[Vídeo] A histérica é um caso perdido?


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A histérica e seu caso de amor com a insatisfação

Fabíola, uma professora de 37 anos, está em análise com Vanessa desde 2021.

Inicialmente, a principal queixa apresentada pela docente era o excesso de ansiedade que experimentava quando lecionava nas turmas do Ensino Médio.

Logo nos primeiros meses de terapia, essa tensão exagerada diminuiu conforme Fabíola foi elaborando as lembranças de certos eventos ocorridos quando ela própria estava na adolescência.

Entusiasmada com a significativa melhora e tendo desenvolvido um forte vínculo de confiança com Vanessa, a paciente decidiu continuar a análise e passou a falar de outras questões.

O principal problema agora era a vida s3xual com o marido.

A professora se queixa de que ele age de forma fria e distante na maior parte do tempo e só se torna carinhoso quando deseja ter relações com ela.

— … e aí eu corto as asinhas dele! — disse ela numa sessão recente — Tá pensando que eu sou o quê? Um depósito? Não… Ele que vá dormir na vontade!

— Mas… E você? — disse a terapeuta em tom bem-humorado — Acaba dormindo na vontade também, né?

— Nem sempre… Na maioria das vezes eu não estou muito a fim, mas tem dia que eu quero mesmo.

— E você cede à procura dele nesses dias em que está com vontade?

— Depende de como ele se comportou durante o dia. Se tiver me tratado com aquele jeitão gelado dele, eu posso estar subindo pelas paredes que não faço nada!

— Mas agindo assim você está deliberadamente se privando de experimentar prazer, não? — provocou a analista.

— Sim, Vanessa, mas isso eu aguento… O que eu não suporto é ser tratada que nem uma boneca inflável!

— E como seu marido reage quando você se nega a tr4nsar?

— Ele fica aflito, coitado! — diz Fabíola com uma leve risada — Pede desculpa, fala que vai ser diferente, chega a implorar! Porém, eu não cedo… Ele tem que aprender!

— Mas, cá pra nós, a sua prova é bem difícil, né professora? — provoca Vanessa encerrando a sessão.

Como você pôde perceber, essa paciente parece ter um verdadeiro caso de amor com a INSATISFAÇÃO — tanto a sua quanto a do marido.

Essa é uma das características mais marcantes da HISTERIA.

E é sobre ela que falaremos em HUMANÊS na AULA ESPECIAL de hoje na CONFRARIA ANALÍTICA.

O título da aula é “AULA ESPECIAL – A histérica e seu desejo insatisfeito” e ela já está disponível no módulo “AULAS ESPECIAIS – TEMAS VARIADOS”.


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Blogueiras e influenciadores exploram nossa falta estrutural

Certa vez eu participei de uma palestra em que um colega psicanalista disse algo mais ou menos assim:

— Frequentemente a gente tem a impressão de que em algum lugar está rolando uma baita festa, em que todo o mundo se sente absolutamente feliz, e para a qual somente nós não fomos convidados.

Naquela época o Instagram sequer havia sido inventado. Do contrário, meu colega não precisaria ter usado essa analogia. Bastaria descrever o que acontece nesta rede social…

Você está aí vivendo seu cotidiano tranquilamente, relativamente satisfeito com seu trabalho, seu relacionamento, tendo momentos de lazer… Enfim, tendo uma vida mais ou menos normal.

Aí você entra no Instagram para se entreter e começa a acompanhar a vida de blogueiras e influenciadores nos stories.

De repente, você ganha acesso a um mundo de viagens espetaculares, casas luxuosas, corpos esculturais, restaurantes premiados, relacionamentos amorosos impecáveis etc.

Você sabe intelectualmente que todos aqueles vídeos e fotos foram cuidadosamente selecionados, editados e não compõem um retrato fiel da vida daquelas pessoas.

Apesar disso, o contato frequente com esse tipo de conteúdo inevitavelmente o leva a olhar para sua vida (que, até então, você percebia como boa) e passar a considerá-la pobre e limitada.

Veja: essa sensação amarga de FALTA só aparece em função da FANTASIA de uma vida PERFEITA que você foi levado a construir com base no conteúdo compartilhado pelas blogueiras e influenciadores.

Se parasse de assistir aos stories dessa galera, você iria voltar a ficar satisfeito com a sua vida, certo?

ERRADO. Nós nunca estamos plenamente satisfeitos.

Com exceção dos deprimidos, todos nós experimentamos esse comichão eterno que nos faz estar sempre buscando algo a mais, um trem diferente, que muitas vezes a gente nem consegue nomear.

E esse comichão é produzido justamente porque todos nós, com o ou sem Instagram, nutrimos no fundo da alma o sonho de reencontrar um estado de satisfação absoluta que imaginamos ter vivido lá no início da vida.

Falo mais sobre isso na AULA ESPECIAL sobre o conceito lacaniano de “objeto a” que estará disponível ainda hoje para quem está na CONFRARIA ANALÍTICA.


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Quando tudo parece insuficiente…


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Você possui um olhar HISTÉRICO em relação à vida?

Originalmente, histeria era o nome dado a um tipo de adoecimento conhecido desde a Antiguidade em que a pessoa pode apresentar sintomas físicos como dores, dormências, paralisias bem como desmaios e crises aparentemente convulsivas. Todavia, num quadro histérico, nenhuma dessas manifestações é causada por fatores orgânicos. A origem delas é totalmente psíquica ou, como se costuma dizer atualmente, emocional.

Atualmente, no meio médico, não se utiliza mais o termo histeria. Um psiquiatra, por exemplo, falaria em “transtornos dissociativos, conversivos e somatoformes” para se referir a um quadro clínico como o descrito acima.

Na psicopatologia psicanalítica, a categoria de histeria permanece válida. Contudo, hoje em dia os analistas entendem que a histeria não se refere apenas a uma entidade clínica, mas é também UM MODO DE SE POSICIONAR DIANTE DA VIDA ou, se você preferir, uma estrutura de personalidade.

A pesquisa psicanalítica evidencia que os sujeitos histéricos não conseguiram encontrar uma saída para uma questão humana fundamental que nos é apresentada já nos primeiros anos de infância: o problema da diferença entre os sexos.

Para todo o mundo é difícil fazer o reconhecimento de que homem e mulher são apenas diferentes, isto é, que não existe um sexo superior ou inferior ao outro. O histérico, contudo, ficou preso a essa dificuldade e não conseguiu sair desse impasse. É isso que está implícito nas noções freudianas de “medo da castração” e “inveja do pênis”. O menino só tem medo de ser castrado porque acredita que há seres que efetivamente o foram: as mulheres. A menina, por sua vez, só tem inveja do pênis porque imagina que esse órgão confere completude aos homens.

O sujeito histérico é aquele que não conseguiu ultrapassar essas ilusões infantis. Ele continua achando que existem pessoas que são completas, plenamente felizes, que possuem tudo, ao passo que outras (entre as quais ele se inclui) são impotentes, faltosas, incompletas. Cronicamente insatisfeito, o histérico está sempre numa postura de queixa e reivindicação, denunciando a suposta completude do outro.

Você possui esse olhar histérico em relação à vida ou conhece pessoas que o possuem?


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[Vídeo] Recado Rápido #04 – Maturidade e negociação

Neste quarto recado rápido falo sobre um dos aspectos que caracterizam um indivíduo emocionalmente maduro. Trata-se da capacidade de reconhecer que a realidade possui um funcionamento autônomo, ou seja, não se adaptando espontaneamente aos nossos desejos. Na maturidade emocional, somos capazes de reconhecer essa dimensão rígida do mundo, sem, no entanto, abrir mão do que queremos. O indivíduo emocionalmente maduro se dispõe a negociar a realização de seus desejos com o mundo com a consciência de que, nesse processo, a permanência de certo grau de insatisfação será inevitável.

Peço, por gentileza, às leitoras e aos leitores que deixem nos comentários um feedback acerca dessa nova série de vídeos. Vocês tem gostado? Fiquem à vontade para fazer críticas e sugestões!