Esta é uma pequena fatia da aula “André Green e o conceito de borderline” que já está disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – TEMAS VARIADOS da CONFRARIA ANALÍTICA.
Participe da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
O neurótico está excessivamente instalado na realidade.
Por isso, sua loucura é forçada a se manifestar disfarçadamente na forma de sintomas, inibições e angústias.
Na análise, ele é encorajado a perder o medo dessa loucura, permitindo que ela apareça em seu próprio discurso. É o que chamamos de associação livre.
O psicótico não precisa desse expediente. Pelo contrário!
Ele não tem o menor receio de sua loucura, pois está completamente tomado por ela. É na direção da realidade que precisa caminhar.
Para isso, pode precisar da ajuda de um analista, mas não de uma análise. São coisas diferentes.
Para além desses dois polos (neurose e psicose), temos uma terceira via.
E, não, não estou falando da perversão — essa categoria altamente problemática.
Refiro-me àqueles pacientes que não estão nem lá, nem cá e, ao mesmo tempo, tanto lá quanto cá.
Na falta de um termo melhor, deram-lhes uma alcunha topográfica: borderline.
Encarnando a fronteira que separa a neurose da psicose, eles experimentam os dramas de ambos os campos:
Estão excessivamente instalados na realidade e, ao mesmo tempo, tomados pela loucura.
Para André Green, essa “dupla inscrição” é uma das marcas mais claras da estrutura borderline.
👉 Na aula publicada hoje na CONFRARIA ANALÍTICA, eu explico didaticamente as principais ideias de Green sobre o borderline, à luz de um caso clínico real.
🎥 A aula “André Green e o conceito de borderline” já está disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – TEMAS VARIADOS.
A Confraria Analítica é a maior e mais acessível escola de teoria psicanalítica do Brasil, com +500 horas de conteúdo e milhares de alunos.
Participe da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Participe da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Esta é uma pequena fatia da AULA ESPECIAL “André Green e o complexo da mãe morta” que já está disponível no módulo AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS da CONFRARIA ANALÍTICA.
Lembrando que, a partir do dia 24/09, os preços das assinaturas da Confraria PARA NOVOS MEMBROS serão: 59,99 (plano mensal) por mês e 597,00 (plano anual). Então, se você ainda não é nosso aluno e quer garantir o preço atual (49,99 por mês ou 497,00 por ano), não perca tempo e faça sua assinatura HOJE.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Quando Raíssa, uma jovem de 25 anos, começou a fazer terapia com a psicóloga Fernanda, sua queixa era a de que não conseguia “manter” um relacionamento.
A moça dizia que seus namoros duravam muito pouco. Após alguns meses, os rapazes terminavam e ela nunca entendia muito bem o motivo.
Raíssa tinha a esperança de que a terapia a ajudaria a descobrir o que havia de errado consigo.
Fernanda percebeu logo nas primeiras sessões que, diferentemente da maioria de seus pacientes, Raíssa não tinha uma postura interativa.
A jovem tinha sempre muito assunto, contava mil e uma situações, mas fazia isso sem convocar a participação da terapeuta. Parecia estar falando sozinha.
A psicóloga se sentia incomodada por ser colocada na posição de espectadora, mas, ao mesmo tempo, se divertida com as histórias contadas pela paciente.
De todo modo, adotava uma atitude clássica, mais silenciosa, e só intervinha para fazer algumas perguntas e pontuações.
Após cinco anos, Raíssa estava noiva e acreditava ter resolvido sua dificuldade em manter relacionamentos. Porém, não cogitava a hipótese de sair da terapia.
— Eu não vivo mais sem análise. Vou fazer até morrer. — dizia de vez em quando nas sessões.
Fernanda, por sua vez, tinha a sensação de que o problema central de Raíssa ainda não havia sido trabalhado.
A terapeuta sentia que a postura falante da paciente era artificial, defensiva e exercia alguma função específica na transferência.
Tal função só foi descoberta depois que um incidente contado pela paciente fez Fernanda se lembrar de um detalhe que ela havia contado logo na primeira sessão:
— Meu irmãozinho morreu logo depois que eu nasci. Por isso, mamãe só conseguiu me amamentar por um mês. Meu pai disse que ela ficou muito mal, tadinha.
Quais podem ter sido as consequências de um episódio traumático como esse sobre a vida psíquica de Raíssa?
De que forma tal experiência estaria relacionada à postura da paciente em análise?
A psicóloga deveria alterar a forma como vem conduzindo esse caso?
Essas e outras perguntas estão respondidas na aula especial “André Green e o complexo da mãe morta”, já disponível na CONFRARIA ANALÍTICA.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
“Que objeto lhes resta para amar senão eles mesmos?”
Esta é uma frase emblemática de André Green que se encontra logo nas primeiras páginas do prefácio à coletânea de artigos do autor “Narcisismo de vida, narcisismo de morte” (Escuta, 1988).
Ao enunciar essa pergunta retórica, Green está se referindo ao narcisismo como patologia e não à condição narcísica que está presente em todos nós.
Em Humanês: todo o mundo é meio apaixonado pelo próprio eu, mas há pessoas que só têm olhos para si mesmas… Trata-se de uma DEFESA.
Defesa frente a uma decepção amorosa que aconteceu num momento muito precoce, em que o sujeito ainda não dava conta de suportar a “sofrência”.
Eis o que diz André Green: “É preciso, aqui, recuperar as evidências: os narcisistas são pessoas feridas […] Frequentemente a decepção, cujas feridas ainda estão em carne viva, não se limitou a um dos pais, mas a ambos.”
Em outras palavras: no centro da alma de um narcisista há um amor não correspondido pelos cuidadores primários, um apelo sem resposta, a dor de começar a jornada da vida sem uma recepção calorosa.
É como se todo narcisista dissesse: “Já que não fui amado, preciso encarregar-me da tarefa de ser o meu próprio amante. Quem precisa dos outros quando se tem a si mesmo?”
Que ideias vêm à sua cabeça após a leitura deste texto?
Participe, por apenas R$39,99 por mês, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.