
No artigo “Os instintos [pulsões] e suas vicissitudes”, Freud afirma o seguinte:
“O objeto do instinto [pulsão] é aquele com o qual ou pelo qual o instinto [pulsão] pode alcançar a sua meta. É o que mais varia no instinto, não estando originalmente ligado a ele, mas lhe sendo subordinado apenas devido à sua propriedade de tornar possível a satisfação.”
Este trecho deixa claro que, para ele, o objeto investido pela pulsão seria tão-somente um MEIO para alcançar a satisfação.
Por “satisfação”, entenda-se “descarga”, pois Freud concebia a pulsão como uma excitação que brota no corpo e gera um estado tensão no aparelho psíquico.
Ou seja, buscamos objetos (pessoas, coisas ou até nós mesmos) para aliviar essa tensão.
Assim, se você tem um namorado, por exemplo, esse vínculo teria sido formado, essencialmente, para que vocês pudessem usar um ao outro como meios de satisfação.
Mas essa visão fazia sentido diante da realidade clínica?
O psicanalista escocês Ronald Fairbairn achava que não.
Ao observar quantas pessoas permanecem em relações extremamente insatisfatórias, ele propôs uma nova ideia:
O objeto não seria apenas um meio, mas o próprio alvo da pulsão.
Ou seja, investimos libido não apenas para descarregar tensão, mas para nos vincularmos ao outro.
Quer entender melhor essa concepção de Fairbairn e as críticas que ele faz às ideias de Freud?
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O título dela é “Fairbairn e sua crítica à visão freudiana da libido” e já está disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – TEMAS VARIADOS.
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