Pare de fingir na terapia

A dificuldade de ser franco é um dos maiores obstáculos que as pessoas enfrentam ao fazer terapia.

No dia a dia, a falta de sinceridade pode não ser muito prejudicial. Aliás, em muitos casos, é até vantajosa.

Se aquela influencer famosa fosse sincera e confessasse que 60% dos seguidores que ela tem foram comprados, certamente perderia vários contratos de publi.

Nas redes sociais, onde o mais importante é como você aparece e não como você realmente é, a sinceridade é uma competência praticamente dispensável.

Mas vale dizer que nem sempre somos falsos e hipócritas por decisão consciente.

Às vezes, a gente só não dá conta mesmo de ser franco — porque não suporta a própria verdade…

Há pessoas, por exemplo, que simplesmente não conseguem admitir para elas mesmas (e, consequentemente, para os outros) que sentem ciúmes.

Em vez disso, elas dizem: “Não é que eu estou com ciúme. Eu só exijo respeito da pessoa que está comigo”.

Mentira! É ciúme mesmo. Ci-ú-me.

Elas só não reconhecem isso porque, na base do ciúme, está o medo de perder o outro e, portanto, vulnerabilidade, insegurança, dependência…

Portanto, dizer que “é só uma questão de respeito” não passa de uma racionalização narcísica, ou seja, uma forma de “ficar bem na fita” consigo mesmo.

Como eu disse anteriormente, no cotidiano, esse tipo de autoengano é benigno, não traz grandes consequências.

Porém, no contexto psicoterapêutico, ele atrapalha. E atrapalha muito.

Quanto mais você recorre à hipocrisia, mais distante se coloca da “cura” — com as devidas aspas para os chatos de plantão.

Sabe por quê?

Porque o abandono de nossos sintomas passa fundamentalmente pelo reconhecimento e integração das verdades que nos habitam.

Ok, eu sei que muitas delas escapam completamente à nossa consciência e, nesse sentido, não têm como ser admitidas simplesmente por “força de vontade”.

Porém, existe uma ATITUDE, ou seja, um tipo de disposição psíquica, que facilita a emergência dessas verdades inconscientes.

E é essa atitude que eu gostaria de recomendar a você que começasse a adotar, caso esteja em terapia. Eu a chamaria de atitude CONFESSIONAL.

Ela consiste num esforço deliberado de falar sobre si buscando ativamente retirar todas as máscaras, adornos e proteções narcísicas.

Frequentemente, a gente tem aquela sensação de que, no fundo — seja por medo, vergonha ou culpa — não estamos sendo verdadeiramente sinceros em terapia.

É natural… Todos nós temos narcisismo. Todos nós queremos ficar bem na fita.

Mas é preciso resistir conscientemente a essa tendência natural em nome de um bem maior: o amadurecimento emocional.

A hipocrisia pode até dar dinheiro, seguidores, likes. Mas não gera crescimento real.

***

A terapia só funciona quando você decide parar de se esconder de si mesmo.

Na Confraria Analítica, a gente aprofunda essas questões com aulas semanais, linguagem clara e teoria aplicada à vida e à clínica.

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[Vídeo] Nenhum paciente quer melhorar


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Nenhum paciente quer melhorar.

Calma.

Esse título é apenas uma provocação.

Nenhum paciente quer melhorar, mas, ao mesmo tempo, todos querem.

É contraditório, eu sei. Mas nós somos contraditórios mesmo. Esta é uma das coisas que nos faz verdadeiramente humanos.

Que todos os pacientes queiram melhorar, isso é evidente. O simples fato de uma pessoa procurar ajuda já o comprova. Ninguém gastaria dinheiro com terapia se não quisesse realmente parar de sofrer.

— Então por que você disse que nenhum paciente quer melhorar, Lucas?

Porque o sofrimento pelo qual buscamos ajuda é, na verdade, a tábua de salvação que a gente encontrou para não se afogar em OUTROS sofrimentos — insuportáveis.

A preocupação excessiva que atormenta Maurício só existe porque, sem ela, ele teria de encarar certos dilemas internos que não dá conta de enfrentar.

Nossos sintomas são úteis, gente. Eles nos ajudam a fugir de nós mesmos, ou melhor, daquilo que há de aterrorizante em nós mesmos.

Por isso, é natural que a gente RESISTA a abandoná-los.

A olho nu, você pode até não conseguir enxergar a utilidade dos seus sintomas, mas, fazendo análise, será capaz de vê-la de forma cristalina.

De repente, vai perceber que seus ataques de pânico não acontecem “do nada”, mas aparecem justamente quando alguma coisa evoca em você, inconscientemente, uma memória traumática ou um conflito psíquico que te acompanha desde criança.

Ou seja, paradoxalmente, o pânico te protege. Te protege de fazer contato com certas partes de si mesma que não consegue suportar.

Como você poderia renunciar tão facilmente a esse sintoma se ele é tão conveniente?

Entendeu agora por que nenhum paciente quer melhorar?

É que melhorar implica em abrir mão da única saída que conseguimos encontrar para fugir dos nossos terrores internos.

Na Psicanálise, a gente procura ajudar o paciente a se fortalecer emocionalmente para conseguir encarar esses terrores e inventar formas saudáveis de lidar com eles.

Esse processo requer tempo e, portanto, muita paciência por parte do terapeuta.

É preciso aguardar até que o DESEJO por uma vida mais livre e criativa consiga vencer o MEDO de abandonar o refúgio do sintoma.


Você já percebeu como a gente diz que quer mudar… mas faz de tudo pra continuar igual?

🧩 É sobre isso que fala o texto de hoje: sobre a resistência, um dos conceitos que comentei ontem na Masterclass Psicanálise: o Básico do Básico.

Se você perdeu, ainda dá tempo de assistir!

O replay da aula ainda está disponível, mas só por tempo limitado.

🎥 Corre lá: https://youtube.com/live/AbWlf0lXElg?feature=share


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[Vídeo] Para que serve o seu problema emocional?


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Seu problema emocional pode estar te protegendo do pior.

Se nossos problemas emocionais nos trazem sofrimento, por que temos tanta dificuldade para nos livrar deles?

Não, não é porque temos algum tipo de satisfação com a dor em si.

Ninguém quer sofrer por sofrer.

O motivo básico pelo qual resistimos a abandonar nossos sintomas é que, por meio deles, obtemos certos ganhos que COMPENSAM o sofrimento que trazem.

Porém, na maioria das vezes, nós não temos consciência que quais são esses ganhos. É só fazendo análise que conseguimos mapeá-los.

Frequentemente, tais vantagens não são coisas BOAS que os problemas emocionais nos proporcionam, mas situações RUINS que eles EVITAM que aconteçam.

Valdir, por exemplo, não consegue parar em emprego nenhum. Ele sempre entra em conflito com seus chefes e acaba sendo demitido.

O rapaz, portanto, se sabota: este é o seu principal sintoma.

Em análise, Valdir descobriu que, inconscientemente, não quer ficar num trabalho por muito tempo, pois estar nessa condição o tornaria semelhante a seu pai.

Este, com efeito, era servidor público da Receita Federal e permaneceu no mesmo cargo por mais de 30 anos, até aposentar-se.

Mas por que Valdir não queria se tornar parecido com o pai?

Porque, desde criança, o rapaz alimentara uma forte hostilidade em relação ao genitor devido ao modo desrespeitoso com que ele tratava sua mãe.

Assistindo aflito ao sofrimento materno, Valdir jurou para si mesmo que jamais se tornaria um homem como o pai.

Com o passar do tempo, esqueceu-se dessa promessa e deslocou o ódio pelo genitor para outras figuras masculinas — como seus chefes, por exemplo…

O juramento, porém, manteve-se de pé. E era justamente para cumpri-lo que Valdir sabotava sua continuidade nos empregos.

Entendeu?

Nossos problemas emocionais podem ser meios que encontramos para evitar uma situação na qual inconscientemente não queremos estar.

E esta pode ser a razão principal pela qual não conseguimos sair deles.

Será este o seu caso?


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[Vídeo] Como a Psicanálise surgiu na sua vida?


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[Vídeo] O que é resistência em Psicanálise?


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[Vídeo] Todo paciente é resistente


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Resistência: por que todo paciente atrapalha o seu próprio processo terapêutico?

Desde o início de sua carreira como psicoterapeuta, Sigmund Freud, o criador da Psicanálise, se deparou com um fenômeno curioso, que ele chamou de RESISTÊNCIA.

O médico austríaco observou que seus pacientes pareciam EVITAR deliberadamente certos pensamentos que apontavam para a origem de seus sintomas neuróticos.

Eu digo que esse fenômeno é curioso porque ele aparentemente não faz muito sentido. Afinal, por que uma pessoa doente intencionalmente atrapalharia o trabalho do médico que deseja curá-la?

Estranho, né? Mas foi exatamente isso o que Freud constatou: seus pacientes queriam melhorar, mas, ao mesmo tempo, NÃO QUERIAM passar pelo processo necessário para a cura.

Como explicar essa aparente contradição com a qual todo psicanalista se depara em sua clínica?

A resposta está no entendimento de como se formam as nossas doenças emocionais.

Freud descobriu que a gente desenvolve problemas psicológicos na esperança de que, por meio deles, possamos resolver certos CONFLITOS PSÍQUICOS.

Conflitos entre certos desejos e nossas convicções morais.

Conflitos entre a percepção de uma realidade e a expectativa que tínhamos sobre ela.

Conflitos entre o amor e o ódio que sentimos por uma mesma pessoa.

Enfim, na tentativa de solucionar dilemas como esses, nós adoecemos. É como se os sintomas e inibições nos fizessem “esquecer” dessas questões.

Nesse sentido, o tratamento exigirá necessariamente levar o paciente a repensar seus conflitos a fim de ajudá-lo a encontrar outras formas de resolução que não passem pela via da doença.

É daí que vem a resistência!

Com efeito, se o sujeito adoeceu na esperança de resolver os conflitos, isso aconteceu justamente porque tais batalhas mentais provocam uma angústia quase insuportável.

Assim, é natural que ele RESISTA a retomar o contato com essas questões. A pessoa tem MEDO de voltar a experimentar aquela angústia.

Por isso, uma parte significativa do tratamento psicanalítico consiste em oferecer ao paciente o apoio necessário para que ele perca esse medo.


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[Vídeo] Como a Psicanálise lida com o TOC? O que é resistência? Medo de dar certo? | Pergunte ao Nápoli


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[Vídeo] Uma forma sutil de resistência na terapia

Esta é uma pequena fatia da aula especial “12 FORMAS SUTIS DE RESISTÊNCIA EM ANÁLISE”, que já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS” da CONFRARIA ANALÍTICA.


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O analista não deixa nada passar batido

Larissa entrou em contato com a psicanalista Paula por conta da dificuldade que estava tendo para se desvincular de Bruno, seu ex-namorado.

Quando começou a análise, a moça não conseguia resistir às investidas do rapaz, que vivia chamando-a para uns “flashbacks”, como ele dizia.

Larissa sabia que Bruno não tinha o menor interesse em voltar, mas não conseguia recusar.

A vã esperança de reatar o relacionamento a impedia de dizer não.

Agora, com a terapia, a jovem tem dado conta de evitar tais encontros, mas ainda fantasia com a vida que poderiam ter se tivessem permanecido juntos.

Na última sessão, comentando que o ex havia reagido com um emoji de foguinho a um de seus stories, a paciente disse:

— Tá vendo, Paula? O cara tá namorando, a menina é super gente boa (eu a conheço) e ele fica mandando foguinho pra mim? É um… (silêncio). Sei lá, eu preciso bloqueá-lo!

— “É um…” o quê, Larissa?

— Como assim?

—  Você começou a frase, mas não terminou. Parece que você ia dizer que o Bruno é um… alguma coisa.

— Ah, tá! Acho que eu ia dizer que ele é um cafajeste. (risos)

— E por que será que você não falou?

— Uai, não sei… Acho que a raiva é tanta que eu nem consigo falar direito.

— Mas por que será que você parou logo na hora em que iria falar a palavra “cafajeste”? —  insiste a terapeuta.

— Não faço a menor ideia… Mas “cafajeste” era uma palavra que eu ouvia muito lá em casa. Direto minha mãe a utilizava para falar do meu pai: “Aquele cafajeste do seu pai fez isso, fez aquilo”.

— Hum… Então será que o Bruno e o seu pai têm algo em comum?

Larissa passou, então, a explorar a relação entre a dificuldade de se afastar do ex-namorado, o vínculo com o pai e a identificação com a figura materna.

Isso só foi possível porque Paula não deixou passar batida a forma sutil de resistência que se manifestou na fala da paciente quando ela não concluiu a frase “É um…”.

Na AULA ESPECIAL de hoje na CONFRARIA ANALÍTICA, falo sobre essa e mais 11 outras manifestações sutis de resistência que costumam aparecer na terapia psicanalítica.

A aula estará disponível ainda hoje (sexta) no módulo “AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS”, exclusivamente para quem está na Confraria.


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[Vídeo] Pacientes normopatas

Esta é uma pequena fatia da aula especial “NORMOPATIA: MUDAR NEM PENSAR”, que já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS” da CONFRARIA ANALÍTICA.


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O desejo do analista é o antídoto para nossa paixão pela ignorância

Na Psicanálise, não é o terapeuta quem possui o saber que precisa ser trazido à luz para que o paciente possa melhorar.

Na verdade, a tarefa do analista não é explicar o que está acontecendo com o sujeito, mas ajudá-lo a encontrar e articular o que o próprio paciente JÁ SABE.

À primeira vista, pode parecer que esse é um processo muito fácil. Afinal, que paciente não gostaria de descobrir o que está na origem de seu sofrimento?

Eu respondo: TODOS.

Sim, todos nós queremos melhorar, mas nenhum de nós deseja, a princípio, investigar o que de fato está por trás dos nossos problemas emocionais.

O psicanalista francês Jacques Lacan tinha uma expressão muito boa para caracterizar essa atitude básica: “paixão pela ignorância” — um belo eufemismo para MEDO DE SABER A VERDADE.

Reconhecer e articular esse saber que fornece a chave para a compreensão de nossas dores é, em si mesmo, um trabalho doloroso.

É por isso que a gente cria tantas explicações simplórias e de fácil digestão:

“É tudo culpa da minha mãe.”

“Não é nada de mais. Eu só preciso trabalhar um pouco menos.”

“Se eu terminar esse namoro, tudo se resolve.”

Para ajudar o paciente a vencer sua paixão pela ignorância o próprio analista precisa estar numa luta constante com a SUA PRÓPRIA paixão pela ignorância.

Por exemplo: pensemos num terapeuta que tem questões mal trabalhadas com sua mãe.

Pode ser muito confortável para esse profissional embarcar no discurso do paciente que diz “É tudo culpa da minha mãe” e simplesmente assentir dizendo: “É verdade”.

Agindo assim, ele não só poupa o analisando de lidar com outras questões que estão para-além da mãe, mas também SE POUPA de enfrentar AS SUAS PRÓPRIAS QUESTÕES.

Tá errado!

Em vez de deixar o paciente preso a uma explicação simplória, o terapeuta deveria aguçar a CURIOSIDADE do sujeito para continuar investigando as razões de seu sofrimento:

“Sua mãe tem tanto poder assim?”.

No entanto, ele só conseguirá fazer isso se o seu DESEJO DE ANALISTA for mais forte que sua paixão pela ignorância.

E esse desejo, por sua vez, só terá sido forjado e fortalecido se esse profissional tiver sido (ou estiver sendo) paciente de outro terapeuta — que consegue afirmar seu desejo de analista…


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O que fazer quando o paciente fica em silêncio?

Uma das principais dificuldades enfrentadas por quem está iniciando a prática da Psicanálise é lidar com os momentos em que o paciente fica em silêncio.

Isso pode acontecer de maneira pontual, durante alguns segundos ou minutos, mas há ocasiões em que o analisando passa muito tempo calado sob a justificativa de “não ter nada para dizer”.

Por que o silêncio é tão constrangedor para muita gente?

Minha hipótese é a de que a ausência de comunicação verbal entre duas pessoas que estão sozinhas num mesmo espaço (físico ou virtual) estabelece um clima de intimidade semelhante ao que existe numa relação amorosa…

Mas analistas iniciantes também podem se sentir incomodados com o silêncio por projetarem seu superego nos pacientes e imaginarem que estão sendo criticados por estarem calados.

O que fazer quando o paciente fica em silêncio?

Devemos simplesmente ficar quietos e aguardar a retomada da associação livre?

Na opinião do psicanalista húngaro Sándor Ferenczi (1873-1933), não.

Na primeira seção do trabalho “A técnica psicanalítica”, de 1919, o médico recomenda aos analistas que, nesses momentos, perguntem diretamente ao paciente em que ele está pensando.

Em muitos casos, o analisando acaba confessando que tem algumas coisas em mente, mas não as disse por considerar que são irrelevantes.

Essa é uma ocasião bastante oportuna para que o analista relembre ao paciente que, na terapia psicanalítica, absolutamente QUALQUER COISA que passe por sua cabeça é IMPORTANTE.

Na verdade, menosprezar o valor de certas ideias é uma das formas mais comuns de expressão da RESISTÊNCIA. O terapeuta deve ajudar o analisando a perceber isso.

— Ah, Lucas, mas e se o paciente disser que realmente não está pensando em nada e continuar em silêncio? O que o Ferenczi recomenda que os analistas façam?

A resposta para essa e mais quatro outras perguntas sobre técnica psicanalítica você encontrará na aula especial “CINCO DICAS DE FERENCZI PARA O MANEJO CLÍNICO EM PSICANÁLISE”, que estará disponível ainda hoje (sexta) para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.

Te vejo lá!


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