi desconectada da emoção original.

Por exemplo:

Na infância, uma mulher pode ter feito brincadeiras s3xu4is com sua irmã.

Ao chegar na adolescência, a memória dessas brincadeiras se torna um pensamento inaceitável porque entra em choque com as convicções morais da moça e a imagem que ela deseja ter de si.

Aí, para se defender, caso seja uma neurótica obsessiva, essa mulher vai DESCONECTAR os sentimentos de culpa e vergonha que estão associados à lembrança infantil.

Tais afetos serão deslocados para outros pensamentos, mas a memória das brincadeiras com a irmã continuará na consciência.

Isso permitirá a essa mulher falar tranquilamente sobre o que aconteceu na infância, pois não sentirá absolutamente nada.

Nesse caso, o que está inconsciente não é um pensamento específico, mas a LIGAÇÃO entre a memória infantil e os sentimentos de culpa e vergonha.

Isso nos autoriza a dizer que, na Psicanálise, nós não nos empenhamos em levar os pacientes a tomar consciência DE CERTAS IDEIAS. Como vimos, essa consciência já pode estar presente.

Na verdade, nosso esforço vai na direção de ajudar o sujeito a restabelecer os VÍNCULOS entre elementos de sua vida psíquica — vínculos que ele mesmo rompeu para se proteger.


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[Vídeo] Reconhecer o recalcado não é suficiente

Esta é uma pequena fatia da aula especial “LENDO FERENCZI 06 – RECONHECER O RECALCADO NÃO É SUFICIENTE”, que já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – FERENCZI” da CONFRARIA ANALÍTICA.


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[Vídeo] Como funciona o recalque?


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[Vídeo] Como identificar um paciente neurótico?

Um dos indícios mais confiáveis de que estamos diante de um paciente neurótico é uma verbalização que denota a presença de um conflito psíquico.


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Como identificar um paciente neurótico?

A rigor, poderíamos dizer que cada pessoa que nos procura na clínica vivencia uma modalidade particular de sofrimento emocional.

Por outro lado, quando comparadas entre si, essas diferentes formas de adoecimento psíquico podem apresentam traços comuns, muitas vezes até idênticos.

É isso o que nos permite agrupá-las em certas categorias mais ou menos abrangentes.

A neurose foi a primeira dessas categorias a interessar à Psicanálise.

Na verdade, foi buscando encontrar um tratamento eficaz para as neuroses e investigando a gênese dessas formas de adoecimento que Freud inventou a terapia psicanalítica.

É por isso que conceitos fundamentais da Psicanálise como inconsciente, pulsão, recalque etc. derivam diretamente da experiência clínica de Freud com pacientes neuróticos.

Se o primeiro contato de Freud tivesse sido com pacientes não neuróticos, provavelmente os fundamentos teóricos e técnicos da Psicanálise seriam outros.

Mas o que caracteriza a neurose?

Um dos indícios mais confiáveis de que estamos diante de um paciente neurótico é uma verbalização que denota a presença de um conflito psíquico.

— Doutor, eu não consigo deixar de fazer (pensar ou desejar) tal coisa.

— Doutor, eu queria muito fazer (pensar ou desejar) tal coisa, mas não consigo.

Essas são duas estruturas típicas de uma queixa neurótica.

No primeiro caso, temos a descrição de um sintoma. No segundo, o relato de uma inibição.

Ambos evidenciam a existência de uma divisão no sujeito: o que ele conscientemente quer (ou não quer) se contrapõe ao que efetivamente faz (ou deixa de fazer).

Ora, essa situação conflituosa evidencia que o neurótico não sabe DE FATO o que quer, ou seja, que, na verdade, ele tem OUTROS desejos… INconscientes.

Mas por que esses desejos estão inconscientes? Por que o sujeito não os reconhece?

Porque eles entram em choque com a imagem idealizada (também inconsciente) que o neurótico quer ter de si.

Em nome da conservação dessa imagem, o sujeito reprime certos desejos e, para se proteger do reaparecimento deles, sofre com sintomas, inibições e ansiedade.

Um cenário muito distinto é o que observamos na clínica da não neurose.

Mas isso é assunto para outra hora. 😉


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[Vídeo] Você dá conta de afirmar suas verdades?

Esta é uma pequena fatia da MASTERCLASS “Tudo sobre mecanismos de defesa”, que foi ministrada ao vivo na quinta-feira (09/02/2023) e cuja gravação na íntegra já disponível para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.

ATENÇÃO: Os valores atuais (39,99 por mês ou 397,00 por ano) são válidos só até este DOMINGO (12/02).


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[Vídeo] O que você está tentando dizer com seu sintoma?

Do ponto de vista psicanalítico, o adoecimento emocional aparece como uma TENTATIVA de colocar para fora a Mensagem que a pessoa não deu conta de efetivamente COMUNICAR para si.


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[Vídeo] A gente não faz Psicanálise para se conhecer

As pessoas não adoecem porque não se conhecem, mas por que não RECONHECEM certas partes de si mesmas. Nesse sentido, o que a Psicanálise promove não é autoconhecimento, mas AUTORECONHECIMENTO.


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Por que algumas pessoas permanecem fixadas ao complexo de Édipo?

No finalzinho do século XIX, baseando-se em sua experiência clínica e na própria autoanálise, Freud teve a intuição de que toda criança experimenta o desejo de realizar os mesmos atos de Édipo.

Meninos e meninas, na faixa dos 2 a 5 anos mais ou menos, desenvolveriam a fantasia de terem exclusividade erótica sobre a mãe com a consequente eliminação da presença do pai.

Ao grupo de ideias que se produzem a partir desses desejos incestuosos e parricidas Freud deu o nome de COMPLEXO DE ÉDIPO.

Para o pai da Psicanálise, os pacientes neuróticos teriam muita dificuldade de renunciar a tais desejos, permanecendo, portanto, inconscientemente fixados à fantasia edipiana.

Mas o que levaria uma pessoa a se manter fixada no Inconsciente a um elemento infantil?

Resposta: a REPRESSÃO de tal elemento.

Como eu já disse em outras ocasiões, REPRIMIR É CONSERVAR.

Toda vez que a gente reprime um desejo, ou seja, toda vez que a gente expulsa um desejo do nosso campo de consciência e finge que ele nunca existiu, o que acontece?

Ora, ao invés de efetivamente desaparecer, o desejo começa a exercer ainda mais influência sobre nós, pois passa a habitar uma região da nossa mente que a gente não controla: o Inconsciente.

Nesse sentido, se uma pessoa permaneceu fixada ao complexo de Édipo, é porque, quando criança, reprimiu seus desejos incestuosos e parricidas ao invés de permitir que eles desaparecessem naturalmente…

— Beleza, Lucas, entendi. Mas, me diz uma coisa: por que algumas crianças conseguem fazer esse abandono natural do complexo de Édipo e outras o reprimem, ficando fixadas a ele?

Para respondermos essa pergunta, precisamos necessariamente levar em conta o modo como os pais se comportam com a criança durante a vivência do complexo de Édipo.

Freud não falou sobre isso, mas o psicanalista inglês Donald Winnicott, sim.

Quem está na CONFRARIA ANALÍTICA receberá ainda hoje (sexta) uma aula especial em que comento esse e vários outros aspectos da visão winnicottiana sobre o complexo de Édipo.

A aula está imperdível! Te vejo lá!


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[Vídeo] A repressão de desejos é inevitável e necessária

Será que a ênfase que Freud deu à influência do fator sexual na produção das neuroses não pode ser explicada pelo fato de que, na época dele, havia uma forte repressão da sexualidade na Europa? Nesse sentido, a teoria freudiana das neuroses não estaria ultrapassada? Confira a resposta no vídeo.


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Freud está ultrapassado?

Ontem uma aluna me fez a uma pergunta que pode ser reproduzida mais ou menos nos seguintes termos:

— Lucas, será que a ênfase que Freud deu à influência do fator sexual na produção das neuroses não pode ser explicada pelo fato de que, na época dele, havia uma forte repressão da sexualidade na Europa? Nesse sentido, a teoria freudiana das neuroses não estaria ultrapassada?

Quero compartilhar com vocês a resposta que eu enderecei a esse pertinente questionamento.

Vamos lá.

De fato, o nexo causal entre sintomas neuróticos e a repressão de certos desejos sexuais pode ser visto com mais clareza num contexto como o do início do século XX em que as pessoas eram INCENTIVADAS a viverem reprimidas.

No entanto, o que Freud descobriu vai muito além disso.

Ao se deparar com o fator sexual na origem das neuroses, o médico vienense foi levado a investigar como funciona a sexualidade humana de modo geral.

E o que Freud descobriu nessa pesquisa?

Ora, que a repressão dos impulsos sexuais não é um elemento contingente, que pode estar presente numa época ou cultura e não em outras.

Freud nos mostrou que, em alguma medida, a repressão é um processo absolutamente INEVITÁVEL e NECESSÁRIO.

Isso porque, como ele nos fez ver, a sexualidade humana é, por natureza, DESREGULADA.

— Como assim, Lucas?

Eu vou te dar um exemplo: se você não “ENSINAR” uma criancinha que ela não pode desejar sexualmente seus irmãos ou seus pais, ela não vai “aprender” isso sozinha.

Coloco as palavras “ensinar” e “aprender” entre aspas porque não se trata de um processo explícito e formal como acontece na educação escolar.

O fato é que a gente não nasce sabendo O QUE e COMO devemos desejar sexualmente.

Esse “saber” é produzido graças a um processo em que certos desejos são permitidos e outros são… isso mesmo, REPRIMIDOS pela sociedade.

Portanto, a teoria freudiana não está ultrapassada.

Afinal, embora vivamos numa cultura muito menos repressiva que a do início do século XX, ainda assim nossa sexualidade NECESSARIAMENTE passa por um processo de “modelagem” social.

E, nesse processo, vários problemas podem acontecer, o que faz de nós seres naturalmente predispostos à neurose…


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Desejo revoltado


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Somos todos recalcados

Sim, todos nós.

Não só aquela sua amiga invejosa ou aquele mancebo que lhe deu um perdido no último fim de semana.

Somos todos recalcados.

Recalque foi um termo que Freud utilizou para descrever um processo que ocorre quase que automaticamente (mas não involuntariamente) em nós quando experimentamos certos pensamentos, fantasias e impulsos que não são compatíveis com a imagem idealizada que temos a nosso respeito.

Sabe quando você se assusta consigo mesmo e diz: “Meu Deus, como eu pude pensar uma coisa dessas?”?

Quando isso ocorre, a tendência é fingir que nada aconteceu e simplesmente tentar esquecer que tais pensamentos passaram pela nossa cabeça, né?

Pois bem, recalcar é isso: jogar a “sujeira” psíquica para debaixo de um tapete chamado INCONSCIENTE.

Por essa razão, somos todos recalcados, afinal todos nós fazemos isso, pois amamos fingir que correspondemos à imagem idealizada que temos de nós mesmos.

Assim, quando brota dos nossos corações algo que vem macular essa imagem, a gente finge que nada aconteceu e continua vivendo no autoengano.

O problema é que a alma não possui apenas essa inclinação no sentido da hipocrisia, mas também uma tendência na direção da verdade.

Em outras palavras: não adianta recalcar, não, amigo…

O que foi recalcado retorna, pois exige ser visto, reconhecido, falado:

“A boca fala do que está cheio o coração.”.

Se a gente insiste no autoengano e no medo de se enxergar, a alma se revolta e, tal como um vulcão em erupção, lança sobre nós o recalcado na forma de padrões doentios de relacionamento, obsessões, sintomas físicos, pesadelos…

E aí a gente procura a Psicanálise – para abrir mão da imagem idealizada de nós mesmos — e vivermos menos recalcados…


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