
Uma das razões que levam algumas pessoas a se manterem presas a relações abusivas é a falta de reconhecimento do próprio valor intrínseco.
Parece papo de auto-ajuda, né?
Dane-se!
Prefiro que algumas de minhas contribuições pareçam auto-ajuda, mas EFETIVAMENTE ajudem pessoas em sofrimento do que ficar posando de intelectualzão erudito que apenas quer gozar narcisicamente com seu saber vazio e inútil.
Dito isso, voltemos ao assunto do texto.
Quando eu falo de vínculos abusivos, não me refiro apenas a relações amorosas, mas também a laços familiares, de amizade e de trabalho.
Entre os vários fatores que podem fazer uma pessoa SE DEIXAR ABUSAR pelo outro, um deles é a incapacidade que alguns indivíduos têm de EXIGIREM RESPEITO.
Geralmente, essas pessoas confundem o reconhecimento do próprio valor intrínseco com vaidade e egoísmo.
Elas acreditam que, se deixarem de colocar os interesses do outro em primeiro lugar, tornar-se-ão mesquinhas, arrogantes e soberbas.
Essa confusão é muito comum na cabeça daqueles que conviveram na infância com pais que, DE FATO, eram egocêntricos e autoritários.
Como pais desse tipo não conseguem dar todo o amor e validação que a criança precisa (afinal, só pensam nos próprios interesses), os filhos não olham para essas figuras parentais com admiração.
Pelo contrário: a criança as toma como exemplos do que ela NÃO QUER SER.
Afinal, pais assim geralmente tratam seus filhos de forma excessivamente castradora, intimidadora ou com indiferença.
E é aí que se forma a confusão!
Como o exemplo que o sujeito teve de ALGUÉM QUE SE PRIOPRIZA foi o desse pai ou mãe egocêntrico(a) e autoritário(a), na cabeça da pessoa a ideia de RECONHECER O PRÓPRIO VALOR passa a estar diretamente ligada a… egocentrismo, autoritarismo, arrogância etc. — características que ela não quer ter jamais!
Nesses casos, um dos objetivos de um bom processo psicoterapêutico deve ser o de ajudar o sujeito a desfazer esse mal-entendido.
RECONHECER O PRÓPRIO VALOR INTRÍNSECO não é ser narcisista ou vaidoso, mas simplesmente admitir o fato óbvio de que NINGUÉM tem o direito de nos desrespeitar — não por aquilo que fazemos ou temos, mas pelo simples fato de existirmos.
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