[Vídeo] Qual é a sua hybris?


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Ícaro quis voar mais alto do que podia. E você?

A lenda grega de Ícaro é bastante conhecida. Mas, se você nunca ouviu falar a respeito, deixa eu te contar rapidinho:

Ícaro era um rapaz que ficou preso com seu pai, Dédalo, num labirinto na ilha de Creta, feito pelo próprio Dédalo para encarcerar o monstro Minotauro.

A fim de escapar do local, o pai de Ícaro produziu, tanto para si quanto para o filho, um par de asas feitas de penas e cera.

Dédalo advertiu o rapaz a não voar muito alto a fim de que o calor do sol não derretesse a cera e acabasse fazendo as asas se desmancharem no ar.

Ícaro, porém, gostou TANTO da sensação de voar, se sentiu tão autoconfiante, que acabou desobedecendo as recomendações do pai e… voou alto demais.

Resultado: suas asas derreteram e o coitado acabou morrendo afogado após cair no mar Egeu.

A história de Ícaro serve como ilustração para a noção de “hybris” que os gregos antigos utilizavam para designar uma atitude exagerada, que ultrapassa os limites apropriados.

O filho de Dédalo poderia muito bem ter curtido aquela gostosa sensação de voar sem transgredir a advertência do pai.

Mas o rapaz não se satisfez com esse gozo limitado, contido, moderado. Ele se deixou levar pela hybris: “Só um pouquinho mais alto, eu dou conta, não vai acontecer nada…”.

Eu diria que a hybris acontece quando, ao invés de desejar, somos tomados por nossos desejos, de tal modo que eles passam a nos governar de modo tirânico.

Perceba: o problema de Ícaro não era o seu prazer de voar, mas o fato de de que ele não foi capaz de colocar limites para esse prazer, tornando-se escravo dele.

Na minha experiência clínica, às vezes me deparo com pacientes que adoram estar na posição de objeto da alegria alheia.

São pessoas que sentem muito prazer em ajudar os outros, fazer favores para eles, presenteá-los etc.

Ou seja, o indivíduo se sente bem ao perceber que fez outra pessoa se sentir bem.

O problema é que muitos sujeitos com esse perfil gostam DEMAIS de estar nessa posição, o que os leva a desrespeitarem os próprios limites.

Eles acabam se prejudicando significativamente porque não conseguem controlar a ânsia de serem fonte de alegria para os outros.

Esta é a hybris desses pacientes.

Qual é a sua?


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[Vídeo] Profecias autorrealizadoras: psicanalista explica


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Entenda o que é o superego

“Superego” foi o termo escolhido pela tradução inglesa das obras de Freud para designar a função psíquica que o pai da Psicanálise chamou de “Über-Ich” (literalmente: “acima-do-eu”).

Trata-se de um elemento fundamental da nossa personalidade que se forma por meio da internalização da dimensão coercitiva do cuidado parental.

— Lucas, explica em Humanês! 😅

Tá bom! Olha só:

Numa infância mais ou menos “normal”, os pais alimentam, protegem, apoiam, dão carinho, mas também… ameaçam, punem e cobram seus filhos.

Com o passar do tempo, por amor aos seus genitores e por quererem se tornar como eles, as crianças vão trazendo para dentro de si essas ameaças, cobranças e expectativas de punição.

Isso é bom! Ao internalizar a dimensão coercitiva do cuidado dos pais, a criança se torna capaz de colocar limites à expressão de seus impulsos — uma condição básica para a vida em sociedade.

Portanto, o superego é essa função psíquica que, emulando o que faziam nossos pais, se coloca acima (Über) do nosso eu (Ich) para ameaçá-lo, puni-lo e cobrá-lo.

O problema é que, diferentemente dos nossos genitores, o superego não fica do lado de fora, observando apenas aquilo que a gente FAZ.

Como está dentro de nós, o bicho não monitora só nossas ações, mas tem acesso também aos nossos DESEJOS, incluindo aqueles que jamais colocaremos em prática.

Assim, o superego pode nos ameaçar, nos punir e nos cobrar em relação a coisas que nós simplesmente PENSAMOS, muitas vezes até inconscientemente.

Além disso, parte do impulso agressivo natural que, ao longo da infância, fomos incentivados a conter, é “canalizado”, digamos assim, para o superego.

Dessa forma, o movimento superegoico de ameaça, punição e cobrança paradoxalmente nos proporciona SATISFAÇÃO — a mesma que um masoquista sente quando leva umas boas chicotadas.

Há pessoas que tiveram sorte em seu desenvolvimento e possuem um superego mais “de boa”. Elas se limitam, eventualmente se condenam, mas tudo “na medida”.

Outras, porém, estão o tempo todo se sentindo culpadas, gozando masoquisticamente com um excesso de crueldade superegoica.

Qual delas é você?


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[Vídeo] Você está apegado a sua zona de (des)conforto?

Somos, por natureza, avessos a mudanças frequentes. A novidade nos atrai, mas, ao mesmo tempo, nos provoca ansiedade.

Essa propensão à conformidade se manifesta na facilidade que temos para nos adaptarmos mesmo a situações extremamente desconfortáveis.


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Há sintomas que a gente precisa aprender a amar

Quando procuramos terapia, temos a tendência de avaliar todos os comportamentos que nos fazem sofrer como necessariamente patológicos.

No entanto, algumas condutas podem ser fonte de sofrimento não porque sejam de fato doentias, mas por conta da maneira como nos relacionamos com elas.

Uma moça muito religiosa, por exemplo, pode procurar análise por se sentir aflita e culpada em função dos impulsos eróticos que sente por outras mulheres.

Por conta de sua história de vida, é natural que essa paciente deseje se livrar desses desejos.

No entanto, em terapia, ela verá que tais inclinações não são em si mesmas patológicas e que seu sofrimento decorre, na verdade, da autocondenação por experimentá-las.

Perceba: nesses casos, o terapeuta não ajuda a paciente a parar de se comportar da forma como se comporta, mas a mudar seu olhar sobre a própria experiência.

Outro exemplo: João procura terapia porque alguns familiares lhe disseram que ele gosta sempre de estar no controle e que essa é uma atitude que o rapaz deveria mudar.

Todavia, foi graças ao desejo de querer estar sempre no controle que esse paciente conseguiu uma rápida escalada em sua carreira no mundo corporativo.

Desde que era estagiário, João sempre assumiu naturalmente uma posição de liderança entre os seus colegas justamente por não se sentir à vontade estando sob o controle de outras pessoas.

Em terapia, o rapaz constatou que a tendência controladora não era uma característica que ele deveria necessariamente perder, mas tão-somente “domesticar” para não manifestá-la em excesso.

Diferentemente de outros métodos terapêuticos, na Psicanálise nós não queremos encaixar o paciente em um suposto molde universal de saúde mental.

Por isso, quando alguém nos procura, não impomos a ele uma listinha de comportamentos patológicos a serem extirpados e comportamentos saudáveis a serem desenvolvidos.

No decorrer de uma análise, há sintomas que a gente perde (porque não nos servem para nada mesmo), mas há outros com os quais a gente aprende não só a conviver, mas também a amar.


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Até quando você vai continuar evitando caminhar?

Durante toda a infância e a adolescência, eu tive a sorte de receber profundas lições de vida na forma de ditos populares proferidos por minha mãe.

Um deles, não tão conhecido, é “Enquanto tiver cavalo, São Jorge não anda a pé”.

A lição básica contida nesse provérbio tem a ver com aquilo que poderíamos chamar de “inércia psíquica”, isto é:

A tendência que todos nós temos de nos mantermos numa determinada posição na existência até que uma “força” muito poderosa nos faça sair dela.

São Jorge dificilmente desejaria fazer seus percursos a pé tendo um cavalo à disposição.

Somos, por natureza, avessos a mudanças frequentes. A novidade nos atrai, mas, ao mesmo tempo, nos provoca ansiedade.

Essa propensão à conformidade se manifesta na facilidade que temos para nos adaptarmos mesmo a situações extremamente desconfortáveis.

Quantas pessoas você não conhece (talvez até seja uma delas) que estão há anos em relacionamentos insatisfatórios e que, se questionadas, respondem:

— Ah, quando eu penso em todo o trabalho que dá para construir um relacionamento novo, do zero, eu logo desisto da ideia de me separar.

Como o célebre personagem Jaiminho, de Roberto Bolaños, elas preferem “evitar a fadiga”.

A relação precisaria se tornar insuportável para que tais pessoas se sentissem realmente encorajadas a sair dessa zona de (des)conforto e encarar os desafios de um novo vínculo.

Mas, veja: não se trata apenas de adaptação, mas também de APEGO às vantagens conscientes e inconscientes proporcionadas pela situação atual.

Estou falando de minguados benefícios que, em função da tendência à conformidade, somos levados a tratar como se fossem preciosidades valiosíssimas.

Aquela pobre jovem que está num relacionamento tóxico pode se apegar desesperadamente à sensaçãozinha de “ser importante” que o namorado lhe proporciona em suas crises de ciúme.

Como não tem certeza se conseguirá se sentir assim em uma nova relação, ela prefere se manter nessa — mesmo sofrendo.

Um bom processo psicoterapêutico precisa ir na contramão dessa tendência, ajudando o paciente a se sentir forte o suficiente para conseguir caminhar, mesmo tendo cavalos à disposição.


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[Vídeo] E se você apenas se levantasse?

Não precisamos encarar a cura obtida pelo paralítico necessariamente como um milagre.

Podemos pensá-la tão-somente como o efeito da astuta intervenção psicanalítica feita por Jesus…


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A fonte oculta de prazer na depressão

O médico e psicanalista alemão Karl Abraham, um dos primeiros alunos de Freud, escreveu essas palavras num artigo de 1911 chamado “Notas sobre a investigação e o tratamento psicanalíticos da psicose maníaco-depressiva e estados afins”.

Quatro anos depois, no texto “Luto e Melancolia”, Freud também chegaria à conclusão de que há, de fato, um gozo masoquista na melancolia (depressão grave).

No artigo, o pai da Psicanálise explica o que leva uma pessoa a se refugiar nessa forma tão autodestrutiva de satisfação.

Na semana passada, na CONFRARIA ANALÍTICA, começamos a estudar “Luto e Melancolia” linha a linha, parágrafo por parágrafo, e hoje teremos nossa segunda aula ao vivo sobre esse texto, a partir das 20h.

Esta nova série de aulas ao vivo será, para os alunos, uma verdadeira IMERSÃO no estudo das depressões graves e do comportamento suycid4.

Até mais tarde!


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Disciplina: o gozo com o sacrifício


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[Vídeo] Ganhos secundários

Esta é uma pequena fatia da aula especial “O desejo à flor da pele: um olhar psicanalítico para as lesões dermatológicas”, já disponível para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.


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A risada do Sr. Antônio e o gozo com a doença

— É, doutora, já tem mais de 10 anos que eu tô com esse negócio — disse o Sr. Antônio com aquele seu jeito bonachão de sempre.

— Mas ela nunca se fechou, Sr. Antônio? — perguntou Natália, um tanto impressionada com o que tinha acabado de ouvir.

— Ah, minha filha, já fechou, sim, umas duas ou três vezes, mas sempre abre de novo, né? Isso aí deve ser meu karma — respondeu o idoso soltando uma gostosa gargalhada em seguida.

— E você ainda ri, Sr. Antônio?

Quem falou isso, num leve tom de indignação, foi Rita, a enfermeira que limpava a enorme ferida que o Sr. Antônio tinha na perna esquerda.

Sim, ferida. Esse era o “negócio” que estava com o nosso simpático paciente há mais de 10 anos.

Natália, a psicóloga que conversava com o Sr. Antônio enquanto ele era atendido por Rita, encarou com naturalidade a risada do paciente.

Apesar de estar há pouco tempo naquele centro de tratamento de feridas, ela já havia notado que os pacientes que tinham lesões crônicas lidavam com elas de uma maneira muito peculiar.

Com efeito, não expressavam uma urgência de ver a ferida se fechar definitivamente. Era como se a lesão já tivesse se tornado parte da identidade deles.

Aquelas idas semanais ao centro pareciam lhes proporcionar muita alegria. A maioria adorava conversar com as enfermeiras e desenvolviam um forte vínculo afetivo com elas.

Além disso, conversando com alguns desses pacientes, Natália pôde constatar que muitos “sem querer querendo” acabavam não seguindo as orientações passadas pela equipe de Enfermagem.

Parecia haver neles um desejo inconsciente de manterem aquelas feridas abertas…

Ao observar a surpresa da enfermeira Rita com a risada do Sr. Antônio, Natália teve uma ideia:

Organizar reuniões periódicas com a equipe de enfermagem para que pudessem conversar sobre essa dimensão “satisfatória” do adoecimento — que não é fácil mesmo de entender.

Por coincidência, nesta sexta-feira Natália encontrará uma ótima referência teórica para iniciar esse projeto.

Como é aluna da CONFRARIA ANALÍTICA, a psicóloga poderá assistir ainda hoje a uma AULA ESPECIAL que trata justamente do que ela tem observado em sua experiência profissional.


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[Vídeo] O superego está mais para diabo do que para anjinho da guarda

O papel que o superego exerce em nossa alma nunca é o de um paciente e bondoso conselheiro que nos alerta para os riscos da realização de certos desejos.


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Blogueiras e influenciadores exploram nossa falta estrutural

Certa vez eu participei de uma palestra em que um colega psicanalista disse algo mais ou menos assim:

— Frequentemente a gente tem a impressão de que em algum lugar está rolando uma baita festa, em que todo o mundo se sente absolutamente feliz, e para a qual somente nós não fomos convidados.

Naquela época o Instagram sequer havia sido inventado. Do contrário, meu colega não precisaria ter usado essa analogia. Bastaria descrever o que acontece nesta rede social…

Você está aí vivendo seu cotidiano tranquilamente, relativamente satisfeito com seu trabalho, seu relacionamento, tendo momentos de lazer… Enfim, tendo uma vida mais ou menos normal.

Aí você entra no Instagram para se entreter e começa a acompanhar a vida de blogueiras e influenciadores nos stories.

De repente, você ganha acesso a um mundo de viagens espetaculares, casas luxuosas, corpos esculturais, restaurantes premiados, relacionamentos amorosos impecáveis etc.

Você sabe intelectualmente que todos aqueles vídeos e fotos foram cuidadosamente selecionados, editados e não compõem um retrato fiel da vida daquelas pessoas.

Apesar disso, o contato frequente com esse tipo de conteúdo inevitavelmente o leva a olhar para sua vida (que, até então, você percebia como boa) e passar a considerá-la pobre e limitada.

Veja: essa sensação amarga de FALTA só aparece em função da FANTASIA de uma vida PERFEITA que você foi levado a construir com base no conteúdo compartilhado pelas blogueiras e influenciadores.

Se parasse de assistir aos stories dessa galera, você iria voltar a ficar satisfeito com a sua vida, certo?

ERRADO. Nós nunca estamos plenamente satisfeitos.

Com exceção dos deprimidos, todos nós experimentamos esse comichão eterno que nos faz estar sempre buscando algo a mais, um trem diferente, que muitas vezes a gente nem consegue nomear.

E esse comichão é produzido justamente porque todos nós, com o ou sem Instagram, nutrimos no fundo da alma o sonho de reencontrar um estado de satisfação absoluta que imaginamos ter vivido lá no início da vida.

Falo mais sobre isso na AULA ESPECIAL sobre o conceito lacaniano de “objeto a” que estará disponível ainda hoje para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.


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[Vídeo] A paixão pela ignorância e o desejo do analista

Todos nós queremos melhorar, mas nenhum de nós deseja, a princípio, investigar o que de fato está por trás dos nossos problemas emocionais. O psicanalista francês Jacques Lacan tinha uma expressão muito boa para caracterizar essa atitude básica: “paixão pela ignorância” — um belo eufemismo para MEDO DE SABER A VERDADE.


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