Freud e os três tipos de masoquismo

Há pessoas que parecem gostar de sofrer, né?

Talvez você mesmo seja uma delas.

São pessoas para as quais a gente olha de fora e pensa:

“Caramba, fulano não precisava estar passando por isso. Por que ele continua nessa situação tão ruim se pode muito bem sair dela?”.

Naturalmente, tendemos a pensar que o sujeito deve estar obtendo algum tipo de ganho que escapa à nossa percepção imediata.

E é isto mesmo!

Se uma pessoa não evita uma determinada dor mesmo tendo a capacidade de fazê-lo, é porque tal dor é necessária para a obtenção de um satisfação muito desejada.

Veja o caso, por exemplo, de gente que, como eu, pratica diariamente exercícios de musculação.

Eles são monótonos, extenuantes, por vezes dolorosos e… perfeitamente evitáveis. Ninguém nos obriga a fazê-los.

No entanto, nos submetemos voluntariamente a tal desprazer porque, só por meio dele, conseguimos o prazer narcísico da saúde e da boa forma física.

A mesma lógica vale para pessoas que praticam jogos εróticos nos quais são amordaçadas, humilhadas, chicoteadas etc.,

A dor, nesses casos, nada mais é que um… afrodisíaco.

Mas e uma pessoa que permanece num namoro tóxico mesmo tendo condição de terminar a relação, Lucas?

Neste caso, o sofrimento também é um meio que ela utiliza para obter algum tipo de satisfação?

Perfeitamente!

Em todas essas situações (musculação, brincadeiras εróticαs, permanência em relacionamentos complicados) vemos a presença multifacetada do MASOQUISMO.

Na aula publicada hoje na CONFRARIA ANALÍTICA, intitulada “LENDO FREUD 26 – Freud e os três tipos de masoquismo” e já disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – FREUD, eu explico os três tipos de masoquismo identificados por Freud.

Ao entendê-los, você vai enxergar de outra forma por que certas dores se repetem na sua vida e na dos seus pacientes.

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A sεxuαlidade como palco do adoecimento psíquico

Freud mostrou que questões sεxuαis podem se expressar disfarçadamente em nós por meio de fenômenos que não têm nada a ver com sεxuαlidade.

Taís, por exemplo, descobriu em análise que sua dor no braço direito era resultado da forte resistência que ela opunha ao desejo de se mαsturbαr.

Sei que isso pode parecer espantoso e até escandaloso para o público leigo.

Mas, para quem pratica ou, pelo menos, estuda psicanálise, o exemplo acima é feijão com arroz.

Porém, minha intenção aqui não é falar sobre como impulsos de natureza sεxuαl podem se converter em processos não sεxuαis.

Quero tratar justamente de um fenômeno inverso: questões que não são sεxuαis se manifestando simbolicamente por meio da sεxuαlidade.

Esta é uma possibilidade que não foi muito trabalhada por Freud, mas que nós encontramos na clínica com alguma frequência.

Vou, já de cara, apresentar um exemplo para que você possa entender o raciocínio com mais facilidade.

É o caso da Joana, uma moça de 22 anos.

Quando tinha cerca de três anos, ela foi obrigada a se separar da mãe porque a genitora decidiu ganhar a vida na Europa.

Este acontecimento foi traumático por duas razões:

Em primeiro lugar, por causa do susto: a mãe só avisou à garota de que não retornaria para o Brasil quando já estava instalada em Madri.

Em segundo lugar, por conta do que veio depois: Joana teve de ficar morando com uma tia mal-humorada e impaciente, que frequentemente lhe dava umas surras.

Resultado: a menina sentiu-se abandonada, desamparada e, introjetando a hostilidade do ambiente, passou a nutrir um forte desprezo por si mesma.

Mas o problema maior foi que essas experiências traumáticas (que não são de caráter sεxuαl) acabaram desembocando… na sεxuαlidade.

Desde o fim da adolescência, Joana tem uma vida sεxuαl extremamente promíscua e não raramente faz sεxo desprotegido com seus inúmeros parceiros.

A jovem sempre se sente “suja” e “horrível” após os encontros, mas não consegue resistir às investidas dos caras que a procuram.

Entendeu?

Taís produziu uma dor no braço (algo não sεxuαl) para expressar uma questão ligada à sua sεxuαlidade.

Joana, por sua vez, desenvolveu um problema no âmbito sεxuαl para expressar uma questão que não tem nada a ver com sεxuαlidade (o trauma infantil).

Este caso mostra que a sεxuαlidade não está apenas nos bastidores do adoecimento psíquico, mas pode ser também o palco onde ele se manifesta.


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Como um psicanalista deve se portar diante do paciente?

A Psicanálise é um tipo de tratamento psicoterapêutico.

Isso significa que, ao atender os pacientes, nós buscamos, em última instância, ajudá-los a sair de sua respectiva condição de adoecimento emocional.

Mas como acontece essa ajuda?

De que forma um analista alcança esse objetivo de levar pessoas a reconquistarem sua saúde psíquica?

A resposta é: proporcionando a elas uma experiência relacional ESPECÍFICA.

Sim, a análise é fundamentalmente uma RELAÇÃO.

Mas uma relação que possui diversas peculiaridades que a tornam bem diferente das demais relações que o paciente tem com outras pessoas.

São essas peculiaridades que possibilitam a revelação do mundo interno do paciente.

Afinal, é nele que se encontram os elementos que estão na origem dos problemas emocionais daquela pessoa.

Nesse sentido, para que analista e paciente possam mexer nesse mundo interno e alterá-lo na direção da saúde, é preciso que ele apareça na análise.

E isso, como já disse, só é possível porque a relação analítica é estabelecida de uma forma muito particular, que depende diretamente do comportamento do analista.

— E como deve ser esse comportamento, Lucas?

A resposta está na aula “Três pilares básicos da posição do analista?”, publicada hoje na CONFRARIA ANALÍTICA, minha escola de formação teórica em Psicanálise.

Nessa aula, eu explico que neutralidade, abstinência e anonimato são três parâmetros que devem nortear a postura do profissional na relação com o paciente.

Se você quer entender de forma prática, didática e com exemplos, o que significam cada um deles, não pode perder essa aula.

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Você evita mudar pelo medo de como vai se ver depois?

Quem vê de fora acha que Everton gosta de sofrer.

O rapaz é filho único e tem 28 anos.

Embora esteja num emprego público, estável e ganhe o bastante para viver de forma independente, ele ainda mora com os pais.

— Morando sozinho eu gastaria muito mais. Prefiro economizar enquanto ainda estou solteiro.

É isso o que costuma dizer para seus amigos.

À primeira vista, parece uma decisão até razoável, né?

O problema é que a relação de Everton com o genitor é péssima.

O rapaz se esforça para evitar brigas, mas muitas vezes não consegue se conter diante das constantes agressões verbais proferidas pelo pai.

— Esqueceu de trancar o portão de novo, seu animal?

É daí para baixo…

Paulo, melhor amigo de Everton, não se conforma:

— Cara, o que você está esperando para sair de lá? Até quando vai ficar aguentando seu pai falar essas coisas? Mete o pé logo!

De fato, volta e meia o rapaz pensa em alugar um apartamento e se mudar.

Mas é sempre tomado pela ansiedade ao se imaginar vivendo de forma completamente independente.

Embora contribua bastante com o custeio das despesas de casa, é o pai quem gerencia todas as contas. Everton só faz um Pix para ele todos os meses.

Diferentemente da maioria de seus amigos, o rapaz não cresceu nutrindo o anseio de se tornar logo adulto para gozar da liberdade de fazer suas próprias escolhas.

Por odiar o pai controlador e autoritário, Everton identificou-se com o caráter submisso e passivo da mãe, tornando-se um homem tímido e inseguro.

Inconscientemente, o rapaz tem medo de ser independente, livre, autônomo, pois associa tais características à figura paterna, de quem sempre quis se distanciar.

Para não correr o risco de se tornar minimamente parecido com o pai, Everton, paradoxalmente, aceita continuar se submetendo às ofensas e desmandos dele.

Será que algo parecido está acontecendo com você?

Será que você resiste a fazer certas mudanças em sua vida pelo medo da imagem que terá de si mesmo depois que elas forem colocadas em prática?

***

Se esse texto fez você refletir sobre si mesmo, imagine ter 50 lições assim, diretas e profundas, para transformar a forma como você se enxerga.

No meu livro “Entenda-se: 50 lições de um psicanalista sobre saúde mental”, eu reuni anos de estudo e clínica para ajudar você a se entender melhor, de um jeito claro, humano e aplicável à vida real.

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O perigo de tratar como histérica uma paciente borderline

Você saberia diferenciar uma paciente histérica de uma borderline? 🤔

Um erro nesse diagnóstico pode custar caro.

— Eu não aguento mais, Renato. Parece que eu nunca vou sair desse vazio. Você não entende o quanto eu me sinto perdida. 😭

— Estou te escutando atentamente, Lorena. 😌

— Eu sei, mas preciso mais do que ser escutada. Estou cansada de sentir que fico falando sozinha. 😩

— Análise é assim mesmo, Lorena. Você vem aqui não para me ouvir, mas para escutar a si mesma. 😉

— Ah, vai se ferrar, Renato! 🤬

Lorena levantou-se do divã abruptamente e saiu gritando: “Nunca mais eu volto aqui!” 😤

Mas ela voltou… depois de escapar por pouco de uma tentativa de auto-extermínio e com cortes profundos nos braços.

💡 O erro de Renato

Ele não percebeu que Lorena não era uma paciente histérica, mas sim borderline. Como não encontrou sinais de psicose ou perversão, concluiu que era um caso de neurose.

As queixas de vazio? Ele entendeu como a clássica insatisfação histérica.

Os pedidos de apoio? A velha demanda neurótica de amor.

❌ Diagnóstico errado → condução errada → risco de vida.

A postura analítica clássica apenas intensificou a instabilidade da paciente.

📌 Esse erro é mais comum do que você imagina.

E pode estar acontecendo agora mesmo no seu consultório.

Para te ajudar a evitar esse risco, publiquei hoje na Confraria Analítica a aula: “Histeria e borderline: diagnóstico diferencial”

Nela, mostro:

✅ As semelhanças que confundem até analistas experientes

✅ Os sinais que diferenciam de forma segura cada quadro

✅ Como conduzir o tratamento de maneira adequada

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Qual script você leva para a terapia?

Que posição o paciente espera que eu ocupe na relação com ele?

Esta é uma das principais perguntas que todo terapeuta deve se fazer enquanto está atendendo.

Todo sujeito carrega inconscientemente em seu psiquismo um determinado “script”, ou seja, uma espécie de roteiro, que costuma encenar em todas as suas relações.

Esse roteiro especifica o papel dele e do outro, ou seja, o que cada um deveria fazer ao se encontrarem.

Num típico script histérico, por exemplo, a pessoa tende a se apresentar como objeto de desejo e, assim, espera que o outro a queira, a valide, a reconheça.

Importante dizer que nós não só projetamos os scripts em nossas relações, mas também tentamos induzir o outro a desempenhar o papel reservado a ele.

Uma paciente histérica tentará seduzir o terapeuta a fim de levá-lo a encenar a função do outro que a valida, que a reconhece, que a ama, no fim das contas.

Ela pode se apresentar, sessão após sessão, como alguém injustiçada, incompreendida, carente…

Muitos terapeutas caem nesse tipo de armadilha e acabam protagonizando o papel previsto no script da paciente.

“Mas qual é o problema se isso acontecer, Lucas?”.

O problema é que esses roteiros têm função defensiva. Eles foram criados para nos proteger de certas angústias que, na verdade, deveriam ser atravessadas.

O roteiro histérico, por exemplo, é escrito para manter o sujeito na esperança de que ele possa ser o objeto que falta na vida do outro.

Esta é uma expectativa que as crianças costumam ter em relação a seus pais, especialmente àquele do sexo oposto.

Normalmente, o que acontece?

Esse desejo acaba sendo frustrado e o sujeito aceita, aos poucos, que não é tudo o que faltava na vida de papai ou mamãe.

O histérico, porém, não suporta essa angústia de saber que não é a última Coca-Cola do deserto. E é aí que se forma o script de sedução do outro.

Nesse sentido, a tarefa do terapeuta é resistir à encenação. Justamente para que o paciente possa se dar conta… de que existe um roteiro.


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Como saber se o paciente é obsessivo ou esquizoide?

Lá na CONFRARIA ANALÍTICA, minha escola de formação teórica em Psicanálise, nós temos um módulo especial chamado ESTUDOS DE CASOS.

Nele, eu comento casos clínicos reais enviados por nossos alunos (sempre garantindo o anonimato dos pacientes, claro).

Funciona quase como uma supervisão para quem envia o caso e, para os demais, como uma oportunidade riquíssima de ver a teoria sendo colocada em prática.

Hoje (sexta-feira), publicamos mais uma aula desse módulo. O caso? Um jovem adulto com grandes dificuldades nos relacionamentos interpessoais.

O rapaz morre de medo de se envolver. Por isso, se posiciona de forma passiva e evitativa nas interações com as pessoas.

Como normalmente ocorre, tal postura se repete na transferência com sua analista, que acaba precisando ser mais ativa para fazer a análise acontecer.

Ele quer interagir mais, porém tem medo de mudanças. Assim, permanece retraído e isolado, levando uma vida solitária, pacata e sem graça.

Ao final do relato, a aluna pergunta:

Será que estamos diante de um obsessivo… ou de alguém com traços esquizoides?

Na minha leitura, considerando a história de vida e a dinâmica da transferência, trata-se de um caso de esquizoidia.

Quer saber por quê?

Então, assista à aula “ESTUDOS DE CASOS 21 – Como saber se o paciente é obsessivo ou esquizoide?”.

Se você ainda não compreende bem o funcionamento psíquico do esquizoide, essa é uma excelente porta de entrada para essa categoria clínica.

A aula já está disponível para todos os alunos no módulo ESTUDOS DE CASOS.

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Idealizações de Instagram destroem sua saúde mental

“Homens são assim, mulheres são assado”.

“O papel do homem é X, o da mulher é Y”.

Quantas vezes você já não ouviu frases desse tipo ditas em tom professoral no Instagram?

Nos últimos anos, o Instagram (mas não só ele) tem sido inundado por influenciadores que se apresentam com uma missão assaz pretensiosa:

Ensinar você a se comportar “corretamente” de acordo com o seu sexo.

Chegamos ao ponto de aceitar que um sujeito com pouco mais de 30 anos, ainda fedendo a leite, se apresente como o “pai” com quem mulheres precisam “tomar café” para aprender a entender os homens.

“Mas onde está o problema, Lucas?”, você poderia me perguntar. “Hoje em dia as pessoas não estão realmente sem saber como ser homem ou mulher?”.

E resposta que eu te daria é a seguinte:

As pessoas NUNCA souberam, cara-pálida!

Não existe UM jeito certo de ser homem, nem UM jeito certo de ser mulher.

Por mais que alguns iletrados tentem forçar a barra, a biologia não nos informa como homens e mulheres devem se comportar.

E a cultura, por sua vez, é fluida, mutável e varia conforme a época e o lugar.

Portanto, quando esses influenciadores dizem soberbamente que homens devem agir assim e mulheres devem agir assado, eles estão trabalhando com FICÇÕES.

“Mas, se são ficções, por que tanta gente consome esse tipo de conteúdo, Lucas?”

Ora, porque, com a queda do poder das religiões na cultura ocidental, muitas pessoas se sentem desorientadas e ávidas por um código de conduta fixo, estável, pronto para usar.

Assim, em vez de encarar o desafio de inventar um modo próprio e singular de ser homem ou  mulher, preferem o quê?

Preferem aderir passivamente ao que qualquer mancebo eloquente, com um bigodinho da moda, diz que homens e mulheres supostamente deveriam fazer.

O problema é que essas concepções IDEALIZADAS de masculinidade e feminilidade são inalcançáveis para a maioria — por conta de uma coisinha “simples” chamada: REALIDADE DA VIDA DE CADA PESSOA.

Resultado?

Um monte de gente cronicamente frustrada, sentindo que está vivendo errado: a receita perfeita para a depressão.


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O menino do supermercado de Saquarema estava pedindo socorro

No dia 14 de julho viralizou nas redes sociais um vídeo que mostrava um garoto vandalizando um supermercado de Saquarema (RJ).

O menino derrubava gôndolas, jogava alimentos no chão e até arremessava produtos contra quem o estava filmando.

Nenhum cliente ou funcionário do estabelecimento tentou sequer conter a criança — provavelmente com medo de serem acusados de agressão.

Não havia responsáveis pelo garoto no local. Por isso, a Polícia Militar e o Conselho Tutelar foram chamados e levaram o menino de volta para casa.

Vizinhos e pessoas que conhecem a criança relataram aos jornais as seguintes informações:

A família vive em vulnerabilidade socioeconômica e os pais negligenciam o cuidado dos filhos (o garoto, por exemplo, não estaria frequentando a escola).

Será que esses fatores estariam relacionados ao surto de agressividade do menino no supermercado?

Se sim, como?

O que essa criança estaria buscando ao fazer toda aquela bagunça?

O psicanalista inglês Donald Winnicott (1896-1971) pode nos ajudar a responder essas questões.

No texto “A tendência antissocial”, de 1956, ele defende a tese de que atos de delinquência podem ser o último fio de esperança de crianças carentes de cuidado.

Na aula especial publicada hoje na CONFRARIA ANALÍTICA, eu comento trechos desse texto, articulando as ideias de Winnicott ao caso do menino de Saquarema.

O título da aula é “LENDO WINNICOTT 12 – A tendência antissocial: um pedido de socorro” e já está disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – WINNICOTT.

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Seu problema emocional pode estar te protegendo do pior.

Se nossos problemas emocionais nos trazem sofrimento, por que temos tanta dificuldade para nos livrar deles?

Não, não é porque temos algum tipo de satisfação com a dor em si.

Ninguém quer sofrer por sofrer.

O motivo básico pelo qual resistimos a abandonar nossos sintomas é que, por meio deles, obtemos certos ganhos que COMPENSAM o sofrimento que trazem.

Porém, na maioria das vezes, nós não temos consciência que quais são esses ganhos. É só fazendo análise que conseguimos mapeá-los.

Frequentemente, tais vantagens não são coisas BOAS que os problemas emocionais nos proporcionam, mas situações RUINS que eles EVITAM que aconteçam.

Valdir, por exemplo, não consegue parar em emprego nenhum. Ele sempre entra em conflito com seus chefes e acaba sendo demitido.

O rapaz, portanto, se sabota: este é o seu principal sintoma.

Em análise, Valdir descobriu que, inconscientemente, não quer ficar num trabalho por muito tempo, pois estar nessa condição o tornaria semelhante a seu pai.

Este, com efeito, era servidor público da Receita Federal e permaneceu no mesmo cargo por mais de 30 anos, até aposentar-se.

Mas por que Valdir não queria se tornar parecido com o pai?

Porque, desde criança, o rapaz alimentara uma forte hostilidade em relação ao genitor devido ao modo desrespeitoso com que ele tratava sua mãe.

Assistindo aflito ao sofrimento materno, Valdir jurou para si mesmo que jamais se tornaria um homem como o pai.

Com o passar do tempo, esqueceu-se dessa promessa e deslocou o ódio pelo genitor para outras figuras masculinas — como seus chefes, por exemplo…

O juramento, porém, manteve-se de pé. E era justamente para cumpri-lo que Valdir sabotava sua continuidade nos empregos.

Entendeu?

Nossos problemas emocionais podem ser meios que encontramos para evitar uma situação na qual inconscientemente não queremos estar.

E esta pode ser a razão principal pela qual não conseguimos sair deles.

Será este o seu caso?


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Por que evitamos certas palavras em análise?

Carolina estava ansiosa para contar a seu analista, Alfredo, como havia sido o primeiro encontro com Márcio, um novo colega de trabalho.

A moça já vinha falando há semanas sobre o clima de flerte que existia entre eles e, na última sessão, disse que o rapaz a convidara para um jantar.

— Eu estava muito tensa, confessou Carolina, mas o Márcio foi tão gentil que, ao longo da noite, eu acabei ficando à vontade.

Alfredo escutava em silêncio a narrativa da paciente.

— Não sei se foi por causa do vinho ou porque a gente já estava nesse chove e não molha há muito tempo, mas foi me dando muita vontade de ficar com ele.

(Na verdade, a expressão que veio à mente de Carolina foi “muito tεsão” e não “muita vontade de ficar com ele”.)

Ciente da forte inibição εrótica dessa paciente, o analista decidiu pontuar essa parte do relato fazendo “Hummm…” em tom de surpresa.

A moça abriu um sorriso e disse:

— Pois é… Você acredita? Mas não para por aí… Depois do jantar, fomos para a casa dele e a gente acabou ficando mesmo, Alfredo.

— Vocês trαnsαrαm?

— Isso… confirmou Carolina um tanto constrangida.

De fato, a palavra “trαnsαr” passou pela cabeça da paciente, mas, por vergonha, ela achou melhor utilizar um termo menos explicitamente sεxuαl (“ficar”).

Por que será que esse tipo de substituição acontece no discurso de tantos pacientes?

Que característica especial possuem palavras como “tεsão” e “trαnsαr” para que muitas pessoas evitem empregá-las?

O psicanalista húngaro Sándor Ferenczi explorou essa questão no clássico artigo “Palavras Obscenas”, de 1911.

E na aula especial publicada hoje (sexta) na CONFRARIA ANALÍTICA eu comento os principais trechos desse artigo.

As ideias de Ferenczi vão te surpreender…

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Não se engane: o inconsciente é esperto…

Na segunda aula do seminário XI (“Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise”), Lacan faz uma afirmação muito preciosa.

Ele diz o seguinte:

“A todos esses inconscientes sempre mais ou menos afiliados a uma vontade obscura considerada como primordial, a algo de antes da consciência, o que Freud opõe é a revelação de que, ao nível do inconsciente, há algo homólogo em todos os pontos ao que se passa ao nível do sujeito — isso fala e funciona de modo tão elaborado quanto o do nível consciente, que perde assim o que parecia seu privilégio.”

Você pode encontrar esta citação na página 29 da edição do seminário publicada em 1998 pela Zahar.

Lacan está chamando a atenção para uma característica do inconsciente que, muitas vezes, passa despercebida até mesmo por psicanalistas:

O alto grau de elaboração dos pensamentos que circulam nele.

Não raramente a gente tem a tendência de pensar no inconsciente como sendo uma parte do psiquismo puramente impulsiva, emocional, irracional.

Porém, Freud nos mostra com clareza em seus textos que no inconsciente encontramos RACIOCÍNIOS tão complexos quanto os da consciência.

Vou te dar um exemplo simples de como isso funciona:

Imagine que você terminou um relacionamento há seis meses.

Depois de sofrer muito com a separação, você agora se sente bem e acha que está pronta para seguir a vida.

Por isso, aceita finalmente marcar um encontro com o rapaz com quem flerta há alguns dias em uma rede social.

O problema é que, no inconsciente, você não está a fim de ir a esse encontro, pois ainda está muito apegada a seu ex; não conseguiu (e não quer) esquecê-lo.

E agora? Conscientemente você quer uma coisa, mas inconscientemente quer outra.

Ora, sem se dar conta, você pode acabar marcando o encontro justamente num dia em que precisará ficar até mais tarde no trabalho.

Porém, só se lembrará dessa “coincidência” no dia, o que a levará a desmarcar com o rapaz, satisfazendo, assim, o desejo inconsciente de não ir.

Entendeu?

No inconsciente, a gente pensa, planeja, reflete…

Enquanto a consciência está vindo com o fubá, o angu dele já está pronto…


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Psicologia do Ego não é Psicanálise?

No início dos anos 1950, Lacan iniciou um projeto intelectual que ficou conhecido como “retorno a Freud”.

Ele acreditava que os psicanalistas de sua época haviam se desviado da “verdadeira” Psicanálise.

Seu objetivo, portanto era preciso voltar às origens e resgatar a “descoberta freudiana” que, segundo ele, estava sendo esquecida.

Um dos principais alvos da crítica lacaniana foi uma vertente teórica que ficou conhecida como “Psicologia do Ego”.

E o autor mais proeminente dessa abordagem era o médico austríaco Heinz Hartmann, um dos alunos prediletos de Freud.

O pai da Psicanálise chegou a oferecer análise gratuita a Hartmann para convencê-lo a não aceitar uma cátedra de psiquiatria nos EUA.

Por outro lado, para Lacan, o pupilo estava “perto dos olhos, mas longe do coração” de seu mestre.

Ele achava que Hartmann defendia uma visão pedagógica da Psicanálise, cujo objetivo seria adaptar o sujeito à sociedade.

Lacan criticava principalmente a noção hartmanniana de “autonomia do ego”, isto é, a ideia de que o ego não é apenas um joguete nas mãos do id ou do superego.

Como se sabe, para o francês, o ego é uma instância 100% alienada. Logo, qualquer impressão de autonomia seria pura ilusão.

Por isso, muitos analistas passaram a olhar com um desdém preconceituoso para as ideias de Hartmann e para a Psicologia do Ego de forma geral.

Sim! Muita gente simplesmente “compra” a visão de Lacan, sem se dar ao trabalho de ler os autores em quem ele está “descendo o pau”.

Mas será que o julgamento lacaniano sobre Hartmann e a Psicologia do Ego é realmente justo?

Para ajudar você a formar sua opinião, eu publiquei hoje (sexta), na CONFRARIA ANALÍTICA, a aula “Introdução às contribuições de Heinz Hartmann”.

Nela eu explico os conceitos hartmannianos de “autonomia do ego”, “adaptação”, “zona livre de conflito” e suas aplicações na clínica contemporânea.

A Confraria é a maior e mais acessível escola de teoria psicanalítica do Brasil, com mais de 500 horas de conteúdo.

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Por que o sintoma é uma solução de compromisso?

Freud descobriu que os sintomas não são só problemas, mas essencialmente SOLUÇÕES.

Soluções para conflitos psíquicos.

— Como assim, Lucas?

Eu vou te explicar com um exemplo:

Imagine Sabrina, uma jovem que está em conflito em relação a seu namoro: uma parte dela quer permanecer no relacionamento, mas outra quer terminar.

Um clássico!

Ora, como esse conflito pode ser solucionado?

Podemos pensar, a princípio, em duas alternativas:

Num primeiro cenário, Sabrina decide continuar com o namorado, aceita o que a desagrada e renuncia ao desejo de terminar.

No outro, ela escolhe sair da relação, aceita que vai sofrer, mas atravessa o luto e segue em frente.

Existe, porém, uma terceira alternativa de solução, que é justamente… o SINTOMA:

Sabrina pode desenvolver uma frigidez, ou seja, não conseguir mais sentir desejo sεxuαl pelo namorado.

A saúde dela está OK, o casal raramente tem brigas ou discussões, mas a moça simplesmente não sente mais vontade de trαnsαr com o cara.

Quando uma amiga lhe diz que isso é sinal de que eles deviam terminar, Sabrina responde:

— Mas, amiga, eu o amo muito. Não consigo deixá-lo!

Perceba como o surgimento do sintoma (frigidez) permite que a jovem não precise tomar nenhuma decisão e, ao mesmo tempo, satisfaz as duas partes do conflito:

A parte que quer terminar fica “feliz”, digamos assim, com o fato de ela não sentir mais vontade de ir para a cama com o namorado.

Já a parte que quer continuar se acalma, pois a frigidez cria um afastamento erótico, mas não rompe o vínculo amoroso.

Portanto, ao criar o sintoma (não conscientemente, é claro), Sabrina SOLUCIONOU o conflito, estabelecendo um… COMPROMISSO entre suas duas partes.

É como se ela estivesse dizendo para si mesma:

“Vamos fazer um acordo que fique bom para ambas as partes: eu não termino, mas desativo meu tεsão por ele.”

O problema, evidentemente, é que essa solução de compromisso não poupa Sabrina do sofrimento. Pelo contrário!

Ela evita a dor TEMPORÁRIA da separação ou da adaptação ao relacionamento.

Mas, em troca, passa a carregar o sofrimento CRÔNICO da falta de desejo sεxuαl.

A única dor que ela de fato evita… é a dor da decisão.


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Anulação: o sonho obsessivo de apagar o passado

— Aconteceu de novo, Sonia. Mais uma vez, não consegui manter minha boca fechada e acabei falando o que não devia.

Foi assim que Vinícius começou sua sessão de análise naquela tarde de quarta-feira.

— O pessoal estava batendo cabeça para encontrar um novo horário para nossas reuniões semanais e aí eu não aguentei…

Irritado, ele se remexeu no divã e continuou:

— Falei que a gente tinha que manter o horário de sempre e que só estávamos tendo todo aquele trabalho porque a Rita era folgada.

— Como assim?, perguntou a analista.

— É que a gente sempre se reuniu às segundas ao meio dia. Porém, ultimamente a Rita começou a faltar e o diretor pediu para escolhermos um novo horário.

— Você achou isso injusto?

— Sim. Ela falou que estava faltando às reuniões porque começou uma dieta nova e não podia atrasar o almoço. Olha o nível da folga!

— Entendi, disse Sônia.

— Mas logo depois de falar aquilo, me senti muito culpado. Além de ter gerado um climão, lembrei de como a Rita foi gente boa comigo quando cheguei na empresa.

— E aí passou a achar que era você quem estava sendo injusto…, comentou a analista.

— Exato. Aí, meio no impulso, falei: “Gente, esquece o que eu disse. Estou de cabeça quente. Para mim, qualquer horário está ótimo.”

— Você abriu mão do seu direito de participar da escolha.

— Sim, achei que era uma forma de compensar meu comentário infeliz. Se eu pudesse voltar no tempo, teria ficado calado.

Vinícius parece acreditar que ter sacrificado sua opinião poderia apagar magicamente o que havia dito.

Na Psicanálise, chamamos esse processo de “anulação do acontecido”.

Ele e o isolamento são dois mecanismos de defesa frequentemente encontrados na neurose obsessiva.

Quer saber mais sobre ambos?

Então, assista à aula “LENDO FREUD 25 – Anulação e isolamento: duas defesas obsessivas”, já disponível na CONFRARIA ANALÍTICA.

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