
No finalzinho do século XIX, baseando-se em sua experiência clínica e na própria autoanálise, Freud teve a intuição de que toda criança experimenta o desejo de realizar os mesmos atos de Édipo.
Meninos e meninas, na faixa dos 2 a 5 anos mais ou menos, desenvolveriam a fantasia de terem exclusividade erótica sobre a mãe com a consequente eliminação da presença do pai.
Ao grupo de ideias que se produzem a partir desses desejos incestuosos e parricidas Freud deu o nome de COMPLEXO DE ÉDIPO.
Para o pai da Psicanálise, os pacientes neuróticos teriam muita dificuldade de renunciar a tais desejos, permanecendo, portanto, inconscientemente fixados à fantasia edipiana.
Mas o que levaria uma pessoa a se manter fixada no Inconsciente a um elemento infantil?
Resposta: a REPRESSÃO de tal elemento.
Como eu já disse em outras ocasiões, REPRIMIR É CONSERVAR.
Toda vez que a gente reprime um desejo, ou seja, toda vez que a gente expulsa um desejo do nosso campo de consciência e finge que ele nunca existiu, o que acontece?
Ora, ao invés de efetivamente desaparecer, o desejo começa a exercer ainda mais influência sobre nós, pois passa a habitar uma região da nossa mente que a gente não controla: o Inconsciente.
Nesse sentido, se uma pessoa permaneceu fixada ao complexo de Édipo, é porque, quando criança, reprimiu seus desejos incestuosos e parricidas ao invés de permitir que eles desaparecessem naturalmente…
— Beleza, Lucas, entendi. Mas, me diz uma coisa: por que algumas crianças conseguem fazer esse abandono natural do complexo de Édipo e outras o reprimem, ficando fixadas a ele?
Para respondermos essa pergunta, precisamos necessariamente levar em conta o modo como os pais se comportam com a criança durante a vivência do complexo de Édipo.
Freud não falou sobre isso, mas o psicanalista inglês Donald Winnicott, sim.
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