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Um dia desses, na caixinha de perguntas do Instagram, um seguidor me pediu para falar sobre como a Psicanálise trata o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade).
Eu respondi que, se fosse um caso de TDAH VERDADEIRO, ou seja, de uma DEFICIÊNCIA real na capacidade de concentração e controle inibitório, nós desenvolvemos uma versão adaptada da terapia psicanalítica para casos de não neurose.
Antes que perguntem nos comentários: “não neurose” não significa necessariamente perversão ou psicose.
Trata-se de uma categoria psicopatológica ampla proposta por André Green. Na Confraria Analítica, eu falo sobre ela em diversas aulas. Quem é meu aluno já está por dentro.
Mas voltemos ao assunto.
Na resposta que dei à pergunta da caixinha, eu disse que nos FALSOS casos de TDAH, nós, psicanalistas, simplesmente aplicávamos o tratamento padrão para casos de neurose.
E aí teve gente que ficou em dúvida: “Lucas, mas o que são esses falsos casos de TDAH?”
Ora, são casos em que a pessoa apresenta sintomas como desatenção e hiperatividade, mas tais dificuldades não são a expressão de uma deficiência na função de autorregulação.
Elas são, na verdade, sintomas neuróticos, ou seja, comportamentos simbólicos que expressam, disfarçadamente, um conflito psíquico.
O psicanalista lacaniano Bruce Fink em seu excelente e recém-lançado “Introdução clínica a Freud” nos dá um ótimo exemplo desse tipo falso de TDAH.
Cito na íntegra o que ele escreve na página 42 do livro:
“Um de meus analisandos sentia uma angústia terrível toda vez que tinha de escrever um ensaio para determinada disciplina; ocorre que achava a matéria ridícula e o professor, um idiota, e se sentia tentado a dizer isso sempre que começava a escrever. O trabalho exigia dele enorme concentração e esforço, justamente porque ele se empenhava muito em não dizer o que queria dizer e vivia com a apreensão constante de, na verdade, haver deixado escapar em seu texto algum de seus verdadeiros sentimentos sobre a matéria e o professor. Quanto mais queria criticar o professor e sua disciplina, mais inquieto ficava.”
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Neste vídeo, apresento 3 elementos do mundo online que têm prejudicado consideravelmente a saúde mental de muitas pessoas e proponho algumas estratégias simples para que você possa se proteger desse impacto negativo.
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Neste vídeo, o Dr. Nápoli defende a tese de que existem 3 tipos básicos de desatenção e que apenas um deles é o que está de fato presente no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
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Ajudar o paciente a desenvolver autocompaixão deveria ser um dos propósitos de qualquer tratamento psicoterapêutico, seja ele psicanalítico ou não. Todavia, não devemos confundir autocompaixão com AUTOCOMPLACÊNCIA. Não se cobrar de forma exagerada é diferente de pegar leve consigo mesmo.
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Esta é uma pequena fatia da AULA ESPECIAL “TDAH: uma leitura psicanalítica”, já disponível para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.
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Em 1798, o médico escocês Sir Alexander Crichton publicou uma obra chamada “Uma investigação sobre a natureza e origem do desarranjo mental: compreendendo um sistema conciso da fisiologia e patologia da mente humana e uma história das paixões e seus efeitos”.
No segundo volume desse trabalho, Crichton faz referência a um distúrbio em que a pessoa seria incapaz de “prestar atenção com algum grau necessário de constância a qualquer objeto”.
O médico diz que tal patologia pode ser congênita ou causada por algum acidente. Nas palavras dele:
“Ao nascer com uma pessoa, [o distúrbio] torna-se evidente em um período muito precoce da vida e tem um efeito muito ruim, na medida em que a torna incapaz de prestar atenção com constância a qualquer objeto de educação”.
Crichton observou que tal problema parecia estar relacionado a uma sensibilidade exagerada do doente a estímulos externos:
“[…] toda impressão parece agitar a pessoa e lhe dá um grau antinatural de inquietação mental. Pessoas andando para cima e para baixo na sala, um leve ruído na mesma, o movimento de uma mesa, o fechamento de uma porta repentinamente, um leve excesso de calor ou de frio, muita luz ou pouca luz, tudo isso destrói a atenção constante em tais pacientes, na medida em que são facilmente excitados por cada impressão”.
Essa exposição do médico escocês provavelmente foi a primeira descrição científica de uma condição psicopatológica que atualmente recebe o nome de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH).
É razoável supor que esse problema sempre existiu, mas que esteja recebendo mais destaque atualmente porque, no mundo contemporâneo, a atenção tornou-se uma das capacidades humanas mais valiosas.
Será que a Psicanálise pode nos ajudar a discernir o que está em jogo no TDAH?
Como podemos compreender, à luz dos conceitos psicanalíticos, a incapacidade de focar e se conter experimentada por pessoas que padecem dessa condição?
Qual deve ser a estratégia clínica do psicanalista ao receber tais pacientes?
As respostas para essas perguntas estão na AULA ESPECIAL “TDAH: uma leitura psicanalítica” que estará disponível ainda hoje para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.
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Você tem dificuldade de se manter concentrado em uma tarefa? Sofre porque não consegue manter o foco? Então este vídeo foi feito para você. Nele eu explico os dois principais motivos pelos quais não conseguimos sustentar a atenção numa única direção.