Esta é uma pequena fatia da aula “LENDO FERENCZI 11 – Palavras obscenas: por que nos perturbam tanto?” que já está disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – FERENCZI da CONFRARIA ANALÍTICA.
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Carolina estava ansiosa para contar a seu analista, Alfredo, como havia sido o primeiro encontro com Márcio, um novo colega de trabalho.
A moça já vinha falando há semanas sobre o clima de flerte que existia entre eles e, na última sessão, disse que o rapaz a convidara para um jantar.
— Eu estava muito tensa, confessou Carolina, mas o Márcio foi tão gentil que, ao longo da noite, eu acabei ficando à vontade.
Alfredo escutava em silêncio a narrativa da paciente.
— Não sei se foi por causa do vinho ou porque a gente já estava nesse chove e não molha há muito tempo, mas foi me dando muita vontade de ficar com ele.
(Na verdade, a expressão que veio à mente de Carolina foi “muito tεsão” e não “muita vontade de ficar com ele”.)
Ciente da forte inibição εrótica dessa paciente, o analista decidiu pontuar essa parte do relato fazendo “Hummm…” em tom de surpresa.
A moça abriu um sorriso e disse:
— Pois é… Você acredita? Mas não para por aí… Depois do jantar, fomos para a casa dele e a gente acabou ficando mesmo, Alfredo.
— Vocês trαnsαrαm?
— Isso… confirmou Carolina um tanto constrangida.
De fato, a palavra “trαnsαr” passou pela cabeça da paciente, mas, por vergonha, ela achou melhor utilizar um termo menos explicitamente sεxuαl (“ficar”).
Por que será que esse tipo de substituição acontece no discurso de tantos pacientes?
Que característica especial possuem palavras como “tεsão” e “trαnsαr” para que muitas pessoas evitem empregá-las?
O psicanalista húngaro Sándor Ferenczi explorou essa questão no clássico artigo “Palavras Obscenas”, de 1911.
E na aula especial publicada hoje (sexta) na CONFRARIA ANALÍTICA eu comento os principais trechos desse artigo.
As ideias de Ferenczi vão te surpreender…
A Confraria é a maior e mais acessível escola de teoria psicanalítica do Brasil, com mais de 500 horas de conteúdo e milhares de alunos.
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Esta é uma pequena fatia da aula “LENDO FERENCZI 10 – Uma visão psicanalítica do envelhecimento” que já está disponível no módulo AULAS TEMÁTICAS – FERENCZI da CONFRARIA ANALÍTICA.
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Você já reparou como o comportamento de muitos idosos se torna parecido com o de crianças?
A Psicanálise tem uma explicação poderosa pra isso.
Em 1914, Freud publica o célebre artigo “Sobre o narcisismo: uma introdução”.
No texto, o autor afirma ter chegado à conclusão de que o narcisismo, isto é, o investimento de libido no ego, não seria apenas uma reação psicopatológica.
Não. Para Freud, o narcisismo seria não só um componente NORMAL da subjetividade, mas a própria condição INICIAL do psiquismo.
Em outras palavras, todos nós, no início da vida, seríamos fundamentalmente narcísicos.
Quando observamos o comportamento dos bebês e das crianças, podemos facilmente ser levados a concordar com essa tese freudiana.
De fato, um bebezinho parece estar completamente voltado para suas próprias necessidades.
Tanto é assim que ele está pouco se lixando se irá atrapalhar o sono da mãe ao chorar no meio da noite querendo mamar.
Essa posição narcísica permanece com bastante força na primeira infância.
Como mostrou Piaget, até os 7 anos de idade (mais ou menos), nós somos cognitivamente EGOCÊNTRICOS.
Só gradualmente vamos nos tornando capazes de compreender que o outro pode enxergar uma situação de uma forma diferente da nossa.
Essa transformação corresponde, na teoria freudiana, à saída do narcisismo primário.
Conforme a gente cresce, parte da nossa libido permanece investindo o ego, mas uma parcela bem maior passa a ser direcionada às pessoas e ao mundo.
Porém, quando chegamos à terceira idade, essa situação tende a se inverter: começamos a investir pouco no mundo e muito mais em nós mesmos.
Ou seja, na velhice, nós voltamos a ser tão narcísicos como éramos quando crianças.
Esta é a tese defendida e demonstrada pelo psicanalista húngaro Sándor Ferenczi no artigo “Para compreender as psiconeuroses do envelhecimento”, de 1921.
Eu comentei a primeira parte desse texto numa aula especial publicada hoje (sexta) na Confraria Analítica, a minha escola de formação teórica em Psicanálise.
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Nos anos finais da década de 1910, o psicanalista húngaro Sándor Ferenczi estava insatisfeito com o processo terapêutico de alguns pacientes.
Para além das conhecidas e naturais resistências, parecia haver algum obstáculo adicional que os impedia de avançarem no trabalho de análise.
Ah, para quem não sabe:
Ferenczi foi um dos principais nomes da primeira geração de analistas, fez análise com Freud e produziu grandes contribuições para a teoria e a técnica da Psicanálise.
Voltando ao assunto: incomodado, o médico decidiu sair da posição passiva em que o psicanalista geralmente fica no tratamento a fim de testar uma hipótese.
Ferenczi suspeitava que certos comportamentos daqueles pacientes, dentro e fora do consultório, tinham a ver com a falta de evolução deles.
Por isso, começou a propor mudanças concretas no comportamento, sugerindo ações a serem feitas ou evitadas.
Ele poderia, por exemplo, pedir a uma paciente para se expor a uma situação que lhe causava medo ou se esforçar para evitar um ato compulsivo.
Ferenczi acreditava que tais comportamentos (evitação e compulsão) poderiam ser formas que a analisanda encontrava para fugir do confronto com suas fantasias.
Nesse sentido, se ela seguisse suas recomendações, isso interromperia o movimento de fuga e a terapia voltaria a progredir.
Afinal, não tendo mais “válvulas de escape”, a paciente não teria alternativa a não ser trabalhar suas fantasias em análise.
Essa chamada “técnica ativa” deu certo?
Sim, Ferenczi conseguiu destravar o processo terapêutico de muitos pacientes fazendo isso.
Algum tempo depois, o médico acabou abandonando o método por achar que ele fazia o paciente ficar muito submisso ao analista.
Todavia, o experimento ferencziano nos deixou uma lição importantíssima:
A de que, muitas vezes, nós não evoluímos na terapia porque, sem perceber, sabotamos o trabalho de elaboração que fazemos no setting analítico.
Talvez, se não tomarmos a decisão consciente de abandonar certos hábitos, mesmo sentindo angústia, corremos o risco de passar 30 anos no divã e avançar muito pouco.
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Esta é uma pequena fatia da AULA ESPECIAL “ESTUDOS DE CASOS 18 – Uma jovem mal acolhida que se sentia um peso para o mundo” que já está disponível no módulo ESTUDOS DE CASOS da CONFRARIA ANALÍTICA.
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Na última segunda-feira, na Confraria Analítica, nós terminamos de estudar linha a linha o texto “A criança mal acolhida e sua pulsão de morte”, de Sándor Ferenczi.
Nesse pequeno artigo, o analista húngaro defende a tese de que pessoas que não foram bem acolhidas na infância frequentemente se tornam autodestrutivas.
— Mas o que significa ser bem acolhido na infância, Lucas?
É simples:
Os pais acolhem bem suas crianças quando as tratam com tamanha ternura que elas crescem com a certeza de serem amadas e desejadas.
Essa certeza, essencial para a saúde psíquica infantil, não nasce na alma daqueles inúmeros meninos e meninas que são abandonados pelos pais por exemplo.
Esse foi o caso de Amanda (pseudônimo), paciente atendida por uma aluna da Confraria, cuja história analiso na aula especial publicada hoje em nossa plataforma.
Trata-se de uma jovem adulta que iniciou sua análise queixando-se de uma série gigantesca de afetos negativos, entre os quais a falta de vontade de viver.
Como previsto por Ferenczi, essa moça desenvolveu uma verdadeira aversão a si mesma e à própria existência por ter sido muito maltratada quando criança.
Internalizando a mensagem de que não era bem quista por sua própria família, Amanda cresceu se percebendo como um peso para o mundo.
Um peso morto, diga-se de passagem.
Felizmente, com a terapia, esse cenário começou a se modificar…
O título da aula em que comento o caso dessa paciente é “ESTUDOS DE CASOS 18 – Uma jovem mal acolhida que se sentia um peso para o mundo”.
Ela já está disponível no módulo ESTUDOS DE CASOS da CONFRARIA ANALÍTICA, a maior e mais acessível escola de teoria psicanalítica do Brasil.
Para se tornar nosso aluno e ter acesso a essa aula e a todo o nosso acervo de mais de 500 horas de conteúdo, acesse este link.
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Esta é uma pequena fatia da AULA ESPECIAL “LENDO FERENCZI 09 – Como e quando utilizar a técnica ativa” que já está disponível no módulo AULAS ESPECIAIS – FERENCZI da CONFRARIA ANALÍTICA.
Participe, por apenas R$49,99 por mês ou 497,00 por ano, da CONFRARIA ANALÍTICA, uma comunidade exclusiva, com aulas semanais ao vivo comigo, para quem deseja estudar Psicanálise de forma séria, rigorosa e profunda.
Freud costumava dizer que a análise deveria acontecer numa condição de “abstinência”.
Na prática, isso significa que o analista deveria manter o paciente num estado de permanente… desconforto.
Isso mesmo: desconforto.
Mas antes que venha alguém acusar o pai da Psicanálise de sadismo, deixe-me explicar o motivo pelo qual ele defendia isso.
Freud acreditava que se a análise fosse uma experiência muito tranquila, confortável e satisfatória, o paciente não se engajaria no processo terapêutico.
Ele ficaria ali falando, falando, falando, usufruindo da companhia agradável do terapeuta e não sairia do lugar.
Por isso, o médico vienense recomendava justamente que os analistas não fossem companhias muito agradáveis…
Um paciente insatisfeito, pensava Freud, “trabalha” mais na análise do que aquele para quem as sessões são momentos de puro deleite.
De fato, gente, nós não podemos deixar nossos pacientes numa “zona de conforto”.
Nossa presença precisa ser SUFICIENTEMENTE incômoda para provocá-los e incitá-los a fazer contato com os conteúdos de seu Inconsciente.
O problema é que, às vezes, a simples postura mais reservada e profissional do analista não é suficiente para mobilizar o sujeito e perturbar suas resistências.
Eventualmente, é preciso que o terapeuta convide o paciente a SE MEXER em algumas áreas de sua vida a fim de levá-lo a sair da zona de conforto.
Foi essa a conclusão a que o psicanalisa húngaro Sándor Ferenczi chegou quando propôs a chamada “técnica ativa”.
Trata-se de um procedimento que consiste em recomendar ao paciente que faça ou deixe de fazer certas coisas a fim de estimular a manifestação do Inconsciente.
Na AULA ESPECIAL publicada hoje (sexta) na CONFRARIA ANALÍTICA, eu explico (com exemplos) em que momentos a técnica ativa pode ser utilizada e de que forma deve ser aplicada.
O título da aula é “LENDO FERENCZI 09 – Como e quando utilizar a técnica ativa” e já está disponível no módulo AULAS ESPECIAIS – FERENCZI.
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Esta é uma pequena fatia da AULA ESPECIAL “LENDO FERENCZI 08 – Os impactos psíquicos de uma experiência traumática”, que já está disponível no módulo AULAS ESPECIAIS – FERENCZI da CONFRARIA ANALÍTICA.
Lembrando que: ➡️ O valor referente às vendas de todas as novas assinaturas da Confraria Analítica bem como dos meus e-books ocorridas entre quinta-feira (09/05) e domingo (12/05) será doado para movimentos de assistência à população gaúcha.
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Ontem (quinta-feira, 09/05) foi uma noite muito especial.
Centenas de pessoas estiveram junto comigo na CONFRARIA ANALÍTICA estudando os impactos psíquicos de uma experiência traumática.
Com base na leitura de “Reflexões sobre o trauma”, um artigo póstumo de Sándor Ferenczi, exploramos algumas das características do traumatismo.
Vimos que a experiência traumática é vivida pelo sujeito como um pedaço de realidade que ultrapassa sua capacidade de resistência e elaboração psíquica.
Por acontecer de maneira súbita, imprevista, surpreendente, o trauma não dá tempo para que a pessoa se defenda, levando-a a vivenciar uma angústia insuportável.
Para se livrar desse estado de agonia, diz Ferenczi, o sujeito pode recorrer a processos de autodestruição não só psíquica, mas também física.
Por outro lado, vimos também que o trauma só se constitui de fato quando a comoção psíquica gerada por uma realidade avassaladora não encontra acolhimento e validação.
O choque traumático só produz seus efeitos destrutivos se não puder ser narrado, comunicado e, acima de tudo, escutado por alguém que o reconhece como tal.
O tema do trauma não foi escolhido por acaso.
Nosso objetivo é contribuir para compreensão de uma realidade psíquica vivenciada por boa parte da população gaúcha nos últimos dias.
Optamos por fazer essa aula aberta e ao vivo para estimular nossa audiência a contribuir na ação que estamos fazendo em prol das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
O valor referente às vendas de todas as novas assinaturas da Confraria Analítica bem como dos meus e-books ocorridas entre quinta-feira (09/05) e domingo (12/05) será doado para movimentos de assistência à população gaúcha.
A gravação da aula estará disponível exclusivamente para quem é membro da CONFRARIA ANALÍTICA no módulo AULAS ESPECIAIS – FERENCZI.
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