Uma vida bloqueada pela mágoa não digerida

Carmem procura terapia queixando-se de estar se sentindo muito ansiosa e de ter perdido o interesse pelas coisas de que sempre gostou.

Do ponto de vista psicanalítico, o excesso de ansiedade é uma manifestação clínica bastante eloquente.

Com efeito, ela revela que o sujeito está se sentindo ameaçado por algum conteúdo interno que ele percebe como perigoso.

E essa, de fato, é a condição em que se encontra essa moça: ela sente medo do intenso ódio e dos impulsos vingativos que nutre em relação à mãe.

Carmem até expressa um pouquinho dessa hostilidade, tratando a genitora com impaciência. Porém, acaba se sentindo culpada e, para compensar, busca satisfazer todas as necessidades dela.

O profundo ódio que habita a alma dessa jovem é bastante justificável: sua mãe a chamou de mentirosa quando Carmem contou a ela que foi molestada quando era criança.

Em função da infância difícil que teve, marcada pelo abandono paterno e pela falta de recursos materiais básicos, essa paciente não pôde desenvolver um psiquismo suficientemente maduro.

Por isso, não consegue dar conta de digerir emocionalmente toda a hostilidade que sente tanto pela genitora quanto por aquele que dela molestou.

Na terapia, Carmem apresenta alguns momentos de regressão, nos quais mostra a sua analista aquela criança traumatizada que ela ainda é…

Que estratégias de manejo são possíveis neste caso?

Como a terapeuta pode agir para ajudar essa moça a elaborar as diversas feridas que a vida lhe fez?

Por que será que Carmem perdeu o interesse pelas coisas de que antes gostava? Para onde foi sua libido?

Estas e outras questões são discutidas por mim na AULA ESPECIAL “Uma vida tolhida pela mágoa não elaborada”, já disponível para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.

Esta é a segunda aula do nosso novo módulo de aulas especiais “Estudos de Casos”, em que comento casos clínicos reais relatados por alunos da nossa escola.


Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.

➤ Adquira o meu ebook “Psicanálise em Humanês: 16 conceitos psicanalíticos cruciais explicados de maneira fácil, clara e didática”

➤ Adquira o meu ebook “O que um psicanalista faz?”

O que significa responsabilidade afetiva?

Muitas vezes o outro nos pede determinadas coisas que não podemos oferecer ou nutre expectativas que não somos capazes de atender.

Há também aquelas situações em que a demanda que a pessoa nos faz é autodestrutiva e atendê-la significaria contribuir para o seu mal.

Em todos esses casos, o outro se encontra numa condição de vulnerabilidade que deve ser levada em consideração na interpretação de suas expectativas e pedidos.

Quando isso não acontece, ou seja, quando não reconhecemos quando a pessoa está vulnerável, podemos nos satisfazer às custas de sua fragilidade.

É o que acontece, por exemplo, quando um rapaz que não quer mais retomar o relacionamento com a ex-namorada decide passar uma noite com ela só porque a moça pediu insistentemente por isso.

Ora, ele sabe que ela o está chamando na esperança de que possam voltar — coisa que já tem certeza de que não acontecerá.

Nesse sentido, ao aceitar sair com a ex, esse rapaz está apenas explorando a vulnerabilidade dela em benefício próprio.

Em outras palavras, ele não está tendo RESPONSABILIDADE AFETIVA.

Hoje, a partir das 20h, na AULA AO VIVO 73 da CONFRARIA ANALÍTICA, falaremos sobre a responsabilidade afetiva à luz das descobertas que Sándor Ferenczi fez ao tratar sujeitos que sofreram traumas quando crianças.

O psicanalista húngaro observou que tais pacientes não tiveram sua condição infantil de vulnerabilidade respeitada pelos adultos e, por conta disso, foram vítimas de 4abus0.

Estamos estudando as consequências psíquicas dessa FALTA DE RESPONSABILIDADE AFETIVA por parte dos adultos na relação com a criança.

Para participar da aula, é preciso estar na CONFRARIA.

Te vejo lá!


Participe, por apenas R$39,99 por mês, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.

➤ Adquira o meu ebook “Psicanálise em Humanês: 16 conceitos psicanalíticos cruciais explicados de maneira fácil, clara e didática”

➤ Adquira o meu ebook “O que um psicanalista faz?”