Você tem sequelas psíquicas?

Estamos habituados a pensar apenas em sequelas físicas, isto é, condições orgânicas que resultam de uma doença ou lesão e que permanecem em nós mesmo depois do tratamento.

Para muitas dessas sequelas não há tratamento. O máximo que o sujeito pode fazer é reorganizar sua vida de modo a se adaptar a elas.

Penso que um cenário semelhante também está presente no caso das sequelas PSÍQUICAS.

Essas, na maioria das vezes não são produzidas por uma doença, mas pelos ACIDENTES EMOCIONAIS que nos acometem ao longo da vida, especialmente na infância.

Certos eventos pelos quais passamos deixam marcas tão profundas em nosso psiquismo que transformam DEFINITIVAMENTE o nosso modo de ser.

Em outras palavras, assim como acontece com determinadas sequelas físicas, existem aspectos patológicos da nossa personalidade que, infelizmente, podem ser imutáveis.

Há pessoas que se tornaram desconfiadas na infância e carregarão para sempre uma tendência paranoide.

Há sujeitos que se sentiram ameaçados na infância e carregarão para sempre uma propensão à insegurança.

Há indivíduos que nutriram muita culpa na infância e carregarão para sempre uma inclinação a se sentirem endividados.

Penso que nós precisamos ter essa realidade em mente para moderarmos nossas expectativas em relação ao que uma psicoterapia pode fazer por uma pessoa emocionalmente doente.

Sem dúvida alguma, é possível curar (sim, curar!) muitos sintomas e inibições mediante um bom processo psicoterapêutico.

Mas é forçoso reconhecer que há certas sequelas psíquicas que se mostram inelutavelmente resistentes à mudança.

O máximo que podemos fazer é reconhecê-las e buscar agir na direção contrária do fluxo para qual tendem a nos levar, sem a falsa expectativa de que esse fluxo um dia vá desaparecer.

A pessoa desconfiada talvez precise lutar para sempre contra sua tendência paranoide.

O sujeito ameaçado talvez precise lutar para sempre contra sua propensão à insegurança.

E o indivíduo culpado talvez precise lutar para sempre contra sua inclinação a se sentir endividado.

Nessas batalhas, o terapeuta exerce o papel de um valoroso aliado que nos ajuda, principalmente, a enxergar os pontos fracos do adversário.


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[Vídeo] Você não é sempre o mesmo


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[Vídeo] Você se sente presa ao seu jeito de ser?


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Você queria muito agir de outra forma, mas não consegue?

Não é uma tarefa fácil distinguir os aspectos que caracterizam uma pessoa como emocionalmente doente.

Sempre corremos o risco de contaminar nossa visão a esse respeito com determinadas convicções culturais, ideológicas e políticas.

Por outro lado, me parece que há certos traços que são indiscutivelmente psicopatológicos sob qualquer ponto de vista.

Um deles é a RIGIDEZ.

Pessoas que estão emocionalmente doentes possuem uma limitação significativa na capacidade de modificarem sua conduta em determinadas circunstâncias.

Márcio, por exemplo, um neurótico obsessivo, não consegue deixar de se sentir intimidado quando está diante de pessoas às quais atribui autoridade.

Ele não queria se comportar de forma tão submissa e amedrontada nesse contexto, mas o cara simplesmente não consegue agir de outra forma. É mais forte do que ele.

Vanessa, por sua vez, não aguenta mais perder bons relacionamentos devido ao seu excesso de ciúme e à sua atitude extremamente controladora.

A jovem sabe racionalmente que exagera nas cobranças que faz aos namorados, mas simplesmente não consegue agir de outra forma. Ela não dá conta de se conter.

Em ambos os casos, temos pessoas que se sentem PRESAS a certo modo de agir e desejam ardentemente a LIBERDADE de poderem se comportar de outra forma.

Do ponto de vista da Psicanálise, essa falta de flexibilidade funciona para tais sujeitos muito mais como um REFÚGIO do que como uma prisão. Explico:

Ao contrário do que parece à primeira vista, Márcio e Vanessa não estão se comportando de forma autodestrutiva, mas, sim, de modo “AUTOPROTETIVO”.

Sentir-se intimidado com figuras de autoridade protege Márcio de fazer contato com seus impulsos agressivos, os quais são evocados quando está diante dessas figuras.

Já Vanessa se protege do medo imaginário de ser abandonada subitamente por seu objeto de amor, vigiando e controlando neuroticamente cada passo que ele dá.

Perceba, portanto, que a rigidez é estabelecida como uma defesa que permite à pessoa evitar o confronto com elementos não integrados da sua vida psíquica.

O sujeito abre mão da liberdade em troca da segurança.

De uma falsa segurança, diga-se de passagem.


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[Vídeo] Pacientes vitimistas e ressentidos

Esta é uma pequena fatia da aula ao vivo 148 da CONFRARIA ANALÍTICA, ministrada na última quinta-feira (04/01) e cuja gravação está disponível na íntegra na nossa plataforma.

Trata-se da primeira aula sobre o texto de Freud “ALGUNS TIPOS DE CARÁTER ENCONTRADOS NO TRABALHO PSICANALÍTICO”.

A próxima aula ao vivo dessa série será segunda-feira (08/01), às 20h, na Confraria.


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Você tem sido um peixe tentando viver fora d’água?

Às vezes nos sentimos errados, fracos ou insuficientes simplesmente porque não estamos em um ambiente apropriado ao nosso jeito de ser.

Marília sempre foi uma pessoa introvertida.

Quando estava na escola, preferia passar o tempo do recreio desenhando ou lendo um livro ao invés de brincar com suas amigas.

Não que ela fosse tímida. Pelo contrário: nas apresentações de trabalho em sala de aula, Marília era quem mais falava.

Na verdade, como não gostava muito de interagir, a moça conseguia se concentrar mais facilmente no conteúdo que precisava transmitir, sem se deixar perturbar pelos entediados olhares dos colegas.

Marília era tão quietinha que seus pais ficavam preocupados com a possibilidade de ela ter problemas no mercado de trabalho.

Eles tinha medo de que a jovem não conseguisse fazer o tão falado “networking”.

Por isso, diferentemente de outros pais, incentivavam a filha a sair de casa nos fins de semana:

— Você vai passar o sábado e o domingo inteirinhos dentro de casa, Marília?

— Ah, mãe, tô de boa! Prefiro ficar aqui vendo a minha série mesmo.

Apesar de dizer isso e de efetivamente se sentir mais confortável em casa, a garota começava a se questionar se havia algo de errado consigo, tamanha a insistência dos pais para que saísse.

Tal questionamento se tornou uma certeza quando Marília começou a namorar com Tiago, um colega do curso de Direito que, vejam só, era terrivelmente extrovertido.

O rapaz era simplesmente um dos alunos mais populares da faculdade.

Ao lado dele, a moça se sentia um peixe fora d’água. Tiago adorava sair e não perdia uma festa universitária.

Inicialmente, mesmo a contragosto, Marília o acompanhava, mas, à medida que o relacionamento foi se consolidando, passou a dizer ao rapaz que preferia ficar em casa.

Tiago achava um absurdo:

— Eu não acredito que você prefere assistir TV a ir nessa festa! Vai estar todo o mundo lá, Marília! Você só tem 19 anos. Essa é a hora de curtir, pô!

Quando o namorado falava esse tipo de coisa, a jovem acabava cedendo e ia com ele para o evento em questão.

Todavia, como não se sentia à vontade, Marília passou a acreditar que o problema era ela.

“Por que todo o mundo gosta de ir para festa e só eu quero ficar em casa?”, pensava a moça. “Devo ter algum transtorno, só pode. Será que é autismo?”.

Eu respondo: não, Marília, não é autismo. Você só é uma pessoa introvertida.

E, como toda pessoa introvertida, sente mais prazer em “interagir” com seu mundo interno e gostos pessoais do que em socializar.

O problema, no caso, é que você está num ambiente (pais, namorado) que tem dificuldade para aceitar o seu jeito de ser e, por isso, a estimula a se sentir inadequada.

Seu desafio, Marília, é resistir a essa pressão e afirmar sua diferença, ao invés de percebê-la como erro, fraqueza ou insuficiência.

Terapia pode ajudar.


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Em saúde mental, força é sinônimo de flexibilidade.


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[Vídeo] “Quero mudar meu jeito de ser”: psicanalista explica

Muitas pessoas procuram terapia porque estão insatisfeitas com o seu JEITO DE SER. Elas não estão deprimidas, tendo crises de ansiedade ou lutando contra pensamentos obsessivos. O que as faz sofrer é sua própria personalidade, ou seja, o modo como NORMALMENTE funcionam. Esse é o seu caso? Confira no vídeo como a Psicanálise trata pacientes que apresentam essa condição.


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3 traços típicos da personalidade oral

A formação da personalidade — conjunto de características que constituem o modo típico de funcionamento de uma pessoa — sofre a influência de diversos fatores.

Sigmund Freud descobriu que um deles é a sexualidade.

Baseado em sua experiência clínica, o pai da Psicanálise observou que certos traços de personalidade são derivados das diversas formas de satisfação sexual que temos à nossa disposição.

A avareza, por exemplo, seria uma expressão do erotismo anal.

O apego exagerado que o sujeito pão-duro tem às suas posses seria a manifestação simbólica do prazer de reter as fezes que toda criança descobre quando está aprendendo a usar o peniquinho.

Freud descobriu que as diversas modalidades de prazer sexual de que dispomos na infância podem sofrer quatro destinos (que não são mutuamente excludentes):

(1) Manutenção como parte do modo de satisfação sexual do sujeito.

(2) Sublimação.

(3) Repressão.

(4) Transformação em traços de personalidade.

Karl Abraham, um dos primeiros alunos de Freud, foi quem mais explorou a transformação do erotismo ORAL em características da personalidade.

Segundo o autor, essa forma de prazer sexual pode ser dividida em duas modalidades: o tesão em chupar, que se manifesta logo que a criança começa a ser amamentada, e o tesão em morder, que surge com o aparecimento dos dentes.

Abraham demonstra que todas as pessoas podem ter características derivadas do erotismo oral, mas há certos indivíduos cuja personalidade é dominada por traços provenientes dessa modalidade de prazer.

É como se esses sujeitos se posicionassem diante da vida sempre como bebês ávidos por chupar ou por morder.

Quem está na CONFRARIA ANALÍTICA receberá ainda hoje uma AULA ESPECIAL em que falarei de maneira mais detalhada sobre as características típicas da personalidade oral.

Será que você tem esse modo de funcionamento?


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[Vídeo] Quais são os preconceitos que você tem em relação a si mesmo?

Atualmente, gostamos de dizer que não se deve ter preconceito contra ninguém, mas e se eu te disser que você pode estar sendo preconceituoso em relação a si mesmo?


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Reproduzimos em nosso interior conflitos relacionais vividos na infância.

Num trabalho de 1930 chamado “O tratamento psicanalítico do caráter”, o analista húngaro Sándor Ferenczi explica da seguinte maneira a origem do núcleo do superego:

“No início, o menininho resiste, quer aniquilar a potência paterna, essencialmente para apropriar-se da ternura e da afeição maternas. Mas quando compreende que numa luta aberta não levará vantagem, projeta em si a figura poderosa do pai; trata-se com o mesmo rigor com que outrora o pai o tratara; já não é mais porque tema o pai, mas porque uma parte de sua personalidade beneficia-se exercendo os privilégios paternos sobre a outra parte” (p. 247 do volume 4 das obras completas de Ferenczi)

Para-além da relação entre superego e complexo de Édipo, o que Ferenczi está nos ensinando aqui?

O autor está mostrando que uma forma que encontramos quando crianças de “resolver” um impasse relacional é reproduzindo o conflito no interior de nós mesmos. Diante da impossibilidade de “vencer” a disputa com o pai pelo amor da mãe, o menino introjeta a figura paterna e passa viver DENTRO DE SI exatamente o mesmo conflito que experimentava na relação com o genitor. Só que agora, o confronto não é mais entre o menininho e o pai, mas entre duas partes do próprio garoto.

Verificamos o tempo todo na clínica essa reprodução intrapsíquica de um conflito relacional infantil. Não raro, vemos, por exemplo, indivíduos que emulam dentro de si as constantes brigas entre seus pais.

Lembro-me de um rapaz que, diante dos embates frequentes entre seus genitores, desejava ardentemente que a mãe se separasse do pai a fim de colocar um ponto final naquela guerra interminável.

Como tal desfecho jamais aconteceu, esse paciente inconscientemente decidiu tentar realizá-lo dentro de si. A maior parte de sua personalidade era habitada pela imagem da mãe, mas regularmente a identificação com o pai aparecia, de tal modo que o rapaz revivia o conflito parental em sua própria identidade. Mãe e pai continuavam brigando, mas, agora, DENTRO DELE.

Você consegue enxergar processos semelhantes em sua vida?


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[Vídeo] Entenda o conceito de IDENTIFICAÇÃO em Psicanálise

Neste vídeo: entenda de forma clara, simples e didática o conceito de identificação em Psicanálise e conheça as 3 modalidades de identificação descritas por Freud em “Psicologia das Massas e a Análise do Eu”.


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O que é identificação em Psicanálise?

No capítulo VII do livro “Psicologia das massas e a análise do eu”, de 1921, Freud afirma que “A identificação é conhecida pela psicanálise como a mais remota expressão de um laço emocional com outra pessoa”.

Identificar-se com alguém significa tomar para si características e traços que são de outra pessoa. Em outras palavras, trata-se de um processo psíquico em que eu inconscientemente passo a “imitar” o outro.

É o que acontece, por exemplo, quando uma criança começa a falar de forma muito semelhante a um colega da escola ou quando uma moça que outrora odiava música sertaneja se torna fã desse estilo musical que, “coincidentemente” é o preferido da amiga por quem está apaixonada.

Portanto, o que Freud está dizendo lá em “Psicologia das massas…” é que o modo mais básico que utilizamos para nos relacionarmos com as pessoas é trazendo para dentro do nosso eu traços que são do outro.

Nesse sentido, aquilo que eu chamo de “minha personalidade”, ou seja, o conjunto de atributos que caracterizam quem sou, no fim das contas é uma mistura de traços de outras pessoas.

Ainda naquele texto, Freud distingue três modalidades de identificação:

A primeira é aquela em que eu tomo o outro como ideal, ou seja, em que eu me identifico com a pessoa porque quero ser como ela. O garotinho que passou a falar de modo muito parecido com seu colega pode ter começado a agir assim porque queria ser tão popular quanto ele.

A segunda acontece como uma reação à perda de uma pessoa amada ou em função da impossibilidade de acesso a ela. Nesse caso, eu me identifico com o outro porque não posso tê-lo. A jovem que passou a gostar de música sertaneja pode ter feito essa identificação com a moça por quem está apaixonada justamente porque não pode reconhecer seu desejo por ela devido a razões morais.

A terceira modalidade de identificação é que acontece quando nos vemos na mesma situação que outra pessoa ou percebemos ter algum elemento em comum com ela. Um rapaz, por exemplo, pode começar a ter sintomas depressivos quase idênticos aos que seu primo apresenta após saber que o familiar, assim como ele, sofreu uma grande decepção amorosa recente.


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[Vídeo] Recado Rápido #09 – Você não é você

Uma das descobertas mais revolucionárias advindas da experiência psicanalítica foi a de que a nossa personalidade ou identidade é constituída por uma miscelânea de traços de outras pessoas. Neste nono recado rápido, faço alguns comentários sobre as implicações clínicas dessa descoberta. De fato, muitos dos nossos sintomas e padrões doentios de comportamento estão diretamente ligados às diversas identificações que compõem o nosso eu.

O que é transferência? (parte 1)

Olá! Tudo bem? Este conteúdo não se encontra mais disponível aqui, pois foi reunido no ebook “Psicanálise em Humanês: 16 conceitos psicanalíticos cruciais explicados de maneira fácil, clara e didática”.

O livro será lançado no dia 15/10 às 07h da manhã em meu perfil no Instagram: http://instagram.com/lucasnapolipsicanalista

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Ah, e nos três dias anteriores ao lançamento (12, 13 e 14) eu ministrarei um minicurso gratuito de introdução à Psicanálise. Então, siga-me lá no Instagram e não perca!