Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Existem pessoas que são “viciadas” em preocupação. Você é uma delas?
Estou me referindo a indivíduos que estão sempre pensando em algum problema futuro e, por conta disso, não conseguem relaxar.
Por vezes, o problema em questão é real e, de fato, precisará ser enfrentado.
Contudo, frequentemente o “viciado” em preocupação imagina situações que têm pouquíssima probabilidade de acontecerem.
É como se o sujeito tivesse uma necessidade de estar sempre em estado de alerta, como uma sentinela em um posto prestes a ser invadido pelo inimigo.
Essa analogia, inclusive, pode nos ajudar a vislumbrar o que se passa no mundo interno de pessoas que sofrem com esse problema.
Inconscientemente, tais indivíduos podem nutrir a fantasia de que estão numa batalha perpétua contra insidiosos objetos maus.
Essa fantasia, por sua vez, pode ter sido forjada pelo contato prolongado e/ou muito intenso com um ambiente hostil no início da vida.
Assim, o sujeito cresce, passa a viver em ambientes mais amistosos, mas uma parte do seu psiquismo permanece presa às marcas da vivência persecutória infantil.
Por outro lado, não podemos deixar de considerar outros três fatores que podem contribuir na gênese da compulsão a se preocupar:
(1) Impulso sádico
Todos nós temos uma inclinação natural para dominar, submeter, subjugar.
Pessoas que não conseguem integrar suficientemente bem esse impulso podem acabar expressando-o sintomaticamente por meio do excesso de preocupações.
Afinal, preocupar-se nada mais é que a manifestação do tolo anseio de CONTROLAR o futuro.
(2) Ilusão de onipotência
Nos primeiros meses de vida, graças ao cuidado oportuno exercido pela mãe, somos levados a acreditar que o mundo é governado pelos nossos desejos.
O “vício” em preocupação pode ser a expressão de uma “saudade” patológica dessa experiência ilusória de onipotência vivenciada logo após o nascimento.
(3) Falta de autoconfiança
Afinal, se o sujeito se preocupa o tempo todo é porque não confia em sua capacidade de lidar com os problemas quando (e se) eles de fato aparecerem.
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Esta é uma pequena fatia da MASTERCLASS “Autoconfiança: o que é e como se forma”, ministrada no dia 18/01 por ocasião do lançamento do e-book “Entenda-se: 50 lições de um psicanalista sobre saúde mental”. A gravação da aula está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS” da CONFRARIA ANALÍTICA.
Link para adquirir o e-book pelo valor promocional de lançamento (oferta válida por tempo limitado): http://bit.ly/ebooknapoli03
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A internet está abarrotada de gente leiga dando pitaco sobre problemas psicológicos sérios.
Se você fizer, por exemplo, uma pesquisa sobre “como melhorar sua autoestima” em qualquer rede social ou mecanismo de busca, verá uma série de conteúdos com “dicas” de como fazer isso.
Gente, isso é tão absurdo quanto alguém escrever um post com o título “5 passos para curar o seu câncer”.
Autoestima baixa é um problema emocional grave que não se resolve com simples atos baseados na força de vontade.
E por que não se resolve dessa forma?
Porque os processos que levam uma pessoa a ter um olhar essencialmente negativo sobre si mesma NÃO ESTÃO SOB O CONTROLE DELA.
A dimensão nuclear da nossa autoestima é constituída com base na maneira como fomos vistos e tratados nos primeiros anos de vida, ou seja, numa época em que não tínhamos muita capacidade de escolha.
Como sempre digo, uma criança não pode “terminar” com pais agressivos ou negligentes. Ela é obrigada a suportar e se adaptar aos comportamentos hostis protagonizados por eles.
E uma forma de adaptação pode ser justamente a autoestima baixa:
“Se meu pai não me assumiu, minha mãe me abandonou e, quando sou agredida, não há ninguém para me defender, isso significa que eu não valho nada.”
Este foi o raciocínio que, durante um bom tempo, governou a vida de Rose, uma paciente atendida por uma de nossas alunas da CONFRARIA ANALÍTICA.
O caso dela foi comentado por mim na AULA ESPECIAL de hoje (sexta), publicada no módulo “ESTUDOS DE CASOS” da nossa escola.
Essa história clínica é particularmente interessante porque mostra que a autoestima só pode ser verdadeiramente modificada COM O TRATAMENTO APROPRIADO.
A paciente em questão fez avanços muito significativos em função da EXPERIÊNCIA EMOCIONAL CORRETIVA que ela pôde vivenciar em seu processo terapêutico.
Então, entre na Confraria, assista à aula e veja como se formou a baixa autoestima de Rose e o que sua analista fez para ajudá-la a resolver este problema.
O título da aula é “ESTUDOS DE CASOS 07 – Rose: do abandono materno à baixa autoestima” e já está disponível no módulo ESTUDOS DE CASOS.
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Antônio está no início da vida adulta e procura terapia queixando-se de estar infeliz no trabalho, de se m4sturb4r em excesso e, principalmente, da posição que ocupa em seu núcleo familiar.
Com efeito, desde o fim da adolescência, o rapaz assumiu a responsabilidade de dividir as contas de casa com a mãe e hoje sofre imaginando que terá que cuidar da genitora pelo resto da vida.
O mal-estar que Antônio vivencia no trabalho decorre das brincadeiras que colegas mais velhos fazem com ele, que o levam se sentir humilhado.
De fato, o jovem não possui autoestima e autoconfiança suficientes para se contrapor aos companheiros ou encarar as piadas deles com bom humor.
Antônio não se percebe como um homem atraente e teme não conseguir arrumar uma namorada. Por isso, cogita a possibilidade de contratar acompanhantes para se satisfazer s3xu4lmente.
Quando ainda era bebê, o pai e a mãe se separaram e, posteriormente, o jovem só visitou o genitor pouquíssimas vezes, de modo que a relação entre eles praticamente nunca existiu.
Por outro lado, Antônio guarda na memória certos traços da figura paterna que formam a imagem de um pai fraco, imaturo e emocionalmente instável.
Imaturidade e fragilidade emocional também são características marcantes de sua mãe…
Inseguro, pessimista em relação ao próprio futuro e perdido no labirinto de sua neurose, o rapaz frequentemente demanda orientações e, sobretudo, AUTORIZAÇÕES a sua terapeuta.
Como compreender a gênese da postura autodepreciativa e derrotista de Antônio?
O que está em jogo na relação de dependência que parece existir entre ele e a mãe?
Por que esse jovem parece se apresentar a sua analista como uma criança carente de orientação e permissão para desejar?
Essas e outras questões são discutidas por mim na AULA ESPECIAL “Um jovem obsessivo carente de pai”, já disponível para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.
Esta é a primeira aula do nosso novo módulo de aulas especiais “Estudos de Casos”, em que comento casos clínicos reais como o de Antônio, relatados por alunos da nossa escola.
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Há pessoas que, devido a uma profunda fragilidade narcísica, não conseguem tolerar a experiência de se perceberem como vulneráveis.
Para se protegerem dessa percepção, tais indivíduos tendem a atacar, muitas vezes de maneira impiedosa, pessoas com quem convivem, especialmente as mais íntimas.
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Autoconfiança significa, obviamente, confiar em si mesmo.
Uma pessoa autoconfiante, portanto, é aquela que, olhando para si, é capaz de exclamar: “Eis alguém com quem se pode contar!”.
Mas como é que um sujeito adquire essa visão favorável em relação a si mesmo? E por que algumas pessoas não conseguem?
Talvez possamos encontrar as respostas para tais perguntas explorando primeiramente a seguinte questão:
O que nos faz confiar em uma determinada pessoa?
Ora, passamos a confiar em alguém quando o indivíduo nos apresenta AÇÕES que nos induzem a olhar para ele e exclamar: “Eis alguém com quem se pode contar!”.
Ou seja, a confiança no outro não brota do nada. Ela é um efeito da PERCEPÇÃO de que a pessoa com quem nos relacionamos DEMONSTRA ser alguém confiável.
Por exemplo: posso confiar em um amigo porque, numa situação em que falavam mal de mim, ele prontamente se colocou em minha defesa.
Enfim, normalmente confiamos em pessoas que SE MOSTRAM confiáveis.
Se aplicarmos o mesmo raciocínio para pensar a autoconfiança, chegaremos à conclusão de que só podemos confiar em nós mesmos SE NOS MOSTRARMOS CONFIÁVEIS aos nossos próprios olhos.
E quando é que nós somos, digamos, “apresentados” a nós mesmos para que tenhamos a oportunidade de nos mostrarmos confiáveis ou não?
Ora, na infância, né?
É na infância, portanto, que vai se formar esse olhar básico que nos permitirá responder à pergunta: “Será que posso confiar em mim?”.
E, para que a resposta seja afirmativa, precisarei DEMONSTRAR para mim mesmo que sou confiável.
O problema é que, no caso da criança, essa demonstração não depende apenas dela, mas, sobretudo, do ambiente em que ela se encontra.
Se o ambiente não dá condições para que a criança SE VEJA potente e capaz, ela não conseguirá se enxergar dessa forma e, consequentemente, não conseguirá confiar em si mesma.
É essa circunstância que encontramos frequentemente presente na história de pessoas inseguras, com baixíssimo grau de autoconfiança.
No alvorecer da vida, elas foram induzidas pelo ambiente a se enxergarem como seres impotentes, frágeis e incapazes.
Consequentemente, não se tornaram capazes de confiar em si mesmas.
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Na maioria das vezes, a dificuldade de dizer “não” é a expressão de uma FRAGILIDADE NARCÍSICA: a pessoa não se sente suficientemente bem consigo mesma para correr o risco de ser malvista por quem lhe demanda.
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Autoestima é basicamente a opinião que você tem a respeito de si mesmo. Essa opinião tem um componente variável e um componente relativamente estável. Assista ao vídeo e entenda.
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Eu já falei aqui sobre a ILUSÃO DO GABARITO DA VIDA.
Trata-se da suposição que algumas pessoas fazem de que existem sempre escolhas CERTAS e escolhas ERRADAS, como se a existência fosse semelhante a uma prova de concurso ou de vestibular.
Essa ilusão tende a se manifestar principalmente em pessoas inseguras e sem autoconfiança.
Elas se protegem do próprio desejo e do risco inerente a qualquer decisão supondo que, em algum lugar transcendental, existe um gabarito de todas as escolhas da vida.
Ah, Lucas, mas e se a pessoa for cristã? Não existem algumas escolhas que são absolutamente certas e outras absolutamente erradas do ponto de vista religioso?
Sim, mas esse “gabarito religioso” já foi revelado num livro que tem mais de 2000 anos.
Se for o caso, é só ler e descobrir. Tá tudo lá.
Nesse sentido, se uma pessoa religiosa ainda fica cheia de dúvidas sobre tudo o que deve fazer da vida, é porque ela supõe que, para-além do “gabarito divino”, existe um outro gabarito, mais… “específico”, digamos.
O problema é que essa coisa NÃO EXISTE.
Mas o fato de acreditar nela faz com que o sujeito esteja sempre em dúvida em relação a suas decisões, como um candidato no Enem que não sabe se marca a alternativa a ou a alternativa c numa questão difícil da prova.
A ilusão do gabarito da vida faz com que a pessoa esteja sempre se arrependendo automaticamente das escolhas que faz por imaginar que elas podem não ser as alternativas certas.
É por isso que, se um paciente me pergunta: “Lucas, o que eu DEVO fazer?”, a minha resposta tende a ser: “Não faço a menor ideia!”.
Sim, porque essa pergunta está mal colocada.
Ela supõe o gabarito.
Afinal, se você quer saber o que DEVE fazer, é porque acredita que existe uma escolha certa.
Em vez de dizer o que o paciente DEVE escolher, eu o exorto a refletir sobre COMO será feita essa escolha.
Independentemente de qual seja a decisão, o mais importante é que ela seja feita sem a ilusão do gabarito da vida.
O que significa isso?
Significa escolher aceitando “de corpo e alma” os riscos implicados na decisão e as possíveis consequências dela.
Significa entrar por uma das veredas disponíveis e não ficar olhando para trás, pensando nos caminhos não escolhidos.
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Observar que a fé dos judeus em Jesus só nasceu em função dos milagres que ele realizou nos ajuda a identificar quais são as condições necessárias para o desenvolvimento da autoconfiança. Com efeito, expliquei na coluna anterior que a autoconfiança é a fé que uma pessoa tem na sua própria capacidade de superar desafios.
Ora, assim como a fé em Jesus, a fé que caracteriza a autoconfiança também depende da existência de milagres. Contudo, no caso da autoconfiança, não se trata de milagres reais, ou seja, de acontecimentos que contrariam as leis da natureza. Os milagres que criam as condições para o florescimento da autoconfiança são milagres imaginários, subjetivos, que só são milagres de fato aos olhos daquele que o experimenta.
Consigo imaginar um leitor se perguntando: “Como assim, Lucas? Explica melhor.”. Com prazer! Vamos lá:
Na primeira parte deste texto eu disse que a autoconfiança, diferentemente da coragem, é um afeto involuntário e que, portanto, brota de certas marcas psíquicas profundas geradas por experiências infantis. Também disse que essas marcas são produzidas por experiências que possibilitam ao sujeito perceber-se como sendo capaz de superar desafios.
Ora, quando somos crianças não temos muitos recursos físicos e psíquicos para lidar com desafios. Pelo contrário: somos extremamente frágeis e dependentes dos cuidados dos adultos. Nesse sentido, podemos nos perguntar: como é que a criança vai poder passar por experiências de se sentir capaz de vencer desafios se ela mal consegue ficar sozinha por muito tempo?
É aí que entram os “milagres”. De fato, a criança deixada à própria sorte dificilmente conseguirá vivenciar situações que a farão acreditar na própria potência. Um menino de 3 anos, sem o apoio de seus cuidadores primários, só conseguirá certificar-se de sua fragilidade e impotência. Todavia, quando a criança conta com o suporte ativo dos pais, ela se torna capaz de fazer uma série de coisas. Quando uma mãe, por exemplo, levanta sua filha para que ela alcance um determinado brinquedo ao invés de simplesmente pegar o objeto e entregá-lo à criança, a menina vivencia uma experiência mágica: ela está conseguindo fazer algo que, a princípio, sua condição não permitiria.
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Autoconfiança, portanto, poderia ser definida como a fé na própria capacidade de superar desafios. Quando estamos autoconfiantes, não sentimos medo do fracasso. Pelo contrário, conseguimos vislumbrar o sucesso com antecedência, pois temos a certeza de que somos aptos para chegar até ele.
É por isso que autoconfiança é diferente de coragem. Esta última é uma virtude, ou seja, uma atitude que depende de uma decisão consciente e voluntária do sujeito. Há pessoas, por exemplo, que quase nunca conseguem experimentar a autoconfiança, mas são extremamente corajosas. Elas estão o tempo todo morrendo de medo de fracassar, mas, exercitando a coragem, nunca fogem dos desafios que se apresentam.
Autoconfiança, por outro lado, é um fenômeno involuntário. Sendo assim, ninguém se torna mais autoconfiante por força de vontade. Nesse ponto o caro leitor pode ter ficado confuso. Até consigo imaginar alguns de vocês se perguntando: “Ué, mas se a autoconfiança não pode ser desenvolvida, então uma pessoa que raramente consegue ser autoconfiante morrerá assim?”. A minha resposta para essa questão é o velho e bom “Depende…”.
Explico: sim, é possível que uma pessoa se torne mais autoconfiante, mas, como assinalei acima, não por força de vontade. A autoconfiança pode ser “instalada”, digamos assim, numa pessoa por meio da única tecnologia existente que possibilita a transformação de aspectos psicológicos involuntários: a psicoterapia. Dito de outro modo: uma pessoa que quase nunca se mostra autoconfiante pode mudar “da água para o vinho” se engajar-se num bom processo psicoterapêutico.
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Autoeficácia é o termo que a Psicologia utiliza para descrever a crença que uma pessoa tem na sua própria capacidade de realizar uma tarefa.
Popularmente, a gente costuma chamar isso de autoconfiança, palavra, aliás, que me parece mais apropriada para descrever essa experiência de acreditar no próprio potencial.
Digo isso porque minha experiência clínica evidencia que essa crença está diretamente relacionada à confiança como um ato de fé que ultrapassa o medo.
Frequentemente pessoas que não experimentam autoconfiança relatam terem sido criadas por pais que estavam o tempo todo com medo de perdê-las e que, por conta disso, as impediam de vivenciarem diversas situações comuns na vida infantil.
Essa superproteção parental impede a criança de descobrir o próprio potencial para lidar com problemas e dificuldades. Privado do contato com o risco, o sujeito internaliza o medo dos pais e passa a acreditar que, de fato, está sempre sob a ameaça de uma grande calamidade.
O grande problema é que os padrões psíquicos que desenvolvemos na relação com nossos pais tornam-se o filtro (no sentido “instagrâmico” do termo) por meio do qual enxergamos a realidade. Assim, mesmo que a realidade comprove para a pessoa que ela é capaz e potente, tal indivíduo pode continuar se sentindo inseguro e achando que não dá conta.
Por isso, não raro encontramos pessoas que são até muito bem-sucedidas, mas que não confiam no próprio taco. Elas conquistam muitas coisas, mas, em função da insegurança, não conseguem usufruir do prazer da conquista .
Ao se entregarem a um tratamento psicanalítico, tais indivíduos podem ter a chance, pela primeira vez na vida, de relativizarem a voz medrosa e superprotetora dos pais que continua ecoando em suas cabeças.
Ao narrarem sua história para o analista, essas pessoas adquirem a oportunidade de enxergar o que aconteceu consigo de outras perspectivas. Ganham também a chance de alterarem o desfecho de um enredo no qual figuravam, até então, como meros personagens.
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