
Como nossos pacientes chegam à terapia?
Na maioria dos casos, eles iniciam o processo relatando as dificuldades e problemas que os motivaram a procurar ajuda.
Desânimo, excesso de autocobrança, conflitos conjugais, solidão, crises de ansiedade, conflitos familiares etc.
Esses são alguns exemplos de queixas frequentes que costumam levar as pessoas a buscarem terapia.
A fim de se proteger um pouco do sofrimento, a maioria dos pacientes apresenta seus problemas como situações totalmente alheias à sua vontade.
Em outras palavras, é como se a pessoa dissesse:
“Doutor, essas crises de ansiedade estão ACONTECENDO comigo, mas eu não tenho nada a ver com elas. Só preciso que o senhor as tire de mim”.
Sacou?
O sujeito pensa seu sintoma como uma coisa tão estranha a ele quanto uma bactéria que porventura tivesse invadido seu corpo.
Essa atitude inicial do paciente é natural e o terapeuta precisa permitir que o analisando possa se expressar dessa forma num primeiro momento.
Contudo, trata-se de uma posição subjetiva que, se mantida, inviabiliza o progresso do tratamento.
Afinal, a Psicanálise nos fez perceber que nossos problemas emocionais têm TUDO a ver conosco, com nossos desejos, com nossos medos, com nossa história…
Nesse sentido, a terapia só pode avançar se o paciente mudar de posição, passando a considerar SUA PARTICIPAÇÃO na construção e manutenção de seus sintomas.
Essa mudança de atitude dificilmente acontece espontaneamente.
Deixado à própria sorte, o paciente via de regra continuará se percebendo apenas como vítima de seus problemas e não como coautor deles.
Por isso, a alteração de posição depende fundamentalmente de uma MANOBRA CLÍNICA a ser executada pelo terapeuta.
Jacques Lacan chamou esse procedimento de RETIFICAÇÃO SUBJETIVA.
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